xiaoyunovels 玉鸽 [Yu Ge]

Havia uma richa de sangue para ser cobrada e a fênix não deixaria passar. Conto feito para o desafio de escrita de gênero girls love do projeto Recanto dos Escritores.


Kısa Hikaye Tüm halka açık.

#girlslove #recantodosescritores #gangsters
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Capítulo Único


•°•°•°•°•



Num beco escuro, um gato pulou na tampa de uma lata de lixo, que fez um barulho alto. O gato preto não se importou com o barulho e apenas seguiu em frente desfilando até a porta dos fundos de um estabelecimento. Ele fez seu trajeto ignorando toda a confusão que acontecia ali. As luzes em neon faziam um brilho fraco, deixando a atmosfera sombria, mas Caillie não se importava com isso. Com as bandagens nas mãos ela deu um soco no homem que tentou assediá-la há pouco.


Esse homem foi um grande azarado. Depois de ser largado pela mulher, ele foi beber num bar desconhecido e acabou exagerando nas doses de vodca e foi expulso pelo dono do bar. Mas, assim que saiu, ele viu uma beldade passar por sua frente. Era uma garota que não tinha mais que vinte anos de idade, seus cabelos longos estavam num tom incomum de verde e seus olhos refletiam uma indiferença absurda ao mundo ao seu redor. Essa mesma garota usava um grande headphone e o celular estava na mão. O homem deu um sorrisinho malicioso e não pôde deixar de segui-la.


A princípio ele pretendia apenas apreciar a beleza em sua frente, mas com o passar do tempo, não conseguiu desviar os olhos do belo par de pernas, nem das belas nádegas rechonchudas da garota que balançavam dentro da calça legging. No meio do caminho, a garota tirou o casaco que usava e o amarrou na cintura. Em seu braço direito, ela tinha uma tatuagem colorida que cobria quase todo seu membro, e bem abaixo onde o cropped branco terminava, havia um indício de outra tatuagem escondendo-se por debaixo da legging. Ele engoliu a seco e apressou seus passos, ele mal esperava para abaixar suas calças para ver o que tinha por debaixo dela.


Certamente, a garota parecia não perceber que estava sendo seguida e ocasionalmente, a rua estava ficando cada vez mais escura e com menos pessoas. Até que a garota quebrou a esquina num beco escuro. O homem a seguiu, com um sorriso maldoso no rosto. Mas, os acontecimentos a seguir não saíram como ele esperava. Assim que ele virou a esquina, ele sentiu uma mão o puxar pelo colarinho e imediatamente se sentiu feliz, pois a garota estava colaborando com ele, não que ele se importasse com isso, mas estava secretamente feliz. Mas quando ele esperava por um par de lábios macios, uma coisa dura veio de encontro com seu rosto.


Um punho fechado o socou com tanta força que ele cambaleou e caiu no chão. Não satisfeita, a garota vendo o patife no chão o puxou pelas pernas, subiu sobre seu corpo e continuou a socá-lo. No beco escuro só podiam se ouvir gemidos de dor.


Depois de se sentir saciada com a quantidade de socos desferidos no rosto daquele verme, a garota se levantou e preparou um chute no meio das pernas daquele homem. Infelizmente, para ele, existia um agravante mortal: a garota usava uma bota coturno e isso aumentou significativamente os graus de dor que ele sentiu. No beco escuro, o gato miou ao mesmo tempo que um grito de dor irrompeu pelo silêncio.


Caillie se virou para trás, deixando de lado sua expressão sombria e sorriu brilhantemente para o gato de orbes azuis.


"Pretinho!" Ela se agachou e pegou o gato e girou todo o seu corpo, rodopiando no mesmo lugar. "Você está com fome?"


Como se entendesse a fala humana, o gato miou em concordância. Ela entrou por onde o gato havia saído, ignorando o corpo meio morto do homem no meio das sacolas e latas de lixo.


Ela adentrou e as luzes incandescentes iluminavam o ambiente. Caillie soltou o gato ao fechar a porta e foi direto para o banheiro lavar as mãos e tirou suas bandagens. Após higienizar, ela pegou a comida do gato colocou na tigela e foi direto pegar um avental preto. A logo impressa no objeto claramente dizia o tipo de estabelecimento onde ela trabalha: 'Tatto Club'. Ela abriu a porta da cozinha e logo um studio de tatuagem num estilo retro foi ambientado em sua visão. Um homem de cabelos compridos estava cantarolando enquanto o seu cliente chorava na maca ao ter uma serpente tatuada no peito.


"Está atrasada." O homem de cabelos longos disse.


"Fui obrigada a parar para cuidar de um tarado." Caillie respondeu. "Esse cara é novo, Henry?"


"Espero que ele esteja vivo, não quero precisar ter que contratar um advogado para você, irmãzinha." Henry respondeu, enquanto o homem na maca pareceu desmaiar de dor. "Esse não vai ficar muito tempo."


"Então porque está fazendo a tatuagem nele?" Ela puxou uma cadeira e colocou ela ao contrário, tendo o encosto a frente de seu corpo.


"É apenas um ritual de iniciação na gangue, você conhece..."


Caillie bufou. Ela não entendia o porquê de seu irmão insistir em acolher esses pirralhos de rua aleatórios para sua gangue. Se ela fosse a líder, provavelmente não aceitaria esses filhotes de segunda geração ricas que fugiram de suas próprias casas. Mas, de certa forma, ela entendia seu irmão mais velho, porque ele já foi uma dessas pessoas um dia.


"As ruas ultimamente não estão seguras... Caillie comentou, mas antes de dar continuidade a porta do estúdio se abriu violentamente e uma pessoa tropeçou pra dentro. Um monte de folhas se espalhou por toda a entrada. A pessoa que entrou estava ajoelhada, com a cabeça baixa. "O que diab... Ai!" Um tapa veio na nuca de Caillie.


"Seja gentil com os clientes pirralha." Henry a repreendeu.


Caillie fez beicinho e foi até a suposta cliente ajudando-a catar os papéis. Mas, assim que se aproximou ela percebeu que a suposta cliente estava tremendo e chorando baixinho.


"O que aconteceu garota?"


A garota tinha um cabelo avermelhado naturalmente e encontrar uma ruiva nas ruas de Chinatown não era comum, ainda mais naquela idade.


"H-Hom-mem..." A ruiva gaguejou e não mais conseguiu segurar o choro. "Olho c-color-rido..."


Caillie abriu um sorriso perigoso.


"Ei Henry, tem uns caras rondando o bairro esses dias. Parece que são aqueles tailandeses que eu dei uma surra na semana passada. Eles não entenderam o recado."


Caillie terminou de juntar a quantidade infinita de papel da garota ruiva e a ajudou a pegar um copo de água. Assim que terminou de acalmá-la, ela retirou o avental do estúdio. Nesse tempo, aquele que estava desmaiado na maca já tinha acordado e desistido de entrar na gangue. Ele saiu gritando que era impossível fazer uma tatuagem. Mal sabia ele que tudo já havia sido finalizado.


"Qual é seu nome?" Caillie perguntou.


"Feng Huang."


"Certo Feng Huang, meu nome é Caillie. Fique aqui com meu irmão, eu vou procurar aqueles tailandeses de merda."


"Não vá." Feng Huang segurou o braço de Caillie parecendo desesperada. "E-Eles estão armados."


Henry, do outro lado do estúdio, pegou uma placa de neon e pendurou na porta. O letreiro de led piscava com uma letra apagada. "Horário de Almoço." Ele caminhou até o balcão e puxou de lá, um taco de beisebol e passou a mão nele, como se tivesse acariciando seu animal de estimação. Uma palavra escrita em tinta azul luminescente adornava o objeto. Feng Huang se assustou com a expressão que Henry tinha naquele momento e ela estremeceu.


"I-Irmão?" Até mesmo Caillie sentiu um arrepio na espinha.


"Vamos juntos. E você, cabeça vermelha não toque em nada aqui dentro. Ninguém no meu turno toca em uma mulher."


Ele saiu sem dizer mais nada.


"E-Eu sei que é estranho, mas espere aqui! O Henry é realmente forte. Ele vai pegar aqueles caras." Caillie tinha certeza que provavelmente eles estariam mortos na manhã seguinte, jogados em algum rio aleatório, mas decidiu manter isso pra si mesmo.


"Ele vai ficar bem mesmo?"


"Ele não é o líder dos Serpentes à toa!" Caillie disse num tom de orgulho.


"S-Serpentes?"


"Protegemos as pessoas aqui no bairro. Existem muitos caras maus aqui, principalmente da yakuza. Mas, vez ou outra aparece algumas pessoas sem cérebro e deixamos nossa impressão neles."


Por impressão, era literalmente deixar suas impressões digitais em todo o corpo do indivíduo. Uma surra qualquer não valia a pena, deveria marcar todo o corpo.


"Aqui você segura. Eu vou atrás do Henry, aqueles caras andam em bandos, igual passarinhos."


Feng Huang não conseguiu impedi-la, quando teve uma reação Caillie já estava fora do estúdio, enfaixando as mãos cantarolando uma música alegremente. A ruiva achou que a figura heroica de Caillie era muito bonita e corou.


A garota dos cabelos verdes correu atrás do irmão mais velho. Quando seu irmão pegava o taco de beisebol ela sempre tinha que ir buscá-lo na delegacia no dia posterior. Era uma dor de cabeça muito grande explicar todas as vezes que era por autodefesa, mas quem acreditaria numa pessoa que carrega um taco de beisebol blindado por aí?


Ela correu entre os becos onde esses tailandeses costumavam ficar. Eram os lugares mais remotos, onde as escadarias de emergência tinham desabado criando obstáculos para atravessar. Com a flexibilidade de seu corpo ela se abaixada em lugares difíceis e saltava obstáculos como se tivesse dando um pulo para saltar uma poça d'água. Era tão natural seus movimentos, que Caillie sentia-se ainda mais viva quando se exercitava.


Caillie escutou uma conversa num beco próximo, ela saltou por cima uma pilha de lixo e subiu no muro. Ela ficou observando aqueles viciados se entupirem nas drogas.


"Aquela vadiazinha ruiva fugiu, estou frustrado!" O homem com uma calça preta caída reclamou e os outros riram.


"Se o P'An não tivesse tropeçado, eu teria pego ela."


Ele virou a cabeça de lado e percebeu a presença da garota em cima do muro. Sem falar nada, ela pulou no chão e pegou uma barra de ferro no canto e foi em direção aqueles pedaços de lixo.


"Ei garota, você quer provar os seus hyung's?" O único coreano ali abriu um sorriso amarelo, a podridão vindo das drogas.


Caillie só conseguia sentir nojo naquele momento. Ela levantou a barra de ferro e diante do nojo balançou a barra de ferro para acertá-los. Pés, nuca, abdômen, mas infelizmente, eles não pareciam cair. Ela abandonou a arma e decidiu usar seus próprios punhos. Caillie já estava cansada quando foi cercada por aqueles gângsteres.


"A garotinha já está cansada? Bem isso é melhor para seus hyung's!" O coreano voltou a falar.


Um monte de risadas maliciosas ecoou em seus ouvidos.


"Nojentos!" Ela cuspiu um xingamento.


"Não nos culpe senhorita, você é quem veio até nós." O homem de calça preta disse.


Caillie pensou que deveria aguentar. Eles estavam em cinco e ela em um, ela se superestimou e pensou que daria conta deles novamente. Na semana anterior, ela havia lançado um ataque furtivo, mas na atualidade precisou bater de frente com esses homens. Bem, eram apenas consequências de seus atos. Mas de forma alguma sentia-se nervosa, implicitamente ela tinha a confiança que seu irmão viria a seu socorro.


E como ela estava certa? Ninguém saberia, porém no minuto seguinte, uma voz surgiu atrás daqueles homens como se tivesse sido um fantasma em seus ouvidos.


"Tem certeza que quer fazer isso?" Ele perguntou com um ar ainda mais perigoso do que toda a situação.


"Hahaha, hoje teremos uma noite saborosa, claro que tenho certeza!"


Ninguém viu o golpe dado, mas apenas depois de alguns segundos o medo tomou conta deles. Seu chefe estava caído no chão, com uma poça sangrenta já deslizando por debaixo do seu corpo.


Caillie nunca tinha visto seu irmão lutar a sério, então as cenas seguintes envoltas com o cheiro ferroso do sangue fresco e pessoas caindo no chão, seu irmão parecia como um deus da guerra descendo à terra. Caillie estava encantada.


Quando tudo terminou e os corpos (ainda vivos) foram descartados num container de lixo na rua, os irmãos voltaram para casa, mas tiveram que tomar cuidado para não se encontrarem com um policial fazendo rondas.


Assim que voltaram para o estúdio, Feng Huang estava encolhida no sofá, como se tivesse medo de tudo ao seu redor. Seus olhos brilharam quando viram o par de irmãos entrar pela porta. Apesar de estarem péssimos, estavam bem. Sem perceber as lágrimas brotaram de seu rosto.


"O-Obrigada... V-Voc-cês s-são incríveis!"


Caillie se aproximou e sentou-se na mesa de centro em frente a ela.


"Não chore, ou eu vou precisar calá-la..." Caillie disse com rara gentileza. Ela também tinha um sorriso brilhante no rosto.


Feng Huang olhou para Caillie confusa, mas ainda não conseguia parar de chorar. E ela percebeu Caillie aproximar seu corpo e em seguida, seu rosto foi abraçado pelo par de mãos e seus lábios foram beijados.


Mesmo ainda surpresa, ela não recuou e colaborou com Caillie. A garota dos cabelos verdes ficou por cima dela, aprofundando o beijo, mas logo ela sentiu uma pontada de dor na cintura.


Ela levou a mão até lá e sentiu algo molhado entre seus dedos. Sangue. Então Caillie olhou para Feng Huang.


"Obrigada por cair." A garota ruiva abriu um sorriso amável e jogou Caillie no chão. A mesinha de centro se partiu.


Quando Henry saiu para ver o barulho, o que ele encontrou foi o cadáver de uma garota de cabelos verdes e sobre seu peito um bilhete em tinta luminescente azul: "Ela era bonita, mas agora a dívida de sangue foi paga."



25 Eylül 2022 19:38 1 Rapor Yerleştirmek Hikayeyi takip edin
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Son

Yazarla tanışın

玉鸽 [Yu Ge] ♥️ 𝚋𝚕𝚊𝚌𝚔 𝚒𝚜 𝚙𝚘𝚎𝚝𝚒𝚌 ♥️ O café (ou o chá) está servido, basta apenas um cantinho para apreciar as boas histórias que escrevo ♥️ - novel stan, pop and rock'n roll

Yorum yap

İleti!
Bella Oliveira Bella Oliveira
Parabéns
October 20, 2023, 13:52
~