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Uma — breve — história da família Park-Min comemorando o Halloween e levando Haneul, filho do casal, para sua primeira festa na escola. As lembranças se fazem presentes enquanto caminham de mãos dadas, trazendo à tona como essa data é importante para Yoongi e Jimin. Porque foi exatamente em um 31 de outubro longínquo que os dois se conheceram.


Hayran Kurgu Gruplar/Şarkıcılar Tüm halka açık.

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Um Halloween para sempre

Escrito por: @mindokyu/@mindokyu

Notas Iniciais: Olá, amores da Mari!!

Chegamos na época do ano favorita da autora que vos fala! Assim como os personagens dessa fanfic, eu também sou viciada nas festividades de fim de ano, principalmente o Halloween (chorando por ser brasileira kkkkry).

Essa fanfic foi BEM especial para mim, porque eu não pretendia escrever nada para o Halloween, mas a oportunidade bateu em minha porta e eu abri!

E ela é inteira, todinha, completamente dedicada para @tmessi / ThalieMessi, que foi quem fez essa capa MA-RA-VI-LHO-SA!

E a capa, no caso, foi o que me inspirou a escrever "A Halloween to Remember" (olha o podeeeer).

Thalie, meu amorzim, essa fanfic é toda sua e eu espero que goste! Obrigada por todo o esforço que coloca no 2Min, todo carinho, dedicação e talento! Nunca esqueça de como você é especial nesse projeto! <3

Quero agradecer também a minie_swag/minie_swag por betar mais uma fanfic minha! Obrigada por tanto carinho sempre!

Boa leitura!


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Outubro era o mês favorito de Park Jimin, não apenas pelo seu aniversário, mas também por conta da sua data comemorativa favorita: o Halloween. O Park era daqueles que se empolgavam de verdade, decorando a casa por todo canto.

Seu marido, Min Yoongi, certamente não se incomodava tanto, já que nutria um sentimento especial pela data, mas nada se comparava à animação de seu amado. A não ser por um pequeno ser…

— Pai! — gritou uma voz fina e aguda, no pé da escada. — Pai Min! Corre aqui!

Ao ouvir seu nome ser chamado, especificamente, Yoongi levantou-se de um pulo só, correndo pelo pequeno corredor que o levava até a escada.

— Que foi, amor? — Preocupado, desceu de dois em dois os degraus, tomando o mínimo de cuidado para não cair de cara no chão. — Aconteceu alguma coisa?

Park Haneul era o ser mais encantador da face da terra. Os cabelos pretos caíam macios pela tez branca e lisa de criança. Por mais que todos soubessem que o filho fora adotado, Yoongi sempre dizia que Haneul tinha os olhos de Jimin, expressivos, pequenos e fortes, enquanto a boca poderia facilmente ser comparada a sua, a gengiva ganhando um belo espaço em sua boca quando a criança sorria.

Park Haneul tinha 5 anos e amava o Halloween e, segundo ele, amava um gazilhão de vezes mais.

— O pai Park está tentando carregar todas as abóboras! — Enquanto gritava, apontava para o jardim que adornava a entrada da casa.

E realmente, assim que Yoongi olhou pela janela da sala, que dava visão diretamente para o jardim, Jimin se desdobrava para levar várias abóboras de uma vez só.

— Amor, pelo cristinho do Halloween, você vai se machucar! — disse Yoongi, pisando descalço na grama e só depois se dando conta. — Deixa eu te ajudar.

— Meu bem, você está de pijama! Vai sujar nossa cama quando deitar! — Jimin rebateu de volta, os braços quase derrubando todas as abóboras.

— Yah! Quem liga para a cama?

— Eu ligo! Sou eu quem lavo mesmo, né?

Obviamente que Yoongi não ligaria em sujar toda a casa do que quer que fosse para ajudar o amor de sua vida.

Enquanto os dois ficavam ali no quintal decidindo onde colocar tudo aquilo de abóbora, o pequeno Haneul observava parado na porta da casa, pensando em como ele teve a sorte de cair com pais tão legais.

Seus pais eram incríveis e ele não podia reclamar, adorava quando via os dois conversando, e mais ainda quando implicavam um com o outro. Seus pais faziam tudo parecer fácil, e Haneul que queria participar do que seus pais faziam. Saiu correndo na direção dos dois, sendo repreendido por ter corrido, mas, na verdade, seus pais apenas sorriam em sua direção, deixando-o pegar uma abóbora menor e mais leve.

Quando terminaram de arrumar as abóboras em seus devidos lugares, o Park mandou Haneul para o banho e foi na direção da cozinha com o marido; precisavam preparar as coisas do café da manhã.

Seu momento preferido da manhã era quando dividia a cozinha com o marido e os dois cozinhavam juntos, enquanto seu pequeno bebê ainda dormia ou tomava banho, e ele aproveitava para roubar uns beijinhos do Min, que reclamava dizendo que Jimin o distraía demais.

Porém, quando Jimin parava, era Yoongi que o abraçava por trás ou deixava um beijo em seu pescoço. Muitas vezes o Min bebia água gelada unicamente para tocar a pele do mais novo e observar ele dar um pulinho assustado e começar a reclamar com a voz manhosa e seu bico emburrado que Yoongi adorava morder.

Em algumas ocasiões, eles separavam a lista do que precisavam fazer durante o dia, relacionado ou não ao filho deles, ou à casa; às vezes precisavam comprar algo no mercado ou até mesmo na farmácia, e em alguns momentos usavam daquele tempo para falar sobre Haneul ou sobre o trabalho deles.

— Amor, já viu a lista de coisas que o baby Han tem que levar para a escola? — questionou Jimin depois de terminar os ovos mexidos para o café da manhã.

A festa de Halloween da escola de Haneul se aproximava, assim como o outono, trazendo toda a folhagem laranja que ambos amavam tanto.

Na caderneta da criança, uma lista, que Jimin agora segurava em suas mãos; o olhar caiu sobre Yoongi, que entrava na cozinha.

— Não vi, chegou quando?

— Pelo visto chegou há alguns dias — comentou, colocando o pano de prato que tinha em uma das mãos na pia. — Fiquei tão concentrado nas abóboras que nem mesmo olhei a agenda dele.

Yoongi sabia que Jimin não gostava de deixar nada passar despercebido, principalmente quando o assunto era seu filho. O Park se cobrava demais em relação a tudo, sabia que sendo pai seria exatamente assim.

— Não se preocupe, meu amor. — Tomou Jimin nos braços, fazendo o marido largar o papel que segurava e soltar um gritinho surpreso. — Eu tenho tempo livre e posso arrumar tudo o que Han precisa.

Yoongi segurava a cintura de Jimin como se ele fosse o ser mais importante da face da terra, e ele era. Jimin enlaçou as mãos no pescoço de seu amado, suavizando a expressão preocupada que tinha outrora. Encostou a testa, depois o nariz, em seguida os lábios, beijando Yoongi terno e calmo, como aquela manhã de outono.

— Obrigado, meu amor. — Mais um selinho foi depositado nos lábios de Yoongi. — Eu detesto deixar passar algum aviso da escola, mas…

— Não se preocupe, Chim. Me dê a lista que eu compro tudo o que falta, tá? — Os dedos de Yoongi passeavam pelo rosto perfeito do mais novo enquanto falava.

— Te amo.

— Eu também te amo, meu amor.

A máquina de café fez um barulho avisando os dois que o café estava pronto. Jimin nem mesmo lembrava que tinha começado a fazê-lo.

— Vai conseguir tomar café antes de ir para a empresa? — perguntou Jimin, afastando-se do marido e indo pegar a bebida que havia ficado pronta.

— Vou sim, consigo até levar Han para a escola, se quiser. — Yoongi cruzava a pequena cozinha enquanto aprontava a mesa. Queijos e pães diversos, juntamente com o café com leite, eram o que deixava Yoongi feliz de manhã. Quando questionado, falava que era apenas por esse motivo que acordava todos os dias.

— Eu já disse que te amo hoje? — zombou Jimin, agarrando Yoongi enquanto ele terminava de ajeitar a mesa e o beijando mais uma vez, antes que o Min tivesse alguma reação.

Porém, passos apressados descendo as escadas os fizeram se separar rapidamente e olharem ansiosos na direção da entrada da cozinha. Sabiam que, em breve segundos, um pequeno Haneul estaria presente entre eles.

— Eu também te amo, papais!

De pijama de vampiro e cabelos recém-acordados, Haneul adentrou o cômodo e se juntou a seus pais, sem nem mesmo saber o que se passava antes de pisar ali, apenas havia os escutado falar algumas coisas e ouviu quando seu pai Jimin disse que amava o pai Yoongi. O silêncio que se estendeu por alguns segundos era uma incógnita para o pequeno, que também não se importou, tinha algo mais importante em mente para falar com seus pais.

A criança abraçou os dois pela perna, depositando um beijo em cada.

— Mas eu amo mais quando me alimentam! Han Han tá com fome!

Os dois adultos riam da feição bicuda da criança que os soltou rapidamente para olhar a mesa do café da manhã.

— Eu não acredito que você ensinou Haneul a falar de si mesmo em terceira pessoa, Yoongi! — brincou Jimin, rolando os olhos em descrença.

— Ele é esperto! Nosso filho é muito esperto! — defendeu-se da acusação, caminhando até a mesa para fazer companhia ao filho.

Haneul já estava em seu lugar na mesa, o mesmo que sentava todos os dias, segurando a caneca, prontíssimo para tomar seu leite com achocolatado.

— Quem é o vampirinho mais faminto do meu coração? — disse Jimin, fazendo uma dança estranha, abraçando o filho em seguida e lhe fazendo cócegas, que ele tanto amava.

— Para, papai! Para! — O menino ria, contradizendo os pedidos para parar. — Eu preciso tomar meu leite para ficar fortinho e ser o maior vampirinho de todos!

Yoongi observava. Na verdade, ele não conseguia desgrudar os olhos dos dois amores de sua vida.

Que sorte ele tinha.

E Jimin não pensava diferente: ele era sortudo. O Park só parou de fazer cócegas no filho quando o pequeno beijou sua bochecha. Ele adorava os momentos em que os três estavam juntos, porque às vezes Yoongi nem conseguia tomar café com eles, pois precisava chegar mais cedo do serviço, então ele aproveitava daqueles instantes juntos como se sua vida dependesse disso, e talvez de fato dependesse.

Os três comeram juntos entre risadas, com Haneul contando sobre como seria a festinha e a forma que ele estava ansioso para o momento em que seus coleguinhas o veriam com sua fantasia.

Yoongi levou o pequeno para a escola como havia dito ao marido que faria. Ele também comprou todas as coisas que faltavam na lista do pequeno antes de chegarem à escola dele. O Min não podia negar, ver a animação do filho era de certa forma nostálgico, ficava feliz por o filho dividir esse gosto com ele e com o marido.

Se Haneul não gostasse de Halloween, ele não sabia como seria com Jimin enfeitando a casa todo mês e tentando convencer o filho de que era uma data divertida. Se bem que talvez fosse divertido para si também ver o marido tentando convencer o pequeno de que era legal; podia imaginar os dois com bicos emburrados enquanto um afirmava e o outro negava sobre a diversão no Halloween.

Na casa da família Park-Min, teias de aranha estavam por todos os lados. Era 30 de outubro e estava quase tudo pronto. Caldeirões e bruxas estavam em cima das mesas e aparadores da casa. Morcegos, em todas as portas, assim como alguns monstros — estes em menos quantidade porque Han Han achava feioso demais.

A família estava reunida no sofá, assistindo filmes de Halloween como faziam todos os anos, antes mesmo de Haneul ser sequer um plano real. Claro que, com a chegada de Han, alguns filmes tiveram que ser retirados da lista de favoritos.

O escolhido desse ano foi “O Estranho Mundo de Jack”, um dos favoritos do pequeno Han. Jimin também amava o filme, cantava todas as músicas juntinho, sem perder uma letra sequer.

Jimin e Yoongi estavam deitados abraçados em um dos sofás, enquanto Haneul tomava conta da poltrona. A lareira estava acesa, junto com algumas abóboras lanternas, deixando a sala com um clima ameno e bem propício para o dia que se aproximava.

— “What’s this, what’s this” — cantava o pequeno Han, acompanhado de Jimin, imitando até mesmo o tom de voz de Jack.

— Eu não acredito que vocês sabem todas as músicas! — reclamou Yoongi, enfiando o rosto no pescoço de Jimin, deitado ao seu lado.

— Claro que sabemos, esse é o nosso filme favorito — comentou Jimin. — E, no caso, você deveria saber também, meu querido — acusou, beliscando de leve a mão de Yoongi que segurava sua cintura.

— Nem fodendo que eu vou cantar que nem o esqueleto e…

— Meu deus, um palavrão! — berrou Haneul, ficando de pé na poltrona. — O papai Min falou um palavrãozão!

— Yoongi-hyung! Não pode falar palavrão! — Por mais sério que estivesse falando, Jimin segurava o riso. A feição de Yoongi era de puro terror.

— Park Haneul, você nunca pode repetir isso para ninguém!

Assim como Yoongi tinha uma feição sapeca quando iria aprontar algo, Haneul também tinha. Ele estava fazendo a carinha de sapeca já conhecida por si, e Jimin se preparou. Era como se visse Yoongi ali de pé sobre a poltrona. Tal pai, tal filho.

— Só se me der chocolates! Muitos chocolates!

— Yah, Jimin-ah! Seu filho está me comprando!

— Não esqueça que o filho também é seu, meu amor. E no caso, você é o que mais deixa escapar palavras feias em casa.

— E eu nem lembro de todas — exclamou Haneul, o sorriso sapeca ainda no rosto enquanto voltava a se sentar na poltrona. — Mas, ainda aceito chocolates!

— Trate de arrumar chocolates para a criança, não quero filho meu sendo chamado de boca suja — disse Jimin, voltando a prestar atenção no filme, mas não antes de deixar um beijo caso em seu marido.

Yoongi sabia que seria uma batalha perdida se tentasse contornar a situação, por isso ele apenas revirou os olhos e mordeu o pescoço do marido como repreensão por não ter ficado ao seu lado e ouviu a risadinha do mais novo, assim como sentiu suas mãos em sua coxa, apertando e arranhando de levinho. Esse era o ponto fraco de Yoongi — um deles —, e o Min sabia que era o jeitinho do Park se vingar pela mordida e talvez indicar que aquela noite seria um pouco mais longa do que imaginava, e ele não se incomodava nenhum pouco com a ideia.

No dia seguinte, a casa onde habitavam apenas três pessoas estava revirada de cabeça para baixo, como se um furacão tivesse passado e deixado rastros. Mas era apenas Haneul e sua fantasia de Jack — sim, do filme O Estranho Mundo de Jack que assistiram no dia anterior — correndo de um lado para o outro, deixando seus pais de cabelos em pé.

— Filho, pelo amor de deus, pare de se mexer! — Yoongi tentava a todo custo costurar um rasgo pequeno que tinha na fantasia. — De tanto pular, acabou abrindo um rasgo. Papai tem que costurar.

— Eu tô animado, papai! — O pequeno Han não tirava o sorriso do rosto desde a hora que acordara.

— Sei que está, mas preciso que fique quietinho — pediu Yoongi, calmamente. — Se você ficar dez segundinhos sem pular, vai acabar rapidinho.

— Só dez?

— Só dez!

— Um, dois, três…


A rua estava praticamente vazia, mesmo o sol já se fazendo presente há algumas horas. As folhas meio-avermelhadas-meio-alaranjadas cobriam todo o caminho por onde os três passavam, de mãos dadas. Jimin de um lado, Yoongi do outro. Haneul entre os dois, segurando as mãos dos papais, pulando e cantando.

Finalmente o grande dia tinha chegado, o dia mais esperado pela família Park-Min. Dia 31 de outubro, o Dia das Bruxas, mais conhecido como Halloween.

Com sua fantasia impecável, Han estava feliz. Jack era seu personagem favorito e sabia que iria arrasar na festinha da escola. Sua primeira festinha! Não conseguia conter a alegria, falando toda hora para seus papais como estava feliz.

— Eu vou comer muito doce hoje, papais! — comentou animado, contando mais uma vez até três, fazendo com que Jimin e Yoongi o levantassem. Ele sentia como se estivesse voando.

— Pode comer alguns doces, meu amor, mas não exagere — disse Jimin, cauteloso com as palavras. Não queria proibir o menino de se divertir, mas sabia que, se ele exagerasse, iria passar mal.

E, mais uma vez, os dois homens levantaram a criança pelos braços. Haneul soltava gritinhos de alegria.

— Papais, parece que eu estou voando! — falou muito animado. Haneul dava impulso com as pernas para cada vez subir mais alto.

Ao ouvir o que a frase que a criança disse, Jimin e Yoongi trocaram olhares. Aquela frase soava muito familiar, e os levava há um tempo distante que ambos guardavam no coração com muito carinho.

31 de outubro de 2003

— Parece que estou voando! — gritava Jimin! Os cabelos pretos caíam sobre a testa e se moviam a cada vez que o balanço ia para frente e para trás.

Yoongi, seu vizinho, estava o empurrando com toda a força que alguém de 10 anos poderia ter. Ou seja, não era muita, mas a sensação na boca do estômago de Jimin já fazia tudo valer a pena.

Era Halloween e Jimin estava feliz. Era a primeira vez que passaria a data na casa de sua avó materna, no interior de Daegu. Não conseguia conter a felicidade de finalmente pedir doces na rua e encher sua abóbora de plástico de balas e chocolates.

— Vou empurrar mais um pouco e depois vamos embora! — Yoongi gritava de volta, o vento começou a ficar mais gelado do que sua fantasia de bruxo poderia aguentar.

— Só mais um pouquinho, por favorzinho! — pediu Jimin, olhando para o menino atrás de si, fazendo um pequeno bico com os lábios para soar mais convincente.

— Tá, tá, mas vamos logo ou a gente vai se atrasar!

— Você é demais, hyung!


Jimin e Yoongi se conheceram naquele Halloween. A avó de Jimin disse que tinha um vizinho novo que Jimin poderia brincar. De começo, Yoongi relutou um pouco, era tímido e não era muito de fazer amizade, mas foi praticamente impossível resistir ao menino rechonchudinho e fofo a quem fora apresentado.

Aquela foi a primeira vez que Yoongi não conseguiu resistir ao Jimin e isso era definitivamente perigoso, mas, na mente do garotinho de dez anos, não era nada demais e logo os dois passavam mais tempo juntos do que separados.

Naquele mesmo dia, os dois estavam animados com a ideia de irem buscar doces. Por mais que Jimin não quisesse sair do balanço, quando ele ouviu seu hyung dizer que precisam ir buscar doces, o Park desceu rapidamente do balanço e eles correram para casa, a fim de pegar as abóboras para colocarem as balas e chocolates que pegariam naquela noite.

Jimin salivava só de pensar.

Enquanto caminhavam batendo de porta em porta, Jimin e Yoongi apostavam sobre quem pegava mais doces. O Min sabia que, com o rostinho fofo do mais novo, ele conseguiria arrancar mais doces do que Yoongi, porém ele não ligava de perder, tinha adorado quando algumas horas antes Jimin gritou animado porque havia conseguido acertar uma bolinha de papel na cesta de lixo e pulou ainda mais extasiado ao ver que Yoongi havia errado. Ele queria ver os pulinhos animados do Jimin novamente.

Por mais que quisessem cada vez mais doces, sempre que viam a abóbora encher, eles precisavam voltar para casa, porque não podiam ficar até muito tarde na rua, eles sabiam que os jovens e adolescentes também faziam suas festinhas e que logo eles estariam todos fazendo as bagunças e travessuras que deixariam as ruas terrivelmente bagunçadas no dia seguinte.

— Hyungie! Olha só quanto chocolate! — Jimin segurava a grande abóbora cheia de doces, mostrando para seu hyung.

— Eu também peguei vários, Jiminie! Olha só, tem até formato de sapo! — exclamou Yoongi, puxando Jimin pela mão para que sentassem no chão da sala do mais velho.

— Meninos, não exagerem nos doces! — alertou a mãe de Yoongi, olhando para os dois meninos sentados no chão. — Aqui, trouxe um pouco de água para vocês.

— Obrigado, eomma! — Yoongi respondeu e viu sua mãe sair de perto, provavelmente indo à cozinha novamente. Sua mãe sempre fazia doces de Halloween para as crianças e fazia a mais para que Yoongi comesse no dia seguinte, já que sabia que o filho ignorava seus doces para pegar os do vizinho.

Enquanto Jimin derrubava seus doces sobre o tapete da sala, Yoongi o observava, vendo ele separa os chocolates das balas, ele fazia um bico pensativo, como se não soubesse onde colocar um doce porque não era de chocolate e nem era uma bala, isso o fez rir.

— Nha, Min Yoongi para de rir — resmungou o mais novo. — Me diz, isso aqui parece ser de quê?

— Abóbora? — o Min disse tão confuso quanto, mas Jimin apenas deu de ombros.

— Se não era, agora vai ser.

Aquele foi o primeiro Halloween que os dois passaram juntos.

O primeiro de muitos.

31 de outubro de 2010

Dentre todos os Halloweens que passaram juntos, este com certeza foi o que mais marcou Jimin. A ansiedade dentro de si era sempre a mesma de todo ano, mas, dessa vez, não era por conta dos doces que pegava com os vizinhos, ou das brincadeiras que todos na vizinhança faziam.

Tinha acabado de completar 15 anos, e mesmo que isso não significasse que ele teria que parar de comer os doces, as borboletas em seu estômago se agitavam por um outro motivo.

O Park estava na casa da avó, como havia passado a fazer todos os anos depois que conheceu Yoongi. Estava parado na frente do espelho, terminando de arrumar a maquiagem de vampiro que resolvera colocar na cara. Não estava muito feliz com a escolha, mas pouco se importava.

A campainha tocou exatamente quando terminou de se vestir. Ele estava pronto e nervoso. Saiu do quarto e desceu as escadas vagarosamente, a voz que tanto conhecia já alcançava seus ouvidos.

— Espere só um pouquinho, meu querido, ele já vai descer — disse sua avó para Yoongi, que estava parado na porta.

Assim que avistou seu amigo de longa data, seu coração acelerou. Segurou a respiração enquanto descia os últimos degraus, soltando o ar apenas quando os olhares se cruzaram.

Yoongi estava lindo, muito mais lindo do que a última vez que se viram no ano anterior. O cabelo, que antes era castanho escuro, quase preto, estava loiro bem claro. A fantasia não mudava muito de um ano para o outro, por mais que o corpo de Yoongi, agora com 17 anos, fosse bem diferente. Um diferente muito bom, na opinião de Jimin.

— Oh, ele chegou! — comentou Yoongi, despedindo-se da avó de Jimin. — Vamos?

Jimin nada respondeu, apenas engoliu seco, seguindo seu amigo para fora da casa, ele estava agindo estranho, sabia disso, mas aparentemente Min Yoongi não percebeu nada de estranho nele — ou se percebeu, conseguiu esconder muito bem.

A vizinhança continuava a mesma, mas os encontros já não eram mais correndo de porta em porta pedindo doces, agora a festa acontecia na praça do bairro, com músicas e jovens conversando e se divertindo. Os mais velhos conseguiam pegar algumas bebidas alcoólicas dos pais, mas Jimin não tinha nem vontade de experimentar aquilo.

Já Yoongi…

— Yoongi, não acho certo você beber, ainda não fez 18 anos! — comentou Jimin, baixando o tom de voz para que os outros não ouvissem. Ele não queria ser considerado o chato naquela ocasião.

Afinal, era Halloween e todos queriam mais era se divertir.

— Jimin-ah, eu não vou ficar bêbado, apenas vou experimentar! Não se preocupe! — respondeu Yoongi, já aceitando a bebida que outro colega do bairro o dera. — Preciso de pelo menos um pouco disso hoje — comentou tão baixo que quase se perdeu no vento gelado de Outono.

— O que disse? Por que precisa de bebida hoje, hyung? — perguntou Jimin, curioso que só ele.

— Er… nada! Não é nada! — desconversou, terminando de beber o que tinha em seu copo, desviando o olhar de Jimin, focando em qualquer outra coisa que não fosse seu melhor amigo.

O tempo passava rápido demais quando estavam juntos, aquela noite praticamente voou. Entre muitas risadas e alguns sustos, a noite foi acabando. Algumas crianças passavam por eles e pediam doces ou faziam travessuras. Jimin e sua fantasia de vampiro fizeram sucesso com alguns pequenos que passavam correndo por eles.

— Eles te adoram! — comentou Yoongi, puxando Jimin levemente pelo braço, para que sentassem em um banco um pouco mais afastado de onde a festa continuava rolando.

— Eles gostaram da minha fantasia, hyung! — disse Jimin, animado. — Eu pensei que minha fantasia nem fosse nada demais.

— Você está lindo assim — comentou o mais velho, só então se dando conta do que tinha acabado de falar. — Q-quer dizer, você sempre está lindo.

O Park riu, estranhando a sinceridade do melhor amigo. Ele quase nunca o elogiava; por mais que ele gostasse desses raros momentos, mesmo que com os elogios, as borboletas aparecessem voando livremente em seu estômago, fazendo com que Jimin se sentisse nervoso, mas era um nervoso bom. As bochechas de Yoongi tinham uma coloração forte e rosada. Jimin estava em dúvida se era pelo frio, pela bebida ou por vergonha.

— Obrigado, hyung! Você também está lindo — elogiou de volta, não sabendo de onde surgiu tal coragem.

— E-eu… Obrigado, é… — Yoongi gaguejou e desviou o olhar mais uma vez.

O coração de Jimin batia mais rápido a cada segundo em silêncio, a festa já bem distante de seus pensamentos. Por mais chamativas que toda a decoração da pequena cidade ficava aos seus olhos, apenas Yoongi conseguia ter total atenção de Jimin naquele momento.

O que era aquilo que sentia em seu peito? Nunca sentiu nada igual. E nem conseguia desviar o olhar do rosto do mais velho, parecia que algo estava prendendo seu olhar ali.

Sua respiração estava pesada e ele não conseguia raciocinar direito. Ele observou os lábios de Yoongi se mexendo, falando com ele, mas Jimin não conseguiu entender o que seu hyung dizia, porque seus olhos estavam focados nos lábios finos e convidativos do mais velho, e sua mente, longe demais, imaginando como seria ter os lábios dele sobre os seus. Por isso, ele apenas assentiu, não sabendo por que estava assentindo ou a que, mas assentiu, confiava em Yoongi e, se ele tivesse o convidado para alguma travessura, não seria nada demais.

Porém, antes que ele voltasse a si e tentar questionar o que Yoongi havia dito, o mais velho passou a mão pelo seu ombro, trazendo-o para mais perto de si e, com a outra mão, ele segurou o queixo do mais novo, deixando um selinho em seus lábios, um selinho demorado que quase os fez suspirar.

Yoongi buscou o lábio inferior do mais novo, puxando de levinho, sentindo Jimin entreabrir os lábios, e ele entendeu que poderia aprofundar o beijo, mesmo que sem língua, de primeiro instante, eles saíram do selinho. O Park sentia seu corpo inteiro estremecer apenas com a ideia de que em breve estaria sentindo a língua do mais velho e, porra, eles estavam se beijando — ou ao menos tentando se beijarem.

Mas era um beijo! Min Yoongi estava beijando Park Jimin.

Quando Yoongi pediu passagem com a língua, foi lento e um pouco desengonçado. Jimin nunca tinha beijado ninguém e, até onde ele sabia, Yoongi também não, mas ele não queria pensar nesses detalhes, principalmente porque logo conseguiram, juntos, encontrar um jeitinho de se acertarem, e o beijo estava apenas começando.

Jimin levou as mãos para o pescoço do mais velho, imitando os movimentos que o outro fazia, aproximando ainda mais os corpos sentados no banco. Naquele momento, ele não se importou se alguém veria, ele só queria beijar seu hyung até que a respiração fizesse falta. Yoongi pensava da mesma forma, ele não queria parar de beijar seu dongsaeng.

Eles estavam se beijando e aquele era o melhor Halloween de todos.

Os dois estavam com o coração acelerado e o gostinho de álcool, misturado com o refrigerante que Jimin havia tomado, era até que bom, e eles estavam aproveitando bem aquele momento, porém nenhum dos dois conseguiam descrever o que estavam sentindo, apenas não queriam parar.

Mas eles precisavam parar, pois precisavam respirar, então Yoongi mordeu de levinho o lábio inferior do mais novo, apenas porque os lábios de Jimin eram chamativos demais e, no fundo, imaginava como seria senti-los entre seus dentes e, agora que teve a oportunidade, o Min não o deixaria de fazer. Finalizou o ósculo com breves selares, com o último sendo mais demorado.

Entretanto, quando se afastaram e se olharam, ambos notaram o que haviam feito. Jimin olhava assustado para o mais velho, e o Min o encarava como se tentasse entender o que tinha acontecido.

O Min não soube dizer quando criou coragem e questionou ao mais novo se podia o beijar e nem percebeu quando ele assentiu, mas, quando ele o fez, Yoongi lembrava-se de ter se aproximado e Jimin não pareceu querer fugir. Mas agora o mais novo o olhava assustado, como se não tivesse entendido nada.

Já Jimin estava confuso, porque não tinha entendido como Yoongi acabou lhe beijando, mas não era isso que se passava pela sua cabeça. O problema era que, enquanto beijava o mais velho, ele percebeu que tudo que sentia quando estava com ele ou pensava nele, a ansiedade de viajar para Daegu e ver o mais velho... tudo isso era porque gostava do seu hyung.

— H-hyung, eu...

— Jiminie, eu…

Os dois começaram a falar no mesmo instante. Jimin riu sem jeito, abaixando o olhar para seu colo, as mãos mexiam em sua fantasia como uma distração.

— Hyung… Eu acho que… — Jimin começou a falar, ainda sem olhar nos olhos de seu hyung.

— Jimin, desculpe! — cortou Yoongi, não dando espaço para que Jimin falasse. Apenas quando o mais novo levantou o olhar, percebeu a feição desesperada no rosto do outro. — Eu peço mil perdões, eu achei que… eu… — o Min falava meio que sem saber o que dizer, ele realmente tinha achado que tinha a permissão de Jimin, ou ele tinha e o mais novo tinha odiado. Céus, ele estava apavorado.

— Hyung! — Jimin tentou falar mais uma vez, porém Yoongi não parecia estar prestando atenção no que ele estava falando, parecia confuso.

— Eu não deveria…

Yoongi levantou-se depressa do banco, mas antes que pudesse sair correndo — sim, Jimin tinha certeza de que era isso que ele iria fazer — o Park puxou o mais velho pelo braço.

— Mas eu gostei! Eu gostei muito, Yoongi! — Jimin praticamente berrou para que o outro lhe ouvisse bem. — Eu amei! Eu…

— Gostou? — perguntou Yoongi, os olhos ainda arregalados em desespero. A respiração estava descompassada. É, certamente ele iria sair correndo caso Jimin não o segurasse.

Para provar que sim, Jimin tinha gostado, o mais novo ficou de pé e o puxou pela cintura, beijando-o nos lábios novamente, dessa vez com mais certeza de que sabia do que estava fazendo. Ele não sabia de fato, mas, se ele e Yoongi tinham achado um ritmo com o Min guiando o ósculo, com certeza Jimin poderia fazer o mesmo

E o que antes era apenas uma festa de Halloween normal para Jimin e Yoongi, passou a ser o começo da mais bela história de amor.



Os passos eram lentos, eles não tinham pressa nenhuma. Jimin chutava algumas folhas pelo caminho que passava, os dedos entrelaçados nos de Yoongi. O vento frio de outono ainda não era incômodo, mas deixava a pele arrepiada. Jimin chegou mais perto de seu amor, apoiando a cabeça no ombro de Yoongi.

Os dois voltavam para casa depois de deixar Haneul na escola, para a festa de Halloween.

— Que tal passarmos no nosso café favorito? — perguntou Jimin.

— Aquele com o melhor pumpkin spice de todos os tempos?

— Esse mesmo! — respondeu Jimin, deixando um beijo terno na bochecha de Yoongi.

— Claro, vamos passar lá! — Yoongi retribuiu o beijo um pouco sem jeito. Ele amava Jimin, mais do que tudo naquela vida, mas ainda ficava um pouco tímido para demonstrar seus sentimentos em público.

— Todo Halloween a gente passa lá e pede a mesma bebida — comentou Jimin, parando de andar quando percebeu ter chegado no lugar. — Não poderíamos deixar essa tradição de fora, certo?

— Com certeza, meu amor.

E ali, vendo Jimin com o maior sorriso do mundo, parado na porta de um dos lugares que ele mais gostava de ir, no dia que ele mais gostava do ano, Yoongi percebeu qual era a tradição de Halloween que ele mais adorava: amar Park Jimin.

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Notas Finais: Obrigada a todo mundo que tirou um tempinho para ler essa fanfic, espero que tenham gostado!

Beijos <3

01 Kasım 2021 00:28 0 Rapor Yerleştirmek Hikayeyi takip edin
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Son

Yazarla tanışın

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