Washington D.C
15 de Abril, 2000.
A rua estava vazia, silenciosa, e só era iluminada pelas luzes dos postes. Anna havia acabado de sair da faculdade, não era seu horário normal de sair, mas havia ficado para uma comemoração de aniversário, sua amiga havia insistido para que ela ficasse e Anna não havia visto nenhum problema no pedido.
Ela deveria ter se ligado no horário.
Naquela noite infelizmente Anna não sabia que o mal estava à solta, espreitando pela escuridão que tomava parcialmente a rua. Ela caminhava com calma, não havia se embebedado, não era de seu feitio. Seus pés estavam doloridos e em sua boca ainda possuía o gosto doce de refrigerante. Seus pés estavam doidos, mesmos ainda calçados por seus tênis de marca, bastante caros. Ela sentia sono, bastante para falar a verdade,seus olhos quase se fechavam tamanho era o sono que Anna sentia.
Estava próxima de sua casa, só mais um quarteirão e iria chegar na pequena casinha de sua família. Era uma casa simples, nos subúrbios de Wahington, com três quartos, sala,cozinha, banheiro e um enorme quintal, o máximo que seu pai poderia manter. Sua família era bastante simples, um pai viúvo e duas filhas, bastante normal. Sua mãe havia morrido quando Anna tinha 14 anos, era recente, havia morrido no parto de sua irmã, que hoje tinha 4 anos. Anna não conseguiria sentir raiva da pequena Elibeth Bernard, a morte de sua mãe fora bastante trágica, mas sua irmã não tinha culpa.
Um barulho alto e seco, que se assemelhava a algo caindo no chão, foi ouvido pela rua, até então, silenciosa. Anna parou de andar e, por um instante, achou que não estava sozinha, mas logo descartou essa ideia, já era quase meia noite, todos naquele momento deveriam estar em suas casas, ou então em uma boate qualquer. Continuou andando, dessa vez mais rápido, a rua estava começando a ficar mais escura, e ela estava próxima de casa, ela sabia que estava.
Mas ela estava errada, não estava sozinha na rua. Naquela noite, nem todos estavam em suas casas, ou em alguma balada que rolaria naquela madrugada, não ainda tinha alguém, alguém que não estava preocupado em voltar para casa, ele estava livre, e agora atiçado com sua próxima presa: Uma linda garota de cabelos ruivos e feições delicadas, que não deveria estar na rua naquela hora da noite.
Outro som foi ouvido, e os passos de Anna se tornaram cada vez mais apressados, como se estivesse correndo. Agora ela sentia medo, um medo crescente na boca do estomago. Seus passos se apressaram cada vez mais, ate ela finalmente notar que corria, como se sua vida dependesse daquilo, e realmente dependia, mas infelizmente ela não foi rápida o suficiente, infelizmente ele a pegou.
Ele estava bastante irritado, havia passado grande parte do caminho observando aquela menina, estava atraído por ela, a queria para si e a teria. Não deixaria que ela escapasse assim tão fácil.
Suas mãos grandes e fortes agarraram os braços pálidos de Anna com certa brutalidade. A garota gemeu, gritou e esperneou, enquanto se debatia nos braços do homem. Ele a arrastou pela rua escura, se deliciando com os gritos da garota.
- Vamos minha delicinha, você vai gostar, eu te prometo, não vai doer – ele disse, sua voz tinha um grande tom de prazer que fez com que Anna tremesse por inteiro.
As pernas dela já não respondiam, ela não conseguia correr por mais que tentasse. Anna foi levada, arrastada, até um beco sujo que era bastante próximo do fim da rua, ela o conhecia. Passava por aquela rua todos os dias, então já havia visto os demais garotos da rua fumando naquele beco. Seu corpo foi jogado no chão emporcalhado de lixo e Anna sentiu as primeiras lagrimas caindo.
- Vamos nos divertir um pouco – ele disse.
Os momentos que se passaram depois foram de dor e sofrimento para Anna, tudo passou de forma dolorosa e deprimente. Suas lagrimas caiam salgadas por seu rosto, deslizando pelo canto de seus olhos e terminando em seus ouvidos. Em sua mente apenas se passava a promessa que havia feito para sua irmã antes de sair de casa. Queria ter voz para poder falar, pedir para ele parar, mas nada conseguia, não era mais possível. Ela estava indo embora, se esvaindo de sua calma e tranquila vida.
No dia seguinte, a policia encontrou o corpo de Anna Bernard na encosta de um morro, um pouco distante da verdadeira cena de crime. Um caso fora aberto, para resolver o homicídio da menina de 18 anos que voltava da faculdade, o assassino nunca foi pego, o caso foi arquivado.
Mas ninguém imaginaria que 18 anos depois o caso seria realmente aberto e, para a felicidade de grande parte da população, tinham provas concretas.
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