Izuku notava as singularidades em Iida, e não apenas a inteligência e a forte inclinação a ser bom com ordens em meio à 1-A. Izuku notava como os olhos brilhavam por trás das lentes do óculos de grau, em como o cabelo bem cortado estava sempre alinhado, e mesmo assim em como os dedos penteavam-no ao jogá-lo para trás quando muito tempo inclinado à frente.
Estavam naquele trabalho em dupla, um dos muitos para testar e aprimorar o conhecimento dos alunos, cada qual contendo uma dupla diferente por vez, desta caiu com Tenya.
Ouvia-o comentar animado sobre os prós e contras da profissão, vendo muito mais pró do que sua mãe assinalaria, por exemplo. Iida tinha um intuito nobre ao se tornar um pro-hero, Deku reconhecia isso, via nele um amigo para a vida, se tudo corresse bem. As batidas errôneas de seu coração que pareciam querer vê-lo como mais do que apenas um amigo. Piorava quando via-o umedecer os lábios após o monólogo e sua exímia concentração no assunto, ao ponto de sequer notar que Izuku focava sua atenção nele, e não no que falava e fazia.
Quando os olhares se cruzaram, Deku se sobressaltou, num rompante que só, se pôs de pé, gesticulando que precisariam de um pouco de chá! Havia em seu quarto o necessário para tal, e Iida pôs-se de pé também no intento de então ajudá-lo no preparo, tocando tão sutilmente em seu ombro, deixando Midoriya ainda mais nervoso.
— Midoriya, está tudo bem? — O olhar incisivo em sua imagem, a preocupação notável no tom de voz agora calmo.
Não era de agora que Izuku notava a beleza de Tenya, e sequer precisou ouvir as meninas comentar. Havia notado, teve a prova viva quando na piscina da UA onde embasbacou-se todo com o quanto o corpo combinava com o rosto, e como em um quadro geral, Iida era realmente bonito demais!
— S-sim, Iida-kun. — Patético era gaguejar pela simples aproximação, pelo contato indireto da mão de Iida em seu ombro, havia ainda a camada de tecido a lhe impossibilitar de sentir o calor do toque.
Não tinha como não notar, não Iida. Não quando Deku estava um verdadeiro tomate ornado com aquele cabelo esverdeado. Então, notando, era comum que o dorso da mão fosse à testa, aferindo a temperatura, assim como também era comum virar a palma para fazer o mesmo.
Só cessou quando notou que Midoriya parecia ficar apenas mais e mais vermelho com sua aproximação repentina.
— Me desculpe, Midoriya! — Seu jeito tão respeitoso o fez agir impulsivo, curvando o corpo como sempre fazia ante a um pedido de desculpas, levando o rosto ainda mais próximo do de Izuku. Parando quando os olhares estavam um no outro.
Tão próximos, a respiração de um encontrando bloqueio na do outro.
Izuku não podia imaginar que Iida agia ainda mais enérgico e focado perto dele, pelo mesmo motivo de achá-lo também bonito. Como suspeitaria?! Iida Tenya era muito bom em não se abrir, agia de modo alvoroçado em suas regras auto impostas, e parecia ser assim com todos. Mas via algo mais em Izuku, por isso estava tão falante naquele trabalho no quarto do amigo, estavam a sós ali, e notava Midoriya o olhar, notava o nervosismo que isso o trazia, fazendo-o falar e falar ainda mais que o habitual. Mantendo-se ocupado para que a mente não tivesse tempo de pensar algo, que não o dever.
Abriram as bocas no intuito de falar algo, de quem sabe explicar. Mas os olhares trocados traziam a resposta que nem ousavam proferir. Traziam perguntas também, mas estas respondiam-se naquele singelo selar de lábios. A chaleira elétrica sequer fora ligada, o nervosismo de Midoriya não o permitiu ser mais rápido que Iida ao lhe alcançar. Era sorte, assim agora, quando o beijo se aprofundava, não temiam que nada pegasse fogo ali. Havia uma mão às costas de Izuku, em seu meio quase exato. Respeitoso como sabia que Iida seria, mas firme como imaginou ao ver o porte do amigo na piscina.
O trabalho ficou em segundo plano, ao menos pelo tempo que os lábios de um acariciavam o do outro. Pelo tempo que as tímidas mãos de Izuku perdiam-se nos ombros largos de Tenya, enquanto as mãos do futuro Ingenium acariciavam suas costas e rosto.
Dali em diante, nenhum outro trabalho em dupla (quando eles) ficou apenas no trabalho. As bocas haviam encontrado formas muito eficientes de lhes responder, mesmo quando as perguntas sequer eram proferidas.
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