ghyun GHyun .

“Eu o alertei para não olhar. Agora não há como escapar. Quando do sono despertar, lá ele vai estar.”


Hayran Kurgu Gruplar/Şarkıcılar Sadece 18 yaş üstü için.

#exo #minseok #xiumin #mistério #sobrenatural #suspense #drama #lendas-urbanas
Kısa Hikaye
5
5.9k GÖRÜNTÜLEME
Tamamlandı
okuma zamanı
AA Paylaş

Não olhe!

Quando era criança, aos cinco anos, Kim Minseok acordava chorando e gritando durante a madrugada. Seus pais, preocupados e assustados, perguntavam-lhe o que havia acontecido e a criança respondia que tinha acordado por causa de barulhos de arranhados e sussurros, e pedia para que olhassem debaixo de sua cama. Os pais, para acalmarem-no, olhavam debaixo do móvel, mas nada viam.

Dois anos mais tarde, agora com sete anos, acordou novamente chorando e gritando durante a madrugada. Seus pais perguntaram-lhe o que havia acontecido e a criança respondeu-lhes a mesma coisa de dois anos atrás: havia ouvido arranhados e sussurros no quarto, e pediu para que olhassem debaixo da cama. Os adultos, para acalmarem-no, olharam debaixo do móvel e nada viram. Para provarem ao filho que não tinha nada lá, pediram para que olhasse também, porém, quando a criança se abaixou, em vez de ver apenas o breu, deparou-se com um par de olhos brilhantes que lhe sussurrou algo que não entendeu. Minseok gritou desesperado e agarrou-se nos pais, dizendo que havia algo debaixo da cama.

A partir daquela noite, passou a dormir com os pais até a adolescência. Após incontáveis idas a psicólogos, especialistas em crianças, médicos — e outros que nem mesmo entendia o que eram —, ele superou seu medo e voltou ao quarto por volta dos treze anos.

Com o passar dos anos, o ocorrido não se repetiu e o garoto chegou até mesmo a esquecer pelo o que tinha passado. Formou-se no colégio, na faculdade de Artes — focando na área de fotografia —, conseguiu bom emprego em uma empresa e clientes fiéis como freelancer, morou com um amigo por dois anos até conseguir comprar a própria casa, e passou a morar sozinho.

Aos vinte e sete anos, enquanto arrumava a câmera e o equipamento que usaria no trabalho no dia seguinte, ouviu um barulho que o assustou e, sem querer, acabou tirando uma foto de sua cozinha. Riu por ter levado o susto e tirado uma foto inútil, e prontamente foi apagá-la, mas parou ao notar algo estranho debaixo do armário da cozinha: um par de orbes brilhava debaixo do móvel. Estranhando, Minseok aproximou-se do armário e verificou o que poderia ter causado aquilo na foto, mas nada viu. Apagou a fotografia. A resposta que encontrou para aquilo era que poderia ser reflexo de algo.

Cansado por já ser tarde, escovou os dentes e aprontou-se para dormir. Deitado, passou a ouvir sons pela casa: estalidos, a torneira da pia pingando, e até mesmos passos quase silenciosos — tudo fora de seu quarto. De madrugada, levantou para ir ao banheiro, aproveitou para fechar a torneira direito e conferir se estava tudo fechado na casa.

Deixou a luz do corredor acesa e voltou para a cama. Enquanto tentava dormir, ouviu estalos no quarto e, bem baixinho, passos se aproximarem. Pensou ser algo de sua mente e ignorou, virou para o canto e relaxou para dormir. Quando estava quase adormecendo, ouviu uma respiração ao seu lado e uma voz baixa que parecia ter feito muito esforço para proferir o aviso:

— Ele está vindo.

Minseok arregalou os olhos e virou-se a tempo de ver o ser correndo para debaixo de seu guarda-roupa. Como tinha apenas a claridade da luz acesa do corredor que entrava pela fresta da porta, achou que estivesse imaginando coisas por causa do sono — além de que era impossível, fisicamente, de uma criatura caber naquele espaço tão apertado¹ — e voltou a deitar. Porém, mal dormira naquela noite.


Na segunda noite que vira a criatura, Minseok passava as fotos do serviço para o computador e foi até a cozinha buscar um copo de água. Ao retornar, a viu debaixo de sua mesa. Sua aparência poderia ser descrita como a de uma criança, se não fosse os olhos totalmente negros, a pele pálida, a falta de boca na face e garras nas mãos em vez de dedos. Estava de cócoras, o observando, sem demonstrar que atacaria.

Minseok não pensou duas vezes, largou tudo ligado, jogou o copo de água longe, e correu para o quarto. Trancou a porta e escondeu-se debaixo da coberta como fazia na infância. O que ele não sabia era que a criatura tinha permissão para entrar no quarto, ele o havia dado quando, na primeira noite, saiu do cômodo para ir ao banheiro².

Carazi era seu nome. Diferente do que Minseok imaginava, ele não lhe faria mal, apenas o observaria e causaria insônias e pesadelos com sua presença. Porém, o mais importante, estava ali para alertá-lo do perigo que se aproximava³.

Arranhou suas garras na porta ao tentar segurar a maçaneta, mas, como a porta estava trancada, de nada funcionou.

Minseok suspirou aliviado ao ver que a criatura não conseguiria entrar, porém, após alguns minutos, ouviu sua respiração ao lado da cama. Olhou, não sabia o porquê de fazê-lo, mas nada vira. Algo ainda o alertava de que a criatura estava ali, e foi então que se lembrou de quando era criança, do monstro debaixo de sua cama. Lutou contra sua mente, a curiosidade, para não olhar, e venceu.

Deitou-se e se protegeu com a coberta.

— Ele está aqui. — a criatura o avisou com a mesma voz baixa.

Minseok não sabia do que ela estava falando e nem queria descobrir. Horas mais tarde, especificamente de madrugada, ouviu passos do lado de fora do quarto, que logo cessaram, e olhou por uma fresta da coberta.

Viu, graças à claridade do outro cômodo, uma sombra parada na soleira da porta.


No terceiro dia, Minseok estava cansado e irritado por não ter conseguido dormir. Se não fossem as obrigações de adulto, nem iria para o trabalho. Conversou com seus pais sobre o ocorrido por ter se lembrado da infância, e eles aconselharam que procurasse ajuda.

O rapaz marcou uma consulta com um médico para daqui uma semana.

Naquela noite, ao começar a ouvir barulhos pela casa enquanto assistia televisão, optou em dormir ouvindo música. Ao entrar no quarto, verificou debaixo da cama e viu o par de olhos brilhantes — os mesmos olhos que vira quando era criança. Sentiu o coração disparar, queria correr dali, ir para a casa dos pais ou amigos, mas sabia que o tachariam de louco, então escolheu enfrentar — com sorte, ele sumiria como havia acontecido quando tinha sete anos.

Conseguiu dormir graças às músicas que o impedia de ouvir os sons horripilantes no quarto. Se não fossem essas poucas horas que conseguiu dormir, teria passado a noite toda acordado, pois, de madrugada, despertou ao sentir uma sensação horrível.

— Não olhe. — alertou a criatura embaixo de sua cama.

E Minseok a obedeceu.

Porém, seu coração disparado, a sensação horrível que sentia como se houvesse um peso sobre si, o fez começar a chorar. Sua mente querendo olhar ao mesmo tempo em que não queria, querendo saber como havia ouvido a criatura debaixo de sua cama sendo que ainda estava com fone de ouvido.

As músicas o protegeram de ouvir os barulhos horripilantes que a criatura fazia, seus passos, seus resmungos.

No dia seguinte, Minseok não foi trabalhar por não estar em condições. Não havia dormido após despertar de madrugada e chorara a noite toda. Chamou um amigo para que o fizesse companhia, mas não contou sobre o que estava passando.

De noite, enquanto assistiam um programa de variedade, Minseok viu Carazi agachado debaixo de sua mesa de trabalho e percebeu que seu amigo não o via. A criatura, ao ver que tinha a atenção do humano, lentamente fez um sinal negativo com a cabeça. Minseok não entendeu.

Na hora de dormir, arrumou um colchão ao lado de sua cama para o amigo dormir. De madrugada, despertou ao ouvir um resmungo ao seu lado e, ao abrir os olhos, viu uma sombra debruçada sobre seu amigo. Percebeu que o resmungo que ouvira era a criatura falando, mas não conseguia compreendê-la. Ao sentir que estava sendo observado, fechou os olhos e, ao abri-los novamente, ela não estava mais lá.

No quinto dia, Minseok pediu para que o amigo fosse embora e o agradeceu pela companhia, mas a verdade era que não queria colocá-lo em perigo. De noite, já em sua cama, viu os olhos brilhantes de Carazi debaixo de seu guarda-roupa e ouviu sua voz dizer: “Eu o alertei para não olhar. Agora não há como escapar. Quando do sono despertar, lá ele vai estar.”. Minseok ficou com aquilo o atormentando por várias horas, e isso o ajudou a não dormir tão cedo.

Queria ver a criatura, mas sabia que não teria coragem de olhar para ela por causa da noite anterior, e foi quando uma ideia surgiu em sua mente. Pegou uma das câmeras com visão noturna que usava para trabalhar e a colocou em um tripé no quarto, e a deixou filmando. Porém, como estava cansado por não ter dormido o suficiente na noite anterior, acabou caindo no sono.

Acordou ao sentir o colchão abaixar perto de seus pés. Imediatamente encolheu as pernas e, pela fresta da coberta, verificou se a câmera ainda estava gravando. Vendo a luz piscar, voltou a se esconder debaixo da coberta e esperou que o dia clareasse.

Ao amanhecer, conectou a câmera no computador e assistiu ao vídeo de longa duração. Quando o relógio marcou três horas da manhã, Minseok viu a criatura entrar no quarto e sentar na cama, sendo este o momento em que havia acordado e encolhido as pernas.

A criatura de aparência humanóide possuía a pele acinzentada, o corpo torto como se tivesse sido torcido ou sofrido um acidente, e o curioso foi que ela permaneceu de costas durante toda a gravação.

Minseok ficou apavorado. De início, havia pensado que era criação de sua mente, mas agora tinha a gravação para provar o contrário.

Lembrou-se que um de seus amigos gostava de coisas sobrenaturais e mandou uma cópia do vídeo para ele, que logo retornou a mensagem perguntando onde tinha conseguido aquilo. Respondeu que era uma criação própria, e a resposta que recebeu foi em tom de brincadeira: “Está zoando, né? Essa é uma boa edição, cara!”. Minseok entrou na brincadeira e questionou o que tinha de preocupante e o que era aquela criatura, e recebeu a seguinte resposta: “Cara, segundo a lenda, somente pessoas escolhidas podem vê-lo. Este é o Rake, ele mata suas vítimas.”.

Minseok começou a ficar mais preocupado do que já estava e, por via das dúvidas, perguntou o que a pessoa, a tal vítima, poderia fazer para se livrar dele, e recebeu a resposta: “Nada. Não adianta fugir, ele irá seguir, nenhum lugar é salvo. Quando você o vê pela primeira vez, cria uma conexão direta com ele. Nesse caso, se o Rake já está sentado na cama, quer dizer que logo a pessoa irá morrer. Creio que seja o quinto dia, então só resta mais dois dias de vida para a vítima.”.

Minseok encarou a tela do computador ao ler a resposta e deu um riso nervoso.

“Deve haver algo que ela possa fazer.”, comentou na esperança do amigo se lembrar de algo.

Hmm. Não que eu me lembre, cara. Ela realmente já está condenada.”. Minseok encarou a resposta por longos minutos e só voltou a si ao ver a nova mensagem. “Minseok? Está tudo bem?”

“Sim, tudo bem.”

“Oh! Estou fora da cidade hoje, mas daqui quatro dias irei voltar. Qual tal sairmos para beber?”

“Pode ser.”


O rapaz ainda tinha esperanças de que havia uma forma de se livrar da criatura, mas, segundo seu amigo, nada a fazia ir embora após criar a conexão com a vítima. A pessoa podia se benzer, fugir para outro lugar — o mais longe que pudesse ir —, fazer o que quisesse, mas a criatura a perseguiria até matá-la. A única forma de não ser atacado era não dormir, mas era impossível humanamente passar vários dias em claro. Ou seja, mais cedo ou mais tarde, a pessoa dormiria e seria atacada pela criatura.

Minseok passou o dia todo assistindo a gravação, procurando um ponto fraco e tentando entender o que a criatura tanto murmurava. Somente quando perdeu as contas de quantas vezes já havia ouvido os murmúrios que o rapaz entendeu o que eram.

O nome Rake originava dos sons que a criatura produzia.

Minseok perguntou ao amigo se adiantaria que a pessoa dormisse de dia e passasse a noite em claro, mas recebeu uma resposta nem um pouco motivadora: “Não adianta. Não importa se é de dia ou de noite, Rake irá atacar. Por que está tão interessado nele, Min? É só uma lenda.”.

“Por nada, achei interessante”, respondeu.

Ele ainda tinha esperanças de que o amigo pudesse estar errado. Colocou seu celular para despertar a meia-noite e tratou de dormir o mais cedo que pôde. Faltava menos de cinco horas para a madrugada, mas já era o suficiente para descansar um pouco. Se estivesse certo, Rake aparecia apenas de madrugada.

Não havia dado nem onze horas no relógio quando Minseok acordou em pânico ao sentir algo segurar sua perna. Viu a criatura sentada no final da cama, mas dessa vez ela estava virada, como se estivesse o observando enquanto dormia, e havia segurado sua perna apenas para acordá-lo e deixá-lo ciente de que estava ali.

Minseok estava tão em pânico que não conseguia ter nenhuma reação: não chorou, não gritou; apenas ficou encarando seus vazios olhos negros — que pareciam brilhar ao observá-lo —, enquanto a criatura permanecia no quarto, sentada em sua cama.

Quando Rake foi embora, pouco antes de amanhecer, o rapaz começou a chorar de medo.


Sabe quando você está deitado para dormir e começa a ouvir estalos na casa e pensa racionalmente que é apenas o metal ou a madeira dilatando? Ou, então, quando ouve passos silenciosos, sons que não consegue compreender, ou sente um arrepio na espinha, uma sensação de estar sendo observado e não consegue se mexer apesar de tentar, e sente uma pressão nas pernas? Foi exatamente por isso que Minseok passou no sétimo dia, quando Rake veio buscá-lo.

02 Temmuz 2018 17:02 2 Rapor Yerleştirmek Hikayeyi takip edin
6
Son

Yazarla tanışın

GHyun . FICWRITER Perfil no Spirit: https://www.spiritfanfiction.com/perfil/ghyun Perfil no Wattpad: https://www.wattpad.com/user/GHyunFox Perfil no AO3: https://archiveofourown.org/users/GHyun/pseuds/GHyun Perfil no Twitter: https://twitter.com/GHyunFox

Yorum yap

İleti!
Afogata   Afogata
momentos em que eu nem ouço exo mas adoro fanfics de lendas urbanas então aqui estou eu
July 11, 2019, 22:19

  • GHyun . GHyun .
    aa Espero que tenha gostado, de qualquer forma ♥ July 25, 2019, 00:30
~