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[KAISSOWEEK2017] [ KaiSoo] Quais são as chances de dois ladrões irem roubar a mesma casa? Kai e D.O vivem na vida de malandragem, e acabam se esbarrando da forma mais imprevisível possível, roubando a mesma residência. O que será que esses dois farão? Dividir o dinheiro ou a cama?


Фанфикшн Группы / Singers 18+.

#yaoi #kaisoo #os #lemon #slash #sahsoonya #repost #exo
Короткий рассказ
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Em um dos bairros mais nobres de Seul, a noite cai, silenciosa. A luxuosa mansão de dois andares está desabitada há algumas horas, desde que seus donos saíram rumo á Jeju. O cenário perfeito para um crime.


Olhando ao redor com o cigarro entre os lábios, Jongin ou Kai, como era conhecido no meio do crime, esperava do outro lado da rua, para ter certeza de que ninguém atrapalharia seu roubo. Isso mesmo, o moreno era um ladrão. Um dos bons. Esse tipo de roubo era seu estilo. Gostava de casas grandes, escandalosamente luxuosas e chamativas, além do principal: têm que estar vazias. Kai é um malandro pacífico, não curte complicações, e para ele, testemunhas são complicações. Numa situação normal, ele não trabalharia sozinho numa mansão daquele tamanho, afinal, seria trabalho demais para uma pessoa só pegar tudo o que aspirava em meio ás muitas riquezas escondidas. Porém, SeHun estava enrolado em outro projeto, e só restou a ele agir sozinho, já que a grana do último roubo estava acabando e ele precisava sustentar seu estilo de vida pomposo diante dos amigos. Diferente de outros de seu tipo, Kai só queria dinheiro. Este era seu estilo. Ele era silencioso, não gostava de deixar vestígios para trás, e não tinha condição. Trabalhava para si mesmo, não tinha patrão e era considerado por muitos um lobo solitário, e ele preferia assim. Nunca foi bom em lidar com pessoas em geral.


Mas, a noite estava mais interessante que nunca, pois já dentro da enorme residência, KyungSoo andava de um lado pro outro no escuro, após ter desativado o alarme, e estava procurando pelos itens de sua lista. D.O era, como Kai, um habilidoso ladrão. Esteve de butuca durante dias, analisando a mansão, pesquisando sobre as obras de arte que estavam na casa, ansioso por enfim consumar seu crime. Ele era um ladrão de arte, não havia muitos neste ramo, pois era perigoso, mas D.O era muito habilidoso, principalmente com tecnologia e era tão sagaz que quase sempre saía incólume de seus crimes. Ele tinha um mandante simplesmente fissurado em quadros e esculturas que pagava uma quantia absurda para ter em seu poder os mais variados tipos de representação artística. E isso era formidável para o ladrão, pois lucrava muito com a falta de escrúpulos do cliente. Além de rápido em seus roubos, D.O era muito bom em despistar, muitas vezes apenas colocando uma cópia falsa de algum quadro no lugar do original, afim de não levantar suspeitas de seu patrão e dele mesmo. Trabalhava sozinho e realizava os roubos com tanta maestria que era referência no mundo do crime, por seus crimes elaborados.


Enquanto ajustava o gorro preto sobre a cabeça, após desativar habilmente as câmeras de segurança, ouviu um barulho estranho e olhou em volta, vendo que apenas os quadros na parede e ele mesmo habitavam o hall. Colocou as luvas pretas e começou sua ronda, com uma pequena lanterna em mãos, procurando pelo primeiro item que iria para sua sacola. O rapaz tinha uma aparência jovem e infantil que enganava a qualquer um com seu olhar inocente. Tinha grandes e expressivos olhos e baixa estatura, o que reforçava o estereótipo de garotinho perdido que todos tinham de si à primeira vista. O rapaz por muitas vezes se aproveitava disso, para ganhar algum tipo de vantagem durante conflitos ou brigas, coisa bem comum em seu meio.


Jongin estranhou o fato de não haver alarmes na casa. Entrou com facilidade pela porta da frente, não sendo captado pelas câmeras e achou o fato muito incomum. Logo estava em posição de ataque, achando ser aquela algum tipo de armadilha para si. Não era a primeira vez que seria afrontado por outro ladrão. Ele era bom, mas a concorrência era muito boa, ainda mais Kris, um ladrão veterano com o qual teve uma briga de bar que quase acabou em morte. Colocou a característica touca de bandido que só deixava à mostra os olhos, boca e nariz e caminhou pelos cômodos inferiores com a mão em sua case, que guardava uma faca. Jamais havia matado ninguém, mas é sempre bom estar prevenido, nunca se sabe.


Foi de cômodo por cômodo, nunca avistando o cofre desejado. Vendo que, de fato, não havia ninguém ali, pôs-se a andar despreocupadamente pela casa, tendo a liberdade de testar a maciez do estofado na sala, observar a decoração e sentar-se na enorme cadeira de madeira polida que se encontrava no escritório do piso inferior, até que notou algo estranho no chão. Uma pequena tira de borracha estava caída no chão, próximo à porta do escritório, e correndo os olhos pelo local, Kai notou que havia um espaço vazio em uma das paredes, onde havia uma legenda de quadro com o nome Mondrian, Piet – “A árvore cinzenta” (1911), porém a obra não estava lá, e curioso, Kai começou a ligar os fatos, quando ouviu um ruído no andar de cima, em seguida passos. Neste momento soube que havia alguém na casa junto consigo.


D.O deu uma olhada rápida nos quartos do segundo andar, deixando para o final o quarto principal, onde ficava a mais estimada obra do dono da casa. Também era ali que o dono mantinha seu cofre pessoal, mas D.O pouco se importava com o dinheiro, pegaria as obras e sairia rapidamente dali. Ao sair de um dos quartos, um tanto quanto distraído, ele estancou no corredor, ao ver a figura encapuzada diante de si. Quem quer que fosse, tinha o mesmo propósito que si ali, visto o modo como se vestia e a postura de ataque que tinha. A boca do baixinho se abriu, mas nada saiu dela, e KyungSoo sentiu que estava muito encrencado, mas não deixou transparecer, se mantendo com uma das mãos atrás das costas, onde tinha uma arma de fogo presa ao cinto que usava.


Nunca havia assassinado ninguém, mas sempre andava armado, por medo de ser abordado por alguém que pudesse ameaçar sua vida. Na verdade, o ladrão sempre fora meio paranoico com tudo que fazia, e sempre achava que alguém o perseguia, por isso seu chefe lhe dera a pistola, mais para que ele se sentisse mais seguro. LuHan, seu chefe, presava por sua segurança mais que tudo, afinal, era o baixinho de cabelos negros que lhe proporcionava a maior satisfação de sua vida.


D.O estava prestes a sacar a arma, quando o oponente cruzou os braços displicentemente em frente ao peito e disse:

- O que tem aí atrás, D.O? – a voz era familiar e KyungSoo vacilou por um momento. Fosse quem fosse, o conhecia.


O ato seguinte, o livrou de dúvidas. O estranho lançou-lhe um sorriso de lado característico. D.O fechou a cara, constatando de quem se tratava:


- Não acredito... O que faz aqui Kai? Não sabia que os vermes se arrastavam até os bairros nobres de Seul... – falou o ladrão de obras, desfazendo a posição defensiva.


A verdade é que os dois ladrões já se conheciam, e não eram exatamente bons conhecidos. Eles tiveram encontros desagradáveis no passado, já que Kris, um dos muitos amigos de D.O, odiava o moreno. Além disso, em todas as oportunidades que teve de ter um diálogo com o menor, Jongin o ofendera, justamente por ser um ladrão contratado por mandante, o que para o moreno era vergonhoso. Mas, os problemas entre os dois iam além de briguinhas de bar e preferências pessoais e modo de trabalho.


- Está muito bonito, como sempre... – Kai ignorou a clara ofensa que o outro lhe fizera e retirou a touca, liberando os macios cabelos platinados, que caíram graciosamente em seu rosto, arrumando-se sozinhos em seus devidos lugares. O sorriso era enorme, enquanto analisava o ladrão diante de si com os olhos felinos. D.O estreitou os olhos.


- Me poupe de suas brincadeirinhas, não tenho tempo a perder aqui. – falou, avançando um passo. De esguelha, pode ver o quarto que queria adentrar. O cômodo estava entre os dois e Kai parecia querer seguir o mesmo rumo.



***

Não era de hoje o claro interesse de Kai no baixinho. Desde a primeira vez que o vira, na mesma vez em que se engalfinhou com Kris em um pub da cidade, ficou impressionado com a aparência do garoto. Diferente do amigo alto e ameaçador, o pequeno rapaz entrara no pub parecendo alheio àquele clima de vagabundagem e podridão que envolvia o ambiente. Não estava acostumado a ver alguém aparentemente tão frágil num ramo daqueles. A rinha com Kris era antiga, e ao ver o rapaz de pele alva, cabelos pretos raspados nas laterais e um belo topete, e tendo analisado todo o físico do menor enquanto ele tomava uma cerveja distraidamente ao lado do amigo, pensou que talvez o garoto fosse algum caso de Kris, do tipo que não faz ideia do criminoso com quem está envolvido, e mais que tudo, sentiu inveja do rival de crime. O baixinho era tentador. Fez questão de ir até Kris, mesmo após ter sido repreendido por SeHun e descarregou algumas palavras venenosas ao outro:


- E aí, Kris, agora está praticando pedofilia? Além de ineficiente você agora se associa com colegiais?


Kris e o estranho trocaram um olhar antes de Kris responder, calmamente:


- Por que não cuida de sua vida, lobo solitário?


Estranho. Kris sempre comprava suas provocações. Se ele não o afrontasse, como chegaria no baixinho? Estava curioso.


- Eu estava ali pensando, o que você tem na cabeça para trazer alguém assim... – fez questão de apontar KyungSoo com a mão aberta. – Para este bar.


Enfim, a provocação surtira efeito, mas não em Kris como esperava. O estranho se pôs de pé e limpou a garganta antes de dizer:

- E eu te conheço, garoto? Quem pensa que é para deduzir esse tipo de coisa? Que eu saiba, você é que é novato no ramo.


Os olhos de Kai se arregalaram. “Que voz grossa” – pensou. Começou a achar que cometera um erro ao ir até ali, mas como era teimoso e inescrupuloso, prosseguiu:

- Olha, o oompa loompa tem boca... – uma risadinha se desprendeu de seus lábios. Ele sabia que estava acabando com a paciência do outro, mas pouco se importou.


- Cara, 'tá com algum problema comigo? Por que se estiver, terei o prazer de ir lá pra fora contigo e...


- Eu adoraria sair daqui com você, mas não do jeito que você está pensando... – Kai interrompeu o menor, com um sorriso cafajeste direcionado a si.


KyungSoo já estava perdendo a paciência.


- Olha Kai, sei que sua noite está tediosa, mas eu e meu amigo veterano aqui só estamos a fim de tomar uma gelada... O que acha de voltar para o buraco de onde saiu e fazer o mesmo? – Kris falou entredentes, mostrando-lhe uma careta ameaçadora.


Veterano? Então o menor era ladrão também? – tais pensamentos alertavam o moreno de que deveria parar por ali, e que a situação não ficaria nada boa para si, mas ele queria retirar mais reações do pequeno, que nesse momento estava até vermelho de raiva.


- Veterano? Com essa altura o máximo que consegue é ser batedor de carteira, estou certo? – a expressão inocente falsa exasperou Kris, que já não era muito paciente, ainda mais quando isso envolvia Kai. O odiava desde que o moreno entrara no ramo. Era jovem e desrespeitoso, além de esnobe. Não o suportava.


Kris avançou em Kai, agarrando seu pescoço, antes de que os dois fossem ao chão, se batendo e chutando enquanto rolavam no chão, causando o maior alvoroço no bar. No canto, SeHun observava tudo com uma expressão apática no rosto. Não era a primeira vez que aquilo acontecia, e sinceramente, não gostava das atitudes infantis do parceiro de crime, por isso nunca se envolvia ou ajudava o amigo. D.O observava tudo com uma expressão de desgosto. Sempre fora muito comedido, mas as palavras zombeteiras daquele ladrão insolente o exasperaram muito. Viu os socos que os dois ladrões trocavam, até que derrubaram uma mesa cheia de copos de Chopp, fazendo com que outro grupo de ladrões se juntasse à briga. Logo, a bagunça se generalizou dentro do bar e a maioria dos consumidores estava a socos e pontapés para o total desespero do proprietário Lay, um homem calmo e pacífico, que não admitia esse tipo de comportamento e já estava cansado das brigas constantes entre Kris e Kai.


- Isso é frequente, Lay?


- Desde que esses dois se conheceram... – disse o dono, suspirando enquanto via seus amados copos voando de um lado para o outro em meio à confusão e se partindo em milhares de pedaços.


D.O suspirou. Acabara de voltar de uma temporada trabalhando na França e pouco sabia que Kris havia adquirido um arqui-inimigo. Revirou os olhos diante da infantilidade presente na situação e se pôs de pé, disposto a dar um fim àquilo tudo.


Em passos rápidos, se embrenhou entre os corpos e empurrou Kris para o lado, e tendo Kai como seu alvo, se aproveitou da falta de reação do outro ao vê-lo em meio à briga e chutou sua panturrilha com toda a força que possuía, fazendo o de cabelos platinados cair de joelhos para assim dar um único soco certeiro bem no olho esquerdo do ladrão, deixando-o aturdido e confuso, enquanto o impacto o levava para baixo, caindo assim, de lado no chão. Kai massageou o rosto ferido e sentiu a queimação na perna atingida. Todos os presentes pararam o que faziam, devido ao som do impacto de Kai ao cair no chão do bar. A boca de Lay estava arregalada devido à surpresa. Kris limpava o nariz sangrando, enquanto de baixo, Kai fitava com seu olho bom o baixinho o olhando profundamente até que se abaixou em seu nível, dizendo em voz baixa:


- Você é um encrenqueiro e não gosto de encrenqueiros. Não apareça mais na minha frente, senão acabo com sua raça. Aprenda a respeitar os mais velhos... Garoto. – falou a última parte ameaçadoramente e Kai o fitou espantado demais para fazer qualquer coisa enquanto via D.O chamando Kris após deixar uma nota no balcão e sair dali batendo o pé, furioso.



***


- O que tem na sacola? – Kai apontou a grande sacola que D.O tinha atrás de si com o queixo. – Obras de arte?


- Não te interessa – o baixinho tornou, impaciente. Além de não gostar da petulância do outro, se sentia, mesmo que negasse, bastante vulnerável perto dele. Sabia que Kai era capaz de qualquer coisa a fim de conseguir o que almejava.


Kai se aproximou, com um sorriso em riste.


- Mas, não é mesmo uma coincidência? Você e eu... A mesma casa... O mesmo objetivo...


Os olhos de D.O se estreitaram. Sabia que não seria fácil sair dali com Kai na jogada.


- Se veio pelos quadros, sinto muito... Peguei todos e não vou dar.


Kai gargalhou. Seu objetivo nunca foi pegar os quadros, mas estava se divertindo ao importunar o outro. Era muito gratificante ver as sobrancelhas do menor unidas, enquanto ele ficava ali, o odiando de longe.


- Talvez eu queira um quadro de árvore... – sorriu sapeca.


- Nem sabe os nomes... Não seja ridículo. Um item valioso desses em suas mãos... Seria o mesmo que dar pérolas aos porcos. – o baixinho cuspiu as palavras, enfezado.


Kai crispou os lábios. Sua máscara de incredulidade estava caindo a cada momento perto do menor. A verdade é que tinha máximo respeito pelo trabalho de D.O. Ele era muito bom, mas dados os acontecimentos que sucederam seu primeiro e desagradável encontro, era muito difícil para ele mudar a tática de sua investida.


- Você venceu... – deu de ombros. – Não estou aqui pelos quadros, mas sei que seu item mais valioso se encontra dentro daquele quarto – apontou como uma mão enquanto com a outra, passava as mãos pelos cabelos, sedutor. – E pelas regras de posse da sagrada ordem da qual fazemos parte... – disse teatralmente levantando uma das mãos, como se fizesse um voto. – A situação pede que disputemos pela posse dos bens dessa residência...


KyungSoo bufou, irritado:

- Eu claramente cheguei primeiro e não finja que realmente segue essas regras estúpidas!


Kai sorria de orelha a orelha quando deu de ombros novamente, dizendo:


- Regras são regras... – uma ideia interessante havia surgido em sua mente e não deixaria essa chance passar por nada, esperava por ela há meses, afinal. – Não tenho escolha senão lutar contigo pela posse do dinheiro e das obras, mesmo sem ter o interesse nelas, fazer o que?


- Eu destravei as portas, desativei as câmeras... – começou. O outro meneou a cabeça. Kai não estava disposto a ouvir a razão.


- Você é bom em destravar coisas, mas isso não faz nenhuma diferença. Vamos ter que disputar...


KyungSoo largou a sacola no chão, alongando os braços, vencido:

- Muito bem. Vamos lutar e acabar logo com isso, não tenho a noite toda para ficar aqui discutindo com um cabeça dura de merda.


O sorriso de Kai se alargou.


- Bem... Poderíamos fazer um acordo, sabe? – KyungSoo dirigiu seu olhar penetrante a ele. Kai segurou a respiração. O achava irresistível demais.


- Ah, Deus... Eu sabia. E o que sugere? – disse agitando as mãos e batendo um dos pés impaciente.


Kai apoiou o queixo em uma das mãos, como se esforçasse para pensar, quando na verdade já tinha o plano todo arquitetado.


- Se você fizer algo por mim deixo que leve tudo que quiser, exceto o dinheiro claro, pois não sairei daqui sem nada. Além disso, você entra no quarto sozinho, pega o que quer e depois eu vou. Sei que não gosta de gente encima de você... O que me diz?


O rapaz menor o fitou desconfiado, afinal, estava negociando com um malandro.


- E o que você quer? – cruzou os braços em frente ao corpo, esperando.


- Um beijo. – disse naturalmente.


A expressão de KyungSoo saltou da confusão para a incredulidade em questão de segundos.


- É brincadeira, não é? – sua risada sem humor algum era prova de que não acreditava no que estava ouvindo.


- Falo muito sério. – tornou Kai.


D.O estava muito confuso. Esperava que o outro fosse se vingar pelo soco que levou em seu primeiro encontro, mas se espantou com a ousadia do rapaz, o que era uma surpresa vindo dele, já que esperava qualquer coisa, menos aquilo.


- O que? Por que?


- Nenhuma razão especial. Você tem lábios enormes... Tem um formato interessante. Isso me deixa meio curioso, é tudo.


KyungSoo olhou em volta, desconcertado. Aquela era uma revelação estranha, mas por mais incrível que pareça, não lhe pareceu tão inacreditável assim, quando via pelo ponto de vista de que Kai sempre arrastara uma asa para si. Não era segredo o interesse do outro no menor. Lhe parecia muito melhor beijar aquele cara irritante do que sair no braço com ele, tendo a certeza de voltar pra casa mais rico, porém cheio de hematomas que poderiam ser evitados.


- Tudo bem... – disse após um suspiro.


Os olhos de Kai se arregalaram. Não estava esperando uma resposta positiva e ficou de repente animado, quando KyungSoo se aproximou, esperando que ele agisse. Decidiu não fazer nada para ver o que o outro faria e se surpreendeu ao ter a nuca envolvida pela mão do outro, que se aproximava cada vez mais até que atacou seus lábios com os seus em um beijo ávido. Também não foi surpresa nenhuma quando D.O entrelaçou sua língua com a do outro, sugando-a e mordiscando os lábios alheios com maestria. O beijo seguiu intenso por mais alguns segundos, até que KyungSoo afastou Kai, que tentava envolver sua cintura com os braços.


Kai ficou encostado na parede enquanto D.O se recuperava, tirando os cabelos dos olhos. O moreno estava chocado, e não conseguia fazer nada a não ser olhar para o ser completamente sedutor enquanto alinhava suas roupas e passava por si despreocupadamente em direção ao quarto. Não segurou o impulso de agarrar braço dele, o fazendo chocar-se contra a parede com força e prensando o corpo do menor com o seu, com um sorriso libidinoso.


KyungSoo não controlou o sorriso involuntário que ameaçava se mostrar em seus lábios. Kai viu aquilo como incentivo, quando começou a correr as mãos pelo corpo do outro, levantando o pulôver preto que ele usava, tocando seu abdômen diretamente, beijando seu pescoço ao mesmo tempo.


- V-Você é mesmo a fim de mim, admita... – disse, ainda tentando afastar o maior, que inspirava o perfume de seu pescoço. Não queria admitir, mas também se sentia atraído por Kai há muito tempo. Ele tinha aquela aura perigosa que era interessante a KyungSoo, além de ser maravilhoso. Era alto, pele bronzeada, cabelos platinados muitos macios, além do corpo todo torneado e aqueles lábios... Carnudos e instigantes. Já estava ficando excitado com os toques, esquecendo-se momentaneamente de seu propósito ali.


- Eu não vou negar o que está evidente em meu corpo... – disse ofegante, já pinçando os mamilos alheios, sentindo o outro contrair o abdômen. D.O olhou para baixo, vendo que o outro já estava visualmente excitado, e soltou um gemido deleitoso quando o outro se roçou em si. – Mas, você não parece muito diferente e seus gemidos dizem mais que suas palavras...


KyungSoo se agarrou ao pescoço alheio, sendo facilmente içado, tendo suas coxas seguradas firmemente pelos braços do outro. De forma desajeitada, pela posição, Kai livrou-se de suas vestes de cima, olhando com devoção para o corpo pálido coberto de pintas e os mamilos caramelo eriçados. Salivava de desejo. Para o inferno com o dinheiro, queria foder o ladrão de obras ali mesmo, no corredor daquela casa.


D.O ajudou Kai como podia, vendo a jaqueta e a camisa que abrira ás pressas deslizarem por entre eles, tendo como destino o chão. O corpo diante de si o fez tremer de excitação enquanto ainda era beijado no pescoço e clavículas bem demarcadas. Podia sentir os chupões em seu pescoço, e estava tão duro que as calças estavam incomodando. Fechou os olhos, ofegando enquanto sentia Kai roçar o corpo em si lentamente.


- Ok. Vamos ... Vamos fazer uma trégua por agora, pois saiba que não te suporto. – disse D.O olhando o outro nos olhos assim que ele abandonara as carícias em seu pescoço, agora cheio de vergões vermelhos. Estava meio escuro ali e o que iluminava aquele corredor era apenas a luz do luar e o corpo de KyungSoo não poderia parecer mais tentador assim. Kai mordeu o maxilar do menor e disse, sorrindo:


- Por mim tudo bem... – voltou a beijar o menor e sentiu sua seus lábios sendo contornados pela língua alheia. Iria enlouquecer. Deitou o outro no chão rapidamente, a fim de livrar-se de ambas as calças, e pela afobação, acabou descendo o outro muito rápido, batendo a cabeça alheia no chão com um baque.


- Ai, idiota! Toma mais cuidado... – revirou os olhos enquanto o outro abria seu cinto apressadamente.


- Desculpe, estou ansioso... – foi sincero. KyungSoo nunca havia visto o outro falar nesse tom honesto com ele e ficou curioso para saber se ele sabia ser um ser humano normal dotado de inteligência fora do trabalho. Instintivamente sorriu, um pequeno sorriso de canto, mas que fez Kai sorrir de volta.


Após tirar a calça, viu a boxer preta do menor esticada devido á ereção e sorriu, umedecendo os lábios, sedento. Se apoiou no outro enquanto retirava suas próprias calças, suspirando quando se viu livre do aperto da peça. Começou a correr as mãos pelo corpo alheio, feliz com como o outro se contorcia, satisfeito com os toques. Teve o lóbulo da orelha lambido e foi á loucura. Sem aviso, desceu a boxer de D.O fitando o membro grande despontar entre as pernas do outro e o abocanhou, sentindo o menor se remexer, devido ao contato. Sugou e lambeu a superfície do falo desde a base até a glande, se deliciando com o sabor do pré sêmen do alvo, enquanto acariciava os testículos, tendo como prêmio os gemidos de KyungSoo que os abafava mordendo os próprios dedos. Sorriu safado ao ver a expressão luxuriosa de D.O, e não desviou seus olhos dos dele, enquanto o outro agarrava o gorro da própria cabeça, jogando-o longe enquanto bagunçava os próprios cabelos, em êxtase. Continuou com os movimentos de vai e vem, alternando entre devagar e rápido, até que sentiu o pênis alheio pulsar mais forte, sinalizando o orgasmo que viria e parou o que fazia.


KyungSoo bufou irritado, mas sorriu ofegante em seguida, enquanto Kai abaixava a boxer vermelha expondo o membro grande e grosso completamente ereto com um sorriso safado. O maior masturbou o próprio falo rapidamente, sob o olhar lascivo de KyungSoo, antes de se impulsionar de leve por entre as nádegas brancas do menor. Sorriu ao ver o outro ansioso, e tirou a camisinha do bolso da jaqueta que estava jogada ao lado do corpos, cobrindo seu falo com ela. Deu um último beijo no umbigo alheio antes de se forçar para dentro do outro, deliciando-se ao sentir seu pênis deslizar para dentro do ladrão com facilidade pela lubrificação da camisinha.


Kai ofegou quando sentiu-se completamente dentro do outro, começando seus movimentos, tendo KyungSoo beijando desajeitado o seu peito e pescoço. Já foi com tudo de início, sentindo os ofêgos do outro em seu pescoço enquanto ele se apoiava em si, indo de encontro a seu corpo, no ritmo das estocadas. Enquanto se impulsionava e ondulava o corpo, Kai agarrou uma das coxas alheias, levantando-a um pouco enquanto ainda a apertava, facilitando a penetração e ouvindo os gemidos baixos de KyungSoo. Estava delicioso, exatamente como Jongin imaginava há meses. D.O era o melhor, e não só em ser ladrão. Beijou e mordeu cada pequena parte do corpo alheio que alcançou enquanto ainda estocava cada vez mais rápido. Ambos estavam nos limites, mas não deixaram de se mover, mesmo que a posição e a superfície em que estavam não fossem as mais confortáveis. Estava perfeito assim mesmo.


Logo, quase sem forças, KyungSoo gozou com um gemido sôfrego ao pé do ouvido do outro. Aquilo lhe soou tão sexy, junto do aperto das paredes internas de KyungSoo em volta de si, que o moreno gozou, sem desacelerar seus movimentos até ter todo seu sêmen preenchendo a camisinha. Após o ato, os dois permaneceram ofegantes, Jongin ainda dentro do outro, enquanto tentavam respirar normalmente. Os cabelos platinados e suados de Jongin foram acariciados pelo outro enquanto ele estabilizava a respiração.


- I-Isso... Foi... Muito bom. – disse Jongin, saindo de dentro do outro, em seguida beijou o ombro alheio e saiu de cima dele.


KyungSoo concordou com um aceno.


Os dois começaram a se vestir como podiam, visto que os corpos tinham se sujado por causa de KyungSoo e tentaram limpar tudo minuciosamente para que nada pudesse ser detectado após o roubo. Após tudo em ordem, se limparam no banheiro e ficaram parados no corredor, cada um com seus pensamentos. Um silêncio sepulcral se instalou entre os dois até que KyungSoo se moveu, pegando a sacola, esquecida por todo aquele tempo e dirigiu-se até o quarto, sem dirigir o olhar ao outro. Kai observou tudo incerto. D.O cumprira o acordo e estava certo em seguir com o roubo, mas o moreno já não estava mais tão preocupado com aquele dinheiro, afinal de contas. A pergunta que se repetia em sua mente dizia respeito ao que se seguiria a partir dali em relação aos dois e não ao roubo. Ouviu o barulho de KyungSoo pegando o tal quadro e o viu pôr na sacola antes de olhar em volta e sair com a sacola apoiada nos ombros. Achou que o outro sairia e o deixaria ali, mas KyungSoo parou perto da escada, ainda de costas. Ficou confuso.


- Se apresse... Entramos juntos e vamos sair juntos...


O sorriso de Kai não foi visto por KyungSoo, mas o baixinho já enxergava o outro diferente, nesse ponto. Não se arrependera do que fez.


Kai entrou no quarto, abrindo o cofre facilmente com suas habilidades e colocando o dinheiro em sua mochila. Era muito dinheiro, mas certamente o proprietário da fortuna deveria ter muito mais no banco, pelo que observara da casa. Nem se importou de levar tudo. Colocou as luvas na mochila e seguiu D.O pelas escadas, enquanto saíam calmamente da residência pelo lugar pelo qual o menor entrara. Pararam à porta, cada qual vendo seus meios de transporte estacionados de cada lado da rua, a Ducati de Jongin e o utilitário preto e discreto de KyungSoo. Pararam de frente um para o outro, quando Jongin teve a iniciativa de dizer:

- Isso foi memorável, devíamos ser parceiros sempre...


Mesmo com um sorriso bem humorado, KyungSoo tornou:


- Desculpe, mas trabalho sozinho, você sabe...


Kai piscou para o outro, antes de murmurar:

- Eu não quis dizer parceiros de crime... Quis dizer parceiros de cama.


Os dois riram em harmonia, e D.O foi saindo, não acreditando na audácia daquele homem, que o irritava e excitava ao mesmo tempo. Colocou o gorro na cabeça e pegou a sacola, se dirigindo ao quintal. A vizinhança estava basicamente inabitada devido ás férias de fim de ano, e nada suspeito parecia ter acontecido ali, para quem hipoteticamente pudesse ter passado por ali. Enquanto caminhava, sentiu o ombro ser segurado e se virando, encontrou uma nota de dinheiro alta estendida a si. Arqueou a sobrancelha pegando-a, enquanto passava por si sorrindo.


- Isso é alguma piada? – disse.


- Pra você, pelos bônus de mais cedo... O acordo era um beijo.


Subiu na moto, colocando o capacete e dando partida, cantando pneu com o veículo.


- Escandaloso... – disse quando o outro estava longe, virando a nota e vendo que o outro escrevera o nome verdadeiro e um número de telefone, acompanhado de uma carinha rindo e um “me liga”.


Não pôde deixar de sorrir para a nota, tendo a certeza de que Jongin era mesmo ousado, e o mais estranho de tudo, era que gostava bastante disso nele.


Entrou em seu carro, ligou o rádio e dirigiu para casa. Mais um roubo bem sucedido.



Unlock my heart

31 августа 2019 г. 21:17 0 Отчет Добавить Подписаться
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