Lisa Byun
Abro lentamente os meus olhos, sinto um inebriante cheiro de café. Ao me levantar da cama, olho fixamente para o relógio que se localizava pendurado na parede de meu quarto, que indicava 07:45 da manhã.
Me direciono até o banheiro que, aparentemente, estava com à água totalmente gelada, o que, de certa forma, me agradava. Afinal, a sensação de choque térmico que meu corpo recebe, de fato, é revigorante.
Opto por uma roupa mais leve e casual para começar o meu dia no trabalho com a cabeça erguida, mas sempre confortável. Sigo em direção à cozinha, me adentrando rapidamente no cômodo.
No quesito do café, Dylan, meu namorado, sabe muito bem o que é caprichar. O cheiro está maravilhoso!
— Bom dia, baby. — Disse Dylan, depositando um beijo suave e singelo em meus lábios.
Uma súbita pontada aceitou o meu peito, fazendo com o que o mesmo triplicasse as suas batidas e um enorme aperto começou, a ponto de me deixar sem ar por um momento. Senti a necessidade de abraçar Dylan, tanto que era como se gritava nas minhas entranhas, como um sinal de proteção e uma forma de diminuir as pontadas e o aperto. Olhando para, meu namorado, que saboreava o café amargo com gosto, encarei com os meus olhos fixamente no mesmo, fazendo a mesma coisa que ele fazia.
— Lisa, está tudo bem? — Indagou Dylan, com a sua voz baixa e rouca, como de costume. Mas, apesar do tom, eu amava ouvi-lá.
— Sim, meu amor. — Dou uma risadinha de canto dos lábios, mostrando um leve sorriso.
Assim que terminamos o café e nos levantamos, tive a certeza que aquela sensação ainda não tinha passado e continuava a me agoniar, causando uma falta de ar, quase me sufocando. Dylan, enquanto me ajudava a guardar as coisas, me encarou sério. Logo então, ele finalmente perguntou:
— Quando você fica assim, eu sei que você está precisando de um abraço, Srta. Wang. — Dylan sorriu de canto.
Assim que ele me abraçou, uma sensação de bem-estar invadiu o meu corpo dos pés à cabeça, fazendo as pontadas e a falta de ar sumirem como se nunca tivessem existido. Me encaixei em seus braços, como se os mesmos fossem a parte que faltava do meu quebra-cabeça.
— Promete que nunca vai me abandonar? — Digo, ainda sentindo a minha voz levemente abafada pelo seu paletó.
— Prometo, minha linda. — Acaricia os meus cabelos. — Nós vamos ter o nosso final feliz.
Lena Guimarães
