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Rodrigo Henrique


Um conto sobre cinco cavaleiros que seguem uma missão por um propósito maior.


Kısa Hikaye Tüm halka açık.

#fantasia #medieval
Kısa Hikaye
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okuma zamanı
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A masmorra de Siliandreir.

A noite estava chuvosa, pancadas fortes podiam ser ouvidas por todo continente,por conta daquela chuva que já durava mais de dois dias inteiros e eu estava extinguindo meus restos de moedas em longas bebedeiras solitárias em uma velha taverna:

— Traga mais uma bebida! - resmunguei alto levantando meu grande copo.

A porta da taverna foi batida com força, abrindo por completo e batendo com força contra a parede. Quatro pessoas usando longos mantos entraram totalmente ensopados, com o último fechando a porta rapidamente. Eles olharam para a atendente e pediram todos um copo da melhor cerveja da bodega. Voltei meu olhar para meu copo vazio, enquanto escutava os recém chegados murmurando a meu respeito:

— Parem de sussusar e venham de uma vez porra! - exclamei alto batendo o copo com força na mesa.

Eles caminharam todos na direção de minha mesa e pararam ao lado abaixando os capuzes:

— Pedimos desculpas por nossa falta de educação, senhor Ygor. - falou um deles enquanto fazia uma leve reverência.

— Não quero desculpas e sim explicações. - falei ainda sem olhar para eles.

— Viemos em busca do grande cavaleiro Ygor, o mestre espadachim. - falou uma garota ruiva apertando forte os punhos, dava pra sentir seu medo e insegurança a distância.

— São fãs? Se forem, melhor caírem fora. - falei me sentindo aliviado.

— Não, não, longe disso meu senhor. Viemos pedir ajuda. - falou novamente aquele que eu acreditava ser o líder do grupo.

— Vieram pedir meus serviços. Ajuda é de graça, eu não faço nada de graça. - falei enchendo meu copo com uma garrafa recém trazida pelo atendente.

— Nós pagamos. Nos dê seu preço! - falou novamente o líder.

— Primeiro, preciso saber do serviço. - falei com desprezo, eles nem sabiam o quê estavam fazendo.

— Está certo, senhor. - ele falou com vergonha, percebendo a bobeira que havia feito antes.

Todos eles se acomodaram em minha mesa, me forçando a chegar para o canto:

— Então, qual é o trabalho? - perguntei dando um gole na bebida e colocando o copo na mesa.

— Estamos indo em direção da masmorra de Siliandreir. - falou o líder com orgulho.

— Prossiga. - falei firmando meus olhos nele.

— Ficamos sabendo que a prisão estava sendo usada por um grupo criminoso que teve que fugir as pressas do local e acabaram deixando todo sua riqueza para trás. - continuou o líder colocando as mãos sobre a mesa.

— Entendi. Parece ser um serviço fácil, pegar e vazar. Mas por que precisam dos meus serviços? - perguntei bebendo mais um gole da cerveja.

— Não somos burros, senhor, sabemos dos perigos daquela região e principalmente da masmorra. - falou a ruiva novamente colocando o punho fechado sobre a mesa.

Soltei um leve riso e olhei para todos eles, os analisando:

— Vocês são iniciantes, provavelmente estão neste mundo há poucos meses, estou certo? - perguntei com eles concordando com a cabeça. — Deveriam procurar um serviço mais simples então.

— Não podemos senhor! Precisamos do ouro logo. - exclamou o rapaz negro ao meu lado.

— E pra quê precisam do dinheiro tão urgentemente? - perguntei fitando meus olhos nos dele.

— Nossa cidade, quero dizer aldeia, está em pedaços depois de um ataque Ankheg, conseguimos matar a besta insectoide, mas os danos são extremos e não temos ouro o bastante para ajudar na recuperação do local e se pegarmos os futuros ganhos de todos da aldeia, levariamos muito tempo e tudo já estaria acabado. - respondeu o rapaz negro me encarando com o quê eu entendia como raiva e tristeza.

— Quantas perdas? - perguntei respirando fundo.

— Trinta e sete mortes e muitos feridos graves. - respondeu o líder.

— Quero trinta e sete por cento das riquezas da masmorra. - falei virando o copo inteiro em minha boca.

Todos eles se assustaram, conversaram por olhares e se decidiram:

— Aceitamos. - responderam todos juntos.

Me levantei e caminhei até o balcão da taverna, soltando minhas últimas moedas sobre ele e olhando para o atendente:

— Um quarto. - falei colocando com a outra mão o copo sobre o balcão. — Deveriam todos fazer o mesmo, partimos ao amanhecer.

Todos concordaram e fizeram o mesmo. Atravessamos rapidamente da taverna para os pequenos aposentos. Fui direto para o meu quarto, sem conversar com os demais. Retirei minha armadura e a soltei no chão, caindo de bruços na cama e adomercendo por completo.

Acordei no dia seguinte ainda ouvindo o som da chuva, porém mais fraca do que anteriormente, deveria estar finalmente parando. Me levantei e coloquei as peças da armadura, saindo do quarto logo em seguida encontrando os quatros já se preparando para a partida:

— Estão mesmo motivados. - falei indo em direção a saída do corredor.

— Nossas famílias dependem disso senhor. - respondeu o loiro embainhando sua espada.

Me virei em silêncio e saí do corredor para o lado de fora dos aposentos, indo em direção a meu cavalo. Peguei minha espada guardada em uma de suas bolsas e a embanhei em minhas costas:

— Não entendo. Um cavalo branco não é muito prático. - respondeu o líder deles se aproximando de mim.

— Ele não é um objeto, é meu companheiro. - respondi me virando para o cavaleiro.

— Eu não quis dizer isto senhor. - ele falou com vergonha e medo.

— Melhor ficar calado. - falou a ruiva se aproximando de nós juntamente dos demais.

— Agora que estão todos aqui, não posso ficar chamando vocês por suas características como a ruiva, o negro, o loiro, preciso de seus nomes. - falei cruzando os braços.

— Sou Powell. - falou o líder colocando a mão no peito.

— Me chamo Etris. - falou o garoto negro sorridente.

— Gabriel, prazer senhor. - falou o loiro colocando também a mão no peito.

— E eu sou Elyzia. - falou a ruiva. — E eu sou a líder deste grupo.

Sorri para ela e me virei pro meu cavalo, o montando:

— Certo garotada, vamos indo. - falei puxando as rédeas.

Eles montaram seus cavalos e passaram a me acompanhar. As primeiras horas de cavalgadas foram silenciosas, com alguns murmuros entre eles enquanto eu os guiava um pouco distante. Eu sabia que eles não estavam preparados para aquela missão e que possivelmente acabariam mortos, mas não podia dizer para eles não irem, não aceitariam mesmo comigo os ameaçando, a força de vontade deles era maior do quê tudo naquele momento. Atravessamos a floresta e chegamos a uma área aberta, onde resolveram se aproximar de meu cavalo:

— É verdade que o senhor já atravessou todo o continente? - perguntou Etris cavalgando ao meu lado direito.

— É, pode se dizer que é verdade. Em meus anos de serviços, já fui a vários cantos deste continente. - respondi sem desviar a atenção da estrada.

— Esta é a primeira vez que fomos além dos arredores de nossa aldeia. - falou Etris abaixando o rosto. — Não imaginavámos o mundo assim.

Continuei cavalgando em silêncio enquanto eles conversavam entre si sobre as diversas coisas que encontraram em sua aventura. Meu cavalo parou bruscamente, fazendo todos os quatro se assustarem e olharem com rapidez para a frente:

— Chegamos crianças. A masmorra de Siliandreir. - falei sentindo a aura que ali rodeava.

Desci do cavalo começando a mexer em minhas bolsas:

— Peguem tudo que vão precisar. Não sabemos quanto tempo passaremos lá embaixo. - falei colocando algumas pequenas facas em meu cinto.

Eles me encararam enquanto eu me preparava e logo se agilizaram para fazer o mesmo. Terminei de me equipar e então olhei para eles enquanto encerravam seus preparativos. Ao encerrar, me olharam de volta com confiança, mas eu enxergava medo:

— Eu já sei a resposta de vocês, mas não custa perguntar. Vocês tem certeza de que querem fazer isso? - perguntei com as mãos na cintura.

— Temos. Nós somos a única esperança do povo. - respondeu Powell desembainhando a espada e a enfiando no chão com vontade.

— Não deveria ter feito isso. - falei apontando para a espada fincada no chão.

Me virei para a entrada da masmorra enquanto Powell puxava a espada com toda força, até cair para trás ao retira-la. Se esse era o nível deles, eu estava em um serviço de babá. Ao entrarmos, encontramos como de costume vários corpos em decomposição e seu fedor extremo, atravessamos procurando pela escadaria:

— Encontrei! - gritou Gabriel.

— Shhhhhh! - exclamei alto com a mão extendida na direção dele.

Ele assustou e pediu desculpas com tom baixo. Caminhamos na direção dele e encontramos um grande pedaço da escada quebrada até o outro lado dela:

— Vamos ter que saltar. - falei esfregando minhas mãos uma na outra.

— Essa distância!? - perguntou Powell agarrando meu braço.

Apenas olhei para ele e soltei-me dele, correndo e saltando para o outro lado. Ao pousar firmei as pernas e olhei para ele no outro lado:

— É, essa distância. - respondi abrindo a mão e criando uma chama branca flutuante sobre minha palma iluminando um pouco o meu redor.

Eles ficaram maravilhados por um momento com a luz, mas foram saltando um por um enquanto eu descia a escadaria. Powell foi o último e acabou não alcançando, mas foi salvo por Elyzia que segurou sua mão no último segundo. Eles logo me alcançaram:

— Isso é magia? - perguntou Etris olhando para a chama.

— Sim, uma magia simples, agora silêncio. - falei fechando meu punho e apagando a chama.

Puxei minha espada da bainha e a segurei com uma mão, enquanto a outra tocava a parede para encontrar o rumo certo. Minhas mãos se moveram na mesma velocidade que o salto de um Carniçal da escuridão, ele caiu com sua cabeça cortada em dois:

— Que merda é essa!? - perguntou Gabriel desembainhando sua espada.

— Carniçais. Amantes da carne humana. - respondi ainda firme com a espada.

Abri a palma da mão em direção à minha frente e soltei um clarão com ela, revelando incontáveis Carniçais. O clarão foi se encerrando e com vários gritos, eles saltaram para cima de nós:

— Fiquem atrás de mim! - gritei ficando em posição de combate.

Meus primeiros cortes foram certeiros, mas eles não acabavam e estavam me esgotando. Abri a palma da mão para frente e soltei uma grande onda de fogo queimando muitos na linha de frente. Corri entre eles enquanto caiam em chamas e saltei pra cima dos demais restantes, cortando-os em pedaços. Com um pé a frente, fiz um giro cortando a cabeça de um e enfiando a espada no peito de outro, o segurando e jogando na direção dos outros lançando contra eles uma ventania os acertando na parede com força e quebrando seus ossos. O último ainda em pé pulou sobre mim do escuro do alto e mordeu meu pescoço, não aguentei e soltei um grito de dor derrubando na mesma hora a criatura com um mortal e enfiando uma de minhas facas em seu pescoço, lançando sangue sobre meu rosto. Empurrei ele de meu corpo e me levantei, todo sujo e ferido, mas ainda firme, minha respiração tava forte e meu corpo pesado:

— Vamos... Prosseguir. - falei ainda cansado.

— As lendas são reais. - falou Etris olhando para mim.

O fogo ainda queimando alguns corpos iluminava o corredor sangrento e morto. Continuamos caminhando e descendo mais escadas, mas desta vez sem encontrar nenhum outro monstros, acho que atraí todos para o show no primeiro andar. Pisei em falso e acertei a cabeça na parede, segurando com força para não cair de cansaço:

— Ygor! - gritou Elyzia me ajudando a não cair junto dos outros.

Pisquei repetidas vezes e firmei meus pés no degrau. Chegamos a mais um andar que parecia ser um dos últimos, não conseguiamos nem enxergar a luz do início:

— Em que andar estamos? - perguntei respirando forte.

— No nono eu acredito, esta masmorra só possui dez. Ou é nesse ou no próx- uma faca atravessou seu crânio o matando na mesma hora.

Os demais se viraram e viram o amigo morto, desesperando e começando a gritar sem pensarem:

— Não gritem porra! - gritei para eles, caindo de joelhos de cansaço.

Etris foi atingido por uma pedra no olho, o fazendo cair no chão e desmaiar. Puxei minha espada e lancei na direção de Elyzia acertando no ar uma faca direcionada a garganta dela, ela assustou com o choque das armas dando alguns passos para trás e tropeçando no corpo de Etris, pulei com minha últimas forças para a pegar, mas cai encima do corpo de Etris sem a alcançar e vendo sua cabeça se chocar contra o degrau e a matar. Powell era o único ainda de pé:

— Powell! - gritei lançando com a minha mão uma forte onda de ar contra ele e a criatura atrás dele.

Eles se chocaram contra a parede e desmairam e eu não aguentei todo cansaço e adormerci ali mesmo. Acordei agitado puxando minha espada e a balançando para os lados desesperadamente:

— Apareçam! - gritei com um olho ainda fechado.

Abaixei a espada depois de alguns minutos de insanidade e percebi que os corpos, haviam sumido, comigo sozinho no local do combate:

— Que merda que tá acontecendo... - me perguntei continuando o caminho pelo corredor.

Ao chegar no próximo andar e último, encontrei o corpo dos quatro esmagados e Goblins bebendo seu sangue e comendo sua carne. Fiquei os observando de longe:

— Eu sabia que isso ia ocorrer... Que merda Ygor. - resmunguei baixo para mim mesmo.

Fechei meus olhos e respirei fundo e então apareci diante deles no final do corredor:

— Ei! Seus porteiros de gaiolas! - gritei desembainhando minha espada com uma mão e criando uma bola de fogo com a outra. Eles me encararam com ódio e se prepararam para o combate. — Hora de morrerem.












23 Aralık 2019 03:12 3 Rapor Yerleştirmek Hikayeyi takip edin
6
Son

Yazarla tanışın

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