felipebarbieri Felipe Barbieri

Sky Of Hell conta inúmeras histórias e contos durante a jornada eletrizante e mágica de seu grande principal e aliados.


Fantastik Ortaçağa ait Sadece 18 yaş üstü için.

#medieval #fantasia #skyofhell #soh #darkfantasie #romance # #magia #aventura
1
1.2k GÖRÜNTÜLEME
Devam etmekte - Yeni bölüm Her 30 günde bir
okuma zamanı
AA Paylaş

Aicerg

“Contos da lua…”


“Histórias do mundo…”


“Os três sábios e a trilha da humanidade…”


“O Deus bêbado que contara demais…”


“As famílias amigas de um Deus maior…”


“Respeito, reverência e fé.”


“Sangue, morte, redenção.”


10.000 anos atrás, um anjo desceu do céu e disse para uma mulher que ela estava grávida de um indivíduo raro. Ele veio ao mundo para passar uma mensagem. Seu nome era “Amante da guerra”, e ele veio de longe. Já o pai da criança era o Deus da cultura e do entendimento.


800 ANOS ATRÁS… começou este primeiro capítulo. O fim se aproximou, e este não estava apenas começando.


O fogaréu intensivo estava carbonizando a madeira e fazendo com que lascas escuras cedecem com brasas florescentes voando aos sopros do Deus do fogo. Com o passar dos instantes, um estalar abrupto guiou um ranger, levando ao chão casas de pedregulho. Carregou-se um forte tremor pelo solo de terra tampada por palhas secas e blocos de barro submersos em entulho. Fundo naquela terra em que foram lançados, haviam corpos horrorosos que não demoraram para ficarem inchados, sujos, podres, pálidos e azuis. Os cadáveres pertenciam a aldeões que tiveram muita fé nas casas que os manteria resguardados do dia ardente, da noite congelante e da tempestade mais assustadora. As construções iriam pertencer aos herdeiros primogênitos. Mas não há motivo para medo: até os primogênitos foram soterrados com seus pais e irmãos pelas pedras duras de seus lares.

O pensamento de um desastre natural ocorrido naquela imensa capital encobria as ideias assim como fez a fumaça densa que ofuscou por um longo período o céu azul de uma manhã fria. No norte, um outro tremor derrubou as casas e assassinou várias pessoas. No leste, a situação era mais horrenda que as paranóias de uma mente perturbada por olhos que enxergam pesadelos vívidos. As armaduras de bronze e prata de guerreiros corajosos estavam amassadas pelo chão submerso em sangue e pedaços destroçados de corpos humanos. O odor extremamente amargo era mais pesado que o do vale da morte por onde andam os pobres espíritos cuja a matéria ali perecera. Quanto ao sul, oh, pelos Deuses, somente um único homem poderia contar sobre aquela parte do reino. Col Duncanrram foi um comerciante de idade avançada com um histórico moldado em expandir seus horizontes comerciais. Após décadas no reino de Lisarb, decidiu que seu tempo naquele lugar havia acabado. Seus motivos de estarem lá se foram assim como aquele que mais o importou na sua vida por lá.

Um dia, depois de a noite ter acabado de nascer e a madrugada ser uma criança prodígio entristecida por seus próprios dotes, ele profetizou uma mudança de rumos e guiou seus olhos tempestuosos para a grande Aicerg, que naqueles tempos poderia honrar-se em dizer que era uma potência flamejante, mas calma. Na época dele, os terrenos vagos eram selvagens, todos queriam de tudo daquelas terras otimamente posicionadas, mas ninguém queria os problemas que as acompanham. Homens dotados de maldade teriam de serem enfrentados para as conquistar, mas para um Duncanrram do calibre de Col, e de todos os que aprenderam com ele… idade era um número irrelevante em uma conta tola da família Duncanrram. O velho senhor surrou todos os homens com seus capangas ao lado, e tomou seu espaço. De repente surpreendeu a muitos com uma nova loja de armas. Após o bem-sucedido negócio, abriu novos comércios diferentes. Roupas, comidas, novas lojas de armas. O homem empreendeu e enricou. Por fim, acabou surpreendendo o rei de Aicerg com uma bagatela de ouro e prata por um grande terreno de uma floresta sorrateira cuja as árvores escondem ladrões assassinos. Os olhos do rei viraram estrelas cadentes. Ele saltitou de alegria ao ter aquele monte de dinheiro em suas mãos. E Col, que já tinha suas duas filhas amadas, estava se sentindo completo novamente.

Entretanto, morreu tristemente a décadas atrás, junto de sua saudade. Ficaram apenas duas filhas e os bens materiais. A sua casa, bela e invejável, desmoronou e esmagou outras pessoas. Um compressor imenso que transformou antigos vizinhos em massas largas de geleia. Em cada direção conquistada que brilhou por longos anos, sobrou uma destruição sem limites de terreno. Horrorizou tudo o que estava em seu caminho, depravou a vida que habitou naquele mundo; invadiu terras humanas, quebrou as regras. E o que fariam os Deuses agora?


Seis horas da manhã

Os pobres cavalos já queriam descansar da longa viagem, e o grupo de viajantes em suas costas seguiam resistindo o clima friorento daquele dia. Muitos homens e duas mulheres percusavam o caminho de muitos dias para chegarem até o local marcado com objetividade pela mulher mais velha do grupo. Sem ter menos de 40 anos, uma formosa criatura feminina com traços fortes de expressão em suas complexas linhas do rosto; com uma cadência intensa do verde de seus olhos profundos rodeados de correntes que seguram seus segredos. A dama era serena, mas claramente severa e recatada. Seu primeiro nome chamava a atenção dos homens, eles desejariam a cortejar com toda a alma se seu olhar não fosse tão cortante e um puro alarme de perigo instantâneo. Seu sobrenome carrega o peso de uma linhagem pura, firme, enxuta, voraz. Trás o respeito e certa admiração de quase todos. Trás junto, como uma sobremesa após um jantar, um leve receio de dívida de poucos aventurados. Ela era Eleonor Frost. Mas qualquer homem em sã consciência em seu reino só lhe chamaria assim para se dirigir a ela como “capitã” logo em seguida. Assim as coisas são. Assim permanecem. A capitã Eleonor Frost, de Lisarb.

Seus cabelos ondulados, abandonados de vaidade, corriam pelos ombros a cada vez que o vento frio assoprava nas peles de todos os membros do esquadrão da capital de Lisarb.


— antes de continuar a nossa conversa, devo questionar. Não vamos chegar nunca?— choramingou um homem bem mais jovem do que sua capitã. O rapaz de beleza mediana vestia roupas volumosas azul-escuro para se aquecer. O moço não aguentava mais tantos dias seguidos de viagem a cavalo.


— sair de Lisarb e chegar em Aicerg não é como um passeio, meu caro.— respondeu um companheiro de cavalgada ao lado.— levam-se dias. Se não se está com pressa, semanas. Entretanto, minha capitã, não posso deixar de me lançar á liberdade de lhe perguntar sobre o conteúdo da carta. Por mais que seja um convite, por que um esquadrão de cavalheiros sagrados como nós, teriamos que ir ao reino amigo, em condições favoráveis para isso, é claro.


— você vem me perguntado isto desde que saímos pelas cancelas da última fazenda.— dissera calmamente a capitã com o olhar sempre a frente.


— porque não me respondeu desde que saímos de dentro do castelo.— retrucou o mais velho do grupo.


A caminhada dos cavalos fluía lentamente. Devagar demais para o jovem Bruno guardar sua ansiedade no peito. O terceiro da direita, estava sempre observando o clima que lhe trazia agonia. A manhâ fria matou a vida da vegetação e acinzentou o dia. Para ele, nenhum ambiente era ou seria melhor que o de Lisarb. O clima tropical de muito sol e muita chuva quando os Deuses queriam era o ideal para ele se sentir curado de todas as agonias. Seu companheiro ao lado esquerdo, Michel, um valentão entusiasta das lutas cruas entre soldados, pensava indeferente de qualquer um que se propusesse a ter opinião. Tanto fez, tanto estaria feito. Mas Eleonor era o contrário de todos. Nunca se ouvia sua voz discursando gostos. Era seu trabalho todas as vezes. Era nos casos em que trabalhava. No bar tradicional de Lisarb, contava sobre seus pensamentos para solucionar os casos arquivados que estudara. A mulher nunca falou sobre si, e jamais se abriu a ninguém que nunca tivesse a visto nascer.


— qual o grande segredo?— começou Eleonor.— É um trabalho. Visitar Aicerg para conversar com o rei. Parece tão misterioso assim?


Mediante ao que disse, o homem mais velho do grupo respondeu comportadamente, pescando algumas cenas da paisagem. Em sua voz haviam dúvidas:


— bom, posso dizer que não. Certo?— indagou, deixando em aberto para a capitã responder. Ele já estava imaginando que, depois de um momento de silêncio, Eleonor iria responder com lentidão.


— eu não sei dizer. Tem algo. Alguma coisa me inferniza. Me parece que… algo está errado.


O mais velho então pensou, repensou. E disse, com uma calma em tons de ignorância:


— então, decepar as mãos dos guardas para que eles não saquem suas espadas e lanças, não seria tão ruim. Não faltaria coerência.


Matias, um jovem do fundo, então riu alto. Ele dobocha com os outros:


— parece que todos os homens fracos e tendenciosos de outras nações querem sentir o gosto dos músculos de um lisarbiano de verdade! Nossa força vive em mistério, mas nunca em dúvida, de fato. E um dia, conhecerão o poderio militar, liderado por Eleonor Frost, a grande capitã!


O homem mais velho revirou os olhos e bufou, falando com Matias sem o olhar:


— faça o favor de ficar em silêncio. Suas palavras arrogantes estragam a paisagem fria.


— deve ser pela sua dor de cabeça de homem velho. O que houve, Odracir? Esqueceu a medicação de idoso decrépito em casa?— respondeu imediatamente o mais jovem, em um tom irritantemente provocativo. Bruno interviu, tremendo:


— pare com isso, Matias! Senhor Odracir é um é um dos maiores, senão, o maior dos homens mais respeitados pelo rei e seus generais. Cuide de sua língua.


— o deixe, Bruno. Um homem que só tem sua boca para balbúrdias, é um homem que fala só.— disse Odracir, o mais velho.


Com palavras firmes que encerraram as argumentações de Matias, o mesmo irritou-se severamente. Ele, um soldado á frente das linhas, membro de um dos maiores esquadrões de seu reino, sendo calado por alguém que está perto do fim. Fazendo disto sua última ação, ele bufou e disse em tom disfarçadamente raivoso:


— então... A sua mulher foi de balbúrdias. Você a deixou falando sozinha mesmo quando ela disse que iria embora com suas filhas.— Odracir não esperou nenhum segundo para pular de cima do animal e se virar para Matias, que vinha bem atrás em seu cavalo. A postura estava ereta e os olhos intimidadores.


— mencione minha mulher e filhas novamente e desça do cavalo para mostrar ser o homem que suas palavras julgam o contrário.— ameaçou evidentemente mastigado.


— volte ao cavalo, homem. E cuidado com as costas na hora de subir.— disse indo pelo lado para passar direto por ele. Estava mantendo sua postura de cabeça ereta. Seu tom arrogante dizia a Odracir que Matias estava desconfiado.


O mais experiente aguardou Matias se achegar ao seu lado, para lhe dizer enquanto passava adiante:


— sei quem é teu pai. Não é muito mais do que você.


Matias saltou de seu corcel, pondo a mão no cabo da espada enquanto se dirige para Odracir. Os outros pararam enquanto acalmavam os cavalos. Ele diz, pronto a atacar:


— falou de meu pai, velho maldito?! Significa que já está pronto para morrer para minha lâmina.- para na frente de Odracir.- Mas antes que ela te perfure... Saberão que você perdeu para palavras. Tão velho, mas tão inconsequente. Não se segurou contra as provocações de minha língua.


— da próxima vez, guarde a sua língua para lamber as minhas botas.


Matias se aproximou dois passos de Odracir. A espada escorregava para fora da bainha aos poucos. O homem velho têm seus ombros para trás e a cabeça erguida. A diferença corporal era notável. Ele ainda estava se desenvolvendo enquanto o outro estava forjado a milênios de diferença. Um combate corpo-a-corpo teria um resultado esperado quando era posto lado a lado a notoriedade de Odracir: mais experiente, esperto, fisicamente evoluído, mentalmente preparado. Matias, no máximo que alcançou, tinha a juventude do seu lado. Os olhos de ambos se fixaram na alma um do outro, tentando desvendar os segredos e medos que pudessem ser achados.


— se afastem.— falou Eleonor, se virando com o cavalo branco no qual estava montada.— Odracir, volte ao seu cavalo. Matias... Silêncio. Retorne a seu cavalo e tire a mão da espada. É uma ordem.


O modo severo como Eleonor se pronuncia acaba com o clima de guerra. A frieza das suas palavras faz qualquer homem repensar de onde veio. Matias, um jovem que está começando agora, sente o medo que toda pessoa inferior a patente dela teria. Ele resmungou com os lábios, os mordendo enquanto apertava o cabo de espada.


— não pense em desperdiçar a nova chance que estou te dando. Se decidir a desperdiçar, farei com que tenha seu acerto com Odracir. E não cometa erros. Ele estará autorizado a te expurgar.- cerra os olhos penetrantes.- ponha-se no seu lugar.


— tsk!- ele solta o cabo, levantando a cabeça com olhos de revanche.- sim, capitã. Como disser.— acatou sua líder, falando pausadamente, engolindo a raiva que sentira.


Matias voltou a montaria marrom, morrendo no seu silêncio hediondo. Odracir suspirou pesadamente e também subiu ao cavalo, fazendo de cada passo um peso de vários anos. Eleonor olhava para ambos com repreensão. Um grito no céu chamou sua atenção, e olhando rapidamente, viu corvos vindo de onde se localizava Aicerg. A quantidade deixava o céu um pouco escuro aonde passavam. Eles gritavam continuamente, se afastando do reino.


— corvos? Esse tanto?! Eles vem de...— no fim, Michel se deu conta.


A capitã Frost expressou sua preocupação através das sobrancelhas arqueadas. Mais do que nunca, a pulga em sua orelha estava a devorando de dentro para fora. Tem medo de ter posto seus sentidos de lado e algo ter acontecido. Se fosse evitável, poderia ter ignorado os navios que utilizou calmamente durante as semanas que navegou pelos mares.

A mulher puxou com força as rédeas do corcel e o fez correr. O restante de seu esquadrão a seguiu na mesma velocidade. Ela não sabia o que estava acontecendo e se tinha alguma responsabilidade sobre isso. Mas saberia em qualquer lugar que uma nuvem pequena de corvos voando para longe de um reino significa muito mais que migração.

E mesmo com cinco mil pensamentos distantes que nada tinham a ver com os corvos, Eleonor não se cegou para o que via ao longe: os portões de Aicerg, e, dentro do reino, uma fumaça negra que vazava para o céu. As mãos da capitã tentaram esmagar rédeas seguradas, sua mente não sabia dizer o que estava acontecendo consigo mesma. Dessa vez parecia diferente.


— fiquem atentos! Talvez não hajam soldados Aicerguianos.


— ora, isto imediatamente me lembra do condado de Westirt. Malditos bárbaros.— relembrou Odracir.


— se for parecido, desta vez não serão humanos violentos que estarão do outro lado desses portões.— Falou durante o galope.


O esquadrão chegou pouco tempo depois que os corvos partiram. Eleonor freou seu cavalo mediante a aproximação dos portões de madeira e ferro. O restante dos cavaleiros sagrados pararam junto. Ficaram de frente a grande barreira de pedra que circundava a entrada do reino. O silêncio estava ensurdecedor. A calmaria do ambiente era ansiosa e agoniante. Nenhuma espécie de animal voador ou rastejante ousava se pronunciar.


— este silêncio... É como se eu estivesse surdo. Nem parece que ainda estou nesse mundo. Parece que toda vida... Está morta.— comentou Bruno, olhando ao redor das árvores.


— não fale besteiras. Os animais não morreram. Não viu os corvos? Eles estão fugindo. E também, quando um lugar está em total silêncio, significa que há um predador na área.— respondeu Michel, corrigindo em uns segundos de pausa entre cada parte de raciocínio.


— mas os corvos não iriam morrer se ficassem? Pelo jeito que fugiram... Estavam tentando se salvar.


Eleonor desceu do cavalo branco. Desamarrou e retirou uma foice escarlate de cabo curto. Prendeu em sua cintura e se voltou para os portões, caminhando lentamente, observando o alto dos muros. Espiava as brechas para encontrar algum soldado escondido que estivesse apontando uma besta para ela. Ainda havia essa esperança, naquele momento.


A capitã parou na frente dos portões, e o encarou em silêncio. Se nada tinha acontecido até aquele ponto, ela deveria fazer algo.

Respirando fundo, Eleonor reagiu bruscamente com uma giratória contemporânea, liberando um chute contra o portão. Seu pé ficou pressionado contra a madeira e o ferro. Os olhos do esquadrão estavam voltados para ela.


— bem que estranhei.— comentou Odracir com o que reparou no instante do chute. Seus olhos estavam atentos com o que viria depois.


Do topo do portão veio um brilho cintilante do ferro em forma de cruz. A luz prata cruzou até os pés dos portões, e Eleonor teve seu corpo inteiro lançado para trás. O recuou foi forte, mas não impediu a investida sagaz da mulher experiente. Ela girou mais uma vez, e desferiu um chute rápido como uma chicotada, e nada aconteceu de volta.


— uma barreira de pressão.— concluiu Odracir nos seus pensamentos.


— Matheus...


Eleonor chamou um dos seus. O som de seu pulo do cavalo agitou a terra. Dois dos cavaleiros levaram os cavalos para o lado para não tumultuar. Odracir olhou por cima do ombro, vendo quem era o mandado. O homem bufou, sorrindo no canto direito dos lábios. Era óbvio, ele pensou. Quem mais seria útil para isso? Quem, no pensamento de Eleonor, seria melhor para passar a barreira? Nenhum deles, exceto por Matheus Sanadrac, o melhor atirador da cavalaria dos homens de Eleonor Frost.

Ele deu mais um passo a diante, a frente de seus companheiros. Trajava roupas escuras puramente luxuosas, acompanhadas de seriedade e manchas de batalhas ao longo dos anos. Em um dos cotovelos havia um remendo curto no tecido. Era o que quebrava a escala de azul profundo. Tinha cabelo médio, escuro, liso. Olhos comuns e machucados como os de um poeta. O homem branco deitou a cabeça de lado e garantiu um sorriso marrento para a capitã. Ele diz em bom tom para sua senhora:


— não precisa dizer mais nada, capitã. Mas, eu ainda preciso de sua aprovação.


Eleonor fora se afastando dos portões, abrindo um espaço largo para Matheus.


— atire contra a barreira de pressão e atravesse os portões protegidos por esse encantamento sagrado. Ele serve para refletir invasões pesadas, como troncos de árvores e ogros tentando empurrar os portões. Entretanto, são frágeis quando se trata de um ataque rápido, como se fosse uma chicotada, ou, então… um disparo de magia tão rápido que o encanamento não tenha reação de refletir o ataque.


— mhp. Eu entendo. É a boa e velha brutalidade. O confronto entre mana e encantamento sagrado.- estendeu seu braço esquerdo para frente, pondo o corpo de lado. A mão aberta estava reta- gostaria de comentar apenas uma coisa que sempre escuto e que é a mais pura verdade.


Matheus fechou os dois últimos dedos da mão, deixou o dedão levantado e os dedos indicador e meio apontados para os portões. A sua arma mais poderosa estava engatilhada.


— a mana… sempre vence.


Seu dedão se curvou brevemente. Uma ação tão simples como um clique fez com que uma ondulação dourada de mana fosse engravidando na ponta de seus dois dedos levantados. A concentração fazia distorção. O amarelo, de início, se tornou dourado, e, na base, alaranjado.


— e quem comprova sou eu. Matheus Sanadrac. O melhor atirador de Lisarb. Bang!


A ondulação cintilante se arrastou como uma bola de fogo em direção aos portões. O impacto foi tão ligeiro que sumiu como um feixe de sol ao longo de um sábado. A barreira não pôde engolir o ataque para o refletir, e só restou se dissipar após os portões serem levados a baixo pelo lado de dentro dos muros. Matheus sorriu com a marra que casava com seus olhos adornados de vermelho por tantas noites em claro. A fumaça abaixava lentamente.


— então? Isso basta, minha capitã? Ou é necessário um pouco mais?


— eu acho que você já pode abaixar esse braço, matheus.— disse Odracir, descendo do cavalo. O homem foi para a frente.— você é um daqueles que querem provar o seu valor. Mesmo que não precise.


— nunca disseram que era o bastante.


— então vou passar a dizer. Você fez o bastante, jovem. Descanse sua virtuosa atitude e sua poderosa habilidade herdada. Que tal?


— olhos á frente, Odracir.


Eleonor tomou os passos para dentro da cortina de fumaça que lentamente desaparecia. Odracir a seguiu. Os passos longos da capitã levavam para um cenário horrendo que não era visto a anos. Parecia ser uma lembrança de alguma guerra do passado; talvez a batalha dos superficiais da qual ela escutou histórias de medo e paranóia. Na sua frente, apenas um forte sentimento de fracasso.

Odracir, ao sair da fumaça, parou ao lado da capitã, sem nenhuma reação. Ele analisou, digeriu as informações e então falou pausadamente:


— talvez os corvos não estivessem apenas indo embora. Poderiam estar fugindo. Não é possível que o que fez tudo isso ainda esteja aqui.


O reino estava pincelado em um tom de sangue coagulado; a tela continha elevações bruscas que realçam as casas destruídas. A velha fotografia. Era de uma crueldade crer que aquilo era a realidade. Ela vivendo aquilo. Pelos Deuses, suspirou Eleonor, com olhos esmeralda que tentavam marejar, contra a ordem do seu coração frigido: Que fim levou este lugar?


— mas que tipo de maldição alcançou esse lugar? O que destroçou, arrancou com unhas sujas este reino inteiro?!— começara a se indignar. Dera dois passos impulsivos para frente, inalando o ar azedo de morte que perseguia as únicas coisas vivas dentro do reino.


Odracir começou a xingar em tremendo som raivoso. Suas blasfêmias não paravam por nenhum segundo que se passava. Eleonor estava tão gélida que não escutava direito algum dos monólogos irracionais do seu subordinado.

Através da cólera do mais velho, os outros cavaleiros sagrados atravessaram a fumaça e então viram as razões de Odracir. Ele não estava errado. Santo Deus do sol, pensou Bruno, tampando a boca com olhos assustados, que de tão amedrontados, se arregalaram. Os demais fitaram os arredores para ver se era mesmo aquilo. Não podiam se enganar com ilusões malditas. Que medo, eles se arrepiaram. Conseguiam se lembrar de tudo, bem como era no passado que parecia uma realidade irreversível. Seria o que era. Até o fim, Aicerg seguiria como uma grande capital. Um reino de fama e poder absoluto. Alguns homens lendários saíram de lá; espalharam ao mundo o brilho da fênix, entregaram ao mundo o significado de poder valente e puro. Mesmo os lendários ultimate slayers foram criados aqui. Não era possível, todos gritaram internamente, que um lugar assim virou absolutamente nada além de escombros.

A capitã Frost não digeriu o que viu. Estavam na frente do reino, onde havia um vilarejo simpático dando boas-vindas a Aicerg. E ele não existe mais. Todas as casas estavam no chão, misturas com o barro, o feno, o ferro, a carne humana e o pedregulho bruto que sobrepunhava a todo o resto. O forte odor de morte dava voltas ao redor deles procurando se infiltrar na pele através de brechas nas roupas de malha resistente. Eleonor salientou uma expressão enojada com a carniça na frente do seu nariz. Virou o rosto para o lado, fitando os demais pedregulhos por cima do barro e feno.


— que inferno aconteceu aqui?— disse Bruno, quase vomitando.


A capitã respirou pesada e profundamente, fechando os olhos para um breve paraíso, logo invadido pela morte e peste. Assim que abriu os olhos, disse a Bruno e a todos os outros que ainda pudessem a ouvir:


— em frente. Para o castelo.


— alguém deve ter sobrevivido. É preciso. — respondeu Bruno, trêmulo. Odracir o encarou, pensando na inexperiência do novato. Ele suspirou pesadamente.


O esquadrão adentrou devagar pela região inicial de Aicerg. Calcularam os passos para não afundarem em um terreno fofo. Uma das cavaleiras do esquadrão, uma ruiva com corte cacheado e muito volumoso com marcas de riso no rosto e um semblante cansado; alguém que muito chorou e só agora se cansou de continuar sofrendo. Ela observava o cenário. Depois da cortina de fumaça, relembrou-se de tudo. Conhecia cada casa, quem nelas vivia; as pequenas vendinhas e seus proprietários. Oh, nossa, seus olhos fitaram a linha reta na qual seguiam seus companheiros. Sentia que conseguia decifrar todos os lugares em que passavam. Enxergava através da destruição os lares e comércios. É nostálgico, porém não mais do que é triste. […]

Eleonor estava liderando a direção, sem olhar demais para os lados. A ânsia de vômito que tentou a tomar do lado de dentro dos portões já se diluiu, e nesse momento era novamente a capitã fria e centralizada no objetivo. Ela não iria comentar ou demonstrar, mas fora obrigada a engolir o desgosto e a tristeza como se fossem uma roseira de espinhos envenenados. Pelo seu Deus, Eleonor Frost, sofrer em silêncio era tão parte de você quanto o coração que jogou fora assim que perdeu nas suas mãos aquele seu sangue amado. Culpa dos malditos olhos rosé! Brilham na escuridão que escondem seus atos hediondos, mas que não escondem suas intenções nefastas. Certamente você vomitaria se os visse uma outra vez.

Foram deixando aquela zona devastada e adentraram uma fantasma. Podiam reconhecer aquela como a rua dos burgueses, uma linha reta com grandes casas de dois andares, indo até o final da longa rua. Era a parte mais ao centro do reino, ainda com suas construções em pé, porém vandalizadas pela passagem do inferno naquele lugar. Eleonor escutou no canto de seu ouvido chegar o suspiro longo e pesado da ruiva. De Bruno, chegando em seu outro ouvido, uma tosse do esôfago que puxava um vômito para fora.


— isso responde sua pergunta, rapaz?— disse Odracir, colocando com palavras Bruno de joelhos. O rapaz tossia por cada cadáver que via.


Um novo quadro fora inaugurado na cabeça de Eleonor. Uma pintura a óleo que contara sobre morte. Daquele começo da rua até o fim que se enxergava, haviam centenas de cadáveres de plebeus e cavaleiros sagrados espalhados, lançados contra as paredes e janelas do segundo andar. Estavam faltando pedaços, como se tivessem sido devorados. Odracir viu bem mais do que somente isso; vira tortura e brincadeiras para matar a presa lentamente. Estavam pelo chão, escorregando pelas bordas dos telhados, das janelas, dos degraus das entradas das casas, e uma tremenda energia maligna rondando pela área.


— pelo jeito que estão, e pelo forte odor…— fora Odracir caminhando brevemente na frente, e se agachando para analisar o solo.— estão mortos a bastante tempo. A dias, talvez. Mais dias do que levamos para viajar até esses lados.


— basicamente, estão mortos a quase duas semanas. A única demora foi a carta nos ser enviada.— dissera Eleonor, com um sabor de desgosto na boca.


— e pelo modo do solo. Pelo outro odor que estava tomando a frente do reino esse tempo todo; odor esse que não pertencia a cadáveres…— levanta a sua cabeça para olhar o rosto sério da Frost.— o assassino está aqui. E sendo bem mais preciso…


Odracir toca o solo, sentindo a revelação do porquê da energia maligna e do forte odor que os persegue. Ele diz serenamente:


— são assassinos. Não são humanos. São grandes. Criaturas com muitas patas, com inteligência e caráter deplorável. Eles já sabem da nossa presença, capitã. Sentiram o nosso cheiro. Estão nos rastreando desde que entramos, ou, talvez… estejam nos observando desde o início, e estão apenas brincando com a gente.— dissera com a cabeça jogada para trás, fitando os telhados.


Todos os sons do ambiente morreram. Nada além do vento da penumbra os visitava, brincava com a areia no solo, assobiava através das frestas de madeira das casas. Já estavam dentro daquele corredor apertado da rua dos burgueses.

Eleonor olhava para cima, de braços cruzados. Por mais que estivessem atados, nada a impediria de ser a mulher com o saque de lâminas mais rápido do mundo. A ruiva estava na esquerda, quase ao fundo, olhando paras portas de madeiras e tentando olhar através das brechas nas janelas. Bruno permanece de joelhos, olhando ofegante para trás e frente.

Matheus aproxima o braço direito de si, com a mão preparada para os disparos mais potentes de Lisarb.

Odracir segurou uma parte da sua respiração, a picotando pelo caminho para fora do nariz. Jogou lentamente sua mão para a coxa onde tinha uma adaga-dragão, presente de seu bisavô caçador. […]

Inesperadamente, uma porta no meio da rua fora abruptamente aberta, tombando para frente o corpo de alguém. Todos olharam para aquilo. Fora uma surpresa maior para Eleonor, e até Bruno chegaria a demonstrar mais do que ela. O corpo se moveu, tentando rastejar para o meio da rua. Dentre tantos corpos, o dele estava de acordo com a quantidade de ferimentos e o sangue que o banhava.

Entre cada respiração ríspida, Bruno disse fracamente:


— ainda tem alguém. Capitã… alguém ainda vive!— era como se a alegria quisesse o tomar. Ele nunca esteve em Aicerg antes, mas as histórias que escutara corriam para longe do que seus olhos presenciaram. Como um cavaleiro novato, ainda havia uma chama de esperança no seu consciente. A chama que nenhum dos outros cavaleiros daquele esquadrão tinham consigo depois de tanto tempo.


— não tenha tanto ânimo.— disse ela, serenamente.— o que o impede de ser uma armadilha?


Bruno ficou pasmo. Talvez por duas razões destintas que pairam sobre ele: o por que de estar tão comovido, e o jeito que sua capitã caminhou rumo ao corpo esticado no chão, mesmo dizendo que poderia ser uma armadilha. Tão contraditório, mas tão cheia de coragem. Um de seus reconhecimentos perante os homens.

Eleonor parou próxima dele, vendo as feridas em suas costas. Garras rasgaram sua carne. Queimaduras estavam ao redor dos braços e dorsais. Os trapézios tinham furos profundos, Eleonor juraria que conseguia ver o outro lado do chão através desses buracos.


— cívil Aicerguiano. O que aconteceu aqui? Diga-me antes da morte.— ordenou, se ajoelhando e o virando de peito para cima.


O que ela viu foi um jovem rapaz que teria entre seus 19 e 22 anos de idade. Assim como enxergou ao longe, ele estava banhado em sangue, e muito provavelmente era o seu próprio. Sua frente estava tão prejudicada, hematomas em todos os cantos possíveis e impossíveis, cortes profundos que levariam a uma hemorragia, além de notáveis ossos quebrados. Ela teria pena, se já não estivesse para morrer e deixar de sofrer.


— cívil Aicerguiano. O que aconteceu aqui? Diga-me antes de morrer.


O rapaz mal abria os olhos. Sangue diluído com baba escorreu por ambos os cantos dos lábios. Não conseguia tossir para evitar se afogar no próprio sangue. Eleonor outra vez pediu para que ele contasse o que houve. Mesmo que fosse o mínimo. Algo que denotasse uma razão. Mística ou apenas fruto da maldade do homem judiado ou do soberbo, ela precisava saber. Mas nada ele diria. Estava praticamente morto.


— droga. -sussurrou.- é um cívil! Mas está morrendo!— gritou para o esquadrão ao fundo.


— N… New… Newgate.


Disse com voz fraca. A voz de alguém que terminou de morrer apenas por falar uma palavra.

Eleonor se calou. Suas sobrancelhas se arquearam, os olhos se entreabriram com um choque absoluto. Sua reação mais consciente fora virar rapidamente o rosto para ele. Na feição, apenas uma surpresa fora de comparações. Alguém como ele, pensou ela, morto em Aicerg?


— Newgate? Você é um Newgate? Ei, está me ouvindo?— o segurou pelos ombros, o levantando cuidadosamente em seus braços — não perca sua consciência. Fique acordado. Cacete. O que um Newgate pensa que a vida é?


Eleonor virou o tronco para o lado e olhou para trás. Então gritou por Odracir e a ruiva:


— Victoria! Odracir! Venham aqui.


Os dois prontamente foram correndo. Odracir teve um impulso maior que Victoria. A ruiva franziu a testa e reverberou para a capitã:


— Eleonor! Atrás de você!


A mulher pôs a mão na cintura, agarrando o cabo da foice carmesim. Olhou por cima do ombro e viu uma fera terrível cuja a aparência estava além de sua experiência: 10 peludas patas compridas com pontas ao longo dos membros e uma pontiaguda pata em forma de lança no final. Inúmeros olhos vermelhos, um corpo redondo e peludo, dentes imensos expostos para fora. Pareciam lascas de madeiras saltadas em uma fileira assimétrica. Tal criatura era gigante, quase da altura das casas. Saltou para cima de Eleonor sorrateiramente. Aquele horror ambulante cheirava a carniça, de sua boca saiam restos humanos e placas de bronze de armaduras com sangue como pintura. Seus volumosos pelos estavam arrepiados, aquela criatura iria a arrancar dali com um único movimento.


— CUIDADO, ELEONOR!— ruguiu Odracir, sacando sua espada, preparando um movimento a longa distância.— luz de volume um… flecha.


A fera rugiu de volta, avançando com uma brutalidade que fez tudo tremer e parecer que iria desmoronar. Eleonor jogou o braço para frente, com sua foice em mãos. Antes de reagir á criatura, Odracir se aproximou; antes de Odracir chegar mais perto, uma forte e clara mana de energia atingiu a face da criatura, a lançando para trás, quase ao final da rua. Victoria, que viu passar logo acima de sua cabeça, olhou para trás, e viu que Sanadrac era o responsável. Ele estava com as duas mãos apontadas, respirando um pouco da fumaça que a temperatura de sua mana causou. Com um longo suspiro de sua concentração sendo tranquilizada, abaixou os braços e caminhou para frente.


— está em segurança, capitã? Está bom assim, Odracir? Ou será que precisa de um pouco mais?— gargalhou no fim. Odracir ficou entre dentes com isso. Porém correu para Eleonor, chegando até ela rapidamente.


— você está bem?


— Eleonor! Está bem?— Victoria chegou agachando próxima da capitã.


— eu estou. Mas ele, não. Odracir, Victoria… ele é um Newgate.


Ambos tiveram um choque breve. Odracir encarou o jovem que perdeu a consciência nos braços dela. Ele sabia o que significaria se ele morresse agora que foi encontrado por eles.


— maldição.


— um Newgate?! Céus, nunca pensei ver um pessoalmente. Tão pouco nesse estado. Um Frost, talvez. Quem sabe um Duncanrram, mas, um Newgate?


— temos que levar ele conosco. É a nossa única testemunha. Quem sabe o que ele viu. Matheus…


Ele parou pouco próximo aos três.


— ao seu dispor e necessidade, capitã.


— garanta que ele seja levado em segurança por Victoria. Ela vai se certificar de tratar os ferimentos. Fale para Bruno para te ajudar.


— ah, e aquela coisa lá atrás? Ela está se levantando. Quanta ousadia… ousou se levantar mesmo depois de um Bang duplo daquele. Eu vou a matar.— disse arqueando os braços para frente.


— você faz o que eu te disse para fazer.— falou se levantando— Eu cuido disso. Odracir, você ajudará Matheus.


— sim…


Dissera com um suspiro malcontente enquanto se levantava. Matheus o olhou com deboche, não gostando do que Odracir fez.



— garanta que esse cívil viva. Não deixe que uma lasca de madeira toque nele.— disse para Matheus, que concentiu com a cabeça.


— tem realmente certeza de que não vai precisar de ajuda? Já derrotou coisas maiores, mas…— dissera Odracir, preocupado.


— está tudo bem. Eu posso lidar com isso. Lide com os outros.


— outros?


Se virando para trás, viu Matias rugindo, enfrentando as mesmas criaturas em uma versão menor, inferior ao tamanho deles. Mas seria a quantidade o real problema.


— caralho. Boa sorte. Também estarei observando ao longe.— disse indo com Matheus e Victoria, que carregava o Newgate nos braços.


Eleonor estava de frente para a criatura, poucos metros do fim da rua dos burgueses. O tamanho não era impressionante para ela. Foi outra coisa que chamou sua atenção.


— criatura que se assemelha a uma aranha gigante. Eu abaixei minha guarda, naquele momento. Me impressionei por ter achado um mero Newgate no chão.— deita a foice no ombro direito.— não vai acontecer de novo. Mas seja grato. Aquilo te salvou de morrer mais cedo. Teve seus segundos a mais de vida.


A fera ficou em pé, se contraindo em si mesma, começando uma tremedeira. Ela logo se ergueu, ficando bem alta, com as pernas bem esticadas. Também soltou um rugido voraz que balançou os babados da blusa branca de Eleonor.


— mas agora eu vou destruir você. Não porque represente alguma ameaça ao que viemos fazer. Monstro algum representa ameaça maior para mim do que a formiga mais furiosa. Mas eu…— fecha seus olhos por uns segundos. E em um estalo os abre novamente — tsk. Esqueça.


Eleonor começa a correr em direção a criatura. Cada passo veloz que dava lhe daria mais agilidade com a foice. A mulher começou a girar sua arma com a corrente prateada que a acompanha.

A monstruosidade rosnava e sem rodeios avançou rapidamente contra a capitã. Ela deu um largo salto que a levou extremamente alto, quase a altura da criatura. Girou sua foice e desferiu um ataque lateral na fera que abriu sua boca imensa para a devorar.




FIM.

09 Eylül 2022 15:38 0 Rapor Yerleştirmek Hikayeyi takip edin
0
Sonraki bölümü okuyun A batalha pelo sobrevivente

Yorum yap

İleti!
Henüz yorum yok. Bir şeyler söyleyen ilk kişi ol!
~

Okumaktan zevk alıyor musun?

Hey! Hala var 1 bu hikayede kalan bölümler.
Okumaya devam etmek için lütfen kaydolun veya giriş yapın. Bedava!