kaerashikuza Kaera Shikuza

Tentando aproveitar ao máximo suas últimas férias de verão antes de, finalmente, se formar na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, Dakota Crouch percebe que após duas semanas de farra, todas as ideias malucas que teve com sua prima e melhor amiga já foram postas em prática. Para não se render ao tédio e libertar seu espírito aventureiro, ela aceita o desafio proposto: se transportar através de uma chave de portal caseira, que poderia levá-la para qualquer lugar no planeta. A última coisa que Crouch esperava era parar em outra dimensão, mais especificamente na Aldeia da Folha. Enquanto espera o objeto mágico que a trouxe até ali reaparecer para levá-la de volta a seu mundo, ela decide conhecer melhor o lugar e os moradores, aprender a cultura local e ― por que não? ― se envolver com um rapaz de olhos perolados. Trazendo à tona problemas sombrios reprimidos do passado que fogem de seu controle, depara-se com um impasse: voltar para casa ou permanecer em Konoha?


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Experiência Visionária

Tédio.

Era isso que Dakota Crouch e Addolorata Fontinelli sentiam, deitadas debaixo do velho carvalho no quintal da mansão da família italiana. As férias de verão seguiam em ritmo lento e, depois de colocarem o sono em dia, aprontarem qualquer coisa que passasse pela mente perversa de ambas e jogarem quadribol até enjoar, as primas já haviam esgotado sua fonte maligna de ideias. Setembro ainda demoraria muito pra chegar e, mesmo à contragosto, Dake admitiu que ficar sem fazer nada realmente podia ser entediante. Por motivos desconhecidos, a viagem de verão para a Suíça foi cancelada por Helena sem maiores explicações. E mesmo sendo ligada nos 220, Addie sabia o seu lugar quando se tratava de arranjar confusão com sua própria mãe. O tédio com certeza era preferível mil vezes, isso era fato!

― Olha, eu não sei você, mas estou cansada de não ter nada pra fazer! ― A morena disse em seu costumeiro tom irritado, encarando a outra garota que não moveu um músculo sequer. ― Dakota, fala comigo, mas que merda! ― Sacudiu a loira com vontade, recebendo uma careta em resposta. ― Me tira do tédio! Não é possível nossas ideias terem se esgotado depois de 2 semanas.

Crouch se sentou com lentidão, retirando as folhas presas no cabelo longo.

― Aparentemente, é bem possível ― resmungou. ― Ou você tem alguma outra ideia e ainda não me contou?

― Não tenho. ― A morena fez um muxoxo, sentando-se e amarrando os cabelos medianos num rabo de cavalo. ― Nadar no riacho?

― Nah, eu não quero me molhar. Na verdade, eu adoraria sair um pouco. Mas já que não posso… ― Abriu o livro jogado a seu lado na página marcada previamente e o ergueu na altura dos olhos, evitando pensar na frustração de estar confinada ali. Addie revirou os olhos, sabendo que Dakota se ocultaria atrás daquele livro e não teria mais ninguém pra conversar por horas.

― Então você quer sair daqui? ― Uma voz masculina surgiu do outro lado do quintal, revelando um rapaz alto de cabelos médios e pretos vindo na direção das duas. Era Lourenzo, irmão mais velho de Addie.

A garota não desviou o olhar de sua leitura para encarar o primo, que transparecia malícia no sorriso.

― Quero. Mas você com certeza não tem habilidade ou criatividade o suficiente pra isso.

― Ai ― Levou a mão ao peito. ― Você sabe como magoar alguém, gênio. Que grosseria.

A irmã mais nova se levantou rapidamente, reconhecendo aquele olhar. Ele tinha alguma ideia, tinha certeza! E qualquer coisa mesmo estava valendo agora, seja lá o que for.

― Desembucha, Lourenzo! Qual é a ideia? ― O agarrou pelos ombros de forma brusca, aumentando o sorriso em seu rosto.

― Eu vou falar. Mas quem topar vai precisar de coragem pra encarar ― Olhou a loira que permanecia sentada, vendo o livro ser deixado em seu colo. ― É uma ideia maluca, mas acredito que a experiência possa compensar todos os riscos. Quem aceitar a proposta vai precisar de muita coragem. O que acha, Dake?

― E desde quando eu sou uma maldita grifinória pra ter coragem? ― Arqueou as sobrancelhas e o encarou com escárnio no olhar. Ele era inteligente, mas era um Fontinelli, no final das contas. Com certeza a proposta não era um passeio calmo em Londres.

― É sua única chance, loirinha. Minha mãe segue irredutível ― Colocou as mãos nos bolsos da bermuda jeans, se virando para ir embora. Era agora: a cartada final que a faria topar. ― Mas entendo o seu medo. Não é pra qualquer um. Aproveitem o longo verão.

Nem dois passos depois, Crouch e Addie estavam em seu encalço, obrigando-o a falar o plano. Os três procuraram o lugar mais afastado possível da residência para discutir os detalhes. Sentados perto da pequena cascata que dava início ao riacho, o rapaz começou a explicar o projeto que trabalhou nas duas últimas semanas.

― Acho que ambas já sabem como funciona uma chave de portal, certo? ― As garotas acenaram positivamente com a cabeça, estimulando-o a continuar. ― Sabemos que é um objeto comum que é encantado para transportar um bruxo para um lugar previamente estabelecido, com horário programado de volta dependendo da distância entre o ponto de partida e ponto de chegada. Tudo bem até aí?

― Eu… acho que sim. ― Addie coçou a cabeça. ― Até aí não entendi a questão da coragem, se você pode aparatar e nos levar junto.

― Vou chegar lá, cozza.*― Revirou os olhos, tentando não perder a paciência com a irmã. ― A questão é: eu consegui criar uma chave de portal totalmente diferente das demais. Mas a forma de teste dela… Bem, podem chamar de aventura, se quiserem. Pode ser perigoso, mas pode provar muita coisa que venho teorizando há muito tempo.

― Resumindo, você quer uma cobaia para uma invenção que não tem controle ― Dakota deu uma risada nasal, sem acreditar no que estava ouvindo. ― E você quer me arriscar pra comprovar uma teoria? Só pode ser brincadeira, Lourenzo!

― Me deixa explicar primeiro, não tome conclusões precipitadas, ok? Realmente não tenho controle sobre a chave de portal, não posso negar. Então, obviamente significa que ela pode ir parar em qualquer lugar. Literalmente.

Addolorata respirou fundo, tentando absorver toda aquela informação e entender onde o irmão queria chegar. Parecia divertido, apesar de assustador.

― Então, basicamente, quem for transportado pela chave pode tanto parar no meio da floresta Amazônica quanto numa parte não habitada da Rússia e morrer congelado. Porque foi isso que eu entendi.

― Ou quem sabe… ― Suspirou. ― Deixa pra lá. De qualquer forma, duvido um pouco que possa acontecer. Mas é exatamente isso. ― Piscou para as garotas sentadas à sua frente ― Ela pode te levar pra qualquer lugar. Então quem for, é bom ir preparado. Aí está sua viagem, senhorita Crouch.

O moreno sorriu como se o pedido fosse simples demais. Ele sabia que sua irmã não iria, não tinha certeza do seu preparo psicológico para uma coisa desse nível. Em contrapartida, Dakota já vira demais para seus 16 anos. Sabia ser fria e calculista quando precisava, e não era à toa que a chamava de gênio. Se não negligenciasse tanto os estudos, a garota Granger ficaria para trás com facilidade. E se ele estivesse certo? Se Dakota comprovasse sua teoria…

― O que exatamente você quer dizer com preparação? ― questionou Crouch, não gostando nem um pouco da pitada de animação que surgiu em seu íntimo.

― Uma coisa básica. Pense bem, uma varinha e uma bolsa com um feitiço indetectável de extensão, contendo tudo que for necessário para qualquer ocasião que pudermos prever.

― E se eu me perder?

Seu coração deu um salto.

― Então você topa? ― perguntou com alegria, mostrando um enorme sorriso.

O que ela tinha a perder, afinal?

― Digamos que sim. Responda a pergunta.

Sem conseguir controlar o entusiasmo, Lourenzo respondeu.

― Imagino que mesmo sem ter feito os exames, você saiba aparatar, né? ― Encarou-a em expectativa. Ela era Dakota Crouch, com certeza sabia como aparatar. Após a resposta silenciosa e afirmativa, prosseguiu. ― Caso se sinta perdida, aparate. Por ser menor de idade, o Ministério ainda te rastreia. Tenho um contato por lá e peço pra te monitorar. Se algo der errado, faça isso e, onde quer que esteja, eu vou te buscar.


***


Addie a auxiliou com o preparo da bolsa — seguindo a lista de probabilidades dada por Lourenzo — e armazenando roupas, livros e outros objetos que poderiam ser úteis independente da região do planeta que fosse parar. Ela não podia mais voltar atrás, podia? Suas mãos estavam cobertas de suor e sentia o coração palpitar de medo e ansiedade. Sem dúvida nenhuma exagerou na sua pose de “durona que não tem medo de nada” dessa vez. Após revisar no mínimo cinco vezes e garantir que tudo aquilo que poderia precisar estava realmente na pequena bolsa de couro de dragão, Crouch trocou suas roupas leves de verão por uma vestimenta neutra, preparada para tudo. Calça jeans e blusa justa de mangas longas, ambos pretos, e um bom coturno.

― Se o Malfoy mandar alguma carta, estou autorizada a queimar e fingir que nunca chegou nada?

O coração afundou ao ouvir o nome da razão dos seus problemas em todos os dias do ano. Nem mesmo no verão ele deixava seus pensamentos. Mas com certeza ele estava ocupado demais para pensar nela, se divertindo com qualquer outra garota que estivesse disposta a aceitar os farelos que ele estava propenso a dar. Dakota já havia se fodido demais para aceitar tão pouco.

― Você está autorizada a responder, se quiser. Fala que estou ocupada demais fazendo qualquer coisa que possa deixá-lo puto de raiva, já é válido pra mim. ― Sorriu para a menina, que não conseguiu evitar abraçá-la, voltando a atenção para os preparativos finais logo em seguida. Crouch sabia que ela não conseguiria ficar em silêncio por muito tempo, então aguardou pacientemente qualquer coisa absurda ou criativa que viria a seguir.

― E se você for parar no meio do oceano? ― A morena cochichou em tom preocupado, guardando a Nimbus 2000 dentro da bolsa.

Dake sabia que viria algum pensamento inusitado, mas dessa vez Addie havia se superado. Engoliu em seco, tentando não demonstrar nervosismo. Odiou admitir que não tinha pensado nisso.

― É pra isso que servem as vassouras, não é?

Seguiram para o quintal a passos largos, sentia-se a ponto de perder a coragem que dizia ter se parasse de caminhar. Seu primo já estava lá, esperando-a com uma pena de falcão velha e gasta aos seus pés. Estava tão eufórico que era esquisito de olhar, o que não ajudava em nada com o nervosismo.

― Acho que é isso. ― Addie colocou a bolsa em seu ombro, abraçando-a com força logo em seguida. ― Por favor, tome muito cuidado. Ainda não acredito que você topou.

― Eu vou tomar cuidado, fica tranquila. Vou dar um jeito de voltar nem que seja para esfolar seu irmão vivo.

Se libertando do abraço, andou até o rapaz, que também a abraçou.

― Confia em mim? ― Ele sussurrou. ― Nunca te deixaria ir se não confiasse na sua capacidade. Eu sei que você pode dar conta, Dake.

― Confio, Lou ― sussurrou em resposta, apertando suas mãos na camiseta cinza. Sentia-se tremer. Lourenzo era tão inteligente quanto ela, o que lhe dava um pingo de esperança. Checou sua varinha presa no cós da calça, seria um desastre se fosse sem sua única arma contra o mundo. ― Vamos acabar logo com isso.

Olhou uma última vez para o casal de irmãos parados à sua frente, suspirando fundo para manter a mente sã. Com um aceno de cabeça, abaixou e segurou a pena velha entre os dedos, sentindo uma fisgada forte no umbigo, como se todo seu corpo estivesse sendo puxado para frente. Seus pés deixaram o chão e o vento bateu violentamente contra seu rosto com a movimentação rápida, deixando-a ver somente um rodopio de cores e nada mais. Era como se sua mão estivesse grudada na pena, como se aquele objeto tão pequeno e frágil a puxasse magneticamente para frente. Fechou os olhos, não só pela tontura, mas por sinceramente não querer descobrir no que havia se metido. Quando deu por si, estava caindo de uma altura considerável, sentindo galhos e folhas raspando seu corpo. Continuava caindo sem parar.

Bateu de costas num primeiro galho, sendo pega de surpresa. Doeu. Não deu tempo de se recuperar, pois bateu num segundo e num terceiro, gritando de dor. Havia quebrado pelo menos uma costela, tinha certeza disso. Estirou-se no chão, percebendo que todo o seu corpo doía em consequência da queda e que sua cabeça rodava, deixando-a enojada. Sabia que alguns bruxos conseguiam a proeza de descer andando no final do transporte, o que obviamente não era seu caso.

Abriu os olhos e viu um céu com cores de pôr do sol e árvores muito altas, com galhos tão grandes que uma pessoa podia caminhar sem dificuldade, se conseguisse alcançá-los. Não sabia a partir de que ponto tinha começado a cair, mas sabia que a queda tinha sido feia.

Levantou-se com alguma dificuldade, com uma forte pontada de dor no lado direito. Não fora parar no meio do oceano, pensou com ironia, já era alguma coisa. Nunca viu árvores daquela espécie, então não estava na Inglaterra. Afinal, onde estava?

Sacou a varinha e segurou a bolsa, observando que a pena de falcão havia sumido.

Accio!* ― ordenou, mas como esperado, ela não veio em sua direção. Segurou a bolsa em seu ombro e decidiu caminhar para se situar e, quem sabe, descobrir alguma pista do local. Estava tudo silencioso demais, pensou, segurando sua varinha com mais força. ― Homenum Revelio.*

Não tinha ninguém ali, exceto ela. Isso era bom ou ruim?

Antes que pudesse dar outro passo, ouviu uma voz dizendo para permanecer parada. Olhou para cima e viu um grupo de quatro pessoas em pé num galho muito acima da sua cabeça. Uma garota de cabelos preto-azulados, um rapaz de longos cabelos castanho escuros, um outro rapaz com um casaco que cobria metade do seu rosto, com os olhos cobertos por óculos escuros e um rapaz moreno vestido com jaqueta de couro; montado no maior cachorro que já viu em toda a sua vida.

― Identifique-se ― disse o rapaz de cabelos longos com cara de poucos amigos. ― Quem é você, e de onde você vem?

Reconhecia aquele idioma! Por Deus que está no céu, as vantagens de ser poliglota finalmente começaram a aparecer. Aquilo era japonês, ou ela estava completamente louca. E se aquilo era japonês, então era óbvio que estava no Japão! Não se discute com a lógica. Limpou a garganta, sentindo o peito se aquecer de esperança. Não seria tão difícil voltar para casa, afinal.

― Meu nome é Dakota Crouch, vim da Inglaterra. ― Era a primeira vez que falava japonês com um nativo. Os quatro se entreolharam, como se não tivessem entendido o que ela havia dito.

― Você está em território militar da Aldeia da Folha. ― O rapaz prosseguiu, massacrando-a com o mesmo olhar. ― Não conhecemos o lugar de onde vem, então você vem com a gente.

A informação demorou para ser digerida. Como assim não conhecem? E onde, pelas barbas de Merlin, ficava essa Aldeia da Folha?

Engoliu em seco quando viu o grupo saltar da árvore sem o menor problema, vindo em sua direção. Nunca pegaria sua vassoura a tempo, e nunca achou que ficaria paralisada dessa forma.

― Ela está com alguns ossos trincados, tome cuidado ― disse a garota, olhando-a com pena.

― Se puder nos acompanhar sem o uso de violência, seria melhor para todos ― O rapaz de óculos escuros disse num tom profundo e calmo, oferecendo a sua mão. ― Por segurança, vamos manter seus pertences conosco até a Hokage decidir o que fazer. ― Ele viu o medo nos olhos azuis da menina, o corpo se retraiu e ela deu uns passos vacilantes para trás, fazendo uma careta de dor. ― Não vamos roubar ou danificar nada, tem a minha palavra.

A dor se intensificava pouco a pouco, dando-lhe náuseas e um pouco de tontura. Não conseguia pensar com clareza, mesmo estando cheia de perguntas sem resposta. Havia perdido sua capacidade de raciocínio, sua arma mais poderosa. Entregou sua bolsa e sua varinha com relutância, amaldiçoando mil vezes Lourenzo Fontinelli e a merda de sua chave de portal.

― Você consegue andar? ― O moreno montado num cachorro questionou, olhando-a com curiosidade. Tentou dar um passo, mas a dor a impediu.

Muito à contragosto, o rapaz de cabelos longos a segurou, ajustando o corpo pequeno em suas costas. Não queria carregar a estrangeira (seu sotaque a denunciava), mas precisavam voltar logo, já havia anoitecido e, ao que tudo indicava, a garota estava ferida. Tsunade-sama gostaria de averiguar aquilo pessoalmente, tinha certeza.

― Vamos voltar para a Aldeia agora. Direto para o escritório da Hokage. ― Seu tom era sério e não havia espaço para questionamento. ― Segure-se em mim.

Dakota segurou nas roupas claras o máximo que pôde, sentindo o impulso dado por ele. E qual não foi a surpresa quando todos eles saltaram de volta para o galho e começaram a se movimentar, pulando de galho em galho na escuridão como se não fosse nada! Tentou observar a floresta vista de cima, mas cada impulso dado pelo rapaz, era uma facada em suas costelas. Fechar os olhos e firmar suas mãos foi a decisão mais sensata que tomou naquele dia e, mesmo não sendo religiosa, naquele momento rezou por sua vida.


✘✘✘


Notas Finais:


Cozza: Menina feia, em italiano.


Accio: Este feitiço traz os objetos ao feiticeiro. Pode ser usado de duas formas: Formando o feitiço, e nomeando o objeto desejado ("accio pena"), ou apontando a varinha na direção do objeto desejado e falando o feitiço para atrair o objeto até si.


Homenum Revelio: Esse encantamento revela presença humana.

10 января 2020 г. 16:31 0 Отчет Добавить Подписаться
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