invisibilecoccinella Mary

Este sol de agosto acende a nostalgia, um desejo de percorrer o mundo para sentir de novo aquela alegria genuína por simplesmente fazer parte desse brilhante espetáculo que é o “existir”. Olho para um desenho antigo e me encontro ali naqueles rabiscos doces como a infância que não mais regressará, rememorando no sabor almiscarado todas as sinestesias de um mundo que não existe mais.


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Sol de Agosto

O sol vívido e reluzente de agosto indica que outra primavera se aproxima. O espetáculo de cores aquece as almas empanturradas de responsabilidades, inspira os desavisados e me faz lembrar que embora eu esteja em plena forma e me mantenha firme, encontro-me bem distante de ter superado.

Meu bem há feridas que nem os próprios anos com a indulgência pertinente a um grande aprendizado são capazes de estancar. Aprende-se a conviver com a dor, mas isso não significa que ela apagou tudo de bom que restou, que eu matei você dentro de mim.

Eu só faço uso de uma carapuça confortável para lutar pelo meu espaço nesse mundo vaidoso, insano, egoísta e intolerante. Meu sorriso esconde com maestria todas as lacunas da saudade que apesar de contida é tão forte quanto no primeiro dia que não deu quaisquer sinais de sê-lo.

A vida tem dessas coisas.

Num dia te surpreende com um presente que te cobre de esperança e ternura. No outro, sem quaisquer explicações, as reviravoltas são o pronunciamento mais formal e monocórdico possível de que um lindo sonho se tornará apenas uma lembrança qualquer a exemplo de tantas outras.

Neste horizonte tão grande eu busco saber se aí do outro lado está você, tal como a primavera, apenas esperando o momento certo de aparecer e a tudo iluminar.

Meu olhar brilhava igual à lua quando eu tinha o privilégio de te ver. Cada segundo equivalia à eternidade. O infinito se conjugava com o advérbio temporal que saía doce quando pronunciado.

Agora.

Se eu pudesse pegar carona numa nuvem e viajar pelo tempo, faria qualquer coisa para nunca perder você. No entanto apenas os meus pensamentos podem voar e às vezes quando o sono escapa, eu imagino como seria bom se você estivesse aqui...

Este sol de agosto acende a nostalgia, um desejo de percorrer o mundo para sentir de novo aquela alegria genuína por simplesmente fazer parte desse brilhante espetáculo que é o “existir”.

Olho para um desenho antigo e me encontro ali naqueles rabiscos doces como a infância que não mais regressará, rememorando no sabor almiscarado todas as sinestesias de um mundo que não existe mais.

Cada palavra esconde um punhado de lágrimas que escorrem pelas palmas das mãos como todos os meios de recuperar o tempo perdido. As expressões são bem sucintas com relação ao que houve: a dor que te causaram também é minha porque ferindo a você, destruíram a mim.

Sou aquela que ainda não consegue falar de você sem chorar. Não sei mentir. Um ano se passou e eu não tive forças para me refazer, não encontrei o melhor caminho para isso, para seguir em frente sem necessariamente te esquecer.

Vai ser inútil fazer de conta que você nunca existiu. Seria apagar a minha trajetória no mundo, todas as boas sensações que o mais puro amor desperta em alguém.

Espero que haja um jeito melhor de lidar com as situações sem ter que fugir delas. Não adianta fazer as malas e ir embora se para onde quer que eu corra você estará.

20 Mart 2019 00:00 0 Rapor Yerleştirmek Hikayeyi takip edin
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Son

Yazarla tanışın

Mary uma joaninha itinerante que atende por Maria, Mary, Marisol, que ama previsão do tempo e também contar histórias. na maior parte do tempo, invisível.

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