Em tempos onde a tecnologia passou a significar poder, grandes corporações se tornaram como pontífices para a sociedade moderna. E aqueles que detinham os parâmetros desta nova civilização, agora também comandavam seus rudimentos bem como seu nível de desenvolvimento. A verdade é que sempre foi assim, e continuou sendo. Senão por uma igreja ou exército, agora por corporativistas que esmagavam o cenário econômico de pequenas repúblicas. E foi assim que surgiu a Patriot uma iniciativa privada formada pela junção dos grupos econômicos mais poderosos do Mundo. Com jogadas bastante ardilosas e com movimentos estratégicos, não demorou para que as nações do mundo entrassem em sua esfera de influência, fazendo com que seus governos caíssem.
Os governantes que tentavam se desmembrar ou simplesmente se esquivar da Patriot, logo viam seus países quebrando, com miséria e surtos epidêmicos surgidos repentinamente. Seu começo foi bastante singelo, e muitos haviam até comprado a ideia de que a Patriot era filantrópica e só tinha como objetivo impedir que mais guerras acontecessem. A verdade é que de fato ela parou as guerras, de uma maneira não muito convencional. Como uma instituição que colocava o avanço tecnológico acima de qualquer outra coisa, não demorou para que a Patriot sofresse uma anátema religiosa, não só no ocidente pelos protestantes e católicos, bem como no Oriente Médio e Leste Asiático. Uma pequena nação teocrática no magrebe por exemplo, ameaçou a Patriot para preservar seus conceitos islâmicos e suas tradições locais. Horas depois um bombardeio nuclear de proporções esmagadoras, afundaram o Norte do Continente Africano.
Algumas décadas se passaram, e hoje a humanidade vive sobre os preceitos desta grande corporação. Tudo foi deixado de lado para que a tecnologia viesse de encontro ao seu apogeu. E em 2102, a Patriot lançou sobre o espaço o maior satélite que o mundo já viu. Deram o nome de "The Watcher" , mas muitos o chamavam de "Deus Máquina". Seja como fosse, aquele satélite era dotado de uma poderosa inteligência artificial, que talvez fosse até mais avançada que a de um homem. Neste ponto, era normal que a humanidade fosse integrada a peças eletrônicas. Desde o século passado, humanos tem se ligado a redes cibernéticas e interagido com máquinas.
Sunny Tea
