Dentre tantas lendas por aí, existe uma que somente os anciões mais antigos têm conhecimento. A lenda da paixão mais impossível do universo, que um dia chegou ao limite de causar a maior desgraça do mundo.
O Amor é um ser instável e de idade desconhecida. Ele vive sua eterna existência trancado em uma câmara, na companhia de seu irmão Ódio, que sempre o perturba e o faz chorar o tempo inteiro. A ninguém é permitida entrada na câmara, exceto o Cupido, responsável por acalmar o Amor e usar suas lágrimas de paixão para banhar as flechas que acertariam os corações das futuras relações amorosas e familiares na Terra. Sem o Cupido, o Amor não poderia existir em paz e traria caos em excesso a todos.
O Destino é jovem e nasceu com a humanidade, há cerca de 200 mil anos atrás. Ele predefine os caminhos de cada ser humano e os entrega à Vida, para serem colocados em prática, mas os muda com frequência e é visto como irresponsável por todos os outros seres anciões.
O Tempo é um dos mais velhos, quase tanto quanto o próprio Universo. É ele quem cuida de todo o tempo do mundo, sendo proibido de interferir na quantidade da vida de alguém e de ajudar a qualquer um que o pedisse.
Um dia, a curiosidade do Destino chegou ao seu ápice. Ouvindo o choro do Amor, o Destino se sentiu triste, sabendo o tormento que aquele ser passava por causa do Ódio. Sem pensar nas consequências, ele entrou na câmara e encontrou o Amor desolado, derramando rios de lágrimas ao seu redor.
Tentar consolar o Amor foi o pior erro do Destino, que não era imune ao grande poder da paixão e, com suas próprias mãos, decidiu enxugar as lágrimas tóxicas do Amor. Sem perceber, ele já estava apaixonado e faltava apenas alguém encontrá-lo, qualquer um, para que aquele sentimento se consumasse e fosse embora.
O Tempo, percebendo que o Destino havia desaparecido do Salão das Escrituras, onde eram escritas todas as sinas do mundo, quase parou ao pensar na possibilidade de o Destino ter encontrado o Amor. Era um ato extremamente proibido e nem mesmo os seres mais antigos ousavam tentar, sabendo o que poderia acontecer se o fizessem, mas o Destino era curioso e inconsequente.
Sabendo dos riscos, o Tempo decidiu ir atrás e encontrou os portais da câmara do Amor e do Ódio abertos. Vendo o Destino abraçado ao Amor, que estava tão sereno que parecia dormir em seus braços, ele pensou que, se o tirasse rapidamente, os outros seres não descobririam e ficaria tudo bem, sem perceber que o Destino já havia cometido o crime de se apaixonar.
Como se mil flechas do Cupido o atingissem, o Tempo, sendo o primeiro a entrar em contato com o Destino, caiu em uma profunda paixão, que duraria até que todo o poder das lágrimas se desgastasse entre os dois.
Nenhum deles estava consciente de seus atos e, cegados pelo amor, trouxeram consigo as almas de muitos que estavam prestes a nascer e viver o que lhes havia sido escrito, mudando completamente suas sinas e os jogando nas várias realidades do espaço-tempo, levando-os aos passado, presente e futuro, sem imaginar ao estrago que poderiam causar naquelas pessoas e no próprio mundo.
Como punição do Universo, o Tempo e o Destino passaram mais de mil anos à procura das almas perdidas, obrigados a consertar seus erros e reconectar os caminhos que se cortaram, reunindo novamente os predestinados e trazendo paz aos que foram perturbados com as mudanças repentinas.
A história da paixão entre o Tempo e do Destino se tornou apenas uma lenda, raramente contada por aí. Não se sabe como os seres humanos souberam, mas a suspeita é de que foi uma das consequências tragas àqueles que tem o poder de se conectar com o Universo, um dom que só as almas mais velhas possuem, para ajudar a quem vive ao seu redor a evoluir com eles.
Dizem que algumas dessas almas ainda vagam por aí, com vidas e destinos que podem ser tão brilhantes quanto o Sol ou tão escuros quanto o ponto mais profundo do oceano. Com suas sortes oscilantes, deverão aguentar até que suas vidas acabem e possam renascer no lugar certo, ou até que o próprio Destino os encontre com o Tempo e lhes entregue um pedaço do que se foi perdido.
"사랑해요, 이도..."
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