nathaliacroft Nathalia Croft

Num dia de passeio no parque, Loid Forger perde Anya de vista. Mal sabia ele que naquele momento, seus sentimentos em relação à sua falsa filha adotiva seriam colocados à prova. Avisos: - Essa é um história Angst, então pode conter assuntos sensíveis e gatilhos. - Arte da capa por HQ_Yunak.


Hayran Kurgu Anime/Manga Tüm halka açık.

#angst #drama #sxf #loid-forger #twilight #anya-forger #spy-x-family #paternidade #familia
Kısa Hikaye
0
1.1k GÖRÜNTÜLEME
Tamamlandı
okuma zamanı
AA Paylaş

Capítulo Único

“Acalme-se, Twilight,” penso, respirando fundo e apertando as mãos nas laterais do corpo, enquanto fecho os olhos para me concentrar.

Sinto uma brisa gelada passar por mim, farfalhando as folhas das inúmeras árvores ao meu redor.

O cheiro do gramado recém-cortado daquele parque novo entra em meu nariz.

Escuto as vozes e gritinhos das crianças no playground.

Aperto meus olhos com mais força, tentando encontrar um certo tom de voz infantil, em meio à dezenas de outros.

Uma grande aflição invade meu peito ao perceber que não consigo encontrar a voz que procuro.

“Acalme-se, Twilight,” penso, engolindo em seco.

Não preciso me preocupar. Anya deve estar brincando em silêncio em alguma caixinha de areia, só isso.

Respiro fundo por diversas vezes, tentando desacelerar meus batimentos cardíacos. Finalmente, abro os olhos.

Certo. Vamos com calma, Twilight. Pare e pense.

É super normal crianças se perderem dos pais no playground.

Crianças são rápidas e silenciosas. Conseguem se esconder com muita facilidade.

Sinto um calafrio por todo o meu corpo.

Mas, elas também conseguem se perder com muita facilidade.

Meus passos, que antes estavam lentos e ritmados, agora estão rápidos e errantes.

Vou até o balanço. Anya não está lá.

Vou até o gira-gira. Anya não está lá.

Vou até o escorregador. Anya não está lá.

Vou até a maldita caixinha de areia…

E Anya também não está lá.

Sinto meu estômago revirar e uma sensação de pavor toma conta do meu ser.

Mal percebo quando começo a tremer. As pontas dos meus dedos estão geladas.

Não entendo o que está acontecendo comigo.

“Acalme-se, Twilight,” penso. Analise a situação.

Anya se perdeu. Isso é um fato agora.

Olho ao redor. O playground desse parque novo fica próximo a um pequeno bosque com trilha para caminhadas. Com certeza, Anya deve ter visto um esquilo por aí e decidiu segui-lo.

Passo a mão no rosto, numa mistura de sentimentos de raiva e angústia.

Por que ela faz isso, hein?! Quantas vezes já não disse para ela não sair de vista?!

Respiro fundo mais uma vez, me lembrando de que Anya é, uma simples criança.

Ainda no playground, decido apelar um pouco:

- Anya! - exclamo, formando uma concha com as mãos ao redor da boca.

Algumas crianças e pais olham para mim, ao notarem que estou falando num tom mais alto que o normal, e os ignoro completamente.

- Anya!!! - tento mais uma vez.

Nada.

Sinto uma fraqueza nas pernas e um frio na espinha.

Olho para minhas mãos e vejo que elas estão tremendo.

O que raios está acontecendo comigo?!

Até pouco tempo atrás, eu ficaria até aliviado por ter perdido Anya, assim eu poderia pegar uma criança mais inteligente em algum outro orfanato e acelerar a Operação Strix.

Mas, por que ao me lembrar desse tipo de pensamento, sinto uma espécie de aversão me possuir? Por que sinto repulsa de mim mesmo?

É… Não passo de um hipócrita.

Balanço a cabeça. Não é hora de pensar nisso. Preciso encontrar Anya.

Me afasto do playground e vou em direção ao bosque, minhas pisadas firmes no gramado, deixando-os muito amassados.

A cada passo que dou por entre as árvores, sinto meu coração pulsar em meus ouvidos.

- Anya!!! - chamo mais uma vez.

Nem percebo para onde estou indo. Eu apenas quero encontrá-la.

Ando, corro, e grito por seu nome.

Nada.

O bosque está silencioso e vazio, somente com o som dos insetos e alguns cantos de pássaros. Não escuto mais as vozes das crianças no playground.

Paro por alguns instantes, me apoiando nos joelhos, ofegante. Olho ao redor e então, percebo que nem eu mesmo sei onde estou.

Também me perdi.

Sinto algo em minha garganta e meus olhos começam a arder.

Agarro minha camisa, como se quisesse impedir esse sentimento preencher meu coração.

Estou com vontade de chorar.

Isso nunca aconteceu comigo. Nunca.

Minha mente está nebulosa. Não consigo ver mais nada, somente a imagem de Anya na minha cabeça.

Sinto que o desespero quer tomar conta de mim, ao imaginar minha pequena sozinha em algum lugar por aqui, com medo.

“Minha pequena?” penso, franzindo o cenho.

Balanço a cabeça mais uma vez.

Não. Anya não é “minha pequena”.

Ela é apenas uma peça da Operação Strix. Nada mais.

Porém, por que me sinto mal ao pensar nisso?

Aquele sentimento de aversão me preenche novamente.

“Hipócrita,” xingo a mim mesmo.

O que está acontecendo comigo?

Não consigo compreender…

“Anya não é minha filha. Anya não é minha filha. Anya não é minha filha…” fico repetindo em minha cabeça.

Mas, por que essas palavras parecem tão falsas?

Sinto algo escorrer pela minha bochecha. Quando passo a mão, vejo que acabei de secar uma lágrima. Meu coração dá uma pulsada forte.

Então, levo um susto ao ouvir um som.

É um choro. Bem baixinho.

Uma aflição cresce em meu peito e começo a correr desesperadamente em direção ao choro.

Escorrego algumas vezes e até mesmo faço um pequeno corte no braço em alguns galhos das árvores.

- Anya!!! - agora sim, minha voz beira ao desespero.

De repente, eu paro e olho à minha frente.

Lá está ela.

Anya está sentadinha, encostada num tronco de árvore, o rosto enfiado entre as pernas, chorando. Parece tão pequena…

Ela nem deve ter percebido que estou aqui.

- Filha! - exclamo, correndo em sua direção.

Anya levanta o rosto, que está todo vermelho e imundo de sujeira e lágrimas.

- Filha! - digo novamente, limpando seu rostinho e analisando cada centímetro dela, para ver se não está machucada - O que aconteceu?! O que está fazendo aqui?!

- E-Eu me p-perdi, P-Papi… - Anya tenta falar em meio aos soluços. Ela enfia a cara no meu peito, seus ombrinhos sacudindo - Eu e-encontrei um esquilo e-e tentei dar a-amendoim pra ele…

Ela me encara, com seus grandes olhos verdes, brilhando como estrelas.

- M-Me perdoa, Papai! P-Prometo que n-nunca mais saio d-de perto de v-você! P-Por favor, n-não me devolve p-pro orfanato!

Fico sem reação, apenas olho para o topo de sua cabeça. Ela se encolhe ainda mais em meu peito.

- E-Eu te a-amo, Papai… P-Por favor… Não m-me abandona…

Sinto como se tivesse levado um soco na boca do estômago. O nó em minha garganta se torna impossível de suportar.

Então, como se uma combustão explodisse dentro de mim, eu a tomo em meus braços, ajoelhado naquele bosque, abraçando-a com toda a força do meu ser.

Eu choro. Choro muito.

Na verdade, nós dois choramos.

Abraçado à Anya, sinto minha mente num turbilhão.

Não consigo entender…

Já passei por tantos momentos intensos em minha vida... Dignos dos piores pesadelos...

Já convivi com tantos tipos de pessoas durante minha jornada como espião…

Mas, por que sinto que nenhuma delas mexeu comigo tanto quanto essa criança?

Por que nada se comparou ao medo de perdê-la?

Por que sinto meu coração arder ao abraçá-la?

Por que tenho vontade de protegê-la com minha própria vida, deixá-la segura em meus braços e simplesmente lhe dizer, "o papai está aqui"?

O que é isso crescendo dentro de mim?

O que é esse sentimento que rasga o meu ser? Mais afiado do que qualquer espada de dois gumes, e me dilacera até o mais fundo da minha alma e espírito, juntas e medulas, abrindo meus olhos, discernindo meus pensamentos e os propósitos do meu coração?

O que é isso, Loid? O que está acontecendo com você?

Não estou me reconhecendo...

Quando as lágrimas descem queimando meu rosto, sinto como se escamas tivessem saído dos meus olhos.

Ali, eu finalmente compreendi.

Anya, minha pequena. Preste bem atenção.

Mesmo que a Operação Strix falhe.

Mesmo que uma guerra aconteça.

Mesmo que a paz mundial se abale.

Mesmo que tudo o que eu tenha me dedicado na vida tenha sido em vão.

De uma coisa eu não me arrependo: de ter te escolhido naquele dia, naquele orfanato.

Porque de todas as crianças no mundo, a que eu nunca quero ver chorar, é você.

Esta sim, é a minha verdadeira missão.

30 Haziran 2022 17:21 2 Rapor Yerleştirmek Hikayeyi takip edin
1
Son

Yazarla tanışın

Nathalia Croft Pv. 9.10 | ENFJ

Yorum yap

İleti!
Henüz yorum yok. Bir şeyler söyleyen ilk kişi ol!
~