mafuyuchii Mafuyuchii

Para Midoriya Izuku, que sempre sentiu falta de um homem para chamar de pai em sua vida, Yagi Toshinori era o candidato perfeito para ocupar tal vaga. E junto de seus amigos na pré escola U.A., as crianças fariam de tudo para realizar ao desejo do pequeno garotinho, com a realização de uma missão mega importante, denominada de missão "Papai".


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Missão "Papai"! - Parte 1

Hoje era mais um dia animado na pré escola U.A. e como sempre diversas crianças estavam a caminho com seus papais e mamães para passarem o dia na escola.

Mesmo sendo um trabalhinho de meio período para terminar de pagar sua faculdade que estudava de noite, Toshinori Yagi se divertia bastante e gostava do clima da pré escola, tratando como uma segunda casa. Apesar de ser administrado por um estranho urso, cachorro seja lá o que o fosse, o colégio tinha todas as características de uma escola normal. Salas de aula, refeitório para os almoços das crianças, área para dormirem e até mesmo um enorme parquinho nos fundos para o horário do recreio das crianças. Tudo bem normal.

E hoje, para Toshinori, aquele era um dia especial, sim, estava bem empolgado por conta de ser o dia das confecções de presentinhos, as crianças fariam diversas lembrancinhas para entregarem a seus respectivos papais e mamães no dia seguinte, na qual estava marcado como o dia de visita dos pais para verem seus filhos.

O loiro de cabelos ondulados e um sorriso alegre observava a seus alunos chegarem de pouco em pouco ao lado de Aizawa, um homem que a primeiro olhar ninguém diria que dá aula em uma pré escola, ainda mais para criancinhas de 5 anos. Seu rosto cheio de olheiras e jeito preguiçoso de algum modo atraia as crianças da classe 1-A que pareciam sempre preocupados com ele.

- Bom dia Aizawa-sensei. - Toshinori falou usando seu típico avental para professores de pré escola, vendo o homem de cabelos negros virar seu rosto em sua direção e olhar com desanimo total.

- Bom dia. - Simplesmente respondeu voltando a olhar os pequenos monstrinhos que chegavam, e então os dois viram ao longe chegar uma criaturinha de cabelos loiros arrepiados. O pestinha da sala ao lado de seus seguidores, um ruivinho chamado Kirishima Eijirou, um garotinho de cabelos negros e cara engraçada chamado Hanta Sero e uma menininha de pele rosa e sorriso encantador chamada Mina Ashido. O loirinho se chamava Bakugo Katsuki.

- PORRA! - O loirinho gritou e ao longe os dois viram a mãe da criança bater em sua cabeça, aparentando estar irritada.

- ONDE APRENDEU ESSAS PALAVRAS KATSUKI? PORRA! EU NEM XINGO! - A mulher gritou segurando no braço do garotinho e os dois professores esboçaram um sorriso a mulher de temperamento incomum, agora eles sabiam de quem o Katsuki tinha puxado tal comportamento.

- Bom dia Yagi-sensei, Shouta-sensei. - A mulher falou segurando em suas mãos um loirinho com uma expressão carrancuda.

- Bom dia Senhora Bakugo. - Os dois professores falaram cumprimentando a mulher que sorriu com os dois, mas sua expressão mudou totalmente ao ver que Katsuki apenas os olhava com uma expressão mal humorada, bateu na cabeça dele novamente, o que assustou ao Toshinori e Aizawa ficou olhando aquilo tudo apenas.

- CUMPRIMENTA DIREITO OS OUTROS KATSUKI!

- Bom dia… - O loirinho falou virando o rosto para o outro lado, mas aumentando mais ainda sua carranca ao ver um ruivinho correndo em sua direção animado a aquela hora da manhã.

- Katsukiiiiii! - Kirishima gritava chegando animado, vindo atrás uma mulher de cabelos negros e olhos tão vermelhos quanto o cabelo do garotinho.

- Bom dia Senhora Kirishima! - Os dois professores falaram novamente e a mulher sorriu ao vê-los e mais ainda quando viu Mitsuki, a mãe do Katsuki, logo começando a puxar assunto.

- Quem é você mesmo? Pimentão? - Katsuki perguntou vendo o ruivinho olhar com o coração partido.

- Eu sou o Kiri! A gente brincou ontem de dragão! Você montou em mim e ficou gritando: “MORRA!” pra todo mundo!

- Montei? Só me lembro de ontem gritar com o Deku.

- Você inclusive gritou “Morra” para o Izuku também.

- Você é horrível! Seu feioso! Para de gritar com o Deku-kun!

- O que você disse sua cara de trakinas? - Katsuki gritou em direção a portaria da escola, onde já estava uma garotinha de cabelos e olhos castanhos com um rosto redondo.

- Que você é tão feio que até a mulher mais feia do mundo ia te achar feio!

- VOCÊ QUER APANHAR SUA CARA DE BOLACHA?

- Já gritando a essa hora da manhã Bakugo-kun? Esse comportamento e esse seu vocabulário vulgar prejudica minha audição. - Perguntou se aproximando uma garota de cabelos negros longos e um belo rosto mesmo tendo apenas cinco anos, seu nome era Yaoyorozu Momo.

- O que é “audição”? “Vulabulario”? “Prejudica”? - Kirishima perguntou e Uraraka olhou confusa também.

- Deve ser algum daqueles biscoitos estranhos que servem na hora do lanchinho. - A menininha de cabelos castanhos respondeu vendo o ruivinho discordar.

- E se for uma daquelas coisas estranhas que o Mineta fala?

- Ih se não quiser me ouvir é só sair daqui olho puxado!

- Olho puxado? - Momo perguntou para Bakugo e os dois começaram a discutir ali na porta da escola enquanto as mães pareciam distraídas demais conversando sobre a receita do dia anterior visto no programa da Ana Maria Braga. O bolo de fubá parecia sensacional.

- Eijiro-kun, Katsuki-kun vamos entrando? A aulinha já vai começar. - Toshinori falou na maior delicadeza enquanto via as crianças discutindo entre si, duas discutiam o que devia significar a palavra “Audição” e a outra discussão era a respeito do vocabulário de Bakugo.

- PAREM DE AGIR COMO CRIANCINHAS! - Aizawa falou em um tom mais alto e os quatro olharam assustados em direção ao homem de aura tão negra, eles então saíram correndo todos juntos em direção a sala de aula.

- Aizawa-sensei você não pegou um pouco pesado? Você pedindo para eles não agirem como criancinhas mas eles são criancinhas…

- Eu vou entrando. Hoje vamos ter um aluno novo e você sabe… a Midoriya-san deve se atrasar com o filho dela, e eu sei como você adora receber ela, já que vocês tem idades próximas. - O loiro corou na hora ao ouvir as palavras do moreno.

- Tchau filho! Tenha um bom dia! - Mitsuki e a mãe de Kirishima gritaram juntas saindo andando voltando a falar sobre o programa.

Toshinori permanecia ainda corado enquanto estava na porta, as palavras do Aizawa pareciam suspeitas, mas a quem Toshinori podia enganar? Sempre gaguejava e ficava nervoso quando via a mãe de Midoriya Izuku chegar.

Seu nome era Midoriya Inko, era uma bela mulher de cabelos esverdeados e lisos, com uma bela pele de um tom pálido e um sorriso encantador, que sempre fazia seu coração palpitar ou falhar.

Sabia da condição atual da mulher, afinal fazia poucos meses que ela tinha se mudado para a cidade e todos os dias ela saia cedo para procurar emprego e fazer inúmeras entrevistas, e ainda cuidava do pequeno Izuku, um dos alunos do Toshinori, que mesmo sem perceber, tinha um apego maior.

Achava triste a situação do garotinho, em questão dele não ter um pai e sua mãe não ter tempo para ele atualmente. Por isso ele sempre ficava na escolinha até tarde, e até algumas vezes Toshinori o levava para a faculdade para o menino não ficar sozinho e sem querer, ajudava na criação do pequeno Izuku, o tratando muitas vezes como filho.

- Bom dia… - Uma bela mulher de cabelos grisalhos e olhos castanhos usando roupas de escritório chamou fazendo Toshinori despertar de seus pensamentos, ao lado dela estava um homem de cabelos ruivos arrepiados e usando um terno o encarava carregando consigo uma carranca.

- Ah bom dia! A senhora e o Senhor são os pais do novo aluno?

- Sim, trouxemos ele no primeiro dia… Vamos Shoto. - A mulher chamou com uma voz doce e calma enquanto escondido atrás de suas pernas aparecia um garotinho de cabelos bicolores, um lado grisalho como o cabelo de sua mãe e outro lado ruivo como o cabelo de seu pai, Toshinori se abaixou para ficar na altura do garotinho e sorriu.

- É um prazer conhecer você Shoto-kun, eu escutei que você gosta de sobá… e pedimos ao cozinheiro pro cardápio de hoje ser Sobá. - O olhar do garotinho mudou de assustado para feliz sorrindo sem jeito, e então o loiro se levantou.

- É recomendado que no primeiro dia os pais fiquem um pouco durante a aula para a criança se acostumar. Vocês dois vão ficar?

- Eu não vou poder… tenho que ir trabalhar. Enji você pode?

- Shoto já é um homem, sabe lidar com as coisas sozinho! Só vim terminar a documentação. - O ruivo respondeu vendo a mulher apenas ficar em silêncio e concordar, ela então se abaixou e beijou a cabeça da criança.

- Me desculpe querido, prometo que amanhã eu venho e fico com você, se comporte está bem?

- Sim mamãe. - O garotinho respondeu meio chateado, provavelmente ele era bem mais chegado a mãe do que o pai.

- Você pode ir preencher os últimos papéis do Shoto lá na secretaria Senhor Todoroki. - Toshinori falou apontando para a porta da secretaria e o homem não respondeu, apenas saiu andando em direção ao local, ficando apenas o Shoto e o Toshinori na porta da escola.

- Então… Shoto-kun, você se importaria se esperassemos juntos uma pessoa chegar? - O menininho negou com a cabeça olhando o loiro. - Não? Ótimo! E… ah! Veja! Eles estão chegando! - Toshinori falou apontando em direção a Midoriya Inko, a essa hora já usando roupas de escritorio e andando apressada ao lado do Izuku, segurando a mão dele. Toshinori sorriu bobo um pouco corado e Shoto ficou atentamente olhando para o loiro e a mulher que se aproximava.

- Bom dia Senhora Midoriya! - Toshinori falou vendo Shoto correr apressado para trás de suas pernas ao ver Izuku que olhou curioso o garotinho bicolor.

- Bom dia Toshinori-san… Desculpe o atraso novamente, quase que não acordo hoje, se não fosse meu despertador Izuku...

- Imagino, eu também tenho dificuldades de acordar! Izuku realmente é um menino bem responsável e amigável com todos! Mas enfim… acho melhor você se apressar se não pode perder a entrevista.

- Sim! Tchau Izuku, seja um bom menino para todos!

- Sim mamãe! - Izuku respondeu vendo a mulher sair apressada dali, Toshinori acenava de longe olhando corado a mulher que mesmo apressada e parecendo cansada, permanecia linda aos seus olhos azuis.

- Você é o aluno novo? - Izuku perguntou em um sorriso para o bicolor que olhou curioso o garotinho de cabelos verdes ondulados e com sardas nas bochechas. - Eu sou Midoriya Izuku! É um prazer te conhecer! - Izuku falou estendendo a mão para o bicolor e ele olhou para o sorriso do garotinho e em seguida para a mão dele.

- Vamos lá Shoto-kun, o Izuku é bem legal. - Toshinori falou vendo o bicolor por fim dar a mão para o garotinho e os dois foram caminhando e conversando em direção a sala deles. Toshinori sorriu os seguindo.

Mas o sorriso sumiu no momento em que entrou na sala, Aizawa que deveria estar controlando as crianças estava em seu saco de dormir dormindo enquanto algumas crianças, mais exatamente a trupezinha do Katsuki, pintava algumas coisas na cara dele.

Ao lado tinha um garotinho que tentava manter a ordem na sala gritando para todos se sentarem, ele usava óculos quadrados e cabelos em um tom de azul marinho e era seguido por um garotinho que tinha um rosto de pássaro negro.

No outro lado um menininho com o rabo ficava se pendurando na janela da sala como um macaco e segurava na mão de uma garotinha invisível que não parava de gritar animada e balançar seus pezinhos. Como Toshinori sabia que ela estava balançando os pés? Pelo tênis rosa e colorido que não parava de fazer barulhinho de brinquedo de cachorro.

Uraraka não parava de imitar uma menininha de cabelos verdes e que agia como um sapinho, pulando pela sala.

Momo ao lado de uma garotinha de cabelos médios e olhar tediante estavam sentadas em um canto olhando para a bagunça da sala, ao lado também de dois garotinhos de aparência peculiar.

E por incrível que pareça, tinha um garotinho na mini cozinha da sala e terminando de tirar do forno um bolo e colocando em uma das mesas da sala.

- O BOLO ESTÁ PRONTO! - Ele gritou aos quatro ventos e todos os alunos pararam o que estavam fazendo e correram em direção ao garotinho, inclusive Izuku puxando o Shoto que olhou curioso.

Qual era o problema daquelas crianças?

- Hey crianças vamos começar a aula!

- Mas nós queremos bolo! - Denki, um loirinho de cabelo arrepiado resmungou.

- Depois vocês comem bolo! Vamos, a aula já vai começar! - Toshinori falou pegando um sininho e começando a mexer nele, os alunos começaram a se sentar em suas respectivas mesinhas de quatro cadeiras. Izuku puxou Shoto para eles se sentarem na mesa juntos, uma mesa compartilhada por ele, Uraraka e Iida.

- Oh! Esse é o aluno novo Deku-kun? - Uraraka perguntou animada.

- É sim! O nome dele é Torodoki…

- Todoroki. - o bicolor falou baixo, e Izuku logo percebeu seu erro.

- Sim! Todoroki Shoto! - Izuku falou e logo todos se sentaram na mesa, Izuku sempre mantinha o cuidado de ensinar tudo ao Shoto e conversar com ele sobre as coisas que ele gostava. Bakugo olhava aquilo tudo irritado, sentado em uma mesa bem afastada das deles, com sua trupe.

- Bem crianças, como vocês todos puderam ver, temos um aluno novo entre nós! O nome dele é Todoroki Shoto! Dêem boas vindas a ele!

- Bem vindo Shoto! - Todos gritaram ao mesmo tempo deixando Toshinori feliz, logo continuou falando.

- Crianças, como vocês sabem estaremos tendo uma visita dos pais a escola amanhã para ver vocês! Então, que tal se começarmos a fazer lembrancinhas para ele e depois ensaiarmos a música?

- SIM TOSHINORI-SENSEI! - Todos gritaram juntos mais alto ainda o que fez acordar o Aizawa em seu saco de dormir, e quando todos viram a cara dele toda pintada, os alunos começaram a rir, inclusive Shoto que parecia estar se entrosando já a turma, até que ele viu um garotinho de cabelos roxos o cutucar e falar.

- Você sabia que as meninas tem pipi e os meninos tem popo?

- MINETA! - As crianças gritaram irritadas, especialmente Bakugo que começou a jogar suas coisas nele, e Toshinori tentava fazer a classe voltar a ter paz.

Mais tarde naquele dia, os alunos continuavam a fazer suas lembranças, como Toshinori precisava resolver algumas coisas da faculdade ele precisou sair cedo, e as crianças estavam aos cuidados de Aizawa que estava novamente cochilando em seu saco de dormir.

As crianças estavam sentadas no chão em um enorme circulo, dessa vez faziam desenhos em uma enorme cartolina, para ficar colado no mural da sala. Contudo, Izuku parecia chateado e Shoto, assim como Ochako e Tenya logo perceberam.

- Deku-kun o que houve? - Ochako começou a perguntar, enquanto desenhava seu cachorro de pelos dourados.

- É que… eu não sei se a mamãe vem amanhã.

- Sua mamãe parece bem ocupada mesmo. - Iida falou enquanto desenhava um enorme foguete.

- Minha mamãe também é assim Izuku, não sei se ela vem amanhã, mas minha neechan vem. - Shoto falou parando de desenhar o olhando.

- Sua mamãe também está procurando trabalho?

- Não, mas onde ela trabalha ela tem que ficar o dia todo, é bem puxado. E meu papai também, quase não o vejo e quando vejo ele sempre tá falando mal com minha mamãe.

- Poxa… Não sabia que papais eram ruins também, mas é melhor que ter nada né?

- O meu papai é o mesmo que nada. - Shoto falou voltando a desenhar, dessa vez começando a desenhar sua irmã mais velha, Fuyumi.

- Mas deve ser um sonho ter um papai bonzinho…

- O que houve gero? - Tsuyu, a menininha que estava imitando um sapo mais cedo, perguntou.

- Deku-kun quer um papai.

- Eu também tenho um papai, posso te emprestar. - Tokoyami, o menininho com cara de filhote de passarinho falou.

- Obrigada Tokoyami-kun, mas eu queria um papai pra chamar de meu papai. - Izuku falou suspirando baixo.

- Izuku-chan o que foi? - Tooru perguntou ao lado de Ojiro que também parecia curioso. Logo, todos os alunos ficaram curiosos com a tristeza de Izuku. Bakugo pareceu irritado, logo jogando um giz de cera na cabeça do Izuku.

- POR QUE TA PREOCUPANDO TODO MUNDO DEKU?

- Para de maltratar o Deku-kun! - Uraraka respondeu jogando o giz no Bakugo, e Shoto não entendo a situação mas revoltado pela gritaria do loirinho, jogou também o giz nele. - Você tá ouvindo! O Deku-kun quer um papai!

- Há! O meu papai é o melhor de todos, ele sempre traz doces pra mim escondido da mamãe! Deku nunca terá um papai igual ao meu!

- Ninguém quer saber! - Uraraka respondeu vendo o loirinho se estressar mais.

- ORA SUA CARA DE BOLACHA...

- Mas o Toshinori-sensei não é o papai do Izuku? - Shoto perguntou e todo mundo olhou para ele, até que fazia sentido.

- Não! Ele é apenas sensei Shoto-kun! - Iida falou mas Jirou entrou na conversa.

- Mas ele sempre tá com o Izuku, e faz coisas que meu papai também faz.

- Siiim! Ele sempre leva o Izuku no parquinho! Meu papai me leva no parquinho nos fins de semana! - Mina falou e todos concordaram.

- E ele nunca deixa o Izuku sozinho, meu papai nunca me deixa sozinho! - Hanta falou e todos concordaram.

- E o meu papai sempre chora comigo! - Denki falou e todos olharam confusos. - Ué? O papai de vocês não faz isso?

- E ele sempre está olhando a mamãe do Izuku! - Kirishima falou e todos concordaram.

- Entao o sensei é meu papai? - Izuku perguntou e todos concordaram, mas continuou. - mas ele não é nada da minha mamãe.

- Isso nós podemos resolver. Se o sensei ficar com sua mamãe, você terá um papai! - Momo falou e todos concordaram.

- Sim! Um papai gero! - Tsuyu falou ao lado de Tokoyami que concordou também, logo Momo com os braços cruzados se levantou.

- Escutem meu plano e amanhã o Izuku-kun terá oficialmente um papai!

- O que é “oficialmente”? - Kirishima perguntou e todos ficaram confusos, nem Momo sabia o que falava, todavia todos (inclusive Katsuki) se juntaram em uma rodinha fechada começando a falar do tal plano da Momo, mas todos eles se soltaram no momento que Toshinori abriu a porta carregando um saquinho cheio de balas.

- Quem quer doces? - O loiro perguntou com um belo sorriso e todos ficaram animados correndo em direção ao homem, exceto Shoto que ficou um pouco fechado no inicio, mas logo Izuku apareceu segurando em sua mão e o puxando para pegar doces também, contudo todos tinham somente em mente o plano da Momo.

E no fim do dia, Shoto andava sorrateiramente pela sua casa, o seu objetivo principal era ajudar a seu mais novo amigo Izuku a ter um papai, e para o plano de Momo funcionar, ele e Tenya precisavam pegar coisas escondidas dos quartos de seus irmãos mais velhos.

Mesmo se irritando com aquilo, Shoto sabia que sua irmã mais velha tinha um namorado, e por isso muitas vezes ela ficava mandando várias e várias cartas de amor. Cartas clichês e nojentas cheias de corações e sentimentos que para Shoto eram confusos demais.

E quando ele vinha em casa era pior, ela ficava grudada nele o tempo todo e ficavam se beijando! Para Shoto parecia que ela estava tentando comer ele vivo! Aquilo era o cúmulo do nojento para Shoto!

Mas para ajudar seu novo amigo, era necessário o risco e sacrifício, e era por isso mesmo que Shoto estava entrando no quarto de sua irmã escondido e caminhou até debaixo da cama dela, pegando uma caixa e saindo de lá às pressas, para ninguém ver o que estava fazendo.

- Shoto o que está fazendo? - O menininho parou na hora quando escutou sua avó usando um kimono marrom e simples, e sorria segurando um bengala.

- N-Nada vovó…

- Tem certeza meu filho? Essa caixa é da Fuyumi não é?

- Não vovó! Não fala para ela que eu peguei a caixa de cartinhas dela!

- Prometo que não falo nada para ela se me ajudar a regar as plantas! - A Idosa falou com um sorriso e o menininho concordou saindo correndo apressado para esconder a caixa em sua mochila.

- Tenya? O que você está fazendo no meu quarto? - Um rapaz de cabelos azul marinho sem óculos e com um sorriso perguntou enquanto estava encostado na porta e observava ao seu irmãozinho de 5 anos revirando o quarto do garoto. Iida Tensei, esse era seu nome. - Tenya…?

- N-Nii-san? A-aqui não é o banheiro né?

- Não, Tenya aqui não é o banheiro. - Tensei respondeu vendo o garotinho olhar chateado começando a sair do quarto cabisbaixo, bufou baixo rindo e começando a mexer nos cabelos do garotinho. - O que você quer hein irmãozinho?

- Nii-san você me ajudaria em uma coisa? É um plano para ajudar meu amigo da escola!

- Oh… parece interessante, mas o que você queria no meu quarto que pode ajudá-lo?

- As cartas que você manda para sua namorada…

No fim daquele dia também, Izuku estava sentado ao lado de Toshinori, ambos esperavam calmamente a Senhora Midoriya chegar olhando ao céu daquela noite. Estava bem estrelado, e com nenhuma nuvem.

Toshinori sabia muito bem que estava perdendo uma aula importante da faculdade, mas sabia que dessa vez não poderia levar Izuku com ele, pois a Senhora Midoriya não tinha mandado mensagem nenhuma até agora dizendo que horas buscaria seu filho. Estava preocupado com a aula, mas estava mais preocupado ainda com a mulher.

Era estranho ela não ter mandado mensagem nenhuma.

Algo teria acontecido?

- A Senhora Midoriya está demorando dessa vez…

- Desculpa… - Izuku falou baixinho enquanto encostava sua cabeça na mochila amarela que estava em seu colo, o garotinho também tinha uma missão a cumprir aquela noite, e era diretamente com Toshinori.

- Do que está falando meu garoto?

- É que… Você sempre fica até mais tarde esperando pela minha mamãe… E você tem suas aulas, assim como hoje! Eu...Eu tenho que aprender a ir para casa sozinho logo!

- Não diga uma coisa dessas meu garoto, é perigoso crianças andarem sozinhas na rua e…

- Mas você nem é meu papai… - O garotinho se levantou e ficou de frente para o loiro que olhou um pouco surpreso em sua direção, os olhos verdes dele semelhantes ao de sua mãe carregavam consigo um sentimento de expectativa, e Toshinori sabia muito bem daquele sentimento, ele sentia o tempo todo quando esperava a Senhora Midoriya chegar com seu filho, então ele continuou. - Na verdade, você não tem nada comigo e com minha mamãe… Nada mesmo. E nenhum de nós dois pediu sua ajuda, mas quando menos percebemos você já estava lá, por que sensei? Me diz por que? - Toshinori ficou quieto por um momento, abaixando seu olhar e pensando em uma resposta simples para a pergunta tão complexa de uma criança de cinco anos, as palavras não vinham e o silêncio entre eles reinava novamente, logo o rapaz de olhos azuis levantou seu olhar e respondeu.

- Izuku… Nem eu entendo as vezes o porque, é confuso esse misto de sentimentos em meu peito quando eu olho para você. Ao mesmo tempo que sinto necessidade de proteger, sinto orgulho quando vejo você sendo um menino tão forte para o seu pequeno tamanho, sinto alegria quando vejo você conseguir encarar aos seus pequenos medos como o trepa trepa ou falar com uma pessoa, e até tristeza quando vejo que… você não tem um pai, e como a sua mãe ultimamente não tem tempo para você, e até apego… Talvez você não entenda essas palavras que estou dizendo, mas tenho certeza que no futuro quando você estiver grande você vai entender tudo.

- Então… Você é meu papai de algum modo? - O garotinho perguntou com expectativa nos olhos e Toshinori sorriu.

- Eu… Talvez sim… ou...

Ao longe, os dois viram a mulher de cabelos verdes chegar apressada segurando sua bolsa e a largou no chão, deixando os saltos também e sorrindo ao abraçar o garotinho que o olhou sorrindo.

- Eu consegui Izuku! Eu consegui! - A mulher falava animada enquanto pegava o garotinho no colo e Toshinori se levantou vendo a cena com um sorriso, então Inko tinha conseguido finalmente um emprego, ao mesmo tempo que o loiro ficou feliz, sentiu uma breve tristeza invadir seu peito, sentia que ali talvez ele não pudesse ter mais contato com a mulher e nem com Izuku.

Mas seus pensamentos foram interrompidos por um abraço, a mulher havia corrido em direção ao loiro e ele entrelaçou seusbraços ao redor da mulher, sentiu o calor e o perfume doce dela invadindo a sua mente, o mundo pareceu parar naquele momento enquanto ele escutava somente aos seus próprios batimentos cardíacos e sentia um calor invadir ao seu peito, ao mesmo tempo que a sensação parecia sufocante, era confortante e maravilhosa, se sentia nas nuvens.

Não queria nunca mais sair dos braços da mulher.

- Yagi-san muito obrigada! Eu não sei o que teria sido de mim sem você para me ajudar com o Izuku! Eu… Eu …- A mulher sentiu seus olhos se encherem de lágrimas enquanto ela só apertava mais o abraço ao loiro que retribuiu e apenas gargalhou baixo como resposta.

- Está tudo bem… Está tudo bem Midoriya-san. - Yagi falou se abaixando com a mulher em seus braços, logo estendendo a mão para Izuku se aproximar também, o garotinho sorriu ao ver aquela bela cena diante de seus olhos, e se aproximou se juntando ao abraço compartilhado pelos três.

Sim, Izuku agora tinha toda a certeza de que Yagi tinha nascido para ser o seu papai, além de ser o homem perfeito para sua mamãe. E Izuku começou a chorar ali de tanta felicidade, aquela cena era a resposta perfeita para a Missão “Papai” ocorrer no dia seguinte.

27 Mayıs 2020 16:56 0 Rapor Yerleştirmek Hikayeyi takip edin
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