Короткий рассказ
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Curitiba, 26 de janeiro de 2020.

A caneta se posiciona trêmula sobre a folha de papel, onde bem na última linha escrita falta apenas o derradeiro ponto, aquele que quando for colocado, não deixará dúvidas de que chegou o fim.

Não importa se tudo que vivemos ocupou uma série de livros ou dois parágrafos somente, estabeleceu-se uma conexão.

Uma amiga me disse ontem que tenho dificuldades em fechar ciclos, isso se deve ao fato de eu ser péssima com despedidas, pois é sempre muito difícil perder as pessoas, seja para a morte ou para o encerramento de uma fase da trajetória.

É um soco no estômago ser esquecida e amargar promessas que jamais se cumprem, aquele passeio que nunca acontece, aquela mentira cínica de "eu gosto de você, mas a correria não me deixa fazer nada" e eu deixando muitas pessoas que nem fazem questão de mim só porque estou farta de ser solitária.

Não importa que eu troque ideias com algumas pessoas, eu sempre sinto que não posso ir fundo, ser eu mesma, que essa distância que aproxima através das mensagens não se compara ao contato físico, ao poder calmante de um abraço, de um olhar fundo nos olhos.

Em muitas histórias perdidas por aí, a caneta hesita em colocar um sucinto ponto final, mas presumo que é melhor uma definição clara para um fim de ciclo do que segurar um barbante puído por entre as mãos enquanto a tinta da caneta se seca nesse compasso de indefinição.

Talvez eu precise deixar algumas pessoas para trás para poder abrir espaço para quem queira de verdade fazer parte da minha vida. Tal como é bom arrumar o guarda-roupa e me desfazer de peças que não vou usar ou não me servem mais, o mesmo vale para alguns indivíduos.

Caneta, seja destemida e pontue esses parágrafos, lave a sua alma, liberte-se desses grilhões. Tem um caderno novinho, em branco, ansioso com a ideia de viver finalmente um ano novo, uma vida nova.

26 января 2020 г. 16:21 0 Отчет Добавить Подписаться
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Об авторе

Mary uma joaninha itinerante que atende por Maria, Mary, Marisol, que ama previsão do tempo e também contar histórias. na maior parte do tempo, invisível.

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