“— Ehh?, mas você não pode, eu te proíbo! — o garoto de cabelos rosados inflou as bochechas e virou a cara emburrado enquanto cruzava os braços.
— mas não sou eu rosinha, já falei que não quero ir.
— para de me chamar assim — ralhou ele ficando mais nervoso.
— haha — debochou ela com uma pose de desdém — então pinta esse cabelo com uma cor normal, quem em sã consciência nasce com cabelo cor de rosa?
— não meu provoque baixinha — virou-se para ela com os punhos erguidos.
— eh? Vai me bater rosinha? — ela colocou a mão em frente os lábios para conter uma risada, adorava implica-lo. Viu ele baixar os punhos lentamente e baixar também a cabeça.
— eu não faria isso — o tom de sua voz mudou drasticamente, ficando mais baixa. — você é uma garota. — ergueu os olhos de volta para ela — por que mentiu falando que não ia?
— não sou eu — respondeu ela sentando-se com cuidado próxima a piscina do jardim de sua casa cruzando as pernas, a voz antes brincalhona e debochada agora era triste e sem vida. — papai está me obrigando! Eu pedi pra ele me deixar ficar aqui, mas ele nem me ouviu. Mamãe concorda com ele.
— isso não é justo — respondeu zangado — qual a diferença de estudar aqui? Por que os adultos são tão idiotas?
— não sei.
— hunf, se você vai então tudo bem, não tô nem aí, mas acho que vou ter que arrumar a estufa de lírios sozinho. — inflou ainda mais as bochechas, virando-se pro outro lado.
—eh? Você não pode fazer isso Natsu...
— claro que posso! Que bom que não sou nenhum riquinho que foge dos amigos, também não vou ficar esperando sei lá quanto tempo até você voltar. Vou pedir ajuda pra Erza quando ela chegar!
A pequena olhou para o amigo com os olhos marejados e baixou a cabeça.
— você prometeu que arrumaríamos a estufa juntos — a voz infantil e triste dela soou chorosa.
Ela sentiu ele se aproximar e se sentar ao lado dela.
— você também prometeu que não iria embora — disse mais calmo, porém ainda chateado.
— mas eu vou voltar — respondeu ela baixinho.
—hum — resmungou de volta simplesmente.
Natsu encolheu os joelhos e os abraçou frente ao peito virando o rosto para o outro lado, continuava emburrado mas sabia que aquilo não era mesmo culpa dela. Ficaram ambos em silêncio por alguns instantes.
— desculpa — disse ele sem se mover da posição que estava — prometo não mexer na estufa, eu te espero.
No mesmo momento os olhinhos da doce menina se iluminaram e olharam para o amigo. Sem se importar ela se jogou desajeitadamente em cima dele em um abraço carinhoso.
— obrigada, Natsu!
Natsu retribuiu o abraço sem jeito sentindo as próprias bochechas esquentarem envergonhado pela atitude inesperada.
— seu pai não disse quando você volta? — perguntou ao seu separar dela.
—mhm— negou com a cabeça — só sei que vou morar com minha madrinha enquanto isso. Acho que até eu cursar o primeiro ano da faculdade.
— Ehh? É mais tempo do que eu pensava — alarmou-se ele, logo mudando sua voz para um tom mais brincalhão — ainda mais você que não sai do primário — riu apontando o dedo pra ela debochando e vendo uma veia saltar da cabeça dela.
— eu não sou você rosinha — brigou —pra sua informação eu já terminei o primeiro ano do colegial — esnobou-o mostrando a língua.
— claro que já, você tem dinheiro! Eu uso minha magnífica inteligência e você sua grana.
— ei o que isso tem a ver? — perguntou indignada.
— nada não — desconversou — olhando pro outro lado. — Lucy? — chamou-a após alguns momentos de silêncio.
— hm?
— tenho uma coisa pra você! — enfiou a mão no bolso do moletom preto e desgastado que usava e retirou uma pequena sacolinha pousando-a na mão da menina. Ele virou o rosto outra vez, amaldiçoando suas bochechas por estarem ficando quentes.
Lucy ficou surpresa com o que havia na pequena sacola, uma presilha de cabelo com o formato de um belo lírio lilás, haviam minúsculas pedrinhas de Strauss em torno do modelo das pétalas muito delicadas.
— que linda! — exclamou encantada — mas por que você...
— não quero que esqueça de mim — declarou envergonhado interrompendo-a. — achei que se eu te desse alguma coisa antes de você ir, talvez...— parou pensativo — eu já sabia que você não iria ficar aqui de qualquer jeito, então eu fiz isso!
— você fez? — perguntou surpresa.
Natsu se encolheu, não imaginava que dar aquele presente o deixaria tão tímido.
— obrigada, eu adorei — ela corou dando um leve beijinho no rosto do mesmo. — mas não esqueceria você rosinha! — sorriu ela ao dizer o último nome.
Lucy levou as mãos ao próprio pescoço e retirou o colar que usava, ergueu as mãos de Natsu e pousou ali o objeto. Era um lindo colar cor de rosa com um símbolo muito parecido com um pássaro.
— também não quero que se esqueça de mim.
Ela sorriu vendo-o assentir e sorrir de volta.
— obrigado, Lucy!
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