Sehun levantou e desligou a TV prestes a dormir, Jongin espreguiçou-se e olhou pela janela, estranhando a gritaria e as pessoas correndo. Os irmãos entreolharam-se e sem pensar duas vezes, trancaram portas e janelas, em seguida esconderam-se no banheiro ligando para a polícia, mas ninguém atendia.
— O que está acontecendo hyung? — perguntou Sehun.
— E-eu não sei... — respondeu querendo chorar.
Tinha catorze anos apenas e seu irmão dez, os pais tinham saído para jantar e tudo parecia calmo naquele dia. De repente ouviram tiros, e depois silêncio, a porta foi arrombada da casa e eles estremeceram, Jongin abraçou o irmão e o protegeu como um escudo humano. Murmurou que tudo ficaria bem, mesmo sabendo que talvez não ficasse, apertaram um ao outro.
— MARTHA, ELES ESTÃO AQUI. — gritou o vizinho e a dupla ergueu o olhar, reconhecendo-o de imediato. — Andem crianças, corram para o carro.
Assentiram e levantaram correndo, o vizinho estava armado e ensanguentado, mas o sangue não parecia ser dele. Correram até o carro, vendo rapidamente pessoas raivosas atacando umas as outras, estabelecimentos sendo saqueados, lugares explodindo, um verdadeiro caos. Colocaram os cintos as pressas, e logo o vizinho entrou no carro, que acelerou. Sehun e Jongin deram as mãos sem entender nada, e assustados.
— O exército ainda não disse absolutamente nada, mas temos um esconderijo que fica no Sul. — respondeu ela e acelerou atropelando algumas pessoas, por alguma razão ela estava extremamente calma em meio ao caos.
De repente um homem raivoso saltou no carro e tentou pegar os meninos, mas ela logo manobrou o carro de uma forma que fez a criatura cair, e em seguida o marido atirou. Os irmãos abraçaram-se, o menor já chorava assustado. O carro então continuou acelerando, até chegar em uma ponte, e ao tentar desviar do caminhão desgovernado e pegando fogo, acabou caindo na água. O marido e a esposa os tiraram as pressas do carro, lutando contra os cintos de segurança e da água puderam ver o mundo ao redor deles em ruínas, a sociedade completamente acabada.
— DROGA. — exclamou ela.
— O papai e a mamãe estão bem? — perguntou Sehun enquanto nadavam para a margem.
— Duvido muito, mas vamos torcer que sim. — respondeu o marido. — Precisamos de um carro, mas como iremos conseguir um agora?
— Roubando, Phill. — disse ela e suspirou. — Mas por enquanto, precisamos nos abrigar.
— Certo, meninos fiquem por perto. — disse ele e os irmãos deram as mãos.
Em mais ou menos duas horas, a pacata cidade estava irreconhecível, completamente destruída e com diversos corpos jogados por ali. Com um pouco de sorte, conseguiram roubar um carro após ficarem escondidos em uma farmácia e o usaram para chegar em uma fazenda. Os moradores dali tinham fugido, deixando tudo para trás, até mesmo a refeição que estavam fazendo. Jongin sentou-se no sofá e suspirou, o irmão já dormindo no outro sofá por conta do cansaço. Com medo e sem saber o que fazer, sem saber como os pais estavam, sem saber o que estava acontecendo, olhou para o casal que estava tão perdido quanto ele, mesmo que não demonstrassem. Perguntou-se se em algum momento tudo voltaria ao normal.
20 anos depois
S/N estava com os pais e os irmãos, além da gangue em que estava inserida, a pistola na mão e o olhar atento. Tudo estava calmo e quieto demais naquela rua cheia de musgos e outras plantas, a natureza tinha tomado posse dali tornando o ambiente tristemente belo e solitário. Nenhum clicker, nenhuma pessoa, eles então abaixaram a guarda e abrigaram-se em uma antiga casa. Tudo bem até o momento, até que foram surpreendidos por uma gangue de canibais. Eles lutaram bravamente, mas a mais velha acabou sendo ferida e o mais velho decapitado, fazendo o sangue do mesmo respingar sobre o rosto da filha caçula que gritava horrorizada.
— CALA A BOCA VADIA. — disse um dos homens que seguravam os outros irmãos, os levando para os fundos, assim como o pai e a mãe.
De repente um dos irmãos acabou conseguindo se soltar e depois disso uma briga se iniciou, um dos homens avançou sobre ela e a mesma com muito esforço o empurrou como pode, tiros ecoando pelo ambiente, até que ela finalmente conseguiu enfiar uma faca no pescoço dele. O empurrou o jogando mais longe que conseguiu, e assim que sentou-se, viu que os familiares estavam mortos e só um dos canibais estava vivo, o mesmo a olhou com ódio e antes que fizesse algo, uma flecha voou em direção a ele acertando sua cabeça. Mesmo assustada, ela olhou para para fora e viu um homem encapuzado com um arco e flecha, além da barba por fazer. Mil pensamentos passaram pela sua mente, e ela pensou em correr, mas o homem misterioso foi mais rápido e entrou no local a surpreendendo.
— Saia daqui, está vindo uma legião de clickers, e essa região não é mais segura. — disse ele e ela apenas assentiu, seus pais disseram para nunca confiar em desconhecidos, mas esse a ajudou e por isso ela estava dividida. — Vá! — pegou a pistola que achou ao lado e correu, mas ele não a seguiu.
E como esperado, de fato vieram vários clickers e ela só teve tempo de se jogar embaixo de um carro e esperar, enquanto que ele caminhou furtivamente para trás de um outro carro, e nesse momento seu capuz caiu, mostrando seus longos fios negros amarrados em um coque e os olhos que não enxergavam mais. Isso a surpreendeu e a fez questionar, como um cego foi capaz de acertar a mira na cabeça daquele homem a uma distância tão grande? Por que ele estava sozinho? Por que a ajudou? Quem era ele?
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