sissialmeida0396 Síssi Almeida

Dormir nunca foi tão perigoso! A cidade está sofrendo de uma doença que afeta especialmente os adultos, quando eles adormecem correm o risco de nunca mais acordar. Acompanhado de parceiros improváveis, Noah um garoto inseguro e introspectivo decide sair de casa em busca de respostas, para quem sabe salvar sua mãe do que chamam de: A maldição do sono.


#3 içinde Fantastik #1 içinde Epik 13 yaşın altındaki çocuklar için değil.

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Capítulo 1 - O trem

1962, em um vilarejo no sul do Brasil.


1

O ar frio somado as ruas úmidas, um clima de doer os ossos, e lá longe, com os dedos tocando uma fina folha de vidro, Noah fita a rua pequena e estreita, feita com blocos de concreto, que muitas vezes pareciam ser desenhados no chão. As poucas folhas ao ar dançam com a brisa e a grande maioria delas estão secas, seus pequenos dedos percorrem o caminho de uma gota de orvalho, que desce preguiçosa pela janela, ele poderia escolher qualquer outra para perseguir, mas aquela em especial parecia-lhe tão solitária, tão pequena e silenciosa diante das outras, que lhe dava uma impressão de ser como ele, que sempre estivera em silêncio, entre as paredes da mansão. Seus pais o proibiam de sair, ao menos ele ia a missa aos domingos, porém, já faziam meses que Noah nem a missa podia ir, por conta da doença que tomou metade do vilarejo, eles tinham medo, e Noah em seu interior não tinha, ele tem apenas doze anos. Sua mente vagava apenas por entre os balanços feitos com troncos de madeira, ele queria sentir o ar entrando em seus pulmões e não mais respirar o mesmo perfume de sua mãe. Seu desejo era de correr entre as poças de lama, se esconder na velha estação de trem, e quem sabe reencontrar a menina que usava calças, uma garota de cabelos curtos, com calças escuras e um gorro de lã azul marinho na cabeça, foi a primeira e última vez que Noah fugiu de casa para brincar. Sua mente viaja alguns meses atrás, quando a tal doença só atingia alguns camponeses, aqueles que viviam perto das minas e poucos moradores do vilarejo. Um breve sorriso se abre no rosto do pequenino, as bochechas rosadas como as de uma boneca de porcelana se esticaram por conta da felicidade instantânea de sua lembrança, a recordação torna-se mais vívida e agora seus olhos se fecham, para relembrar seu maior feito.

2

A tarde naquele dia era agitada, tão fria quanto às outras, o senhor Aaron chegara alarmado, deixou os empregados na porta, e depois se dispersaram deixando-a aberta. O Homem gordo e careca retira os óculos do rosto, levou as mãos úmidas e suadas até as têmporas e as massageou, ele podia sentir seu coração acelerado, pelo simples ato de ter subido três degraus para abrir a porta, Aaron chamou sua mulher para o escritório.

Essas ocasiões eram raras, e quando ocorriam os pais de Noah se demoravam entre conversas e outras, e foi esta a brecha que o garoto encontrou, sua preceptora estava dormindo já há dois dias seguidos, Noah estava sozinho na enorme sala de visitas, a porta estava entre aberta, seus olhos se encheram de esperança e seus pés já não o obedeciam, era como se seu corpo quisesse entrar em contato com a coisa verde que ele via do lado de fora, seu avô lhe disse que o nome era grama, que se usava muitas vezes nos quintais, e em alguns campos de futebol, Noah sabia o que era grama, mas nunca pôde tocá-la. Suas mãos pálidas se agarram ao pequeno botão que o acompanhou desde a morte de seu velho avô, que partiu por conta de uma gripe estranha, e ele se lembrava de cada tosse com tufões de sangue, ele era o único que lhe contava histórias e realmente fazia companhia.

Seus pés descem os degraus, a sensação do vento frio percorrendo por entre seus cabelos, seu peito inchando com a entrada de ar fresco, uma felicidade plena e pura. A cabeça do garoto vira para os lados, comendo com os olhos tudo o que não podia ver da janela, ele aperta o botão em sua mão e ainda hesitante sobre o que encontraria começa a andar pela rua, a sensação sob seus pés é diferente do piso de madeira, rapidamente guarda o botão no bolso de sua calça e começa a desamarrar os sapatos, ele queria sentir melhor, o efeito de estar descalço, desajeitadas suas mãos retiram as meias e em seguida seus olhos veem seus pés nus, ele usa a mão no joelho para se colocar de pé, e começa a caminhar.

A sensação era diferente, mais alguns passos e ele se acostuma com as leves espetadas do concreto sem se importar com o chão áspero. De repente, seus olhos semicerrados fitam uma garota, ele só conseguiu chegar a essa conclusão por ouvir ela gritar, sua voz era fina como a de sua prima Elisabeth, que vinha em todos os natais para a casa dos Butler. No entanto, era notório que ela é diferente, não estava com um vestido e meias claras, seus cabelos escuros não eram longos.

As roupas desgastadas da garota trouxeram à Noah um tipo de sentimento estranho, era como se ele quisesse dividir com ela as calças que tinha, mas sabia que sua mãe jamais permitiria que ele fizesse isso. Ela não parecia estar com medo, o grito que foi ouvido se deu por razão da felicidade ao conseguir pegar a maçã que estava no alto. A garota estava se esticando nas ponta dos pés há quase quinze minutos, às mãos de Isla seguram a maçã como um verdadeiro tesouro, seu sorriso se alarga, ela limpa um lado da fruta na camisa a esfregando contra o tecido, e após isto dá uma bela mordida, e se revigora ao sentir a fruta suculenta e doce descer por sua garganta, só então, seus olhos verdes se dão conta do garoto um pouco menor que ela, a alguns metros.

Ele a encara, quase tão pálido quanto sua camisa de linho branco.

Isla permanece no lugar onde estava, apenas mastigando enquanto olha para o menino, e após isto senta-se sob a grama, mesmo estando molhada, ainda com os olhos cravados no menino descalço na calçada. Ela compreendia que ele deveria ser um garoto que tinha almoço e janta todos os dias, por suas roupas bem passadas e o cabelo cortado, certamente é um riquinho, ela pensou. Cruzou as pernas e desviou os olhos do garoto. Mas ele caminha até ela lentamente enquanto olha para os lados. Alguns segundos mais e Noah está pisando sob a grama pela primeira vez, um sorriso instantâneo e nervoso se abre em seu rosto, ele até queria cumprimentar a garota, mas preferiu deitar-se sob a grama e fitar entre as frestas dos galhos o céu cinzento, sonhara tantas vezes com este dia que seu coração crepitava e algumas palavras não chegavam a superfície. Os sapatos estão jogados e sua cabeça encostada no chão, seus olhos sorriam ao ver alguns pontos vermelhos entre os galhos, seus dedos seguram a grama alta, e suas unhas a esta altura já estavam sujas de barro. A garota o olha e não compreende como uma criança pode ser tão estranha, será que ele nunca brincou na grama na vida? Isla se pergunta isso, mas sua conclusão é rápida como um raio, ao ver o garoto sorrir como um tolo, do mesmo jeito que ela sorriu ao chupar sua primeira bala.

Suas pernas se erguem, e segundos depois ela se deita ao lado do garoto, a uma distância de uns dez centímetros. Sua mente percorre um pequeno caminho, era um vilarejo pequeno, e este garoto não lhe era tão desconhecido assim, seu rosto estava sempre naquela janela, da casa enorme de uns três andares, Isla ouviu dizer que os Butler nunca deixaram seu filho sair de casa a não ser para as missas, e achava que isso era apenas uma conversa dentre muitas, mas agora, olhando aquele mesmo rosto pálido e olhos escuros, ela sabia que era verdade. De repente sua cabeça se vira para o lado, suas orbitas verdes flagram uma lágrima que corre pelo rosto do garoto, a princípio ela não compreendeu, mas deixou isto de lado, apenas permaneceu em silêncio enquanto olhava para cima, tentando descobrir para o que aquele garoto tanto olhava. Seus lábios finos se movem e Isla tem de dizer algo, não conseguia ficar muito tempo sem colocar a língua para funcionar.

— O que tanto olha? — Isla expõe em um tom despreocupado, como se não tivesse tanto interesse assim. Depois apenas se limitou a pensar em como levaria algumas maçãs para sua mãe.

— A grama, sente como é macia? — Noah coloca os pensamentos em fala, ignorando a pergunta, ele não hesitou em ser sincero com a garota, ela o olhou torto, mas para ele isso pouco importava agora, ele nunca teve amigos ou com quem brincar, queria apenas saborear seu curto momento de liberdade.

— Na verdade não tem nada de especial, é só grama mesmo, você não é o garoto da janela? — a pergunta de Isla soa como uma afirmação, ela se ergue e se põe de pé.

— Como? O que quer dizer com isso? — Noah se levanta, queria explorar mais a pequena vila, se jogar na lama e talvez até brincar com alguém.

— Você nunca saiu na rua antes? — Isla se levanta e começa a andar em volta do garoto, o olhando como um animal raro. Sua curiosidade a toma, ela queria saber mais.

Os olhos escuros de Noah repousam sobre as calças da garota.

— Não, nunca sai antes, não sozinho — ele está de cabeça baixa, sentindo a grama nos pés, e leves cócegas entre os dedos.

Isla sentiu uma pontada no peito, não podia acreditar. Como alguém nunca teria saído de casa para brincar? E como ele conseguiu sobreviver todo este tempo? Um sorriso largo se abre em seu rosto e em uma atitude impulsionada por sua personalidade forte ela puxa o garoto pela mão, e ambos começam a correr rapidamente por cima da grama em direção à estrada. O rosto corado da pequena menina sorri descontraído, por sua vez ela sabia que seu espírito caridoso tinha de ajudar o garoto, algo em seu coração lhe dizia que ele precisava de sua ajuda para mostrar-lhe como aquela vila era pequena em consideração com o mundo aqui do lado de fora. Ambos prosseguem a corrida, Noah sente-se como os passarinhos, exceto por seus pés no chão, a sensação plena de liberdade o preenche, seus olhos avistam tudo que ele não podia ver da janela. A velha casa de madeira que lhe parecia torta, gatos correndo, a doceria com a porta quebrada. Seus pés sentem a calçada e após algumas passadas estava pisando na terra, a garota solta sua mão, os pulmões de Noah nunca trabalharam tanto, ele apoia as mãos sobre os joelhos em busca por ar.

— Precisamos caminhar mais alguns minutos — as palavras de Isla soam calmas, como se ela não tivesse corrido mais de cem metros segundos atrás.

— Aonde está me levando? — os olhos semicerrados fitam a garota, Noah enfia uma das mãos nos bolsos e segura o botão que seu avô havia lhe dado, buscando alguma segurança.

– O trem, você já o viu? Acredite não costumo praticar caridade, mas acho que você tá precisando de uma ajudinha — um pequeno sorriso se abre no rosto de Isla, de certa forma ela sabia que tinha de levá-lo até lá, mesmo se houvesse recusa de sua parte, ela pondera a ideia de lhe puxar pelas orelhas, mas se afasta desses pensamentos balançando a cabeça de forma negativa.

— Só o vi de casa, me desculpe, mas preciso voltar, vou arranjar encrenca, assim que minha mãe pousar seus olhos em mim.

— Não seja um medroso, vamos ver o trem, aposto que jamais terá chances de ver de novo — persuasão sempre foi o forte de Isla, até mesmo quando os garotos não queriam apostar suas bolas de gude, ela conseguia que todos apostassem ao menos uma boa parte delas.

Noah reconhecia que ela estava certa, talvez ele jamais pudesse sair novamente, ou pelo menos até ter idade suficiente para isso. Ele olha de soslaio por cima dos ombros e por fim crava os olhos em seus pés agora sujos de barro, não havia escapatória, sua mãe lhe daria um castigo severo, mas agora ele queria aproveitar, mesmo que seu coração estivesse prestes a sair pela boca, sem dizer mais nada ele consente em um gesto positivo com a cabeça, quase mínimo.

— Certo, calce seus sapatos — os dedos pequenos e finos apontam para os sapatos de Noah, se ele quisesse ir precisava estar preparado.

Rapidamente ele se sentou no chão, calçou os sapatos e se intrigou quando ela estendeu a mão para ajudá-lo a levantar, mesmo com as suas mãos todas sujas, ela não hesitou em tocá-lo. Um sorriso se abre no rosto da garota, e antes que Noah o retribuísse ela desvencilha-se de sua mão e a enfia nos bolsos. Ambos caminharam entre as ruas estreitas. Algumas tinham o mesmo desenho no chão, haviam poucas coisas que Noah havia aprendido a gostar, e uma delas agora era o sorriso alegre daquela garota. Vislumbrando algumas árvores altas demais Noah quase não percebe que haviam chegado até o local, atento, volta seus olhos para os inúmeros vagões que estavam parados há alguns meses, o sorriso convidativo de Isla fez com que seus pés a seguissem, tão ágil quanto um dos bichanos de sua casa ela sobe até o vagão e estende a mão para ajudá-lo a subir. No instante em que seus pés tocam o vagão uma espécie de sensação estranha o toma, mal sabia ele que se chamava satisfação. Observando os movimentos da garota ele pôde perceber que seu nome deveria ser destemida, jamais havia visto uma garota assim, mas ele se desvia destes pensamentos ao adentrar um dos vagões vazio, fita alguns chapéus abandonados, bitucas de cigarro espalhadas pelo chão, e algumas embalagens de doces e resto de comida apodrecida. Ninguém sabia afinal porque o trem havia parado de funcionar, mas os adultos diziam que era por conta da doença do sono, ninguém mais queria parar aqui ou se quer usar como uma rota.

Os bancos vermelhos acolchoados fizeram com que Noah recordasse dos filmes de velho oeste, aonde os bandidos montados a cavalo se uniam para roubar um trem em movimento. Isla começa a andar ente os assentos, passando a ponta do dedo indicador sobre o couro vermelho, juntando em sua mão a poeira de sabe lá quanto tempo. Algumas vezes se perguntava o que havia acontecido com aquele lugar, por vezes ouviu sua avó falar de uma espécie de maldição ou praga, mas ela jamais havia visto em sua vida tantas pessoas morrerem apenas por dormir. O eco dos seus passos se perdem em sua cabeça, ela se vira e observa o garoto parado ainda na entrada do vagão, se perdendo em tudo o que via.

—Também acha isso tudo muito esquisito? — ela diz se virando completamente.

— Não entendo o motivo pra ter sido abandonado? Fora a poeira parece estar em bom estado.

— Não estou falando do trem, e sim de todas essas pessoas — ela faz uma pausa, e sussurra entre os dentes ainda levemente sujos de maçã, não tinha ninguém para ouvir o que ela diria, mas Isla parecia querer confidencialidade — Sem acordar, eles dormem, e alguns nunca mais voltam, meu avó foi há algumas semanas, o pobre velho nem ao menos pôde ter uma última refeição, mas talvez não tenha feito falta, ele já estava acostumado.

— Com o quê? — ele expõe sua pergunta dando um passo hesitante para a frente.

— Falta de refeições, sabe, no campo em época de inverno, é difícil arranjar o que comer, quase nada cresce, e nós bem... não gostamos de matar os bichos, uma vez, levei a Rolly, uma galinha pintada, até a floresta, tudo isso para que não a matassem, fiquei lá por umas boas horas naquele frio — Isla passa uma das mãos sobre o rosto e volta a dar uma mordida na maçã em sua mão — Mas quando eu voltei, meu avô já tinha morrido, joguei a galinha no chão e corri pro velho cemitério... muitos já morreram, dizem que se não formos embora da cidade, vamos ser os próximos.

— Meu pai disse que é besteira, mas antes, só afetava os velhos e os bebês, agora, todos estão dormindo.

— Sim, eu sei — ela retruca olhando para os lados.

Um grito é ouvido, pelos dois, e aquela voz cansada e grave, só podia ser de uma pessoa, era o pai de Noah, ele parecia desesperado a procura do garoto que instintivamente se abaixou, Isla correu até ele e ambos se esconderam em baixo de um dos assentos, para ele nada igual já havia lhe ocorrido, fugir de casa, conhecer uma nova pessoa, sentir a grama, ele achava que era o suficiente, e que agora poderia ir, seus olhos encaram a garota, e ela faz um gesto positivo com a cabeça, Noah desliza para fora do assento, enfia a mão no bolso e entrega a garota uma bala que havia ganho noite passada, a garota pareceu ter sofrido muito mais que ele, era justo que ela tivesse alguma coisa, que tivesse uma recompensa por sua ajuda, ele estende a mão e Isla se comprime em baixo dos bancos, ela sorri ao olhar a bala e mesmo sem entender a guarda. O pôr do sol estava próximo, e ela também deveria partir. A voz do Sr. Aaron ecoa em um tom de felicidade e repreensão, a garota se levantou e fitou seu mais breve colega ir embora, acompanhado de seu pai e mais dois homens. Noah olha de soslaio por cima dos ombros, e com sua mão livre dirige um aceno para ela, que retribui com um sorriso do qual ele não conseguiu ver por conta da distância. Uma sensação o tomou, como se ele em breve fosse vê-la e partir novamente para uma aventura, dessa vez mais longa e com novas pessoas. Noah não sabia ainda seu estranho futuro, mas conseguia sentir isso e fazia uma leve ideia, graças aos seus sonhos mais profundos, ele conseguia entender que haveria um jeito, e que as galinhas não precisariam ser mortas e que as pessoas poderiam acordar. Ele não sabia se era possível, mas gostava de acreditar que sim.

3

Mais adiante o sol brilhava em um morro, que quando se descia, podia-se ver as minas da cidade, as que gerava renda para todos, o velho Oscar, que havia dormindo há três dias, mesmo sem entender ele foi visitar seu local de trabalho uma última vez, mas após ficar trinta minutos no local, ele foi pego de surpresa, por uma onda violenta de sonolência, seu corpo está caído perto de uma das entradas das minas, ele estava dormindo, até um dias atrás, mas o frio, a falta de comida e abrigo, ainda mais exposto ao relento, fez com que ele desse adeus ao mundo, pelo menos, o mundo dos vivos e sem se despedir de sua mãe, que estava dormindo há dois dias depois de sua ida até as minas. Oscar era um velho, sua cabeça com muitos cabelos, e sua pele escura lhe davam uma aparência de ser mais resistente do que todos achavam, ele também achava, mas não era. Em seu último suspiro, ele viu a famosa luz branca, que o ergueu de seu corpo, como uma espécie de projeção astral, e ele pôde ver seus lábios cianóticos por conta do frio, apesar de tudo agora estava claro, uma luz negra o puxava para o outro lado, e era mais forte, ele não sentiu-se ofegante ao tentar correr, não sentiu frio, nem sede, ou os pulmões cansados, para ele havia chegado ao fim da linha, ele se foi, pelo menos do plano terreno, e enquanto ele caminhava por um túnel no qual seus olhos não conseguiam ver o fim, ele ouviu uma voz rouca, arrastada, mas doce e convidativa, como uma criança faminta por balas, e resolveu segui-la, indo na direção de um círculo negro. Ah, e o seu coração? Que não mais batia, e ele conseguia apenas se lembrar do toque, uma melodia de Nocturne de Chopin, seus dedos se moviam no relento, enquanto ele era atraído pela doce voz, de uma sombra de uma criança, que corria e cantava até o local para o qual seu espirito seria levado, foi a última coisa que ele ouviu, ou da qual conseguiria se lembrar, mas não por muito tempo.

15 Haziran 2022 14:31 9 Rapor Yerleştirmek Hikayeyi takip edin
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Sonraki bölümü okuyun Capítulo 2 - Criaturas do poço

Yorum yap

İleti!
VV Verônica Vieira
Adorei, ótima como todas as suas histórias.🥰❤️
January 19, 2023, 23:54

Anderson Fillype Anderson Fillype
Muito boa sua escrita, e a história é bastante interessante. Me senti lendo uma obra da literatura clássica brasileira, pois tudo é muito bem descrito e desenvolvido, fora a época e o local se remeterem muito ao estilo brasileiro. Não é a toa que sua história chegou ao top 3 de fantasia tão rápido, parabéns.
September 26, 2022, 21:19

  • Síssi Almeida Síssi Almeida
    Oi Anderson, fico muito feliz que tenha gostado da minha história. Espero que chegue até o final dela. Sua mensagem com certeza me incentivou. September 27, 2022, 15:05
LV Luna Viana
Coisa antiga. 🥰🥰🥰
July 30, 2022, 14:06

Suzana Vieira Suzana Vieira
🥰🥰🥰❤️❤️
July 24, 2022, 23:59

~

Okumaktan zevk alıyor musun?

Hey! Hala var 14 bu hikayede kalan bölümler.
Okumaya devam etmek için lütfen kaydolun veya giriş yapın. Bedava!