catybolton Caty Bolton

Pedir para o anticristo, aquele que trará uma infinidade de dor e sofrimento, escrever uma carta para Deus, seu arqui-inimigo declarado, era o cúmulo do absurdo! [DIP?]


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#SouthPark #south-park #Dip #Damien #Pip #Damien-Thorn #Pip-Pirrup #SP-Dip
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Ironicamente, a carta do anticristo para Deus

Fanfic disponível em outras plataformas e postada originalmente no Spirit Fanfics, em 18/12/2017.



A única aula que Damien odeia é a de educação religiosa. Os motivos eram óbvios e incontáveis, mas a pior parte era, de longe, quando falavam em voz alta as passagens da Bíblia cristã – e apenas cristã, o nome da matéria podia até ser educação religiosa, mas estava mais para uma estúpida aula de doutrinação cristã. A criança sempre ficava se coçando discretamente enquanto escutava trechos de Gênesis, Levítico, Lamentações… Sentia que tinha algum tipo de alergia a aquelas palavras e o Antigo Testamento era especialmente desagradável, por mais que também não gostasse do Apocalipse, parecia que João tinha adivinhado todas as suas ideias. Não gostava daquele cara.

Felizmente hoje estudava em um colégio em que professor nenhum lhe enfiava garganta abaixo suas crenças, ao menos não diretamente.

Não foi com a cara da professora de matemática logo no primeiro dia, o crucifixo pendurado no pescoço dela deu a Damien uma vontade imensa de apertar aquele colar ao redor da garganta da mulher e fez o menino se questionar se ela fazia alguma ideia de que estava andando por aí com o instrumento de tortura do seu Salvador como se fosse algo de se orgulhar. Achava aquele costume bizarro, parecia que as pessoas gostavam de sentir culpa.

Se fosse apenas isso, poderia lidar. Se a professora apenas ensinasse a matéria de matemática realmente não teria nada demais contra ela. Mas não, a vadia sabia exatamente quem Damien era e precisava ficar lhe provocando deliberadamente ao insultar o seu pai, a sua casa e ele próprio na frente de toda a classe.

Números decimais eram infinitamente mais interessantes.

Claro que sabia que muitos outros falavam bem mais e coisas bem piores, mas aquela mulher fazia questão que o próprio Damien escutasse tudo. Falando daquele jeito venenoso coisas que já sabia, pelo menos em sua maioria, serem verdades. O fogo do inferno era eterno e o sofrimento também, sem falar que, realmente, seguir os ensinamentos de Deus ajudava muitas pessoas a evitarem esse destino. O irritante era que, além de ela estar deixando de ensinar fração aos seus estudantes, não estava falando absolutamente nenhuma novidade.

Não apenas no primeiro dia, mas muitas vezes quis enforcar a mulher com aquele cordão idiota e esfaquear a garganta usando aquele símbolo de morte que ela se orgulhava tanto. Uma pena que, por alguma razão, não conseguia encostar em crucifixos.

Ah, claro, o seu pai tinha proibido que fizesse coisas assim desde que chegaram na cidade, insistindo que era a última vez que Damien se mudava de estado por matar um colega de classe ou um professor. A criança-demônio não via nada demais em pisar naqueles insetos que no futuro seriam, de qualquer modo, seus escravos. Mas não desobedeceria o pai.

Por isso seria obrigado a suportar aquela maldita aula, aquela maldita professora, por mais algum tempo. E sabia que, apesar de tudo, conseguiria lidar com a situação sem atear fogo em ninguém – fora em Kenny Mccormick, ele sempre voltava e ninguém nunca lembrava de nada...

Mas, por todas as sete camadas infernais, aquilo era demais! Pedir para o anticristo, aquele que trará uma infinidade de dor e sofrimento, escrever uma carta, a merda de uma carta, para Deus, seu arqui-inimigo declarado, era o cúmulo do absurdo!

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Aquele trabalho era simplesmente idiota, o pequeno Damien de oito anos de idade não conseguiu pensar em outra palavra que não fosse idiota. Porque era uma idiotices, por todo o ódio que Azazel possui contra a humanidade, aquela era uma aula de matemática!

Estava olhando para o papel em branco em cima da mesa, a quase cinco minutos, sem saber o que escrever além de um grande vai se foder, Deus. Levantou o olhar, repleto de ira, para a professora, enquanto ela simplesmente estava sentada à sua mesa, com os braços cruzados sobre o peito e escondendo o desagradável instrumento de tortura, também. O olhar que recebeu dela irritou Damien profundamente, parecia que ela falou “eu ganhei” do jeito mais infantil e irritante de todos.

Aquele trabalho era exclusivamente para lhe irritar. A vadia sabia que mandar todos da classe escreverem cartas para Deus – era simplesmente idiota que isso valesse nota. – deixaria o jovem anticristo mais puto que qualquer outra coisa no mundo. Apenas o pensamento de fazer algo para Deus encheu o menino de ódio.

Em vários momentos daqueles cinco minutos precisou impedir o impulso de fazer birra, porque sabia que aquilo apenas lhe envergonharia diante de todas as outras crianças. Isso era tudo que ela queria, humilhar Damien. Até um cego veria que aquela mulher não estava nada feliz em ter um demônio, o próprio anticristo, dentro da sua sala de aula, mesmo que nunca tivesse reclamado abertamente sobre.

Damien preferia que ela tivesse, porque a forma que ela deixava o ódio claro, para todo mundo ver, era quase como se falasse “eu não quero ensinar nada para esse pivete”, apenas faltavam as palavras certas. Fora os inúmeros discursos fanático-cristãos, a professora chamava sua atenção várias vezes durante as aulas, fazendo perguntas impossíveis de serem respondidas e exigindo uma correta, e inexistente, resposta. Mas na verdade era uma criança inteligente e suas notas naquela matéria estavam claramente injustas! Aquela vadia maldita sequer olhava os seus trabalhos e provas antes de marcar todos eles com um grande e vermelho F!

Suspirou e abaixou o olhar para a mesa, descontente porém conformado, pois sabia que não tinha nada que pudesse fazer quanto aquela situação toda, não depois das proibições bem específicas impostas por seu pai. Não importava o quanto os mortais irritassem Damien ou o quanto lhe odiassem, não era uma justificativa boa o suficiente aos olhos do seu pai.

Com a certeza absoluta de que a professora leria a sua carta para toda a turma, Damien precisou realmente escrever algo para o seu inimigo declarado, afim de evitar quaisquer problemas exteriores.

Após olhar para a mulher por alguns segundos, mais uma vez, o anticristo olhou ao redor da sala em busca de ideia. Mão não havia nenhum tipo de inspiração que as crianças ao seu redor pudessem oferecer, os pedidos eram idiotas e as perguntas imbecis. Uma menininha loira do seu lado direito pedia uma boneca Barbie nova, o garoto gordo na frente exigia um PlayStation 4 e a menina sentada à sua esquerda perguntou se poderia parar de nevar mais cedo em South Park. O anticristo revirou os olhos com todos aqueles pedidos bobos. Será que aquela crianças sabiam que estavam escrevendo para Deus, não para o Papai Noel?

Aquilo era patético demais e Damien quase escreveu mesmo um “vai se foder”, mas achou melhor olhar ao redor da sala inteira antes de qualquer coisa. Parou o olhar em um garoto loiro, sentado na fileira de lugares bem na frente do quadro negro, e um grande sorriso subiu nos seus lábios. Finalmente havia pensando em alguma coisa.

[...]

— Tudo bem, crianças. – A professora chamou a atenção de todos. Estava segurando as várias cartas em uma única pilha, com as duas mãos, estranhamente alegre com o resultado. – Agora que todos terminaram, podemos ler as cartas.

A maioria das crianças esperavam com expectativa por aquele momento, que a mulher lesse as cartas em voz alta, na realidade, apenas uma carta em particular. Sabiam que aquela era um jeito inteligente de irritar o jovem demônio da sala, eles sempre podiam esperar coisas assim daquela professora para dar umas boas risadas, quando Damien estava presente.

Sorte deles, a carta era a primeira da pilha.

A professora sorriu, afastou a franja dos olhos e arrumou os óculos antes de iniciar a leitura:

— “Deus.” – Ela leu lentamente, imitando a voz fina e estridente de Damien, fazendo as outras crianças rirem. Normalmente isso iria tirá-lo do sério, mas o menino só conseguia se concentrar em reprimir um teimoso sorriso, ansiosamente esperando que a mulher continuasse. – “Eu estava pensando… Anjos podem pecar?

Houve uma pausa inesperada e a mulher olhou para Damien, que simplesmente sorriu falso e docemente, fazendo um gesto com a cabeça para que ela continuasse. Claramente desconfortável, ainda hesitou um pouco antes de voltar com a leitura:

— “Eu quero saber porque tem esse menino na minha sala, bonito e inocente, tenho certeza de que ele vai para o céu. Você deve saber de quem eu estou falando.” – A professora falava agora com a sua voz normal, repleta de inquietação.

Algumas crianças olhavam sem jeito umas para as outras e, sem seguida, encaravam Damien como se esperassem que alguma coisa fosse acontecer. Mas o anticristo estava com o olhar fixo na professora de matemática, esperando que ela continuasse.

— “Eu vou fazer tudo que eu puder para leva ele ao pecado e vou conseguir, espero só, Deus, Pip ainda será meu…” – Ela falou com o tom de voz errado, mas Damien não se importou, a mensagem estava dada. – Assinado: Damien.

Todos os pares de olhos caíram sobre o loiro no instante que a professora terminou a breve carta. Pip, de repente, ficou com medo, apreensivo, e não ousou olhar para trás e ver a criança-demônio sorrindo para ele, algumas mesas mais atrás, quase no fundo da sala.

Damien esperava que aquela vadia lhe deixasse em paz depois disso.

25 июня 2019 г. 19:44 0 Отчет Добавить Подписаться
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Caty Bolton Dip é o caminho da salvação || South Park fandom

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