sahsoonya sahsoonya

[KaiSoo] [One shot] Jongin é um executivo desiludido pelo amor, e acaba de voltar de uma viagem de negócios, animado para passar mais tempo com seus amigos ChanYeol e BaekHyun. O casal e sua filha Minnie são a definição de "família" perfeita que Jongin possui. Ele acredita que nunca será capaz de reencontrar o amor novamente, até que reconhece em KyungSoo, o babá de Minnie e uma pessoa brilhante em vários sentidos, a felicidade que há muito havia desistido de buscar.


Hayran Kurgu Gruplar/Şarkıcılar Tüm halka açık.

#kaisoo #exo #yaoi #fluffy #+18 #slash #sahsoonya #repostado #Menpreg #chanbaek #kid #ua #lemon
Kısa Hikaye
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okuma zamanı
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He's quite a prince

Notas: E aí people!!!! Trago mais uma das antigas. Espero que gostem.




I’m in love with the Nanny


Aquele era um lindo dia. As árvores se agitavam devido ao vento forte. Os passarinhos prosseguiam em seu canto costumeiro. E o casal andava em meio à multidão de pessoas, completamente atrasado.

- Eu disse pra você que devíamos estar aqui às quatro... - dizia o homem alto e engravatado, abrindo caminho entre as pessoas com uma palpável irritação.


- Ora, você queria que eu deixasse meus pacientes sofrendo? - O baixinho parou enquanto revirava os olhos.


- Remarcasse, oras! - tornou o outro agarrando o pulso do marido e praticamente arrastando-o consigo. - Estamos atrasados... Muito atrasados.


- Eles estavam com dor de dente... - disse o pequeno dentista, se deixando guiar pelo marido até onde vários ônibus estavam parados e uma multidão de pais ia de um lado para o outro buscando por seus filhos.


- Falamos sobre isso em casa. Ela deve estar zangada conosco. - ChanYeol esticou seu pescoço à procura da filha.

As pessoas já começavam a se dispersar, carregando consigo malas e mais malas, e ao longe, uma garotinha está sentada encima de uma mala, perto do ônibus, com seu lindo vestido de cetim esvoaçando ao vento forte. Seus cabelos eram de um Preto brilhante e suas feições eram consideradas as de uma legítima princesa. Olhos chocolate, pele pálida e macia e aquele sorriso. Fazia algum tempo que o casal não via aquele sorriso cheio de dentes. A única diferença agora era que um dos dentes bem na frente estava faltando, mas isso não a deixava menos encantadora. Era a criança mais fofa do bairro, da escola, da excursão à qual tinha ido há uma semana. A menininha parecia feliz e relaxada ao lado dele. Ah, sim, ela não estava só. A seu lado, de pernas cruzadas feito um índio estava aquele que arrancava as risadas da garotinha. Eles jogavam um jogo de tabuleiro, que trepidava devido ao vento e logo, várias peças foram ao chão. A menina ria vitoriosa, e se aproximou do rapaz, dando-lhe um peteleco certeiro na testa.


O rapaz sorria junto a ela. Os pais suspiraram aliviados de saber que Minnie estava feliz e não irritada por seu atraso como haviam imaginado.


Os olhos enormes do rapaz enfim depositaram-se no casal parado não muito longe, admirando a alegria de sua pequena filha e sorriu. Oh sim, Do KyungSoo era o babá de Minnie. O jovem era um dos alunos de ChanYeol na Universidade local. Ele morava sozinho e por essa razão, decidiu disponibilizar seus serviços de babá para complementar sua renda. O professor se compadeceu por seu melhor aluno e deixou que ele cuidasse de sua filha de cinco anos enquanto ele e seu marido dentista saíam para jantar.

Desde que a neném havia nascido, não tinham tido tempo o suficiente para saírem juntos, curtir um ao outro. O rapaz era muito diligente e além de ter feito um ótimo trabalho, tinha muito jeito com crianças... E apesar de BaekHyun ter ficado receoso de deixar sua filhinha com um estranho, ficou tão satisfeito com o rapaz e Minnie, acima de tudo, passou a adorar o jovem e pedir aos pais que deixassem que ele viesse em casa brincar com ela vez ou outra. Isso já fazia um ano, e KyungSoo se tornara o melhor amigo da menina, e uma espécie de filho adotado para o casal. O quebra galho sempre ajudava quando um dois pais ou ambos estavam muito ocupados.


A menina seguiu o olhar do moço e logo avistou seus pais. Eles sorriam, completamente abobados. ChanYeol em seu terno azul, que transparecia toda a sua seriedade como professor e BaekHyun, o mais excêntrico dos dois, que usava um pulôver cor de creme. Os cabelos loiros balançando ao vento.

- Meus appas estão aqui, Soo...


KyungSoo sorriu.


- Eu disse que os dois viriam logo.


Ela lançou um olhar desconfiado aos pais e se voltou ao babá sussurrando:


- Eles estão atrasados.


- Eles estão sempre atrasados. - completou o rapaz, apanhando o jogo e as malas da garotinha antes de dizer: - Você venceu, mocinha.


A garotinha correu até seus pais e os abraçou, ouvindo o quanto eles sentiram sua falta.


- Você perdeu seu primeiro dentinho! - BaekHyun dizia, escancarando a boca da menina, hábito de dentista. - Não acredito que perdi isso...


- O Soo viu... Ele tirou fotos.


Os pais sorriram.


- Como ela se comportou, KyungSoo? - ChanYeol tomou a filha nos braços enquanto os demais carregavam as malas cor-de-rosa da menina.


O rapaz trocou um olhar arteiro com a menina que empinava o nariz e tirou do bolso uma medalha, balançando -a entre os dedos ao dizer, orgulhoso:


- Minnie ganhou a maratona final e os prêmios de beleza...


A menina pôs-se a rir ruidosadamente, e quem não a conhecia, diria que suas feições angelicais não condiziam com a expressão de deboche que ela ostentava.


- Todas as meninas morreram de inveja. Pela minha beleza e pelo Príncipe.


Os pais gargalhavam enquanto o jovem desviava o olhar, embaraçado. “Príncipe” era como Minnie chamava KyunSoo há alguns meses.


- E por que isso, meu anjo? - perguntou BaekHyun destravando o carro.


- Não é óbvio, papai? Quem mais tem um Príncipe lindo assim como o Soo além de mim?


KyungSoo riu baixinho, ajudando BaekHyun a colocar as malas no porta malas.


- Por isso chamamos ele, querida. Para uma princesa como você, nada melhor que um Príncipe para te proteger. - ChanYeol piscou para Kyung enquanto colocava a filha na cadeirinha.


- Te levamos pra casa, KyungSoo? Ou vai pra faculdade agora? - BaekHyun deu partida no carro enquanto o rapaz pálido sentava-se ao lado da menina sorridente.


- Pra casa... Não tenho aulas hoje.


- Certo...


A garotinha e seu Príncipe começaram a cantarolar alguma música de escoteiros no Banco de trás enquanto o casal se olhava apaixonado. Todos naquele carro, acima de tudo, queriam fazer a garotinha Banguela feliz.


***


Jongin ajeitou o topete mais uma vez antes de sair de casa. O executivo estava animado por voltar à cidade após meses fazendo negócios no exterior. Estava muito cansado dos jantares de negócios e estar entre amigos após meses longe lhe era refrescante. Pegou suas chaves e saiu do grande apartamento rumando o elevador.


Na tela da TV, animais coloridos pulam pra lá e pra cá, entoando uma canção daquelas que gruda na mente facilmente. ChanYeol checa o assado na cozinha enquanto seu amado checa sua aparência em frente ao espelho.


- Como vão as coisas?


- Quase lá, meu bem... - disse ChaYeol depositando um beijo atrás da orelha do esposo. Ele aproveitou para inspirar o perfume que desprendia de sua pele.


- Logo Jongin estará aqui. - disse o loiro, fitando a filha, que se pôs de pé e dançava com os animais na TV.


A campainha tocou ao mesmo tempo em que a garotinha se sentou. Um sorriso enorme se abriu em seus lábios quando começou a correr em direção à porta.


- Minnie! Não corra, meu anjo! - BaekHyun a seguia, animado. Fazia tempo que não via seu amigo e sua filha adorava o melhor amigo do casal.


- Tio Kai!!! - a garota gritou ao ver o Moreno na porta, segurando uma garrafa de vinho. Kai abriu um sorriso lindo, entregando o vinho a Baek após abraça-lo e içou Minnie nos braços, girando a menina pra lá e pra cá.


- Uau! Como a princesa cresceu! Faz meses que não a vejo... Como vai a minha favorita?


A garotinha gargalhava enquanto Jongin a girava porta adentro, só colocando-a no chão após um abraço.


- Estou bem... Veja tio, perdi meu primeiro dente... - ela abriu a boca e sinalizou com o dedo uma pequena janela entre os dentes, e Jongin sorria, analisando o pequeno buraco na gengiva da criança.


- Uau... Como vão, meus amigos?


ChanYeol lhe deu um cascudo seguido de um abraço.


- Melhor agora que o amigo galã voltou à cidade.


Sentaram-se, abrindo o vinho que o empresário trouxera.


- E os negócios? - Baek servia as três taças com um sorriso, após colocar um pouco de suco de uva no copo da filha, que se sentara ao lado do amigo.


- Indo. Não quero falar de trabalho hoje. Estou de férias por um tempo. Quero descansar.


- Entendo. Imploro ao Baek que peça algumas férias, mas ele não quer. - disse ChanYeol, segurando as mãos do marido. - Na hora certa, meu amor... É uma época agitada do ano.


- Realmente... - Jongin concordou.


Após o jantar, Minnie ressonava tranquilamente no sofá, enquanto os adultos Conversavam animadamente.


- E então... E sua vida amorosa? - Baek perguntou após terminar mais uma taça de vinho.


- Sabia que iam me perguntar isso. Estou bem sozinho. - Kai disse, sorvendo de sua taça com um meio sorriso.


- Ah, poupe-me Jongin. Você está beirando os trinta, tem que começar a pensar em uma família. Tem que se apaixonar de novo.


Kai riu. O executivo sabia muito bem como era se apaixonar e se decepcionar. Teve experiências muito esclarecedoras ao longo dos anos, e se recusava a apegar- se a seus casos esporádicos justamente por medo de passar por toda a dor e aborrecimento de um rompimento.


- Acho que já tive minha cota de tentativas. Nem todo mundo deseja casar e ter filhos como vocês...


- Isso é verdade. Mas, eu bem sei que você meu amigo, quer uma família. É um homem trabalhador e honesto e merece se permitir isso.
Kai sorriu amargamente.


- Não sei se terei essa chance. Mas, e Minnie? Como ela vai indo? Ela cresceu muito desde a última vez que a vi. - mudou de assunto.


- Ela está cada vez mais esperta. Puxou o Baek, claro. - disse ChanYeol. - O que me deixa triste é que andamos muito ocupados com o trabalho. Sinto que não estamos dando muita atenção a ela. O primeiro dente caiu e não estávamos lá pra ver.

Jongin fitou a garotinha, sorrindo. Ela havia acordado, de súbito.


- Não tem problema. Meu Príncipe cuida de mim... - disse com os olhos brilhando. - Príncipe? - Jongin disse, curioso, enquanto a menina coçava os olhos.
- Nossa, as orelhas dela são quase tão apuradas quanto as suas, amor. - riu Baek.
- Está me zuando, bobo? - ChanYeol fez bico.


- O Príncipe é meu favorito! - a menina dizia animada.


- Achei que o tio Kai era seu favorito. - Kai fez um bico, fazendo cócegas na criança. - Quem é esse Príncipe? Não está muito novinha pra ter um namoradinho, mocinha?


Baek tirou os cabelos da frente dos olhos e disse, ainda risonho:


- Lembra que dissemos que uma pessoa cuida da Minnie quando não podemos? -
Kai assentiu. Já tinha ouvido algo do tipo.


- Pois é. A Minnie adora o Príncipe dela... - Já odeio essa pessoa. - Kai fingiu estar indignado e a menina o abraçou.


- Não fique assim, tio Kai. Você é meu segundo favorito.


- Segundo? Não admito isso. Esqueça seu presente de aniversário de seis anos - fez birra.


- Não faz mal... Meu Príncipe vai me dar algo bem legal de aniversário.


Kai riu.


- Nossa. Nunca vi ela assim.


ChanYeol e Baek assentiram em uníssono.


- E ameaça não trazê-lo aqui pra ver o escândalo. - Baek murmurou, acariciando os cabelos da garotinha.


***


As luzes do novo dia começaram a raiar quando o telefone tocou. Kai acordou sonolento, olhando em volta meio assustado.


Quem ousaria ligar às seis da manhã? Estava de férias, afinal.


- Alô?


- Jongin. Bom dia, é o Baek.


- Sabe que horas são, Byun? - disse mal-humorado.


- Ouça, preciso de um favor. Se houvesse outro jeito, eu não pediria. ChanYeol viajou para um congresso e tive uma emergência na clínica e não poderei pegar a Minnie.


- Ah. Não sei como cuidar de uma criança... O que eu faço? - O desespero começou a se fazer presente. O que faria com a menina o dia todo?


- Relaxe, não vou pedir isso. O caso é que preciso que dê uma de motorista. A Minnie vai sair da escolinha na hora do almoço. Preciso que pegue ela.


- O que faço com ela depois? Levo ela pra você?


- Não. Preciso de outro favor. Você tem que pegar a pessoa que cuida dela na escola e levar os dois pra minha casa.


Kai se sentou na cama. Só podia ser brincadeira. Iria dar uma de babá com duas crianças pra cima e pra baixo o dia todo. Negaria caso não estivesse com literalmente nada a fazer, e suspirou antes de dizer:


- Ok. Me mande os endereços por mensagem e eu pego eles.


- Obrigado, meu amigo.


Jongin levantou-se, resmungando "E eu nem sou o favorito dela".


Encostado em seu carro reluzente à espera da filha de seus amigos, Kai se sentiu como um daqueles pais que pegam seus filhos na escola. A sensação era... Boa. Não foi tão ruim assim, receber aqueles olhares de admiração das mães que esperavam seus filhos. A visão de um belo homem na casa dos vinte, tão bem vestido, com aqueles cabelos cor de chocolate, arrumados num sinuoso topete. O rosto anguloso, os olhos penetrantes, os lábios cheios e aquela pele amorenada.


O homem era um sonho. Alto. Bonito. Confiante. Rico. O sonho de qualquer mulher. Ele sorria simpático, para cada uma delas, imaginando como seria possuir uma família para quem voltar após o trabalho. Alguém para contar as peripécias do ofício e alguém para aquecê-lo em seus braços. A ideia parecia muito boa.


Logo Minnie veio correndo em sua direção. Abraçou o amigo da família e logo estavam dentro do carro.


- Agora vamos buscar seu amiguinho. - disse sorridente.


- O Príncipe vai fazer um almoço bem gostoso para nós dois, tio Kai.


- Ele sabe cozinhar? - ergueu uma sobrancelha, incrédulo.

Afinal. Quantos anos esse menino tinha?


Jongin surpreendeu-se assim que chegou ao destino que o GPS pontuava. Era a Universidade local. O que uma criança estaria fazendo numa Universidade? Será que entendera errado?


- Minnie... - disse, olhando a menina que segurava seu ursinho enquanto olhava ao redor, à procura de seu babá. - O que seu amiguinho faz aqui?


- Ele estuda, eu acho.


Kai coçou a nuca. Estava prestes a perguntar a idade do menino, quando foi interrompido por Minnie que bateu palmas animada, gritando:


- O Príncipe! Ele está vindo! Soo! Aqui!

Ela agitava os braços e Kai seguiu seu olhar, vendo um rapaz que parecia na casa dos vinte, vindo em sua direção com alguns livros em mãos e uma bolsa transversal. Jongin ficou paralisado ao observar o jovem que acenava para a garotinha. Ele era lindo. Era baixinho, tinha lindos cabelos pretos, que contrastavam com a pele pálida e aparentemente muito macia. Os olhos eram lindos, simplesmente incríveis. Muito maiores que de um asiático comum e os lábios cheios e rosados adornavam o rosto angelical do jovem. Seu corpo era magro, porém muito desenvolvido. Com certeza praticava algum esporte. Jongin mal conseguia fechar a boca, tamanho era o espanto diante da figura adorável que já se aproximava dos dois.

- Esse aí é o seu Príncipe? - questionou à menininha.


- É ele mesmo.


Minnie correu para encontrar o rapaz que sorria sereno. Pegou a menina no colo e foi caminhando para perto de Jongin.


- Olá. Você deve ser o tio da Minnie.


Jongin estava ainda mais chocado. A voz do garoto fugia a qualquer descrição. Era suave e grave ao mesmo tempo. Como a voz de um cantor.


- Oi. Sou o Jongin.


Estendeu a mão, que o rapaz apertou com um sorriso.


Por que aquela sensação se acometeu sobre ele assim de repente? O simples toque das mãos fez com que um choque elétrico se espalhasse por todo o corpo do executivo, que recolheu a mão ao ver a expressão confusa do rapaz.


- Do KyungSoo.


Logo eles entraram no carro. Kai dirigia e KyungSoo segurava Minnie em seu colo no Banco do carona.


- Vamos pra casa dos seus pais, princesa.


- Ok, tio Kai. Hoje vai ser muito divertido!


Kai estava muito sem jeito desde que pusera os olhos em KyungSoo. Agora entendia por que Minnie o chamava de Príncipe. Além de muito bonito, o jovem era extremamente educado e dedicado à menina. Ele a adorava.


Chegaram a casa e Minnie correu para trocar de roupa enquanto KyungSoo ia em direção à cozinha a fim de preparar o almoço. Jongin parou à porta da cozinha, observando o rapaz separando os ingredientes que usaria.


- Você faz muito isso?


- Já vim algumas vezes por toda uma tarde. Geralmente fico com a Minnie por algumas horas de vez em quando, para que os pais possam ir jantar. Da última vez fui com ela para um acampamento dos escoteiros por uma semana.


Kai assentiu. O garoto era habilidoso, parecia cozinhar bem.


- Como conheceu os pais dela?


- ChanYeol é meu professor na faculdade. Comentei, certa vez, que precisava de trabalho e que me inscrevi como voluntário no Instituto da mulher, para trabalhar com crianças e ele me aconselhou a oferecer serviços de babá.


- Você parece gostar de crianças.


- Eu gosto. São sinceras e intensas, mas ao mesmo tempo simples. Tem a mente pura, desconhecem a maldade do mundo. São melhores que gente adulta.

Kai admirava as feições do rapaz enquanto este cozinhava. Ele parecia tão puro. Tão jovem. Tão inocente.


- Você também parece bem sincero.


KyungSoo sorriu, enquanto ruborizava. Kai prendeu a respiração.


- Eu tento. E então, é amigo dos pais da Minnie há muito tempo?


- Desde a época do Colégio. Na verdade, eu os apresentei. ChanYeol era meu melhor amigo e Baek um amigo de infância. Os apresentei e logo estavam namorando. Pra mim ficou bem claro que passariam o resto da vida juntos. Logo casaram e Baek engravidou da Minnie. São minhas pessoas favoritas no mundo.


- E você? Tem família também? - disse Soo.


Kai riu levemente.


- Eu sou carreira solo... Apesar de já ter pensado em formar uma família antes.


KyungSoo assentiu silenciosamente. Ele não sabia o porquê, mas havia pensado que um homem tão distinto como Jongin já fosse casado ou algo do tipo, e sentia-se estranhamente feliz por saber que ele era solteiro.


Kai estava se segurando para não perguntar ao rapaz se ele não era comprometido, mas se conteve. Era a primeira vez que se viam e poderia causar a impressão errada no jovem.


- Cheguei. O que tem para o almoço, Príncipe?


- Seu prato favorito...


- Eba!


A contra gosto, Kai disse:


- Acho que está na hora de eu ir. Já cumpri minha missão.


- Que isso, Jongin? Eu insisto que fique para o almoço. Estou cozinhando o suficiente para três.


- Sim, por favor, tio Kai. Quero meu segundo favorito aqui também.


Kai nem se importou por ser o segundo. Ele jamais negaria algo que aquele garoto lhe pedisse. E, de alguma forma se sentiu feliz por não ter que se separar de ambos tão cedo.


- Se insistem... Eu fico.


Minnie o arrastou para a sala, para que jogasse twister com ela enquanto o almoço não estivesse pronto. Kai lançou um olhar a KyungSoo, que acenou sorrindo, enunciando um "está tudo bem" e voltando-se à comida.


O dia se passou entre os risos de Minnie. Jongin estava encantado pela paciência e naturalidade com a qual KyungSoo lidava com a menina. Brincava de tudo que ela desejava, lia pra ela e ensinava algumas coisas também. O rapaz era perfeito.


No fim do dia ChanYeol e Baek chegaram. O baixinho havia ido pegar o marido no aeroporto e acabaram de voltar, encontrando com a filha dormindo nos braços de KyungSoo após a leitura de uma história. Kai lavava a louça. ChanYeol foi levar Minnie para dormir em sua cama.


- Parece que ela teve um dia agitado.


- Ela brincou bastante. Vai dormir por um bom tempo. - disse KyungSoo apanhando alguns brinquedos do chão.


Kai surgiu na sala e o casal se assustou.


- Ora, Jongin, o que ainda faz por aqui? - Baek disse, ajudando KyungSoo a ajeitar a sala.


Jongin corou no ato e a atitude não escapou a ChanYeol.


- Minnie se recusou a me deixar ir...


- Ela gosta muito do Jongin... - Baek comentou.


KyungSoo apanhou sua bolsa e os livros que estavam repousados na mesinha de centro.


- Já vou indo então...


- Muito obrigado por vir encima da hora, KyungSoo-ah, vou depositar na sua conta ainda hoje... - disse ChanYeol sorrindo para o rapaz.


- Disponha. Sabe que me ajuda muito, e adoro passar um tempo com a Minnie.


- Acredite, ela também. Venha, te levo pra casa. - Baek pôs a mão no ombro do rapaz.


KyungSoo fez uma reverência a Kai, e disse:


- Foi um prazer, Jongin.


- O prazer é todo meu, KyungSoo.


E assim os dois se foram porta à fora, enquanto Kai se sentava no amplo sofá preto e ChanYeol lhe lançava uma olhada característica.

- O que foi? - Kai coçou a nuca, olhando ao redor.


- Fala logo... - tornou ChanYeol divertido.


- Falar o que?


- Estou esperando...


- O que?


- Jongin... - ameaçou.


- Onde achou esse garoto?


ChanYeol caiu na gargalhada.


- Eu sabia.


- Ele é incrivelmente lindo! Eu achei que estávamos falando de uma criança, um pré-adolescente. Não um homem desses.

ChanYeol coçou o nariz enquanto estudava a expressão afobada de Kai. Ele já sabia que o amigo teria tido tal impressão quando seu marido lhe dissera que houve um imprevisto e que havia pedido a Kai que levasse o babá até Minnie. Ele conhecia o tipo do amigo. KyungSoo era o tipo do amigo.


- Já entendi. Gostou dele.


- Se eu gostei? Acho que estou severamente encrencado.


Os dois riram em harmonia. Por um lado, Chan sabia que quando Kai colocava algo na cabeça, não descansava até que tivesse conseguido. Mas, sabia como KyungSoo era e soube que o amigo ia ter momentos difíceis caso quisesse investir em algo mais com o babá. Ele temia que Kai fizesse algo que atrapalhasse a relação boa que sua família tinha com o jovem. Minnie o adorava. Porém, aquele brilho nos olhos de Kai era completamente novo, e ele torceu para que significasse algo bom para o amigo, enfim.


Baek deixou o rapaz em seu apartamento. Voltou para casa e encontrou o marido remexendo nas pan enquanto ouvia “sabor a mi”.


- Ora, ora, quem é esse galã preparando o jantar?


- Seu homem estava esperando por você. - ChanYeol depositou um beijo na bochecha do marido e disse, como quem não quer nada:


- KyungSoo chegou bem?


- Sim. Ele me contou sobre o dia da Minnie. É um ótimo rapaz.


- Jongin gostou dele...


- Ora, impossível não gostar de um rapaz tão esforçado, tão... Espera. O que quer dizer quando diz Kai "gostou" dele? Você diz gostar, "gostar"? - Seu rosto iluminou-se com a ideia. Fazia tempo que seu amigo não demonstrava interesse em ninguém é sentiu-se de repente animado com a ideia.


- Sim, ficou todo besta na presença do babá.

Baek sorriu, começando a tecer em sua mente a situação perfeita para juntar os envolvidos na questão de uma forma natural.


- Eu conheço esse olhar aí. O que está tramando? - disse o maior.


- Eu? Nada demais... - a risadinha que soltou foi a prova de que tramava algo.


***


Uma semana se passou sem que Kai fosse capaz de tirar o Príncipe de seu pensamento. Ficava repassando a conversa que tiveram em sua mente, até que seu celular tocou. Ele assistia TV em um programa de culinária qualquer e assustou-se com o aparelho vibrando abaixo de si.


- Oi Kai. É o BaekHyun. Preciso de outro favor...


Os olhos de Kai chegaram a brilhar com a ideia de ver KyungSoo novamente.


- Mas, dessa vez preciso que pegue o Soo primeiro e leve-o ao endereço em que Minnie vai estar.


- Posso fazer isso, Baek.


- Quanta disposição! Obrigado Kai.


Kai logo recebeu a mensagem com a localização. Ao menos teria algum tempo com KyungSoo até chegar onde Minnie estava.


Trocou de roupa, pegou as chaves e saiu de casa com um enorme sorriso nos lábios.


Chegou à Universidade em questão de minutos e logo pôde ver a figura deslumbrante que vinha acompanhado de outro rapaz. Por um momento, apertou os olhos, vendo como KyungSoo conversava e ria animado com o rapaz mais alto que si. Não era tão ingênuo para pensar que fora o único a notar a beleza do rapaz. O outro homem que o acompanhara sussurrou algo no ouvido de KyungSoo e Jongin apertou a chave do carro entre os dedos, instintivamente.



***

- Hey, KyungSoo... Quem é aquele cara manjando a gente? - disse SeHun, sussurrando ao seu ouvido.


Soo avistou Jongin recostado a seu carro, como da última vez. Com a única diferença de que as roupas eram mais casuais. Uma calça jeans apertada nos lugares certos, e uma camiseta de mangas longas e os cabelos pendiam esvoaçando ao vento. “Lindo”- Kyung pensou.


- É um... amigo.


SeHun olhou o melhor amigo de canto antes que dissesse:


- Está de rolo com um ricasso? Ele tem amigos?


KyungSoo gargalhou. Seu amigo SeHun só tinha cara de sonso.


- Eu mal o conheço. Ele só está fazendo um favor ao meu chefe.


- É um gato, hein... Só queria dizer isso...


Kyung lhe deu um beliscão e logo se aproximaram de Kai, que tinha uma expressão impassível no rosto.


- Olá KyungSoo. Como vai?


- Oi Jongin. Desculpe o incômodo novamente... Não deve ser legal ficar dando uma de motorista.


- De forma alguma, eu mesmo me ofereci para ajudar caso precisassem. Além disso, eu queria mesmo passar mais algum tempo com você.


Kyung corou com o comentário e SeHun soltou um meio sorriso do tipo "sei o que fez no verão passado" para o amigo. SeHun pigarreou e se apresentou, vendo que Jongin o ignorara de propósito.


- Sou o SeHun. O melhor amigo do Soo.


A expressão de Kai parece ter suavizado e sentiu-se ligeiramente envergonhado por ser grosso sem sentido. Não entendia por que sentia aquela possessividade com o rapaz.


- Oh, me desculpe. Sou Kim Jongin. É um prazer.


SeHun sorriu e acenou antes de responder:


- O prazer é todo meu... Mas, agora tenho que ir. Te vejo depois, Soo. Não faça nada que eu não faria.


Os dois se sobressaltaram com a fala do rapaz e Soo ruborizou violentamente.


- Me desculpe por ele... - Kyung disse, enquanto seu amigo se afastava cantarolando uma música baixinho.


- Não foi nada. Ele tem uma boa intuição.


Soo estava chocado. Nunca achou que Jongin fosse tão direto. Sentia a tensão que pairava entre os dois, mas achou que o interesse de um homem daqueles não recairia sobre um rapaz sem graça como ele.


- Bem... Vamos indo?


KyungSoo acordou de seus devaneios e assentiu em silêncio.


No caminho conversaram sobre amenidades nunca perdendo o bom-humor. Kai se viu encantado com a determinação de KyungSoo em trabalhar e estudar sendo tão jovem. Soo parecia bem mais novo do que era e saber que aos 20 ele já estava quase se formando em ciências humanas deixou Kai ainda mais animado em conhecê-lo melhor.


Ao chegarem ao parque, ficaram um tanto quanto confusos ao verem que nem Minnie nem BaekHyun haviam chegado. Baek ligara dizendo que teve um imprevisto e já o resolvera. Já estava com Minnie e se desculpou pela inconveniência.


- Acho que não temos mais nada a fazer aqui então... - disse KyungSoo, levantando-se e fazendo menção de ir embora.


- Não vejo por que temos que ir agora. O dia está lindo e já estamos aqui mesmo.
Soo olhou em volta envergonhado.


- Na verdade, isso é bem oportuno pra mim. Queria falar mais com você se não se importa. Gostei da sua companhia.


KyungSoo voltou a sentar-se no banco.


- Ok. Não vejo problema.


Kai sorriu. Não era sua intenção ser muito direto. Não queria assustá-lo, mas teve medo de perder a oportunidade.


- Ouça, KyungSoo, sei que nos falamos só uma vez, mas eu senti um clima muito forte entre nós, não negue pois eu sei que sentiu também...


KyungSoo corou, olhando em volta em total embaraço.


- Queria uma oportunidade de conhecê-lo melhor, se me permitir.


KyungSoo sorriu satisfeito. Na verdade, havia passado noites em claro pensando em como o amigo de seu professor fora gentil e amável consigo, pensando em seu sorriso, no modo devotado com o qual brincava com Minnie. Ele parecia o ideal de homem que ele trazia na mente, além de muito sedutor era charmoso.


- E o que tem em mente?


- Podemos ter um encontro, o que acha? Não temos nada a perder.


- Me parece uma ótima ideia, Jongin.


***


O filme em questão não era nem um pouco romântico. Era um filme meio maluco sobre zumbis e tal. Quando escolheram, não sabiam que iriam dar tanta risada. O filme americano que parecia de terror acabou por mostrar-se uma comédia trapalhona. Os dois dividiam um balde de pipoca e riam muito toda vez que o protagonista fazia algo errado e quase era pego pelos zumbis.

No escuro do cinema, Jongin pensou como a risada de KyungSoo era linda, gostosa de ouvir, e como ele ficava fofo ao cobrir a boca enquanto ria. Estava encantado e às vezes perdia o foco do filme enquanto admirava a pele pálida em meio ao escuro. KyungSoo por sua vez, tinha plena ciência de que o homem ao seu lado o observava sem parar e isso o fez sentir-se feliz. Era muito ocupado e dificilmente tinha tempo para sair e tampouco demonstrava interesse nos garotos que o chamavam para sair.


Todos pareciam apenas a fim de curtir sem nenhum compromisso, mas o jovem nunca quis isso. Do KyungSoo sabia, desde criança que queria formar uma família, ter filhos e uma casa onde todos pudessem reunir-se no Natal. Olhando para Jongin enquanto ele se engasgava com a pipoca que comia, de tanto rir, pensou que talvez, só talvez, tivesse conhecido alguém que quisesse uma família tanto quanto ele.

Em meio aquele breu do cinema, Jongin teve a iniciativa de segurar a mão alheia. E foi correspondido, simples assim. Os dedos dos dois se entrelaçaram no escuro, e os dois ruborizaram ao sentir o calor das duas mãos percorrer seus corpos, os aquecendo por completo. Não era o cenário mais romântico com tripas e sangue na tela do cinema, mas para os dois estava de bom tamanho, e isso era o que importava.


Todo o relacionamento foi se desenrolando em Passos de tartaruga. Jongin estava beirando os 29 e já tinha se ferido muito ao bancar o impulsivo. Teve vários encontros com KyungSoo até que pudesse finalmente chamá-lo de namorado. Soo era muito tímido e dificilmente expressava o que sentia e no dia em que Jongin o pedira em namoro, deixou-o plantado com uma aliança em mãos no meio do parque local, tamanho era seu espanto diante da pergunta.

Jongin olhou em volta, enquanto uma gota de suor escorria pela testa.


- Erm... Soo?


KyungSoo parou de fitar o nada e dirigiu o olhar ao homem de joelhos em frente a si.


- O que, Jongin?


- Você está bem?


- Eu... Sim.


Jongin suspirou antes de dizer:


- Que bom... Mas, estou de joelhos na frente de várias pessoas e meio que está ficando constrangedor ficar nessa posição com o braço estendido. Vai me dar uma resposta ou devo me levantar e fingir que nada aconteceu?


KyungSoo enfim se deu conta da situação daquele que tanto admirava.


- Desculpe, Jongin. Eu sou um bobo. Claro que aceito...


O sorriso mais lindo que o estudante de humanas vira em sua vida se abriu para si. Era só seu. Se sentiu tão feliz, que assim que Kai colocou o anel em seu dedo anelar, beijou seu queixo, quando na verdade mirava os lábios. Acontece que Jongin moveu a cabeça de repente e acabou com o último pingo de coragem que o baixinho tinha. Soo corou violentamente e abaixou o olhar, envergonhado. Jongin viu seu pequeno completamente sem jeito e admirou a coragem que ele demonstrara.


- Hey, Príncipe. - chamou sua atenção.


Soo levantou os olhos e teve seu queixo segurado pelo moreno que sorriu ao dizer:


- Não vá errar dessa vez...


O rapaz hesitou, completamente vermelho e aproximou seu rosto enfim, fitando aqueles lábios cheios tão perto... Tão tentadores. Jongin que tomou a iniciativa. Tomando os lábios do outro em um beijo calmo e cheio de carinho. Num primeiro momento o jovem pálido enrijeceu, estático e incapaz de fazer qualquer coisa que fosse, porém aos poucos foi relaxando nos braços que o rodeavam, se entregando àquele beijo doce e entreabrindo seus lábios para que o ósculo tivesse profundidade. Aquele era o momento mais perfeito de sua vida e o casal se permitiu aproveitar dele.


Daquele dia em diante, todos os dias foram preenchidos com alegria. Os dois casais saíam alegremente para jantar, e o príncipe podia passar mais tempo ainda com sua princesa.


- Meu tio Kai roubou meu príncipe pra ele, papai... - dizia Minnie, enquanto via Jongin abraçado à Soo, ou quando um servia algo direto na boca do outro. Ela sempre tinha um biquinho nos lábios ao dizer isso. Baek sempre ria, assegurando a filha que o príncipe tinha um coração grande o suficiente para manter os dois dentro dele sem maiores problemas.


- Sabe qual a graça da vida, princesa? - disse ChanYeol.


- Qual, papai?


- Logo chegará a sua vez de procurar por seu príncipe, meu amor.


- E ele vai ser só meu?


- Será como desejar...


A menina sorriu, enfim dando-se conta de que não se importava se seria a segunda favorita do príncipe, já que um dia ela teria o seu próprio.




***

Logo chegou o dia da formatura de Soo, e SeHun não parava de dizer a ele o quanto seu namorado gostosão era injusto ao não apresentá-lo a nenhum amigo ricasso e gato. KyungSoo revirou os olhos e avistou seu namorado sentado em uma das cadeiras, com seu sorriso favorito enquanto sacava o celular do bolso de forma a registrar em fotos mais uma conquista de seu amado.



***

Nem toda a timidez que Soo possuía foi capaz de refrear todo o desejo que Jongin sentia por ele. Ele era ciumento e incapaz de passar muitas horas sem tocar seu pequeno, mesmo que superficialmente. Estar com seu amado era como um mantra para si quando chegava do trabalho cansado e mentalmente esgotado. Sempre ia para a casa de seu namorado para conversar sobre seu dia é sempre voltava após trocarem uns cafunés, nunca passando de toques e beijos inocentes. Mas, isso foi mudado alguns meses após a formatura de KyungSoo.

Jongin tinha a chave do AP de KyungSoo e pensou que ele não estivesse em casa quando entrou, encontrando toda a casa escura, em silêncio. Afrouxou a gravata e sentou-se no sofá, a fim de tirar uma soneca até que o namorado chegasse, mas se surpreendeu ao ver Soo saindo do banheiro todo molhado, com uma toalha enrolada na cintura.


Soo não tinha se dado conta do olhar felino sobre seu corpo e apenas disse:


- Oh, Jongin, você chegou?

Seguiu o olhar penetrante do parceiro e notou como estava vestido. Enrubesceu na hora e tentou evadir da sala, mas uma mão segurou firme seu pulso, olhou para trás e notou a expressão admirada de Jongin ao fitar seu rosto fixamente enquanto dizia:


- Você está lindo, meu amor...


Soo desviou o olhar, perdido em seus medos, quando teve o rosto virado pelos dedos habilidosos de Jongin, que o fitava com um sorriso sereno nos lábios.


- Não tenha medo.


- E... Eu...


- Só me deixe amá-lo, meu príncipe.

Soo viu todo o amor e desejo que Jongin sentia por si refletidos em seus olhos e sentiu todos os seus medos se esvaírem naquele momento. E se entregou. De corpo e alma, a aquele que lhe beijava com paixão, que lhe tocava a pele com carinho. Que o envolveu em seus braços enquanto sussurrava em seu ouvido o quanto o amava, o quanto queria tê-lo a seu lado para o resto de seus dias. Em meio aos toques, os beijos que eram distribuídos pelo corpo pálido, os arfares quando os dois corpos se tornaram um, Jongin ouviu as três palavras que nunca ouvira de ninguém até aquele momento. Um “Eu te amo” deixou os lábios trêmulos de Soo, enquanto suas unhas cravavam-se às costas do namorado, descontando todo o prazer que ele lhe proporcionava. Jongin não podia estar mais feliz. Enfim tinha o objeto de sua adoração e o motivo de sua alegria constante, lhe dizendo que também o amava enquanto se entregava a ele de todas as formas.


- Eu te amo mais que tudo meu anjo... Mais que a minha própria vida. - não conseguiu impedir-se de dizer, em completo êxtase.

Jongin não poderia desejar mais nada além do amor de KyungSoo, certo? Ah, mas ele desejava. E não demorou muito para que o pedisse em casamento. ChanYeol e BaekHyun não estavam nada surpresos, afinal, eram testemunhas do amor que surgira entre os dois ao longo do tempo, e sabiam como os corações deles ansiavam um pelo outro.


E a resposta do baixinho não poderia ser mais óbvia. Sim, ele queria passar o resto de seus dias ao lado de seu amado.



***
KyungSoo e Minnie cantarolavam uma música qualquer de “Twice” enquanto KyungSoo dirigia até a escola da garotinha. Ele e Jongin tinham três anos de casados e Minnie estava prestes a completar 11 anos de idade, e os dois planejavam os detalhes da festa da garota animadamente, em meio ao tráfego.

- Príncipe... posso te contar um segredo? Mas, tem que prometer não contar a ninguém... - disse ela, jogando o cabelo para trás. O sorriso angelical continuava o mesmo, mas KyungSoo sabia o quão esperta a garotinha era.


- Claro, princesa, só se prometer não contar o meu.


- Fechado! - cruzaram os dedinhos rindo em seguida.


Ela olhou em volta com aquele sorrisinho sapeca e sussurrou para Soo, como se alguém invisível pudesse ouvi-los:


- Acho que encontrei o meu príncipe...


Soo soltou uma risadinha, animado e curioso.


- Sério? E quem é esse moleque que se atreve a me roubar minha princesa? - arqueou as sobrancelhas falsamente.


- Olha quem fala, aquele que fisgou o meu segundo favorito só pra ele... - cutucou o outro levemente, levantando as sobrancelhas de uma forma engraçada, achando fofa a forma como seu amigo se envergonhava toda vez que seu marido era citado.


- E então? Quem é esse Príncipe aí?


- Vai conhecê -lo na minha festa, prometo, mas não pode contar aos meus appas.
- Ok. Promessa é promessa. Estou ansioso para conhecê -lo, mas só vai namorar com ele se eu permitir, hein... - gracejou.


- E então... Qual é seu segredo? É sua vez...

KyungSoo sorriu, dando uma piscadinha antes de dizer:


- Estou esperando um filhinho do seu tio Kai...


A menina arregalou os olhos e em seguida pôs-se a gritar e remexer-se no banco do carona, batendo palminhas afoitamente antes de dizer:


- Ai meu Deus! Estou tão feliz! Um bebezinho para brincar comigo... Parabéns Soo!!!

KyungSoo observou o escândalo que ela fazia com um sorriso. Já antecipava qual seria a reação de seu amado ao descobrir que seria pai.


- Mas, lembre-se que este é o nosso segredo, promessa de mindinho.


- De mindinho. - entrelaçaram os dedos novamente, sorrindo um para o outro.



***
KyungSoo adentrou a espaçosa casa, já sentindo o cheiro inconfundível de lasanha. Seu marido às vezes se aventurava na cozinha, e após muitas tentativas incentivadas pelo esposo, já era capaz de cozinhar muitos pratos deliciosos.
Kai estava tão absorto no que fazia que não notou o rapaz pálido parado à porta da cozinha, sorrindo completamente satisfeito com a vida que construíram juntos e, a seus olhos, perfeita.


Os olhos de Jongin voltaram-se ao seu amado, vendo em seus lábios aquele sorriso em formato de coração que sempre o enlouquecera. Ele era tão lindo.


- Olá meu príncipe... Espero que esteja com bastante fome, pois cozinhei para todo um batalhão... - disse Kai coçando a nuca antes de distribuir beijinhos molhados pelo pescoço do marido, fazendo-o se arrepiar.


KyungSoo se sentia completo naquele momento, era tão sortudo por enfim encontrar alguém que o amasse do jeito que era e ser capaz de amar de volta incondicionalmente.


- Pra mim está ótimo, agora que estou comendo por dois... - disse, com um meio sorriso enquanto ainda era abraçado por trás.


Sentiu de imediato, o corpo atrás de si enrijecer, e por um minuto Kai não se moveu. Recobrando a consciência, Jongin virou seu esposo de modo a olhar bem fundo dentro daqueles orbes negros enormes e disse, afoito:


- O que você disse? Repita, por favor...


- Disse que está bom já que... Estou comendo por dois, meu amor... Você vai ser papai.

Jongin ficou tão pasmo que só se deu conta de que não era um sonho quando recebeu um leve beliscão do marido, que com um sorriso disse:


- Fala alguma coisa, amor...


Ele começou a gargalhar e chorar ao mesmo tempo e KyungSoo pensou que acertara ao adivinhar qual seria sua reação. Ele pôs ambas as mãos na cabeça, com um sorriso que ia de orelha a orelha enquanto lágrimas ainda desciam de seus olhos. Nunca tinha estado tão feliz na vida.


- Eu não acredito... Vamos ser pais?


KyungSoo assentiu, beijando sua bochecha.


- Meu amor... Eu estou tão feliz! Vamos começar nossa família! Vamos ser pais!!! Este é o melhor dia da minha vida!!

Desatinou a beijar todo o rosto do amado, dando-lhe selinhos afobados enquanto ainda sorria abertamente.


- Você diz isso todo dia... - disse Soo emocionado.


- Isso, por que você faz todos os meus dias serem os melhores... Não sabe o quanto estou feliz... O quanto eu te amo, meu amor...


Levantou o marido do chão, mesmo com seus protestos e o girou no ar, imerso numa aura de felicidade que parecia irradiar por todo o cômodo.


Nunca esteve tão certo de que seria tão feliz quanto naquele momento, ao lado de seu príncipe e sabendo que ambos estavam para realizar seu maior sonho, de construir uma família juntos.


Trocaram um beijo apaixonado. Naquele momento não havia pressa, eles teriam todo tempo para comemorar seu amor juntos, quem sabe, sei lá... Pra sempre...





***I'm love with the nanny***

21 Mart 2019 02:27 0 Rapor Yerleştirmek Hikayeyi takip edin
3
Son

Yazarla tanışın

sahsoonya Sahsoonya KPOP, ROCK, ANIME, DORAMA, GAMES, POETRY, HORROR MOVIES, ENGLISH, KIDS EXO - KAISOO "I would prefer not to" - Bartleby the scrivener (Herman Melville)

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