omegakim Amelia Kim

Jongdae iria se casar, era tudo o que Baekhyun se dizia naquele fim de Abril e estaria tudo bem, se não fosse completamente apaixonado pelo noivo do irmão. [subaek] [abo]


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Um: A ideia de Jongdae

Baekhyun observou o jornal sobre a mesa, os olhos curiosos enquanto lia aquilo, sem conseguir disfarçar a forma confusa com que seu rosto se contorceu depois que terminou de ler. Ainda não era capaz de entender ao que o irmão se referia quando dizia que havia encontrado uma solução para salvar o negócio da família. Virou o rosto em busca do irmão mais velho e tudo que encontrou foram as sobrancelhas arqueadas destes, como que dizendo “não é incrível?”. Mas Baekhyun não via o que poderia ser incrível naquilo.

— Você vai se casar? — quase exclamou, segurou a voz no último segundo, o que acabou transformando aquela pergunta em um arquejo incrédulo.

— Parece loucura, eu sei, mas olhe só. — e então Jongdae estava do seu lado, puxou o jornal da sua mão e apontou o anúncio retangular ali, a qual tinha circulado em vermelho. — A família Kim está oferecendo uma quantia altíssima para quem desposar seu único filho. — grifou com a unha do dedo indicador, o valor que aparecia ali.

O irmão mais novo engoliu em seco, desviou os olhos para os números mais uma vez. Fazia bastante tempo desde a última vez que vira uma quantia tão alta como aquela, tão acompanhada de zeros gordos e terrivelmente redondos. Não queria se sentir animado com aquilo, ainda mais quando pensava na forma como aquele dinheiro iria se deslocar até a conta bancária do irmão mais velho, contudo, ainda assim se sentiu. Vibrou na boca do seu estômago de um jeito sutil o suficiente para que Baekhyun soubesse que estava ali.

— Não pode fazer isso. — mas mesmo aquela vibração não era páreo para o seu sentido moral, que estava disparando loucamente contra aquela ideia insana do irmão. — Não conhece esses Kim’s e muito menos o seu filho. — ditou levantando o rosto para fitar o irmão de um jeito sério.

Jongdae estalou a língua no seu da boca antes de se afastar com o jornal ainda em mãos, os olhos não saiam do anúncio. Estava encantado demais com dinheiro, que não percebia a armadilha. No entanto, Baekhyun sempre fora o mais racional entre os dois e por isso, bem sabia que um casamento como aquele não teria um andamento feliz, ainda mais quando uma das partes estava apenas interessada no dinheiro.

— Podemos resolver isso de um jeito mais rápido do que possa imaginar. —Jongdae argumentou, embolou o jornal e segurou-o em uma das mãos. — Mas não podemos deixar essa oportunidade passar, Baekhyun. — sacudiu o jornal na direção do mais novo. — Isso aqui não vai acontecer duas vezes. — Baekhyun balançou a cabeça, contrário aquela decisão. — É apenas um casamento. — tentou mais um pouco e acabou recebendo um olhar indignado, aproximou-se do irmão. — Eu posso me divorciar a qualquer momento, se não der certo. — tranquilizou.

— Não estou preocupado com você. — Baekhyun confessou e Jongdae acabou rindo enquanto jogava o jornal sobre a mesa e o via se abrir contra a superfície. — Esse garoto merece mais do que um casamento por interesse.

— Está agindo como se eu fosse aplicar o golpe do baú. — Jongdae comprimiu os lábios e Baekhyun se pôs de pé, cruzou os braços e lançou um olhar sério para o outro. — Tudo bem. — ergueu as mãos, se dando por vencido. — Chame do que quiser, mas ainda continuamos precisando do dinheiro.

Baekhyun comprimiu os lábios. Odiava aquilo tanto quanto Jongdae, mas ao contrário do irmão não estava se apegando a qualquer oportunidade de lucrar. Havia tentado empréstimos no banco, mas o nome da sua família estava sujo o suficiente para que qualquer banco quisesse se associar à eles, mesmo que conhecessem a índole dos betas Byun’s, uma das famílias mais antigas da cidade.

— Deve haver outro jeito. — Baekhyun resmungou e Jongdae suspirou, cansado da oposição do irmão àquilo. — Quantos anos ele tem? — perguntou subitamente, virando o rosto na direção do mais velho com uma rapidez que o pegou de surpresa.

— Não há nenhuma descrição no anúncio. — Jongdae respondeu e sentou-se no lugar que irmão ocupara antes. — Mas pela quantia que estão o oferecendo, deve ser um velhote, algum ômega encalhado que passou da idade de casar.

O Byun mais novo o fitou, mordeu a parte interna da bochecha e cruzou os braços enquanto deixava os olhos vagarem para o jornal aberto sobre a mesa. Ele poderia pensar em outras alternativas, até mesmo podia conta-las nos dedos, mas sabia — melhor do que ninguém — que nenhuma delas daria certo. Sua família não era mais tão respeitada desde que o pai afundara a empresa e a dignidade deles em dívidas, escândalos e outras tantas vergonhas que Baekhyun não gostava de lembrar. Contudo, o pai morrera há dois anos e meio, de um infarto. E sobrara para ele e Jongdae limpar o nome da família e reerguer a empresa.

A empresa estava a um ponto da falência total, quando não tinham mais investidores e as ações despencaram mais rápido do que eles pudessem impedir. Não haviam mais contratos a serem fechados e os salários dos empregados estavam atrasados. Haviam tentado reverter isso abaixando o preço das peças de reposição que vendiam, mas não houve tanto sucesso apesar de um pouco dinheiro ter entrado no caixa, o suficiente para que eles não morressem de fome assim como os empregados. Muitos destes até mesmo pediram demissão e para manter os que ficaram, os irmãos Byun’s haviam vendido propriedades e outros patrimônios, sobrando para si e sua família apenas uma casa bem localizada no centro da cidade. Sem empregados, sem roupas caras, sem os luxos que sempre tiveram.

Mas continuavam insistindo naquela empresa, mesmo que fosse melhor vende-la e tentar outra coisa no futuro. Baekhyun pensava nisso constantemente, mas Jongdae não. O irmão mais velho havia crescido à margem daquela empresa, acompanhara o pai em suas empreitadas quando criança, convivera com muitos empregados. O beta mais novo sabia que aquele lugar era parte de um belo legado da sua família, mas sabia também que eles só estavam velando um corpo já morto, era só uma pena que Jongdae não visse o mesmo que si e continuasse insistindo naquilo de reerguer a empresa, de tentar mais um pouco, de não desistir.

— Mamãe sabe disso? — perguntou e Jongdae negou com a cabeça. — Por que tem que se casar? Poderia apenas tentar um empréstimo com esses Kim’s. — jogou a última cartada.

— Você não pode se casar no meu lugar, Baekhyun. — falou calmamente e Baekhyun concordou, era um beta comprometido, no fim das contas. — E além do mais, eu teria que me casar em algum momento. — suspirou. — Mamãe está torrando minha paciência com isso, então por que não unir o útil com o agradável?

Baekhyun descruzou os braços e suspirou. Aquele beta Byun era mais teimoso que si.

— Tudo bem. — concordou de uma vez. — Mas me deixe ir com você conhecer esses Kim’s.

Jongdae sorriu, ficou de pé e foi até si. Abraçou-o apertado, num agradecimento silencioso por aquilo. Baekhyun o abraçou de volta, porque eles ainda eram sócios naquele negócio e tinham dívidas para pagar, além de não ser realmente capaz de negar alguma coisa ao irmão mais velho quando ambos compartilhavam o desejo de reerguer o legado Byun.

Contudo, a mãe de ambos não aprovou a ideia, apesar de entender os pormenores por trás. Sabia muito bem que estavam passando por maus bocados e que se não fosse ela ter vendido a maioria das suas joias, estariam passando necessidades, mas também sabia que aquilo era desespero em demasia. Sua família já havia sido uma das mais importantes na sociedade, seus filhos deveriam casar-se com pessoas igualmente importantes e não com alguém sem berço como aqueles Kim’s, que ninguém sabia o que faziam da vida.

— E quem se importa com o que eles fazem? — Jongdae rebateu. — Já contou o tanto de zeros que há nesse dote? — apontou para o jornal sobre a cama da mãe, enquanto, sentado à cadeira do seu quarto, detinha uma expressão irritada. — Eu seria burro em recusar.

A mulher contorceu a boca e olhou para o lado, sentada em sua cama, lançou um olhar para o filho mais novo, que estava em pé perto da janela.

— Não olhe pra mim, omma. — cortou qualquer que fosse o argumento que ela pudesse usar. — Jongdae já está com a cabeça feita.

— Omma, se não der certo, eu posso me divorciar. — o mais velho dos filhos disse e a mulher se viu relaxando a expressão.

— Tudo bem. — ela concordou, por fim, fazendo Baekhyun soltar o ar que não sabia que estava segurando. — Vamos fazer isso. — levou a mão até os cabelos escuros e colocou uma mexa do cabelo atrás da orelha. — Como ele se chama? — fitou ambos os filhos.

— Bom... — Jongdae olhou para Baekhyun.

— Não sabemos. — o mais novo completou. — Não há nenhuma informação sobre ele no anúncio.

A mulher voltou a entortar os lábios em desagrado.

— E quando vão conhecê-lo? — fez outra pergunta.

— No fim de semana. — Jongdae se apressou em dizer. — Marquei um horário com o seu pai para o sábado, então precisamos sair daqui na sexta.

— O que? Esses Kim’s não são da cidade?

— Eles são fazendeiros, omma. — Baekhyun contou de uma vez. — O senhor Kim é dono de um grande lote de terra, onde cultiva trigo e outras coisas.

A mulher piscou, ficou em silêncio. Aquilo era pior do que imaginava. Seu filho iria se casar com um caipira de uma cidadezinha do interior qualquer. Soltou um suspiro, terrivelmente frustrada com o destino do mais velho. Contudo, nem tudo estava perdido quando Baekhyun estava bem encaminhado em seu noivado com Do Kyungsoo. Um belo alfa de classe, sangue puro e que ainda tinha um bom nome para ajudar na reputação dos Byun’s.

Ambos os irmãos olharam para a mãe, esperando o momento em que ela fosse arrancar os cabelos, pois a conheciam o suficiente para saber que ela não estava preparada para ver um dos filhos casando-se por dinheiro e ainda mais com um caipira. No entanto, a mulher apenas ficou em silêncio, totalmente resignada com a situação, ato que fez Baekhyun suspirar.

— Vou preparar um chá. — disse e saiu dali o mais rápido que pode.

Iria dar algum tempo a sós para os dois, quem sabe Jongdae conseguia deixa-la animada com alguma coisa.


***


Kyungsoo segurou as rédeas do cavalo quando percebeu Baekhyun na arquibancada, fez o cavalo dar meia-volta e foi em direção ao seu noivo. De onde estava, o beta ergueu a mão, acenando e sorrindo, fazendo Kyungsoo sorrir de volta. Eles se conheciam desde crianças, suas famílias eram amigas desde muito tempo e pareceu natural quando anunciaram o noivado de ambos. E agora, com 22 anos, exatos 5 anos desde o anúncio de casamento, eles ainda não pensavam em quando poderiam dar o próximo passo de uma vez. A família de Kyungsoo o pressionava, mas o alfa não queria fazer o mesmo com o beta sabendo sobre a situação difícil da sua família.

— O que faz aqui? — o Do perguntou parando em frente a cerca que separava o campo de hipismo da arquibancada.

Baekhyun apoiou os cotovelos ali e fez um muxoxo, o cabelo castanho caiu sobre os olhos escondendo um pouco da sua chateação.

— Jongdae vai se casar com um desconhecido por dinheiro. — contou ao noivo sem rodeios.

O alfa arregalou os olhos ao mesmo tempo que apertava as rédeas nas mãos em tamanha surpresa. Aquilo era uma novidade e tanto, mas não deveria se sentir tão surpreso, afinal sabia o quanto Byun Jongdae estava correndo contra o tempo e fazendo de tudo para salvar a empresa fundada pelo pai.

— Isso é... — passou a ponta da língua sobre os lábios, não sabia o que deveria dizer.

— Tem algum tempo? — Baekhyun levantou o rosto na sua direção. — Achei que podíamos tomar um café.

Kyungsoo assentiu antes de pedir alguns minutos ao noivo enquanto tomava um banho. Baekhyun concordou em esperar na arquibancada. E o alfa o observou, embaixo do sol de fim de tarde, o beta parecia brilhar em dourado. Suspirou e se afastou, o peito dormente mesmo depois de 5 anos. Deixou o cavalo no estábulo, depois de uma longa conversa com o animal sobre como ainda não amava Baekhyun daquela maneira e o cavalo parecia entender melhor do que ninguém. Ele só queria que seus pais fossem compreensivos assim também.

7 февраля 2020 г. 0:56 0 Отчет Добавить Подписаться
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