nataliakalim Natália Kalim

Lana Altharian chegou a ser líder do maior Império do mundo, mas perdeu tudo o que mais importava depois da terrível traição de seu marido. Após de ser condenada a morte, ela teve a oportunidade de renascer doze anos antes de todos os acontecimentos que mudaram sua vida, conservando todas as memórias do passado e com uma sede inigualável de vingança. Para concretizar seu plano, Lana decide se infiltar no Palácio Imperial como uma mera criada e começar a influenciar o jogo político de um lugar onde a nobreza jamais desconfiaria: o mais baixo. Armada de um plano brilhante e da motivação necessária para cumpri-lo, Lana pretende ensinar a seu antigo marido uma lição que ela não tardou a aprender: o amor pode durar uma vida, mas a vingança é para toda eternidade.


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A Última Noite

A coisa mais terrível sobre o fim do mundo era a sua incontestável beleza. Fitando a noite através da janela de seu aposento no Palácio de Seda, Lana Altharian sentia que nunca tinha visto uma noite mais bonita. A injustiça daquele momento não podia ser descrita: era também sua última noite de vida. Quando a manhã chegasse, ela seria executada por traição.

Lana havia chegado à corte real aos dezoito anos. Era a única filha do Rei Elbor, Senhor Supremo dos Reinos do Norte, e fora dada em casamento ao Príncipe Herdeiro do Império Navânida para selar o acordo que anexava as terras nortenhas ao território imperial. No começo, a Imperatriz Viúva a tratava como a joia da coroa e o reino se postou aos seus pés quando a notícia de que ela havia concebido na noite de núpcias se espalhou. Apesar disso, o fascínio exercido pela corte real logo começou a desaparecer quando aquele mundo mágico e de efervescente política se revelou como o palco central da intriga e da maldade.

A primeira lição que a jovem aprendeu foi a da desconfiança. Os jogos de poder norteavam a vida na corte e até os servos tentavam suplantar uns aos outros para obter influência. No seio da família real era ainda pior: não havia afeto ou respeito que fossem verdadeiros e os membros constantemente se apunhalavam pelas costas, às vezes, de modo literal. A única coisa que interessava era a coroa e os muitos filhos do Imperador viviam somente para tentar conquistá-la ou para estar perto dela. Muitos mataram diante de seus olhos, e ela quase morreu algumas vezes, mas decidiu jamais desapegar dos ideais de justiça que havia aprendido em casa. Lana tentou se manter íntegra, afinal era isso que os nortenhos faziam. Os Reis do Norte governavam há gerações com mão de ferro, especialmente no tocante ao combate a corrupção, e o povo confiava no seu pai devido ao seu notável senso de honra e a sua inquestionável retidão. Seu marido, evidentemente, provou bem rápido que era muito diferente dela. Ao Príncipe Herdeiro, tudo que interessava era a manutenção de sua posição. Não nutria amor pelos filhos e nem pela esposa. Sua amante era a Coroa e nada o seduzia mais do que a oferta do trono. Era polido diante do público, mas no âmbito privado era sempre violento e cruel. Pouco a pouco, o amor infantil de Lana pelo esposo deu lugar ao medo e ao asco, mas também a um profundo senso de cumprimento do dever. Naquele lugar, geralmente eram todos obrigados a escolher entre o dever e a vida.

A derrota na Batalha de Nahara foi um duro golpe para o Império e simbolizou a perda de uma das regiões mais prósperas da Coroa. A cidade de Nahara era a principal responsável pelo abastecimento dos artigos mais importantes do reino e precisava ser retomada. O Imperador tomou essa tarefa para si pessoalmente, mas nada aconteceu como o planejado. No fim das Guerras pela Reconquista, o Império havia sido derrotado e o sangue de milhares se espalhava por uma terra amalgamada e torturada. O próprio sangue real estava ali: depois de seis décadas de um próspero reinado, o Imperador havia caído em batalha. Seu título agora pertencia a um jovem inexperiente, que precisava assumir uma economia fragilizada e um reino fragmentado.

O peso do manto de Imperatriz era mais do que Lana tinha desejado e rapidamente se tornou insustentável. O povo, faminto por causa da guerra, havia começado a ser abatido por uma praga cruel que não poupava nem os mais ricos e nem os mais pobres. Seu marido se recusava a fazer qualquer coisa para ajudá-los e logo um movimento opositor começou a ganhar forças, estimulado pelos terríveis atos do novo Imperador. Ele tampouco parecia se importar com isso. Acreditava ser o mais forte do mundo, pois tinha o poder de executar quem quisesse na hora que desejasse. Seu hobbie era condenar os opositores, fornecer banquetes de luxo e participar de orgias com as damas do harém. O povo fenecia e os nobres se exaltavam, mas enquanto ele estivesse no poder, nada mais tinha significado.

Então veio a cisão e as quebradiças estruturas do poder do novo Imperador ficaram ainda mais abaladas. Grande parte dos aliados reais abandonou o trono para apoiar o Príncipe Otto, que era o irmão do Imperador e que costumava ser o segundo na linha de sucessão antes do falecimento do pai de ambos. Claramente tendendo a uma liderança mais humanizada, Otto passou a representar para a corte e para o povo a esperança de um governo mais justo e menos opressor. Dia após dia, Otto arrebanhava mais seguidores e até Lana passou a torcer em segredo para que os planos do príncipe dessem certo, mesmo não sendo tola o bastante para anunciar esse desejo em voz alta.

O Imperador se tornou um homem paranoico e a paranoia fez dele um sujeito ainda mais cruel do que já costumava ser. Assassinou servos somente por vê-los sussurrarem entre si e prendeu nobres sem nenhuma razão além de sua desconfiança. O general e o magistrado do reino foram executados no mesmo mês, pois faziam parte de uma conspiração maluca que só existia na cabeça de seu líder. Perdido em seus próprios terrores, o novo Imperador foi incapaz de enxergar os verdadeiros conspiradores, o que fortalecia a oposição, uma vez que informações secretas eram repassadas bem debaixo do seu nariz.

Lana tentava fazer tudo o que podia, especialmente no que tangia a contenção do gênio do seu marido. Seu desejo pelo fim de seu próprio reinado fazia com que ela acabasse sendo conivente com os traidores, mas sua prioridade era tentar aliviar o sofrimento de seus súditos em segredo. Quando descobriu que a esposa estava enviando o pão do palácio para os pobres, o próprio Imperador em pessoa a espancou e a trancou numa cela suja, privando-a durante vários dias de água e comida. A prisão da imperatriz acabou gerando uma forte comoção social e Lana teve que ser solta pelo bem da política, ainda que passasse a ser vigiada bem de perto desde então. Lana se fechou cada vez mais dentro de si própria, especialmente depois da perda de seus filhos. Quando o Príncipe Herdeiro e pequena princesa foram enviados para serem criados em uma localização secreta, Lana sentiu como se seu coração estivesse sendo arrancado do peito. A dor da distância nunca foi superada, mas o afastamento dos dois rapidamente se provou ser uma ideia sábia. Quando Otto invadisse o castelo e assassinasse o próprio irmão, era melhor não haver nenhum herdeiro por perto.

A única pessoa que parecia ainda ter interesse em ser gentil com a imperatriz era o irmão de seu marido, Zeno, o Décimo Quarto Príncipe. Às vezes Lana tinha a sensação de que ele era jovem demais para realmente entender o que estava acontecendo, mas já fazia um bom tempo que Zeno havia deixado a adolescência para trás. Os próprios criados concordavam que a inocência parecia ser mesmo parte do caráter do príncipe e ele era o mais amado entre os irmãos reais. Zeno sempre dirigia palavras afáveis quando ele e Lana se encontravam nos banquetes ou nos corredores, e até mesmo havia pedido para as servas preparem os bolinhos favoritos da Imperatriz no dia do aniversário dela. Apesar da amabilidade, Lana tentava manter uma distância profissional do príncipe e sempre conservava todas as formalidades. Era fácil ser mal interpretado no palácio e, muito embora ela não fosse tola para acreditar que o marido nutria sentimentos por ela, o Imperador era um notável ciumento. Desde o princípio, Lana havia tentado cumprir com o que era esperado dela, pois haviam consequências terríveis em despertar a ira de um homem como aquele.

As neves invernais vieram na mesma época que a família Altharian caiu em desgraça. O príncipe Otto tomou Sirenza no começo do inverno, complicando a situação do abastecimento de suprimentos na capital do poder do Império. Um elaborado plano garantiu que uma parte dos alimentos continuasse chegando para o povo, mas não para o palácio e nem para as casas mais nobres. Por causa disso, os ricos começaram a contratar sicários para tomar dos pobres o pouco que eles possuíam e o Imperador precisou intervir antes que uma guerra civil estourasse na província central. Foi em Sirenza que os dois irmãos se encontraram em batalha pela primeira vez, num conflito que seria lembrado como o mais violento de sua contenda. Vários nobres importantes se uniram a eles, incluindo o rei Elbor Altharian, que era pai de Lana. Apesar de ser sogro do Imperador, o Rei do Norte acabou escolhendo apoiar Otto em sua briga pela coroa. A surpresa da traição deixou o Imperador em Fúria e eliminou e qualquer senso de piedade do seu coração. Desse modo, quando a cidade foi retomada pelo poder imperial, nenhum dos lordes que serviam ao inimigo foram perdoados. Otto havia conseguido escapar, então seus asseclas precisavam pagar em seu lugar. Para a infelicidade de Lana, o pai estava entre eles.

Durante algum tempo, Lana conseguiu argumentar em favor da vida do pai. Como Elbor era o governante do Norte, mantê-lo vivo era o mesmo que manter os lordes nortenhos sob controle, evitando a rebelião que emergia e assegurando o controle regional. Ele provavelmente também poderia servir como moeda de troca, caso fosse preciso. Dado o valor do capturado, fazia muito mais sentido mantê-lo vivo do que executá-lo. Todavia, o Imperador só conseguiu concordar com esses argumentos durante algum tempo. Quando ele se cansou da insistência da esposa, decidiu pedir a cabeça do sogro. Lana foi obrigada a ler publicamente a ordem real que informava a execução do Rei do Norte e teve que assistir ao seu decepamento em primeira mão, sem piscar. Alguns dias depois, sua mãe e sua prima também foram capturadas e acabaram enforcadas. Lana limitou-se a fitar seus corpos sem vida balançando-se ao vento, incapaz de derramar sequer uma lágrima. Estava mais morta por dentro do que as duas.

A gravidade da situação e o significado de seu posto obrigaram Lana a se manter fiel ao trono, mesmo que ela preferisse ser torturada a declamar amor por aquela pátria maldita. Lana se sentia inútil e inábil, pois sequer fora capaz de usar seu poder para alterar o curso dos acontecimentos. Nesse ritmo, seu casamento ficava ainda mais conturbado a cada dia. Mesmo tendo a poupado, o Imperador estava convencido de que ela também era uma traidora. Os guardas começaram a segui-la para todo lado, sem nenhuma intenção protetiva. Desse modo, Lana não ficou surpresa quando soube que o marido também ia matá-la, mas ela nunca pensou que a motivação seria algo tão comum e ordinária.

Um banquete havia sido organizado para receber os emissários reais das províncias conquistadas que ainda eram aliadas. No meio da festa, o Imperador acabou flagrando Lana e Zeno conversando no jardim real. Para ele, aquilo bastou. Os dois foram presos e condenados por adultério e conspiração. A pena era a morte, mas, naquele momento, morrer parecia mais doce que a própria vida. Lana aceitou a punição de cabeça erguida, consciente da própria inocência. Manteve-se orgulhosa mesmo quando foi trancafiada na torre das prostitutas, como forma de humilhação. Apesar disso, sua postura altiva acabou sendo lavada por lágrimas amargas quando a porta se fechou em suas costas. A notícia de seu cárcere se espalhou e exaltou os ânimos, mas ânimos exaltados não serviram de nada. Solitária, tudo que podia fazer era sentar e esperar pela própria morte.

Mas ainda haviam amigos, embora eles não fossem poderosos o suficiente para fazer algo por ela. O eunuco Gui sempre havia sido um servo leal e de tempos em tempos conseguia mexer os pauzinhos para servir comida e notícias a ela. As novidades eram uma fina fonte de esperança. A situação do reino estava crítica e o príncipe Otto se aproximava cada vez mais do poder. Fosse através do fratricídio ou de um golpe de estado, ele provavelmente seria o novo Imperador até o fim do verão. Lana sonhou incontáveis vezes com o próprio resgate, esperando que as tropas da oposição invadissem o castelo e a libertassem. Havia uma parte dela que não se iludia, entretanto: quando o verão chegasse, Lana já teria morrido a muito tempo.

Quando a primavera terminou, o Príncipe Otto surpreendeu a todos ao fazer algo que ninguém esperava: ele falhou. Apesar de ser um déspota, o Imperador não era um tolo e conseguiu colocar as garras no irmão nas vésperas de um grande golpe de Estado. O fim da ameaça seria comemorado com a execução pública de todos os traidores. Isso incluía vários oficiais e membros da família real, contemplando a estrangeira Nute de Cordóvia, que era a nova consorte do Imperador, e Lana.

Lana recebeu a notícia com notável paz de espírito. Sua prisão havia tido como único propósito a destruição de sua psique através da solidão e da ansiedade. Tudo que restava dela era a sombra da mulher antiga, um ser tão consumido pelo terror e pela decepção que seu coração parecia ser feito de mágoa. Desse modo, saber que sua hora se aproximava a acalmava de uma maneira estranha. Seu pai costumava dizer que a morte não devia ser temida, pois quando ela chegasse nós não mais estaríamos aqui. Compreendendo que nada restaria dela, Lana compreendeu também que não haveria mais sofrimento nem um reino pelo qual sofrer. Então ela se sentou na janela gradeada e se permitiu contemplar a lua uma última vez. Talvez sua última noite de vida parecesse tão bonita porque nada mais dela restava e o luar era especialmente bom em preencher o vazio das coisas. No noturno vazio da alma de Lana sequer haviam lágrimas. Por causa disso, havia paz.

Quando as nuvens noturnas cobriram o luar com seu manto, Lana pegou o papel e a pena que havia escondido sobre o colchão bolorento e se sentou em um canto do quarto. Otto havia sido executado na manhã anterior e, embora a imagem de sua cabeça pendurada nas muralhas no palácio inspirasse terror, ainda havia esperança para o Império. Dos quatorze filhos do antigo imperador, seis ainda estavam vivos e haviam muitos outros parentes. Como imperatriz, Lana conhecia todos os podres do marido. Talvez essas informações pudessem alcançar a pessoa correta e servir de estopim para que a revolução acontecesse. Lana não se importava de cair, mas seu maior desejo era poder levar o Imperador com ela.

Faltava uma hora para o amanhecer quando Lana pousou a pena. Havia descrito os crimes mais graves do marido e falado a respeito daqueles que ninguém conhecia, indicando os locais onde as provas poderiam ser achadas. Descreveu detalhadamente os hábitos da guarda palaciana, incluindo os horários em que as trocas de turno costumavam ser feitas e as deficiências do homem que agora as liderava. Até ousou tentar desenhar um esquema que mostrava onde se encontravam as passagens secretas do palácio, para o caso da oposição decidir invadir. No fim, ela tinha em mãos material extremamente precioso.

Quando a porta do quarto se abriu, ela olhou sem surpresa para o eunuco Gui. O jovem rapaz trazia em suas mãos trêmulas um pequeno copo de porcelana pintada. Lana não pode deixar de lamentar ao perceber que o último rosto que veria teria feições tão tristes. Apesar disso, ela colocou-se de pé e tentou manter a honra.

— Você fez tudo conforme eu te pedi? — ela perguntou.

— Sim, Vossa Alteza. — o eunuco respondeu rapidamente. — Também consegui notícias sobre as Vossas Altezas Imperais e Reais, seus filhos. A essa altura, já devem estar em um navio em direção ao Norte e o seu tio, o lorde Ricardo, está bem preparado para refugia-los.

O coração de Lana ficou menos pesado ao saber disso. Ela assentiu positivamente e apontou para o pergaminho que estava pousado sobre a cama.

— Ali está a carta que eu disse que escreveria. Quando acabarmos aqui, ela provavelmente já estará pronta para ser dobrada. Esconda-a bem na manga e não esqueça de levá-la quando deixar a cidade. Você agora tem o dever mais importante de todos e deve fazer com que ela chegue bem ao seu destinatário. — Lana encarou o criado com firmeza. — Nas mãos certas, essa informação poderá mudar o destino da nação. — ela pareceu refletir por um momento. — Talvez o Sexto Príncipe seja o mais recomendado, já que ele era o mais competente depois de Otto...

— Deixe comigo, senhora. — Gui respondeu, claramente resignado. — Prometo que não vou decepcionar Sua Majestade.

Lana concordou com um simples movimento de cabeça. Seus olhos estavam pregados no pequeno copo que o eunuco trazia e, por um momento, ela hesitou. No silêncio do quarto, ela reconsiderou o oferta de fuga que havia sido feita por Gui, mas era tolice esperar que nesse mundo houvesse um lugar para ela. Fugir era apenas adiar o inevitável. Resignadamente, ela acolheu o copo em suas mãos. Seu olhar saltou do líquido para o criado e ela não pode conter um arrepio na espinha quando o odor do vinho envenenado tocou seu nariz.

— As grandes palavras de um homem devem ser grandes, mas eu sou só uma mulher e, como tal, não sei o que deveria dizer. — Lana deu um sorriso acabrunhado. — Foi um prazer ter você aos meus serviços, Guilhermo. É uma pena que tenhamos nos encontrado em uma época tão ruim. Jamais perca a dignidade e, se você sobreviver ao pesado dever que eu te conferi, diga aos meus filhos que eu os amo.

— Direi, Vossa Graça. — Gui soava tão triste que partia o coração. — Foi uma honra servir uma mulher tão íntegra quanto a senhora.

— É uma pena que eu tenha falhado. — Por um segundo, Lana sorriu tristemente. Sua postura altiva parecia prestes a ruir, mas ela a recuperou no último instante e tentou não pensar nas lágrimas que anuviavam seus olhos quando ergueu o pequeno copo. — Um brinde à justiça, caro amigo. — e tomou tudo em único gole.

Quase que automaticamente, Lana sentiu a garganta flamejar. Seus joelhos fraquejaram quando a dor em seus órgãos internos ficou forte demais para suportar e ela sentiu que seu corpo tombava para frente. Sua última imagem foi a de um copo de porcelana, agora vazio, rolando desamparadamente de seus dedos e dos olhos marejados do eunuco fitando-a em desespero. Então, tudo desapareceu e o mundo se tornou tão escuro quanto a noite.

Era morte, abraçando-a como uma velha amiga.

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22 Haziran 2022 23:36 0 Rapor Yerleştirmek Hikayeyi takip edin
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Mundo Conhecido
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Esse universo retrata o mundo de "O Despertar da Fênix" e seus elementos principais, como religiões, lugares e personagens. (Ainda estou editando aos pouquinhos, então me perdoe se algumas entradas parecerem meio... Vazias.) Hakkında daha fazlasını okuyun Mundo Conhecido.