pelaflorestanacasadebaco Nathan Ritzel dos Santos

Livro originalmente publicado em meio físico, em duas edições. Compilação de textos em diversos formatos do autor, da aurora de sua adolescência.


Şiir 13 yaşın altındaki çocuklar için değil.

#poesia #poemas #conto #microconto
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Sangue, corpo e alma

Dentre as aptidões daquele humilde homem, talvez a mais marcante delas fosse ordenar que seus dedos executassem belíssimas coreografias em cima das teclas de seu piano. Sapateados frenéticos e melodias inebriantes eram as coisas que lhe acalmavam e atribuíam sentido à sua vida, vez que seu coração fora surrupiado do peito ao som de uma violenta sinfonia.

Era, ao mesmo tempo, nostálgico e doloroso este belo vazio no qual sua vida havia se convertido. E havia somente um algoz. Uma mulher, que, portando uma simples faca, cometeu não o pecado mais grave, sob seu ponto de vista, mas privou-lhe da evolução. Tornou-o estanque.

Dizem que você pode fazer as piores coisas do mundo com objetos caseiros, e com ele não foi diferente.

Ela arrancou seu coração e destruiu-o, usando apenas uma faca comum. As lendas dizem que nem ponta ela tinha, enquanto outras falam sobre a extrema ferrugem de sua lâmina.

O ridículo e o cruel andam de mãos dadas com a melodia, sempre presente, que acompanha seu calvário desde o começo. No início era preciso que a música fosse tocada em homenagem a ela, a tragédia, e só desta maneira a energia virtuosa da vida corria por suas veias. Mas, atualmente, a peça deve surgir galopante do fundo do ferimento. Um negro buraco.

Uma música vinda do vazio, mas, triste. Tão triste que nem o seu coração, longe da respiração ofegante e das lágrimas, podia senti-la de tal forma. Destrutiva e sádica, mas, ainda sim, bela.

Bela tristeza.

E o piano segue incessante, enchendo a casa com as mais puras notas da mais sincera tristeza, fruto de um buraco no peito, ferida que sangra sem parar. Em suas veias corria a própria tristeza, seu sangue impuro, e de seu peito jorrava melancolia a cada fisgada de dor. A melancolia se espalhava por cima do piano, quase líquida, e ali se moldava em uma canção sangrenta, tão sorrateira quanto um odor discreto. A casa, jamais silenciosa, agora tinha as escadas, paredes, chão e teto completamente ensanguentados. Difícil era entrar ali e não perceber o sangue no ar.

Você respira e sente a canção em seus pulmões, sufoca, e então percebe a vermelhidão do sangue. Tristeza. Nostalgia. Ouve mais um pouco. Dor. Sofrimento. Então, para de ouvir e sai da casa, aos prantos, sendo seguido somente pelo piano, cuja alma revela-se cansada, nada mais que uma sombra.

04 Nisan 2022 18:55 0 Rapor Yerleştirmek Hikayeyi takip edin
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Sonraki bölümü okuyun Alice e coelhos

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