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Onde Park Jimin, o sétimo filho de uma família com seis irmãs, adquire a maldição da licantropia ao completar os seus treze anos. Amargurado, na forma humana e completamente violento por conta dos sintomas da licantropia, e estando transformado em dias de lua cheia — em meio a todo esse caos que é a sua vida —, ele conhece Min Yoongi, o garoto simpático que ama mitologia grega e que frequenta sua aula de história.


Hayran Kurgu Gruplar/Şarkıcılar Sadece 18 yaş üstü için.

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A maldição da licantropia

Escrito por: @mygdxrk_angel | @Fernanda1236

Notas Iniciais: Oiie, gente, tudo bem com vocês? Espero que sim e que gostem de lobisomens e dessa família composta com SEIS filhas e nosso Jimin.


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"E o sétimo filho de um casal com seis filhas se tornará uma besta na lua cheia do seu décimo terceiro aniversário".

— A maldição da Licantropia.


A família Park era uma das mais queridas de sua cidade, sendo bem famosos pela humildade, dedicação e educação de suas seis filhas. Todos admiravam Park Junseo e Park Sohui, o casal mais famoso da alta sociedade. Eles nunca se envolveram em escândalos e sempre apareciam nas manchetes de jornal como uma família exemplar.

Tudo parecia perfeito na vida deles. Tinham uma casa grande, reconhecimento social, estabilidade financeira, uma família grande e feliz, com seis filhas doces e inteligentes, que eram um exemplo de graça; contudo, para Park Sohui, só faltava apenas uma coisa para que tudo fosse verdadeiramente perfeito na sua vida, e era por isso que estava naquele momento no quarto do casal a discutir com o marido.

— Não. — A voz fria de Junseo ecoou por todo o cômodo.

— Eu quero isso, e você no fundo sabe que também quer — retrucou a esposa.

— Você sabe perfeitamente que não podemos arriscar! — gritou o marido.

— É apenas uma lenda, Junseo! Desde quando você acredita nessas bobagens? E mesmo que não seja, depois de seis meninas, acredita mesmo que virá um menino? — O homem hesitou e pareceu pensar.

— Eu não sei…, mas prefiro não correr esse risco. Sinto muito, querida. — O marido saiu do quarto e Sohui começou a chorar silenciosamente em seu quarto.

Junseo mal sabia o que o aguardava, ele sequer sabia que a esposa já estava grávida e que apenas não disse nada graças à crença que ele carregava.

A Park suspeitou estar grávida quando notou os enjoos pela manhã, as mudanças de humor repentinas, além de um aumento de peso considerável, então ela decidiu fazer o teste que comprovou a gestação.

E ela sabia que precisava convencer o marido antes de contar tudo.

— Não se preocupe, meu filho — disse, sentando-se na cama e acariciando a barriga de forma amorosa. —, eu nunca vou deixar que nada de ruim te aconteça. Vou protegê-lo com a minha própria vida se necessário.

A mulher não sabia o gênero do bebê em seu ventre, mas sentia que era um menino, um doce menininho. Ela sorriu com esse pensamento. Finalmente, depois de seis meninas, ela acreditava ter conseguido o menino que tanto queria.

O marido sempre quis meninas, mas ela… ela sonhava com um garotinho arteiro correndo pelo seu quintal, e pensar que isso poderia se realizar fazia um sorriso radiante abrir em seu rosto.

Depois de seis gestações aguardando o seu doce garotinho, ela finalmente teria o seu maior desejo realizado e, só de imaginar que seu sonho estava cada dia mais próximo de se concretizar, o seu coração já se enchia de alegria.

Alguns meses se passaram e, quanto mais tempo passava, mais difícil ficava de esconder sua gravidez. Ela se empenhou bastante, mas, como o esperado, nenhuma mentira sobrevivia para sempre, afinal, suas roupas foram ficando apertadas, suas idas ao hospital foram ficando cada vez mais difíceis de disfarçar e a sua mudança de humor e alimentação foram notadas rapidamente pelo marido, que, apesar de estranhar, nada disse. Até que, um dia, enquanto se arrumava em frente ao grande espelho de seu quarto, seu marido a abraçou por trás, colocando as suas mãos sobre os seus quadris. Ela enrijeceu.

— Por que anda tão distante de mim, querida? — sussurrou próximo ao seu ouvido.

— Impressão sua, meu bem. Eu estou apenas ocupada com as crianças e a casa. — Sua voz tremeu, assim como as suas mãos ao tentar colocar o seu colar de brilhantes. Seu marido gentilmente ajudou-a e depois a virou em sua direção.

— O que está acontecendo com você? Está distante, se afasta do meu toque e, quando eu me aproximo, você me rejeita. — Ela podia ver nos olhos de Junseo toda a dor e a mágoa. Ela suspirou e novamente se virou para o espelho, analisando sua aparência.

— Você não notou nada de diferente em mim? — Olhou-o seriamente através do reflexo do espelho.

— Tirando o fato de que fica mais deslumbrante a cada dia? Não. — Ele sorriu e girou-a, novamente colocando a esposa com as costas coladas em seu peitoral e olhando-a pelo reflexo do espelho. Porém, ao colocar as mãos em sua barriga, ele sentiu um volume.

— Esse é o problema? Você engordou? Ah, meu amor, você sabe que eu não me importo com isso e… — Ao ver a aflição da esposa e sentir uma movimentação, finalmente Junseo entendeu. — Não… Você está…? — O marido arregalou os olhos e se afastou.

— Sim, sinto muito. Eu sei que não queria, mas eu não planejei nada disso. — A esposa se virou e olhou-o nos olhos, séria. Ele se calou, tentando absorver a informação. — Não se cale, diga alguma coisa! — pediu aflita.

— Por favor, me diga que é uma menina — suplicou.

— Eu ainda não sei…, mas eu sinto que é um menino. Eu sei e respeito a sua crença, contudo, eu jamais vou abandonar o meu filho, eu prefiro morrer a isso — Sohui confessou honestamente.

Junseo ficou desesperado e começou a andar inquieto pelo quarto, andando para lá e para cá com as mãos na cabeça, afinal, a possível vinda de um garotinho nessa altura do campeonato o assustava profundamente. A sua mente estava uma bagunça e ele estava tentando ao máximo pensar racionalmente, logo ele se voltou a Sohui e suspirou.

— Eu nunca deixarei nada acontecer a essa criança. Seja menina ou menino, farei de tudo para trazer o melhor para esse bebê. — A mulher feliz correu para abraçá-lo e, apesar de preocupado, ele retribuiu o caloroso abraço com um sorriso de canto.

Ele nunca machucaria seu filho e protegê-lo-ia do mal, custasse o que custasse.

E foi com essa linha de pensamento que Junseo seguiu toda a gravidez da esposa, sempre pensando em como ele poderia cuidar do seu filho e em como ele lidaria com as possíveis intercorrências.

Assim, a gravidez de Sohui foi tranquila, feliz e todas as suas filhas, sem exceção, estavam ansiosas para conhecer o seu irmão ou irmã. A casa estava em um clima leve e tranquilo durante os meses seguintes ao dia em que contou tudo ao marido, que honestamente reagiu melhor do que ela esperava, considerando o quão a sério ele leva aquela história. Porém, ela tinha seus receios ainda, caso viesse um menino.

Contudo, nesse momento ela tentava não pensar nisso, enquanto estava na sala de estar com sua filha mais velha, Park Yumi. As duas no sofá, colocando os assuntos em dia.

— Parabéns, mãe. Eu espero que meu irmão venha com muita saúde e traga ainda mais felicidade e honra para a nossa família — disse Park Yumi, primogênita da família. Ela tinha vinte e cinco anos e era um bom exemplo de carisma e inteligência; ela era arquiteta, não morava mais com a família, já era casada e muito feliz. A típica garota de ouro dos pais.

Yumi veio visitar a família em seu dia de folga e desejar-lhes os parabéns. Ela estava ansiosa com essa gravidez, apesar de também estar preocupada. Assim como o pai, ela acreditava na maldição e, mesmo que quisesse um irmão para cuidar, não queria arriscar a vida deste.

— Onde está a sua irmã? — Sohui questionou preocupada.

— Ah, você sabe como é a Haewon, ela é muito ocupada! Nunca vi alguém que trabalhe mais do que ela. — Yumi conteve a vontade de revirar os olhos.

— Bom, ela trabalha com advocacia, então… não sei, eu me preocupo com meu bebê… — A Park mais velha se preocupava muito com as suas filhas.

— Está falando do seu bebê de vinte e três anos e que tem seu próprio escritório de advocacia? Aquela que é tão requisitada e importante que já saiu na mídia mais de uma vez? — a primogênita disse em um tom leve.

Park Hae Won saíra recentemente de casa e era a mais corajosa da família, uma pessoa com muita garra e determinação que, no fim, decidiu ser advogada. Ela amava estar no tribunal e brigar com unhas e dentes por suas causas. Era a que Sohui e Junseo menos viam de suas filhas, mas eles se orgulhavam tanto de onde ela tinha chegado em tão pouco tempo.

— Ainda assim é o meu bebê, assim como você. Não importa a idade, vocês sempre serão os meus bebês. — Yumi riu, já acostumada com a mãe. Ela sentia falta da mais velha.

— Não se preocupe, mamãe — consolou. — Ela disse que iria te ligar assim que pudesse.

— Sério? Ai, que bom, não vejo a hora de falar com a minha menininha e contar sobre o seu irmão. — Sorriu.

Surpreendendo as duas presentes, uma das filhas do casal surgiu na sala: Park Ji Hye.

— Então é menino mesmo? — questionou inocente Ji Hye, que pegou esse trecho da conversa, sem perceber que isso deixou o clima completamente pesado.

Sohui limpou a garganta antes de responder.

— Não sabemos ainda, querida. Amanhã no ultrassom, vamos descobrir. — Sohui podia se sentir gelando só de pensar que logo saberia o gênero do seu filho e teria que lidar com a reação do seu marido.

— Olá, Ji Hye, quanto tempo, não? Como você está? E a faculdade? — questionou Yumi.

— Oi. Yumi, eu estou bem e a faculdade está ótima, irmã! Estou em um dos melhores momentos! E todos dizendo que psicologia é fácil. Eles só podem ser loucos! — resmungou.

— Como se você só tivesse entrado por isso — a primogênita disse.

— Bom, não foi, mas é bem ofensivo dizer isso de uma profissão, sabe? — argumentou.

— Claro, eu entendo. Mamãe me contou sobre o seu desempenho, e preciso dizer que eu estou bem orgulhosa! — elogiou Yumi, e Ji Hye tentou não se envergonhar com isso, limitando-se a apenas assentir com a cabeça e agradecer timidamente.

Park Ji Hye tinha apenas vinte e um anos e estava no segundo ano da faculdade de psicologia. Seus pais estavam pagando a mensalidade e estavam completamente satisfeitos com as notas da filha. Ela realmente era muito dedicada em tudo o que fazia; desde bem nova, os pais tinham certeza de que ela se daria muito bem em qualquer área em que decidisse atuar.

— Estamos muito orgulhosos das nossas bonequinhas também, não é? — A mãe apontou para duas meninas pequenas, Park Chae Won e Park So Hyun, que estavam brincando de boneca no chão, em um canto da sala. As duas eram as mais novas da família, sendo uma com quase três anos e a outra dois anos, respectivamente. Eram bastante carinhosas e brincalhonas, apesar de que, se a mãe delas pudesse defini-las em apenas uma palavra, ela com certeza escolheria curiosas.

— Elas estão ficando cada dia mais lindas. Venham aqui me dar um abraço de urso, meninas. — As duas correram na direção da irmã e abraçaram-na o mais forte que podiam.

— Nossa, mas que abraço gostoso! Quanta saudade que eu senti de vocês, meus amores. — Yumi cobriu as duas com os seus braços e acolheu-as carinhosamente, antes de acabar soltando-as e passar a olhar o rostinho de cada uma.

— Cadê a Haun? — questionou Chae Won.

— É Ha Eun, meu anjo, e ela deve estar viajando por algum lugar bem bonito e logo, logo ela voltará com vários presentes, igual da outra vez, se lembra? — Yumi tentou confortá-la.

Park Ha Eun tinha vinte e dois anos e era gentil e aventureira, do tipo viajante; ela não se importava com faculdade e coisas desse tipo. Tudo o que importava para ela era pegar sua mochila e sair mundo afora e, surpreendentemente, para a família, ela se saía muito bem. Viajava pelo país e sempre trazia lembranças de suas viagens para todos. A mãe dela sentia muita falta da filha, mas, ainda assim, Ha Eun era mais presente que Hae Won.

— Saudade dela… — choramingou Sohyun.

— Não chora, So, logo a Haun vai voltar. Enquanto isso, nós ficamos aqui e brincamos muito — Chae Won tentou animar a irmã.

Yumi não corrigiu a irmã daquela vez, Chae Won realmente tinha dificuldade em falar certas palavras, provavelmente por causa da idade, então ela não quis incomodá-la com isso, ao menos naquele momento.

— Tudo bem, Chae, vamos brincar! — Sohyun se animou e saiu correndo atrás da irmã, que se sentou junto aos seus brinquedos e rapidamente as duas voltaram a brincar, sendo observadas pela mãe e as duas irmãs.

Após esse dia, o tempo foi passando muito rápido, tendo como pano de fundo períodos de felicidades, emoções, inseguranças, medos, tristezas e muitos momentos em família, pois todos passavam por tudo juntos ali, fossem momentos felizes ou não, e era por essas e outras coisas que a família Park era tão admirada.

O mais esperado e, ao mesmo tempo, temido dia chegou. Estar em um hospital era tenso, contudo, estar em um hospital sabendo que ali você descobriria algo decisivo em sua vida era mil vezes pior.

— Querido, eu estou com medo. — Sohui segurou forte na mão do marido.

— Não importa o que aconteça, nós vamos conseguir lidar com isso. — O marido beijou a mão dela, o que a confortou.

A médica entrou na sala.

— Olá, bom dia. Como vai a mamãe aqui?

— Bem… — a Park se limitou a dizer.

A doutora foi bem simpática com eles, apenas fez algumas perguntas rotineiras e logo já estava colocando o gel na barriga de Sohui, que estava tensa. Quando o aparelho tocou a sua pele, ela inspirou e soltou o ar, tentando se acalmar. A médica estava olhando a tela concentrada, mas logo ela sorriu.

— Olha só que gracinha. — A médica apontou para a figura do pequeno bebê.

Os pais sentiram os olhos marejarem, o bebê deles era a coisa mais linda e preciosa desse mundo.

— Olha só, está com as perninhas abertas! Vocês querem saber o sexo do bebê? — a médica questionou.

Os dois se entreolharam e decidiram que era a hora, não adiantaria adiar. Eles teriam que lidar com a realidade.

— Sim — responderam juntos.

— Então, nesse caso, meus parabéns, vocês irão ter um lindo menininho! — anunciou com um sorriso no rosto.

O ar pareceu pouco, um nó se formou na garganta e o coração dos dois batiam rápido e descontrolado.

— Um… menino. — Sohui tentava processar a informação, finalmente ela teria o menininho que tanto queria. Ela sorriu abertamente, o que fez os seus olhos se fecharem em meias-luas.

Junseo por outro lado, estava em um conflito interno. Por um lado, estava feliz de ter um menino e este estar completamente saudável e, por outro, estava apavorado com o futuro dele.

Os dois, independente de tudo, decidiram que o melhor seria levar tudo com muita calma, Sohui teve que passar um bom tempo tentando trazer certa tranquilidade para o marido.

O tempo parecia passar muito rápido, os dois não lembravam de sentir que a gravidez passava tão rápido assim nas anteriores, mas não estavam reclamando. Pelo menos não a futura mãe do menino, ela estava ansiosa para ver o rostinho lindo de seu tão desejado garotinho.

A família inteira ficou feliz com a grande notícia, o casal fez questão de avisar a todos, e suas filhas ficaram extremamente animadas com o fato de ter um irmão. Claro que as que acreditavam na lenda tinham medo do futuro dele, mas isso não mudaria em nada o amor que sentiam pelo irmão, assim como não mudaria o fato de que sempre estariam presentes na vida dele.

E então, ele nasceu. Quando isso aconteceu, tudo pareceu mudar na vida de toda a família, como se o sol tivesse aparecido para eles e a luz constantemente os iluminasse — foi assim que todos se sentiram após a vinda do Park mais novo.

Depois de horas de trabalho de parto, um momento tenso e doloroso, finalmente o som de um choro foi ouvido por toda a sala.

Park Jimin — um bebê com a pele clara, rosto macio, olhos castanhos puxados e nariz pequeno com bochechas protuberantes, tudo combinado com lábios cheios — era pequeno e… perfeito. Foi tudo o que os dois pais conseguiram pensar ao vê-lo.

— Ele é perfeito, simplesmente lindo. — Admirou Junseo.

— Ele é uma incrível combinação nossa, tão belo… Ele vai ser um garotinho forte, muito forte — disse Sohui enquanto amamentava o bebê.

— Sim, forte assim como a mãe dele. — O marido beijou a testa da esposa.

E assim foi um dos melhores dias da vida daquela família. A ida para casa foi ainda mais radiante, cheia de amor e graça como sempre foi e sempre seria.

Ou foi o que todos pensavam, até que os dias se foram e logo meses já tinham se passado desde a vinda do caçula à sua nova casa. Jimin trouxe um ar novo ao lar, ele era um garotinho muito arteiro e alegre, e adorava brincar com as suas irmãs, fosse de bola, carrinho ou até mesmo de boneca.

A família estava simplesmente radiante, sua felicidade contagiava a todos ao seu redor. A esposa, o marido e as filhas ficavam sempre animados com qualquer coisa diferente que Jimin fizesse.

— Amor, acho que nosso menino acabou de dizer papai. Eu não disse que ele falaria "papai" antes de dizer "mamãe"?! — gabou-se o marido.

— Pa-pa — Jimin falava, batendo palmas.

— Isso, meu filho, falta só o "i". Pa-pa-i — disse pausadamente o mais velho. Jimin virou a cabeça para o lado, observando o pai.

— Ah, isso. Bom, ele diz isso quando quer comer. — Sohui riu, e o marido fez uma expressão séria.

— Ah, não é justo! Ele quer o papai, não é, filho?

— Pa-pa, pa-pa-pa. — continuou Jimin, até que a sua mãe encheu uma colher com papinha de neném e levou a boca dele, que parou de falar para comer.

— Traidor — brincou o pai, e a mais velha riu.

— Pelos céus, você é pior do que a criança! — Ela riu.

— Papai, posso brincar com o Jiminie agora? — questionou Chae Won.

Park Chae Won, sendo bem nova, era muito curiosa e carinhosa, amava as suas irmãs e, felizmente, esse amor se estendeu ao novo caçula da família.

— Agora não, querida, o Jiminie está comendo e depois ele vai tirar uma soneca. Tudo bem? — a mãe respondeu.

— Ah… tudo bem, mamãe. Até mais tarde, Jiminie. — Chae Won acariciou a bochecha volumosa do irmão e deu-lhe um beijo de despedida antes de correr em direção à sala e voltar a brincar com a irmã mais nova.

— O nosso garoto não é lindo? — Sohui disse ao marido.

— Sim, o rapazinho mais belo que eu já vi na vida. — Sorriu o marido, enquanto admirava o seu doce garotinho. E nada e nem ninguém separaria um pai de seu filho, nada, e foi com esse pensamento que Junseo acariciou levemente a cabeça do filho, desejando um futuro grandioso a ele.

Todos amavam o pequeno Jimin, ele chegara trazendo mais alegria a todos e, de certa forma, unindo-os ainda mais. Junseo e Sohui estavam radiantes com a chegada dele, assim como as suas seis filhas que, mesmo estando ocupadas, tiraram algum tempo para conseguir ligar e perguntar o estado do irmãozinho mais novo.

Jimin era a luz da casa e todos o amavam profundamente, contudo, infelizmente, tudo que é bom uma hora chega ao fim.

13 anos depois

Apesar do sol raiar, Junseo acordou se sentindo estranho, com um peso se apossando do seu corpo. Ele sentiu que tudo iria mudar naquele dia e isso o assustou como nada antes o fez.

Ele se levantou da cama e deu um beijo na testa de sua esposa, que ainda dormia tranquilamente com a cabeça repousada no travesseiro, antes de sair do quarto e ir em direção à cozinha.

O marido preparou um café forte na cafeteira, colocou-o em seu copo e logo se sentou na mesa para ler o jornal, até que viu a data.

Era 13 de outubro.

Naquele dia, o seu filho completaria treze anos, um sorriso enorme iluminou o seu rosto e ele se levantou pronto para correr e ir ao quarto do garoto pular em cima dele e parabenizá-lo, contudo, ele parou e enrijeceu. Não podia acreditar que tinha se esquecido disso e agora que se lembrara, ele podia sentir estar suando frio.

— Bom dia, querido. — Sohui apareceu com a cara amassada e ainda de camisola, abraçando-o por trás e logo deixando um beijinho em sua bochecha, antes de sair e ir tomar o seu café da manhã.

— Bom dia — respondeu simplesmente.

— Ah, não se esqueça de pegar o bolo de Jimin na loja, tudo bem? — questionou realmente animada, e Junseo acenou com a cabeça em concordância.

Após tomar o seu café da manhã, ele se levantou e foi se arrumar no quarto do casal para sair e ir pegar o bolo de Jimin, contudo, ainda preocupado e ansioso, só se tocou que tinha teclado e ligado para sua filha Yumi quando já estava despejando as suas frustrações e ela já estava o repreendendo.

— Eu sei, Yumi, me diga algo que eu não saiba! — Parou um minuto de falar para escutar a filha ao telefone. — Estou tremendamente preocupado com Jimin. Sim, eu sei que não devo me precipitar, mas você sabe que eu… — Junseo parou de falar ao ser cortado pela filha. — É verdade, querida, você tem razão, eu surtei um pouco, mas…

Massageou as têmporas e a última coisa que registrou antes de desligar a ligação foi a filha falando para ele não se alarmar e acabar assustando sua esposa e suas outras meninas. Sim, ele precisava ser forte! Ele iria lá comemorar o dia especial do seu filho e depois poderia pensar sobre isso. Entretanto, como se para lhe pregar uma peça e afetar ainda mais os seus nervos, a sua mente o lembrara da lenda.

"E o sétimo filho de uma família com seis moças nascerá amaldiçoado com a maldição da licantropia, transformando-se em uma besta ao cair da noite em um dia de lua cheia, e assim será até..."

Junseo tentou mandar esses pensamentos para longe da sua mente, enquanto se dirigia à loja de bolos pegar o seu pedido especial.

Ao voltar para casa, percebeu que esta estava toda enfeitada com balões coloridos presos em fitilhos e a mesa estava posta com um bolo imenso no centro, rodeado de doces. Suas filhas estavam todas ali para prestigiar o mais novo. As mais velhas, mesmo ocupadas, conseguiram tirar algum tempo para vir e o dia foi maravilhoso.

A família estava toda contente, enquanto se reuniam, gritando e comemorando com o aniversariante. Eles, ao verem Junseo, logo acenderam a vela e passaram a cantar a música de aniversário, observando os olhos fechados em meia-lua e o imenso sorriso no rosto do caçula.

— Vamos, Jimin, faça um pedido! — Sohyun disse animada.

— Sim, querido, pense com sabedoria e faça o seu desejo.

Jimin fechou os olhos por um minuto e focou em seu desejo:

"Eu desejo que a minha família esteja sempre aqui comigo."

E soprou as velinhas.

Todos bateram palmas e gritaram. A família inteira estava reunida, os pais e as seis irmãs de Jimin. Ele não podia estar mais feliz, tudo estava correndo perfeitamente bem e, se lhe perguntassem o que mudaria na sua vida se pudesse, ele responderia com um sorriso no rosto que não mudaria nada.

Ele tinha tudo o que qualquer pessoa poderia querer: uma família grande, feliz e unida, banhada no mais puro carinho e amor.

Tudo estava perfeito.

— Vamos, Jimin, você não quer jogar videogame comigo? — Chae Won provocou.

— Claro, e eu não vou perder dessa vez!

Então, ele correu atrás da irmã, ouvindo apenas o cantarolar dela: — Veremos!

You lose.

You lose.

You lose.

— Ah, eu não quero mais jogar, Chae! — Jimin resmungou.

— Só está dizendo isso, porque está perdendo. Lá, lá, lá, lá, lá, lá — Chae Won cantarolou.

— Você é muito cruel comigo! — Jimin fez um biquinho.

— Aprenda e jogue como uma garota, Jiminie — a mais velha disse e sorriu, não aguentando e consolando o irmão, dizendo que, se esforçando um pouco mais, ele até poderia vencê-la.

O dia se passou na mais completa e plena paz e alegria, Jimin se divertiu muito com a sua família, mas, assim como tudo na vida, a alegria uma hora acaba.

Ao cair da noite, Jimin e suas irmãs estavam enrolados e prontos para descansar. Junseo foi ao cômodo quando pensou que todos já estavam dormindo e, de cama em cama, beijou carinhosamente a testa dos seus filhos. Demorou-se mais em Jimin, pois estava preocupado com ele.

— Vai ficar tudo bem, meu doce e corajoso menino. — O homem acariciou a face do filho, antes de se virar e sair do quarto.

O som da porta foi o sinal de Jimin, ele se desenrolou e correu para a janela. De lá, viu o enorme, lindo e cintilante brilho da lua; estava tão bela e formosa enfeitando o grandioso céu, que estava cercado de estrelas.

Ele sentia algo diferente sempre que olhava para a lua, mas naquele dia se sentia hipnotizado — mais do que isso, admirado por ela. Consequentemente, o seu corpo estava estranho, como se milhares de borboletas voassem por ele, mas de um jeito muito ruim.

Não demorou para um estalo ecoar pelo quarto e o mais novo sentiu uma dor latente na sua perna. Lágrimas se acumularam nos cantos dos olhos dele, mas ele tentou conter o grito, contudo outro estalo soou, e mais outro, e outro, e Jimin não suportou, soltando o primeiro grito.

— Aaaah! — O grito foi doloroso. Era insuportável.

E mesmo que ele não quisesse, acabou acordando a todos.

— Jiminie? — Sohyun se sentou na cama ainda sonolenta e coçou os olhos.

Jimin conteve outro grito, pois não queria assustar a irmã.

Sohyun olhou ao redor. O quarto era composto por um beliche, onde Sohyun e Chae Won dormiam, e uma cama de solteiro para Jimin. O closet ficava em uma porta próxima ao lado da entrada, isso além da imensa janela em frente às camas, onde Sohyun naquele momento via a sombra de seu irmão.

Ela se levantou e caminhou devagar até ele.

— Jiminie? Está tudo bem com você? — Chae Won se sentou na cama e observou-o preocupada.

Jimin não podia falar, a dor era tanta! Seus ossos se quebravam em tempo recorde e ele sentia uma formicação em todo o seu corpo, como se algo tentasse abrir espaço.

— Não se aproxime! — gritou dolorosamente.

Essa frase foi tudo o que ele pôde dizer antes de seus pais surgirem desesperados no quarto. Eles acenderam a luz, então Jimin pôde ver seu pai com uma arma na mão e sua mãe chocada, aproximando-se dele.

— Jimin? Meu filho? O que está acontecendo? — A mulher parecia à beira do choro.

— Mamãe, dói… dói muito… — choramingou.

Jimin não sabia, mas seu corpo estava sofrendo uma mutação e a sua estrutura óssea estava mudando, assim como pelos escuros cresciam por toda parte de seu corpo. Foi isso o que os seus pais viram.

— A maldição da licantropia… — disse a mulher horrorizada, sentindo uma pontada de culpa subir e se fixar em seu peito.

— Temos que levá-lo ao porão agora. — Apesar da seriedade, dava para ver que Junseo sentia dor.

— Porão? — perguntou Sohui confusa, mas não discutiu, pois, a transformação estava acontecendo e isso estava assustando as mais novas.

Chae Won estava paralisada de medo, ainda sentada em sua cama, e Sohyun estava chorando e preocupada com o irmão.

— Mamãe, o que está acontecendo com o Jiminie? — Sohyun perguntou assustada, lágrimas escorriam pelo seu rosto em abundância.

Sohui ignorou-a e pegou o filho nos braços, correndo com ele pela casa até chegar ao porão, precisavam aproveitar que o filho ainda estava são. Ela foi seguida pelo marido, que a levou a uma parte onde havia algemas com correntes grossas grudadas na parede.

— Q-quando? — Sohui, ainda agarrada ao filho que se contorcia de dor, questionou, horrorizada.

— Eu não podia arriscar… — A mulher hesitou em entregar o filho, mas, ao ver que as garras passaram a surgir, assim como um focinho protuberante, ela desistiu.

Precisava proteger Jimin de si mesmo.

Eles prenderam Jimin a todo um conjunto de correntes e rezaram para que aquilo fosse o suficiente. Aos poucos, o rosto doce de Jimin se contorcia e, assim, ele se transformou na besta. Sua mente evaporou, seus sentimentos sumiram e só o que sobrou foi um desejo insaciável de destruir e matar.

E a noite, infelizmente para eles, estava apenas por começar, pois o casal nunca tinha sentido tanto medo como naquele dia. Cada rosnado, grito, uivo e até mesmo alguns lamentos de dor vindos do porão eram amedrontadores, porque eles ouviam tudo da sala e rezavam apenas para que aquela noite acabasse logo com o filho deles bem, que ele não se ferisse nem machucasse alguém.

Mas, entre todos os pavores e receios que tinham, o pior era a dúvida se o seu filho realmente voltaria ao seu estado normal ao amanhecer.

~~~~


Notas Finais: Ai, ai. Amo uma família e vocês? Tadinho do bb...

Quero agradecer @ChIsHiKiZi pela capinha linda e a @mimi2320ls | @bebeh1320alsey pela betagem.

Até o próximo capítulo💜

04 Ocak 2022 00:57 0 Rapor Yerleştirmek Hikayeyi takip edin
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Sonraki bölümü okuyun A transformação passa por fases.

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