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Yoongi e Jimin formavam um casal comum vivendo seu casamento comum. Com dois filhos e uma mudança de cidade, eles mantinham a chama do amor no relacionamentos até a rotina fazer o fogo diminuir dia após dia. Eles continuaram juntos apesar de tudo. Porém, quando Yoongi passa a receber cartas de um admirador secreto, o casamento começa a entrar em crise. Os ciúmes que as cartas de declaração amorosa provocavam no Park foram apenas mais um motivo para o risco que a relação corria.


Hayran Kurgu Gruplar/Şarkıcılar Yalnızca 21 yaş üstü (yetişkinler) için.

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Escrito por: @ Hannaella06 | @ HannaMinn

Notas Iniciais: Oi, pessoas.

Mais uma história para vocês e, mesmo que seja mais curta, espero que gostem.

Nós vemos na próxima


~~~~


A mudança no cenário claramente podia ser notada, os prédios altos e casas que ocupavam cada espaço vago da cidade grande se transformaram em montanhas esverdeadas maculadas por raras habitações. Jimin olhou de relance, por apenas um segundo, para seu marido que estava absorto na paisagem. Por algum milagre — muito provavelmente o cansaço da viagem de carro —, as crianças estavam dormindo no banco de trás dando o merecido silêncio ao casal.

Não foi fácil deixar tudo para trás enquanto havia milhões de perguntas ainda sem respostas à frente. Tornava-se ainda mais difícil com outras vidas envolvidas. Jimin sabia disso; a insegurança, o medo de estar fazendo a escolha errada para sua família, se fazia presente a todo momento.

— Estamos chegando — a voz suave avisou assim que passaram por uma grande placa de boas-vindas onde começava os limites da cidade. Jimin apenas murmurou em concordância, o que fez com que a atenção do seu marido se voltasse para ele. — Algum problema, Jiminie?

— Não é nada demais, apenas… — Suspirou, tentando se concentrar na estrada. Como diria sobre todas as inseguranças que o atingiram há poucos instantes quando toda a mudança ocorreu por sua causa? Yoongi o olhava em silêncio esperando que completasse seus pensamentos; Jimin sabia que poderia confiar nele, era seu marido ali afinal. — Será que tomamos a decisão certa? Nossa vida já estava tão boa.

O carro voltou a ficar em silêncio, rodando pelo asfalto, aproximando-se do destino final sem nenhum empecilho. A paisagem tomou uma nova forma devido à presença do homem.

— Eu também estou com medo — Yoongi falou tão baixo que, se não fosse pela quietude, Jimin não o teria ouvido; talvez, para ele, se falasse mais alto, seus temores poderiam se tornar realidade. O Park desviou seus olhos da estrada por tempo o suficiente para olhar seu marido. — Mas no final o que realmente importa é que estamos todos juntos. — Sorriu antes de pegar rapidamente a destra de Jimin para, assim, passar a confiança de que, não importava o que viesse, eles eram uma família.

O restante do caminho foi feito em um silêncio confortável até Haneul, a filha mais nova do casal, acordar e encher o carro com sua energia caótica infantil. Chegar à nova casa foi um alívio para todos, ainda que tivesse muita coisa para ser organizada na residência para começar a se assemelhar à um lar.

Composta de apenas um andar, a casa se destacava no terreno por ser a única construção, sua arquitetura baseada nas antigas construções contrastava com o apartamento moderno que viviam antes. Pelo menos a pequena escada de cinco degraus ajudou a facilitar a mudança da família.

Os dias seguintes foram gastos em arrumar todo o caos que vinha junto da mudança. Roupas, livros, móveis e talheres aos poucos achavam seu lugar, ao mesmo tempo que as pessoas testavam os ritmos até se acostumarem e encontrarem suas rotinas.

Existiam dois lados em se mudar para uma cidade pequena. A parte boa era que tudo ficava mais perto, o ar era mais limpo para respirar, e a segurança, relativamente maior; deixar a porta aberta era impensável nas grandes cidades, mas algo tão comum ali.

Já a parte ruim estava em serem os estrangeiros. Todos se conheciam e, quando os Park-Min chegaram, foram a família repleta de desconhecidos que não faziam parte da comunidade. Foi ainda mais difícil para Yoongi se encaixar, pois, diferente do marido que tinha seu trabalho no escritório e dos filhos que iam à escola, o Min não possuía nenhuma atividade que o fizesse se conectar diretamente com os outros moradores.

Por ser um artista plástico, Yoongi passava muito tempo dentro de um dos quartos que se transformou em estúdio, no resto do tempo gostava de cuidar do jardim e fazer as refeições da família. Seu marido, durante a semana, sempre tinha uma caixa de dosirak pronta na hora de ir ao trabalho e a lancheira de seus filhos voltavam vazias da escola. Yoongi adorava, alimentar sua família o fazia se sentir bem.

Três meses depois da mudança, em um sábado pela manhã, Yoongi se encontrava na cozinha acompanhado apenas dos barulhos dos utensílios que usava para preparar algumas guloseimas para os filhos. Ele havia planejado passar o dia com todos juntos, porém Jimin precisou ir até à empresa resolver algum problema e não tinha hora para voltar.

Essa não era a primeira vez que isso acontecia; desde que chegaram, Jimin colocava seu trabalho em primeiro lugar. Yoongi entendia que ele precisava se esforçar um pouco mais nessa nova jornada, mas sentia cada vez mais falta do seu esposo, do pai dos seus filhos, do companheiro das tardes preguiçosas. Yoongi sentia falta de Jimin.

O Min estava tão envolvido em seus pensamentos que se assustou quando percebeu a presença de outra pessoa no cômodo o observando.

— Desculpe te assustar, senhor Min — o jovem disse envergonhado, aquela era apenas a segunda vez que visitava os novos vizinhos. — A porta estava aberta, então achei que poderia entrar.

— Tudo bem, Daejung. Algo que possa te ajudar? — Yoongi ainda não havia se acostumado com essa “liberdade” nos costumes do interior. Parou um instante os movimentos de corte na massa do biscoito que terminava com o intuito de prestar atenção no que o jovem desejava.

— O Jun me mandou mensagem pedindo ajuda em umas atividades do colégio — explicou-se, ainda parecendo encabulado.

Park Jun era o filho mais velho do casal e, diferente de Haneul, ele não havia sido adotado por eles. Jun era filho biológico de Park Jimin, ele foi gerado antes que Yoongi e Jimin se conhecessem e se apaixonassem. Por sorte, a criança ficou encantada pelo Min e foi fácil para ambos criarem uma relação intensa baseada no amor fraternal.

— Ah, sim. Só um instante que vou chamá-lo para você. — Pegou um pano de prato para tirar o excesso de pó de farinha das mãos. — Pode ficar à vontade.

Rapidamente foi chamar o filho que já aguardava a visita. Os garotos se envolveram rápido e a sala começou a ser preenchida pela conversa enquanto Yoongi finalizava os biscoitos.

— Senhor Min, encontrei isso na porta para o senhor antes de entrar. — Daejung entrou novamente na cozinha, deixando um envelope em um lugar limpo da mesa antes de retornar à sala. Intrigado pelo que poderia ser, Yoongi se direcionou para pegar o envelope, porém foi interrompido por Haneul, que apareceu eufórica e ainda com os fios um pouco embaraçados na cozinha.

— Papa! Estou com fome, papa — disse com um biquinho, derretendo o coração dele e tirando sua atenção do envelope amarelado que tinha apenas o seu nome como destinatário.

Entre alimentar e passar a manhã com Haneul, Yoongi se esqueceu completamente do invólucro de papel deixado sobre a bancada. Depois que os meninos terminaram de estudar na sala, todos se juntaram para realizar algumas brincadeiras no quintal; era sempre bom ver como Haneul podia gastar energia correndo de um lado para outro.

Passar um tempo com os filhos e o novo amigo de Jun foi divertido, mas Yoongi continuava olhando para o relógio, observando as horas se esvaírem e Jimin, mais uma vez, perdendo esses momentos em família.

Era pouco mais das 15h quando o Park atravessou a porta sem chamar a atenção. Todos estavam amontoados no grande sofá da sala assistindo um filme infantil depois de se cansarem das brincadeiras e desfrutarem do pequeno almoço rápido. Jun praticamente cochilava ao lado do pai que trançava e destrançava o cabelo grosso de Haneul.

Jimin se sentiu um pouco culpado por não estar participando daquele momento. Ele sabia que estava se afastando e perdendo coisas importantes, no entanto, acreditava que seu esforço seria recompensado, ele só precisava ganhar a confiança da sua nova equipe. Tentando entrar o mais silenciosamente possível, o Park perdeu a desaprovação com que o marido lhe olhou ao perceber sua chegada.

Quando o filme terminou, Daejung se despediu, pois já estava escurecendo.

Jimin, desde que chegara, havia ficado no escritório; Yoongi não fez qualquer esforço para chamá-lo, nem quando o jantar foi servido.

— O pai Jimin não vem jantar? — Jun questionou, percebendo a tensão crescente entre o casal.

— Ele está muito ocupado com o trabalho, Jun. Não devemos o atrapalhar. — Yoongi não queria soar magoado, só que não conseguia deixar um pouco de rancor fora da sua fala.

Jun murmurou concordando e o resto do jantar seguiu em silêncio. Ao lado da porta da cozinha, Jimin escutava a rápida conversa.

.

“Min Yoongi,

Sei que posso estar sendo imprudente, mas não consegui conter meus instintos.

Estou escrevendo porque sou covarde demais para revelar meus sentimentos pessoalmente e até mesmo revelar minha identidade.

Apesar de saber que é casado, não deixei de notar sua beleza, que não se resume apenas aos aspectos físicos. Te observando, mesmo de longe, é fácil notar sua gentileza e bondade.

Eu só queria que soubesse, não espero nenhuma reciprocidade.

Ass.: Um simples admirador”

Jimin relia o papel que encontrou em cima da bancada quando chegara. Era errado pegar algo que não estava direcionado a ele, porém a curiosidade foi mais forte e não se conteve. Um misto de sentimentos o assolava ao ler aquela carta, com os ciúmes se sobressaindo. Alguém estava interessado em seu marido. Seu.

Suspirando após perceber o rumo de seus pensamentos, Jimin olhou o relógio digital em cima da mesa; nem havia percebido o tanto que a hora já tinha passado, sem dúvidas as crianças estariam dormindo. Deixando a carta na mesa, levantou-se e passou na cozinha antes de ir se deitar, sobre o fogão um recipiente com o jantar separado para si.

— Yoongi, será que podemos conversar? — perguntou após entrar na suíte.

O Min permanecia acordado, concentrado em um livro sobre os quadros de Van Gogh. Por um segundo, Yoongi quis ignorar o marido, estava chateado com suas atitudes, mas concluiu que isso não levaria a lugar algum.

— Tudo bem — concordou, colocando o livro na mesa de cabeceira.

— Me desculpe por hoje, mas acabei ficando preso no escritório — Jimin começou por acreditar ser o ideal. Yoongi estava incomodado por ter se ausentado durante praticamente todo o dia, isso era cristalino como água pura.

— De novo… — murmurou para si mesmo, só que Jimin acabou por ouvir. Yoongi, de certo modo, estava ficando cansado das mesmas desculpas vazias, não era a primeira vez que as ouvia e acreditava que não seria a última.

— Desculpe, Yoon, mas esse é o meu trabalho. — Ele não queria ficar na defensiva, afinal aquilo não era uma briga, porém a forma como o outro desdenhou de suas palavras o enviou na direção errada.

— E nós somos a sua família — Yoongi acabou por se alterar, após semanas atrás de semanas reprimindo sua insatisfação com a atitude do Park. Percebendo a elevação da voz, ele respirou fundo e fechou os olhos por alguns segundos; iniciar uma gritaria estava fora de questão, além de acordar os filhos, não resolveria nada. — Olha, Jimin, eu sei que deve ser difícil tudo isso para você, casa nova, cidade nova, pessoas novas, se adaptar a um novo emprego… Mas sentimos sua falta! Você está tão focado em seu trabalho que parece se esquecer da gente.

Jimin queria revidar, dizer que aquilo não era verdade, que ele nunca esqueceria de sua família, os amava muito para isso e que estava fazendo tudo exatamente por eles. Entretanto, ao ver o olhar quebrado de Yoongi, não teve forças para falar nada, porque no fundo sabia que seu marido estava certo.

— Quase não te vemos em casa e os dias que deveríamos passar juntos você simplesmente sai para resolver mais coisas de trabalho. — Yoongi sentia como era bom finalmente estar colocando suas inseguranças para fora. — Me parece que deixamos de ser prioridade e, se continuar nesse caminho, não vou suportar por muito tempo.

Talvez ele estivesse sendo muito radical, mas Jimin precisava perceber suas ações antes que fosse tarde demais para reparar algum dano. Desde o início, ambos haviam se comprometido em colocar a família em primeiro lugar sempre, Jimin até se lembrava de quando o Min desistiu de uma exposição internacional só porque Jun adoecia devido a saudades.

Dois anos depois de estarem realmente juntos, Yoongi estava há três semanas fora, promovendo seus novos quadros. Ele ligava praticamente todos os dias, mas isso não foi suficiente para o Park mais jovem. Jun passou dias com uma febre que não passava e sempre reclamava de dores de cabeça, o menininho foi diversas vezes ao médico, chegando a ser internado. Preocupado, Yoongi voltou do Japão, e foi quando descobriram que era emocional; na manhã seguinte à volta do Min, Jun já não sentia mais nada.

“Essa não vai ser a última oportunidade, e, se for, ele é mais importante”, Yoongi afirmou ao, então, namorado, enquanto observava a criança dormir. Jimin teve ainda mais certeza de que aquele era o homem certo para sua vida, ele sabia que tivera sorte ao encontrar o Min e não poderia se dar ao luxo de perdê-lo.

— Eu prometo que vou me organizar melhor, não era minha intenção deixar vocês na mão — Jimin disse, cabisbaixo, deixando transparecer toda a verdade em suas palavras. — Você sabe que te amo e amo as crianças acima de tudo, né?

— Sei — Yoongi concordou, resignado, a carinha fofa do marido era seu calcanhar de Aquiles. — Venha aqui — chamou, abrindo os braços ao perceber que o beicinho não havia diminuído. — Eu também te amo, Jimin.

Ouvir essa declaração sempre tirava uma risadinha boba do Park, ela o aquecia por dentro, como ele sempre dizia, tanto ou mais quanto o beijo carinhoso que recebia dentro dos braços calorosos do marido.

Beijar Yoongi deveria ser considerado uma dádiva do universo. Os lábios finos e macios tinham a medida certa para enlouquecer Jimin. Não demorou muito para que o contato ficasse mais exigente, resquícios da raiva anterior fazendo ficar mais quente.

Eles não haviam tido um contato íntimo desde que se mudaram, entretidos com a organização e depois por conta do afastamento inconsciente de Jimin. Mas naquele momento, todo o desejo guardado aflorava.

Yoongi tentava puxar para mais perto o marido; ainda que não fosse fisicamente possível, eles já estavam colados. As bocas tiveram que se desgrudar para buscar oxigênio, mas Jimin não conseguia deixar a sua longe por muito tempo de alguma parte do Min, com o pescoço sendo o próximo alvo de seus beijos.

Seu Min cheirava a sabonete floral com um odor natural só dele, um que estava sempre lá não importava se estivesse com perfume e que embriagava Jimin mais do que qualquer bebida alcoólica. Ele salpicava selinhos pela pele branca imaculada enquanto desfrutava dos suspiros que se desprendia inconscientemente do marido.

Yoongi gemeu pela primeira vez na noite quando Jimin sugou forte a pele no encontro entre seu pescoço e ombro, um lugar reservado o suficiente para uma blusa esconder.

— Um dos meus sons favoritos — Jimin falou antes de voltar a capturar os lábios avermelhados do Min. Apesar de permanecer com a coberta, além das roupas que usavam, separando seus corpos acalorados, Jimin pôde sentir a excitação crescente de Yoongi pressionando sua coxa. Ele estava em estado igual. Acabou rindo no beijo quando Yoongi gemeu novamente. — Sensível.

— Tira essa blusa — o Min exigiu, queria sentir seu marido sem nenhuma restrição. Quase perdeu o fôlego só de ver aquela pele dourada ao seu dispor, sua blusa também se foi no segunda seguinte.

Colaram o tronco um no outro, enquanto as bocas se uniam quase em desespero. Jimin começou a friccionar na coxa escondida de Yoongi, pressionando ainda mais seu membro preso pela box, e foi tão bom, ele até abandonou a boca do Park, jogando a cabeça levemente para trás e gemeu.

Vendo que seus movimentos agradavam também ao marido, Jimin continuou a se mover para frente e para trás com ambos os pênis presos em um espiral prazeroso.

— Jiminie, eu vou… Hum — Yoongi clamou, sôfrego, com os olhos semicerrados e a respiração superficial, uma visão deliciosa.

Ele era mais sensível que Jimin e, tantos meses sem nenhuma liberação, ajudou-o a vir mais rápido. As mãos agarraram firmemente as costas do Park, que parou apenas para apreciar a feição de seu marido no orgasmo.

O próximo minuto foi gasto com Yoongi recuperando o ar, perdido o suficiente nos castanhos brilhantes dos olhos de Jimin.

A cueca de Jimin estava quase tão estragada quanto a do Min, com seu pênis liberando pré-sêmen em antecipação. Todas as peças foram descartadas, revelando ambas as nudezes esperadas.

— Eu não estou preparado, então você pode foder minhas coxas essa noite — Yoongi disse, virando de lado e apertando as pernas em convite. Jimin poderia explodir de tesão com as palavras sujas do Min.

Ele se encaixou por trás, direcionou o pênis entre as pernas alheias antes de abraçar a cintura fina de Yoongi, e começou a se movimentar. As coxas tão macias e quentes e apertadas e o recebendo bem… Jimin não duraria muito tempo. Foi preciso somente alguns golpes para conseguir gozar, sujando Yoongi e a coberta.

— Um banho rápido juntos? — Jimin perguntou, depois de descer do seu êxtase, a um sonolento Yoongi, que apenas acenou concordando.

A coberta e as cuecas foram direto para o cesto de roupas sujas antes mesmo de eles entrarem no chuveiro e lavarem os vestígios do sexo à meia-noite. Em apenas um par de minutos, eles já estavam deitados abraçados, limpos e de roupas, não podiam dormir pelados com filhos em casa (principalmente com uma criança energética com menos de 6 anos que poderia muito bem invadir o quarto pela manhã).

.

O dia seguinte amanheceu com um clima bem mais tranquilo na casa. Yoongi acordou envolto no calor de Jimin, que o abraçava com o braço e a perna; desvencilhar-se dele foi um desafio perdido desde o começo.

— Está muito cedo, Yoon, volte a dormir. — A voz rouca de sono de Jimin arrepiou todos os pelos de Yoongi.

— Não acho que esteja tão cedo assim — apesar disso, respondeu, divertido, atraindo a atenção do dorminhoco. Por estar virado para a porta, o Min já havia notado a presença dos filhos.

Jimin precisou desenterrar o rosto do pescoço do marido para ver Jun, que tinha uma expressão desgostosa os observando, e Haneul, que tentava segurar o riso, parados na entrada do quarto. Nada de manhã com chamego para eles.

— Venham aqui — chamou se desvencilhando de Yoongi. Haneul correu alegremente para se aconchegar no meio de seus pais, era tão quentinho e seguro. Jun, como o bom adolescente que era, permaneceu na porta. — Você também não quer um abraço matinal, filho?

O garoto suspirou, dramático, mas foi. Assim como a irmã, ele se encaixou no meio. Todos na cama compartilharam um cobertor para ter uma manhã preguiçosa.

— Acho que deveríamos trancar a porta daqui para frente, Yoon — Jimin insinuou, vendo que não passava das sete horas. Haneul já havia voltado a dormir no braço do seu papa.

— Que nojo, pai! — Jun exclamou, horrorizado, entendendo a sugestão do Park mais velho. Sério que ele estava ouvindo aquilo? Yoongi só conseguiu gargalhar, vendo pai e filho ficarem envergonhados cada vez mais enquanto discutiam sobre limites.

Ele adorava as manhãs preguiçosas.

Passaram-se cerca de duas horas após o cochilo em grupo até Haneul acordar e, assim, os outros acordarem também. O café da manhã, pela primeira vez em meses, foi animado, assim como o resto do dia.

Jimin se esqueceu da carta direcionada ao marido guardada na gaveta da mesa do escritório. Yoongi igualmente pouco se lembrava.

Como prometido, Jimin começou a dar mais atenção à família. O celular era colocado em modo silencioso no instante que passava pela porta, os jantares passaram a ter sua presença e os finais de semanas eram reservados para assuntos particulares.

Era sábado de novo, cerca de duas semanas depois da discussão. Haneul estava eufórica, pois iriam fazer uma pequena trilha para aproveitar os dias de verão ameno antes que ficasse um calor insuportável demais para viver longe do ar condicionado.

— Tem certeza que não quer ir com a gente? — Yoongi questionou ao filho enquanto terminava de guardar os lanches que havia feito. Jun não iria acompanhá-los, já que estava indo sair pela primeira vez com o grupo de amigos.

— Tenho, pai — respondeu, monótono. Estava ansioso, ele não queria contar que estava interessado em uma das garotas que iria sair com o grupo hoje.

— Bom, já que é assim, juízo. Voltamos antes do pôr do sol — disse ao terminar de guardar as vasilhas e deixar um beijo na cabeça do jovem Park.

Yoongi já conseguia ouvir Haneul gritando do lado de fora para se apressar. Estava tão entretido que não percebeu o envelope em papel pardo com seu nome na entrada de casa.

.

"Querido Yoongi,

Desculpe se estiver sendo inapropriado, não deveria estar te escrevendo novamente, mas tenho o impulso crescente de falar com você.

Meu querido, nos últimos dias, você tem habitado os meus sonhos com seu sorriso.

Será que seus lábios são tão macios quanto parecem? Quero tanto descobrir, mas eu teria chance?

Te vejo de longe e fico cada vez mais encantado. Seu marido não sabe a sorte que tem, e eu o invejo. Não me orgulho disso, mas, cada vez que o vejo com você, minha boca amarga e sinto vontade de te arrancar dos braços dele.

Você gostaria disso, meu querido?

Por enquanto, vou permanecer de longe, te observando.

Ass.: Um admirador"

— Yoongi! — Jimin chamou pelo marido assim que terminou de ler a carta encontrada mais cedo. Aquela era a quarta que chegava endereçada ao Min. — Acho que temos um problema.

Há alguns dias, quando voltavam de uma trilha em um sábado à tarde, Haneul encontrou o invólucro em frente à porta antes de entrarem. Jimin logo se recordou do papel semelhante em seu escritório; mais tarde naquela noite, uma nova briga quase aconteceu.

Jimin estava enciumado, e Yoongi ficou chateado por, inconscientemente ou não, estar sendo acusado de algo que não tinha como controlar. Os ânimos entre o casal ficaram abalados por dias, e as cartas foram parar no lixo depois que o Min as leu, porque ele não queria dar mais razão para Jimin desconfiar.

A terceira carta estava na caixa de correio junto a outras correspondências e dessa vez Yoongi foi o primeiro a ler. Ele pensou em apenas jogar fora e fingir que nada estava acontecendo, só que, no fundo, Yoongi sabia que seria pior esconder algo de Jimin.

Por isso, naquela noite, mesmo com receio de uma nova briga acontecer, ele mostrou a carta ao Park. Não houve discussão, porém Jimin permanecia incomodado e o tom das palavras escritas intensificaram seu sentimento.

Yoongi, ao contrário, sentia-se aliviado por reduzir a tensão com o marido. Jimin não tinha que se sentir ameaçado, entretanto, com aquela nova carta, Yoongi que deveria se sentir.

— Tem algo errado com seus pais? — Daejun questionou a Jun assim que viu o Min com uma carranca passar por eles.

— Não sei ao certo, meus pais estão rondando um ao outro nas últimas semanas. Parece que a qualquer momento eles podem brigar pelo nada. — Jun ficou evidentemente mais desanimado; ele estava percebendo que o casal estava andando em gelo fino, apesar de tentarem passar uma normalidade na frente dele e de Haneul.

No escritório da residência, Jimin se preocupava com o teor das palavras no pedaço de papel.

.

"Meu Yoon,

Estou sendo inapropriado por assumir que estamos sendo mais íntimos? Tenho te observado por dias, então não acredito que esteja.

Tenho te observado. Por que sua feição está tão séria, meu querido? Algo te preocupa?

Mesmo assim, sua beleza continua incomparável. Quando dorme, nem os anjos se assemelham a você. Nem lutei contra a vontade de capturar e eternizar seu encanto em uma foto.

Ela está na minha cabeceira, não me canso de olhar para ela. Não seria perfeito se eu pudesse ver ao vivo?

Acredito que esse dia vai chegar. Espere só mais um pouco, meu amor.

Ass.: Um admirador.

PS. Não precisa se preocupar com seu marido."

Jimin se assustou. Aquilo era uma ameaça clara, não apenas a ele, mas a Yoongi. Aquela era a décima carta que chegava, e o intervalo entre elas estava ficando mais curto, esta teve uma diferença de dois dias da anterior.

— Pai! — Haneul entrou gritando na cozinha, com Yoongi sorrindo logo atrás carregando a pequena mochila dela. Jimin largou a carta na bancada e pegou a garota no colo, ela imediatamente começou a tagarelar animada sobre sua aula de balé.

Yoongi já havia ouvido tudo no caminho de volta para casa; fazia poucas semanas que ela havia começado a atividade. Indo pegar um pouco de suco, ele percebeu o papel e não demorou a descobrir o que era. Cruzou o olhar com o do marido, aquela situação estava ficando atordoante e perigosa.

— Quando foi que achou? — o Min perguntou quando o marido se deitou ao seu lado. Eles não tocaram no assunto durante todo o dia, preferindo conversar melhor quando estivessem a sós.

— Essa tarde, assim que cheguei — respondeu, cansado. Jimin já havia deixado de ficar enciumado e passou a estar aflito. Ele abraçou seu marido transmitindo seus sentimentos.

Ficaram em silêncio por minutos, cada um preso em suas próprias mentes, refletindo sobre tudo. Eles já estavam há semanas nisso, e não só seu casamento estava sofrendo, mudanças no comportamento dos filhos passaram a ser perceptíveis. Jun se afastava, enquanto Haneul exigia mais e mais atenção.

— Você leu? — Jimin acenou em concordância. Ele estava apoiado no tronco de Yoongi ouvindo os batimentos ritmados do coração dele.

— Estou com medo, Yoon — admitiu, apertando um pouco mais o marido. — Com medo por você. Essa pessoa disse que tem te observado, chegou a tirar fotos suas.

— Hey, Jiminie, olhe para mim — pediu, puxando o rosto do Park para cima; os olhos aguados machucaram seu coração. — Eu também fiquei com medo. Parece que essa ameaça está chegando mais perto, e você parece correr mais riscos. Sinceramente, eu não sei o que fazer.

— Vamos acionar as autoridades — Jimin falou. Ele já havia trazido essa opção antes, mas Yoongi refutou dizendo que não era tão grave assim. — Yoon, por favor.

— Se isso vai te fazer sentir melhor… — deu-se por vencido, ainda que não estivesse tão seguro sobre isso.

— Obrigado — agradeceu, iniciando um beijo no Min. Era para ser algo calmo e singelo, porém rapidamente evoluiu, ficando mais exigente.

Devido à apreensão que estavam vivendo, eles não estavam fazendo sexo e havia muita energia acumulada — esta que era parcialmente liberada conforme os toques ficavam mais intensos até que a libertação acontecesse, deixando seus corpos consideravelmente relaxados.

— Não precisa se levantar, Yoon — a voz aveludada de Jimin atravessou sua nebulosa mente devido ao sono. Yoongi não saberia dizer ao certo quando adormeceu, tendo apenas poucas memórias da atividade sexual durante as horas noturnas, e ele estava exausto.

Jimin também estava, só que, diferente do marido, não podia ignorar o alarme. Levantou a contragosto e se arrumou enquanto os filhos acordavam; talvez fosse um bom dia para tomar um café na padaria da cidade.

— Vou levar as crianças para comer e depois para a escola, enquanto isso, você pode continuar dormindo. — Deu um beijo na testa de um Yoongi, que mal deixava os olhos abertos, depois de afastar os fios de seu cabelo bagunçado pelo sono.

Jimin riu ao receber apenas um murmúrio alheio, seu marido gostava bastante de dormir, provavelmente por causa de seu horário de sono irregular.

Em poucos minutos, toda a casa estava silenciosa, sem barulho o bastante para alguém ouvir a porta sendo novamente fechada.

.

Como alguém poderia ser tão bonito? Embora estivesse dormindo com a boca levemente aberta, um pouco de baba escapando e pequenos roncos sendo liberados, sua beleza não era diminuída. Ele estava em posição fetal, com ambas as mãos debaixo da cabeça pressionando a bochecha.

Ele tinha razão, a foto não se comparava a ver o homem ao vivo. Apesar de não ser a primeira vez que o via dormindo, estava tendo mais tempo para observar com mais calma, atentar-se mais aos pequenos detalhes.

Não sabia o que iria encontrar ao invadir a casa, nem pensou direito nas consequências. Ele pensou unicamente em entrar após ver os membros da família, com exceção de Yoongi, saírem no carro com o Park.

Jimin era seu maior empecilho. Em sua cabeça, se não fosse por ele, Yoongi facilmente seria seu. Odiava-o. Ainda mais quando precisava fingir que gostava da presença dele. Ele só queria fazê-lo sumir.

Mas aquela não era hora de pensar nisso, deveria aproveitar a oportunidade de ver seu querido Yoongi de perto. Sorriu, encantado, pegando o celular para fazer um registro desse momento; seria mais uma foto para sua coleção.

Ele teve que conter o arrulhar que seria liberado por ver a fofura do Min ao ressonar devido a mudança de posição.

— Daejun? O que está fazendo aqui? — Jimin perguntou assim que entrou no quarto. Como combinado com o marido na noite anterior, ele iria acionar as autoridades sobre as cartas que Yoongi estava recebendo e ver qual era a melhor atitude a se tomar.

Porém, quando estava na padaria com os filhos, lembrou-se dos escritos que havia deixado em casa, ele precisava deles como provas. Então, após tomarem o café e comprar algo para o Min, deixou as crianças na escola e retornou à residência para pegar os papéis.

Esperava entrar, colocar as guloseimas na cozinha e pegar as cartas antes de ir embora. Com certeza, não esperava encontrar o amigo de seu filho no quarto do casal encarando seu marido dormindo.

— Hã, eu… — Daejun não soube o que dizer, com as palavras ficando presas na garganta por ter sido pego em flagrante. A cada segundo que passava, Jimin ficava com o olhar mais irritado para ele.

— Jimin? Daejun? — Devido à comoção que estavam fazendo no cômodo, Yoongi acabou acordando e ficando completamente confuso. — O que está acontecendo aqui? — externou a única pergunta em sua mente antes que ficasse envergonhado pela situação de estar na cama na frente do adolescente.

— É isso que estou tentando descobrir — Jimin declarou, sem desviar os olhos do intruso. Vendo apenas uma saída, Daejun não perdeu tempo e correu, sem se importar com o Park chamando-o.

O jovem Daejun se encantou por Yoongi no primeiro dia que o conheceu. O homem tratou-o bem e, diferente dos outros moradores, pareceu não se incomodar de onde vinha.

Seus pais não eram nem de perto carinhosos e ver a forma que o Min tratava os filhos o fez ficar mais interessado no mais velho. Yoongi o ouvia, fazia deliciosas refeições e passava a sensação boa de estar em um lar.

No início, achou ser apenas um pouco fascinado; no entanto, enquanto os dias passavam, ele notou estar apaixonado, querendo Yoongi só para ele, e, se não fosse por esse flagrante, ele o teria.

Enquanto isso, Yoongi estava assustado, chegando até mesmo a ter uma lágrima escapando quando a adrenalina diminuiu. Jimin não pensou duas vezes antes de ir o consolar.

Naquela mesma manhã, as autoridades foram chamadas e uma equipe de segurança domiciliar instalou um sistema de proteção.

A partir daquele dia, as cartas pararam de chegar. Por enquanto.

~~~~


Notas Finais: Antes de encerrar deixar meus agradecimentos a @YinLua pela paciência e tempo em betar essa One. E também, é claro, para @nutella_kpop_ pela capa linda que fez para essa história.

24 Aralık 2022 03:50 0 Rapor Yerleştirmek Hikayeyi takip edin
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Son

Yazarla tanışın

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