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Capítulo Único

Minha pele está fria...


Há algo errado...


Minha pele, por que está fria?


Sentado na cama tento recordar, mas na minha mente não me lembro dos últimos acontecimentos.


Por que não me lembro?


Pela grande janela, o sol ilumina o quarto, principalmente a cama, mas apesar disso ainda sinto minha pele fria. A ótima sensação de calor pela manhã, do sol, já não existe mais.


A memória mais recente que consigo alcançar é de Suzy, minha doce Suzy. Lembro de acordar, sentindo o calor do sol e sentindo o calor emanando do corpo colado ao meu. Ela se levantou e preparou meu café da manhã, bem reforçado, pois iria trabalhar. Lembro de sair com o carro e...


Não me recordo mais.


Vou em direção a porta pequena do outro lado da janela, onde sei que é o banheiro. Mesmo passando pelo enorme tapete felpudo eu não sinto nada. Nenhuma sensação nem mesmo o pequeno calor.


O espelho está quebrado e apenas um pedaço permanece no lugar. Pelo reflexo vejo parte de meu rosto e estranho a cor de minha pele. Olho para meus dedos e meus braços e assim como outras partes de meu corpo, minha pele está meio roxa, azulada talvez?


Abro o armário vendo apenas uma escova de dente. Onde estava a minha? Aliás, eu tinha uma escova? Mal me lembro da última vez que escovei os dentes. Coloco a pasta de dente na escova levando a boca e também não sinto o gosto de menta indicado na embalagem.


Mas mesmo assim, como se fosse habitual, começo a passar pela fileira de dentes. Esse processo estaria normal se não fosse – outra – sensação estranha na minha boca, como se pequenas pedrinhas estivessem lá dentro.


Cuspo na pia, ligando a torneira em seguida, deixando que a água lavasse oque tivesse ali. Quando a água escorre pelo ralo, pego o objeto:


Um dente.


Mas apesar de tudo, não sinto desespero, meu coração não acelera, não sinto nada. Apenas levo minha mão direita até minha boca, passando os dedos por restante dos dentes, sentindo cada um deles se desprendendo de minha gengiva, e brincando na minha língua.


Em poucos segundos, meus dedos passam pela minha boca já não sentindo mais nada. Cuspo tudo na pia, tirando o protetor de ralo, deixando que tudo escorresse pelo cano.


Saio do banheiro, como se tudo estivesse normal. Não sito medo, não sinto desespero apesar de todos os acontecimentos anteriores.


Entro na cozinha, vendo alguém de costas, na frente da pia. Os fios de cabelo curtos com um certo brilho, balançando conforme ela se movimentava, arrumando a mesa do café da manhã.


Minha doce Suzy.


- Bom dia querido, dormiu bem? – Ela parece um pouco diferente, sua expressão. Mas faz tudo que sempre fez pela manhã, sorriu e selou meus lábios e novamente não sinto nada.


- Bom dia.- Sussurro tentando me lembrar de algo que faça sentido.


Sento na mesa, vendo uma bandeja com uma tampa de alumínio – para mim -. Do outro lado vejo um copo de suco vazio, assim como um prato. Ela já deve ter tomado o café. Suzy vem ao meu lado, retirando a bandeja do meu prato e eu paraliso:


No prato a minha frente há carne.


Carne crua


Uma enorme quantidade de carne crua que em poucos segundos é rodeada de mosquito.


Carne podre


Mas por algum motivo não sinto nenhum tipo de repulsa pelo prato a minha frente. Ao contrario, minha boca saliva pelo desejo de comer aquilo, e sem que eu perceba, minhas mãos já estão segurando aquele pedaço.


Abro a boca, colocando o máximo que consigo dentro, lambuzando meu rosto e meu torso de sangue, mas não me importo. Continuo comendo a carne, sentindo os mosquitos a minha volta, mas não me importo. No momento apenas me preocupo em comer tudo aquilo, até que não sobre mais nada.


Quando acabo de comer, Suzy nada diz. Apenas sorri, permanecendo com a mesma expressão, calma com seu doce sorriso. Por alguns instantes, olho ‘pra ela, ‘pra sua pele sentindo desejo. Como seria prova-la? Seria tão bom quanto a carne que eu devorei? Eu quero prova-la.


- Vou arrumar tudo, a TV já está ligada querido.


Ela se aproxima de mim e me abraça, sorrindo novamente ao selar meus lábios. Há algo errado, eu posso sentir. Como um impulso, minha boca vai em direção ao seu pescoço e como se ela soubesse do que eu queria, se afasta.


Como seria o gosto de sua carne?


Oque aconteceu?


Oque está acontecendo comigo?


Vou em direção a sala, sentando no sofá e mudando de canal, porém nada me agrada. No final optei por deixar no Jornal da região, para ver as últimas notícias. Não sei por quanto tempo, mas apena fico escutando.


‘’Hoje se completa um mês desde o acidente brutal que levou Bruce Collins ao óbito. A batida entre seu carro na ida ao trabalho e o camião foi fatal e o homem faleceu na hora. A batida foi um acidente brutal que infelizmente causou a tristeza da família.

Com uma singela homenagem, desejamos força a Suzy Collins, viúva de Bruce, forças após essa grande tragédia.’’


15 anos atrás...


Os convidados olhavam emocionados para o altar, para Suzy que estava linda em seu vestido de noiva.


O salão que logo é preenchido por aplausos após nosso beijo, selando nossa união.

- Eu amo você. – Digo a ela.


- Eu também te amo. Sempre farei tudo por você.’’


E ela realmente fez.

15 Ağustos 2020 02:42 0 Rapor Yerleştirmek Hikayeyi takip edin
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