nathy-loussop Nathy Loussop

A ameaça dos Caídos há séculos perturba os habitantes de Borla, por conta disso, em tempos antigos que ninguém se tem mais lembranças, os deuses agraciaram a cidadela com a proteção de seus dois filhos na esperança de finalmente obliterarem tais seres. Infelizmente, até hoje, este sucesso é aguardado. História criada para o desafio "A Fantasia Final" da Copa dos Autores com o tema: Você deve destruir um demônio que penetra nas mentes das pessoas.


Фентези эпический 13+. © Universo criado por mim baseado nas músicas "The Moon Rises" e "Lullaby For a Princess". Capa feita por Valentina Ferraz

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Capítulo 01

Capítulo 01


Os disparos de flechas de luz eram ouvidos atravessando os céus até atingirem algum alvo, seja um pedaço de construção ou um dos Caídos que não foram rápidos o suficiente para escaparem. O impacto causado por elas não era nada discreto bem como o dano infligido.

Os gritos agudos eram a única coisa que sobrava dos alvos atingidos pela flecha de Solaria. A batalha já perdurava a algum tempo e restava apenas um último oponente. Pulando pelos telhados das construções atravessando a cidade, seu alvo era grande e ao mesmo tempo rápido.

Disparos eram realizados contra ela. Eles por sua vez não pareciam afetar as construções ao redor, desaparecendo em uma pequena nuvem como se nunca tivessem sequer existido. Ela por sua vez realizou seu próprio, errando-o por ter de desviar ao jogar-se contra o chão para escapar de um ataque.

O corpo de Solaria deslizava pelo chão de forma rápida graças aos seus poderes divinos e seu cabelo alaranjado esvoaçava ao vento em meio a outro disparo. Ao atingir uma parede com seus pés, a usou para ganhar impulso e pôr-se novamente de pé.

O arco foi apontado para a criatura de forma circular cheia de pequenos tentáculos flutuando pela cidade. A ponta da flecha começou a brilhar pouco antes de ser disparada. O feixe amarelo cortou o ar de forma rápida atravessando o monstro e o fazendo explodir em milhares de pequenos pontos luminosos, lembrando um pouco purpurina.

Com um salto logo estava sobre o telhado de uma construção. Outra flecha de luz já se encontrava em seu arco, pronta para ser disparada. Apontando a arma para diversas direções acabou a desfazendo no ar ao concluir que a ameaça havia sido realmente eliminada.

Os minutos seguintes foram silenciosos, as pessoas saiam de suas casas com cautela ou abriam as janelas de forma lenta, os mais corajosos já estavam no meio das ruas observando os céus, curiosos. Um raio de luz foi visto atravessando a zona residencial rumo ao sul, gritos pareciam o acompanhar por onde passava até desaparecer por completo ao atingir o topo da Torre Negra.

Ao materializar novamente seu corpo, caminhou até a entrada da pequena capela que protegia a escada, descendo-a com passos lentos, os degraus em espiral iam da base até seu topo. Uma pequena esfera de energia luminosa dourada a seguia de perto, não se atrevendo a passar a sua frente.

A torre era inteiramente feita de pedra com um detalhe ou outro em madeira ou ferro. Rachaduras eram bem evidentes e presentes tanto nos degraus quanto nas paredes e na coluna central. Algumas vinhas também pareciam crescer dando uma sensação de abandono.

Apesar de percorrer toda a estrutura, a escada não era contínua. Ocasionalmente havia uma pequena plataforma onde uma porta de madeira e ferro se localizava e foi em uma delas em que Solaria parou. Esticando o braço, abaixou a maçaneta escutando o som do trinco pesado ecoar pelo local. Logicamente a porta levaria a uma queda da torre, se não houvesse magia a envolvendo.

O salão que se mostrou em frente a jovem era bem mais cuidado do que a torre em questão, mas ainda dava para perceber a situação precária do lugar. O solado de sua armadura leve também proporcionava um som chamativo no ambiente silencioso.

Parecendo ser atraído pelo som, uma criatura em forma humanoide apareceu para lhe receber.

— Em que posso ajudá-la, Senhorita Solaria? — a voz calma e masculina se manifestou.

Logo a figura do homem alto de cabelos loiro escuro trajando uma blusa de manga branca, dobrada até a altura dos cotovelos, e calça preta apareceu. Ele destacava-se pelos olhos negros em forma de losangos e as córneas amarelas.

— Deveria sentir vergonha de si e ter mais respeito não assumindo essa forma em minha frente — seu tom era autoritário, repreensivo e desgostoso. Era clara a superioridade que ela impunha perante ele.

— Perdão, Senhorita — abaixou a cabeça em uma leve reverência — Acredito que esta lhe satisfaça.

Seu corpo começou a assumir um leve brilho quando uma voz irrompeu pelo ar chamando a atenção de todos presentes.

— Eu lhe proíbo disso!

A transformação foi interrompida.

Os passos da bota de salto começaram a ecoar pelo lugar enquanto um segundo homem se aproximava. Solaria manteve sua postura, não parecendo se intimidar por ele.

Este era mais baixo que o primeiro, com cabelos volumosos, um pouco ondulados e caindo levemente por seu rosto de fios azulados.

— Você deve acatar as minhas ordens — continuou dizendo ao caminhar, voltando a falar quando se pôs entre o loiro e a jovem — O que deseja minha querida irmã? — assim como o dela, seu tom não parecia nem um pouco amigável, chegando a ser irônico ao dirigir-se a ela.

— Este lugar está horrível. Deveria dar um jeito nisso — ela continuou também mantendo a superioridade na fala.

— Infelizmente as condições da torre não dependem exclusivamente de mim e sim das pessoas. Veio aqui apenas para isso? Não está perdendo suas preciosas horas de luz à toa?

— Houve outro ataque, mas não houve manifestação de seu poder, de novo...

Ela o olhou um pouco torto o que o fez soltar um suspiro.

— Quantos séculos precisam se passar para entender que meus poderes não se manifestam enquanto o Sol rege os céus?

— A Lua também se encontra presente! — levantou o tom batendo o pé no chão.

A esfera luminosa atrás dela pareceu se encolher, diminuindo seu brilho. O rapaz loiro também pareceu se encolher um pouco, dando um largo passo para ficar protegido atrás de seu mestre com uma expressão surpresa.

— Lua Nova — sorriu de canto sem demonstrar muitas emoções — Sugiro observar as estrelas hoje a noite irmã, elas ficam mais belas.

Solaria não acreditava no que ouvira e o mataria se fosse possível, sabendo que não era, contentou-se em dar alguns passos para frente apenas o suficiente para ganhar a distância que faltava para dar um tapa forte no rosto do irmão.

A armadura que usava era simples, com peças de couro e ferro, este último que se encontrava especialmente em sua mão, cobrindo sua palma, permitindo os dedos ficarem livres, este último que também marcou o rosto do rapaz por conta do forte impacto.

— Esta torre vai ruir, Luan! Ou você assume as responsabilidades que lhe foram dadas ou este lugar já está com o destino escrito!

Não era do feitio da moça perder a cabeça, algo que seu irmão poderia se orgulhar de conseguir fazer se houvesse algum mérito a se ganhar com isso. Ambas as criaturas se recolheram ainda mais.

O tapa empurrou seu rosto para o lado jogando os fios de seu cabelo por cima de sua face. Ele inclinou a cabeça para ela, o suficiente para fazê-los saírem um pouco de cima de seu olho. Demonstrava um desejo assassino maior que o dela. Seus olhos em tons crepusculares pareciam brilhar ao encará-la.

— Saia. Da. Minha. Torre... — disse de forma lenta, controlando-se. Sua voz transbordava raiva.

Os olhos de Solaria se arregalaram, mesmo não demonstrando medo. Medo era uma palavra muito forte para o que estava sentindo. Recuou para onde estava inicialmente, não desviando o olhar dele até sentir-se bem o suficiente para virar-lhe as costas, abrir a porta e fechá-la com rapidez mal dando tempo da pequena esfera a acompanhar.

O som do trinco metálico pareceu ecoar pela sala, uma força desnecessária foi usada. Os passos dela subindo os degraus de volta para o topo da torre ainda podiam ser ouvidos até certo ponto. Foi quando o silêncio reinou que Luan despencou.

Seu corpo atingiu com força o chão. Primeiro os joelhos, seguido da palma de ambas as mãos que em pouco tempo fecharam-se em punho. A cabeça lentamente foi se abaixando até encostar-se à superfície fria e lágrimas começavam a marcar a cor cinza sob seu corpo.

— Senhor! — gritou o rapaz se aproximando, chegando a ajoelhar ao seu lado, mas não o tocando.

Luan ficou ali por um breve período de tempo, até toda sua raiva e frustração escorrerem de seu corpo através de seus olhos. O loiro continuou ao seu lado esperando que apenas sua presença fosse o suficiente para ele passar por aquele momento.

Luan ergueu o corpo soltando um grito que pareceu fazer tremer a frágil estrutura da torre. Passou o braço envolto nas mangas longas de seu traje sobre o rosto procurando secar suas lágrimas. Levantou-se e começou a caminhar para o interior do aposento onde se encontrava antes da visita de sua irmã.

— Henê... — começou a se pronunciar como se nada tivesse acontecido — O que achou sobre os Caídos?

— Não muita coisa... — procurou acompanhar os passos dele. Luan virou-se com um olhar repreensivo o que o assustou um pouco — Senhor... – completou a frase.

A expressão do semideus pareceu se acalmar. Henê soltou um discreto suspiro de alívio, sabia que a irritação não era por conta da falta do pronome de tratamento e sim por causa das péssimas notícias, contudo, ele e Luan possuíam uma relação tão antiga que sabia o quanto tal palavra também o irritava, tanto ao ponto de ignorar qualquer outra coisa que pudesse o estar perturbando.

Voltou sua caminhada até uma pequena pilha de livros sobre uma mesa que havia separado previamente para procurar algo em suas páginas.

— Uma das poucas coisas que encontrei é que os Caídos, em outras culturas, levam outro nome — arriscou dizer.

— Que nome seria? — estava virando a página de um livro, mas interrompeu o ato para olhar ao companheiro.

— Demônios.

Luan arqueou uma sobrancelha o olhando em confusão, por fim soltou uma breve risada por entre os dentes com um pouco de deboche. O que os "outros” sabiam afinal? Continuou a folhear o livro que tinha em mãos.

Enquanto a luz do dia dominava e Solaria protegia Borla, os dois companheiros se mantinham ocupados com os poucos recursos que possuíam na esperança de conseguir encontrarem algo. Faltavam poucos para serem olhados e isso frustrava o rapaz ainda mais. Se ao menos os habitantes pudessem o ajudar mais...

Estava no meio de uma leitura quando sua atenção foi chamada.

— Senhor... — Henê foi encarado, provavelmente esperando que fossem boas notícias — Já está anoitecendo.

Nenhuma palavra foi dita, Luan apenas fechou o livro batendo suas duas metades fazendo um pequeno estalo e o pôs sobre a mesa. Ainda em silêncio, foi em direção a porta sendo seguido de perto por seu companheiro.

Seguiram até o topo da torre onde a primeira visão que tiveram foi a Torre Branca, ao norte, destacando-se como um verdadeiro sol noturno. Luan aproximou-se da mureta de pedras tomando cuidado para não fazer algum fragmento dela se desfazer em suas mãos.

O vento balançava seus cabelos para a lateral de seu rosto. Fechou os olhos inspirando lentamente, puxando o máximo de ar que seus pulmões aguentava, soltando-o lentamente alguns segundos depois pela boca, criando um ar gélido ao seu redor. Ao abrir novamente os olhos de forma rápida e em alerta, chamou Henê esticando seu braço na direção dele.

O corpo do rapaz começou a brilhar com a mesma luz de anteriormente, tornando-se um feixe que se enrolou por todo o braço dele até parecer repousar em seu peito em forma de um amuleto cuja corrente contornava seu pescoço.

Hora de caçar alguns Caídos.


*****


Solaria irrompia os céus atravessando a cidade em um raio luminoso em forma de arco gerando mais comemoração por parte dos habitantes que chegavam a parar o que estavam fazendo para aplaudir, assobiar e até mesmo jogarem seus chapéus para o alto. Seu destino, do outro lado da cidade, era a Torre Branca.

A estrutura em si era a mesma da torre onde seu irmão vivia, com a exceção que ela não possuía aquele nome apenas para se "opor" a ele.

A Torre Branca era uma construção digna de uma divindade, toda coberta em mármore que constantemente recebia cuidados e oferendas das pessoas de Borla.

O fato de ser a filha do Sol não tinha nada a ver com o fato do local ser mais agradável, mas contribuía, dando uma sensação tranquila de brisa da manhã de verão, capaz de aquecer qualquer coração amargurado.

As plantas eram poucas, mas acomodavam-se em estruturas e vasos de barro ou argila decorando o local de uma forma magnífica. E claro, portas mágicas no decorrer de toda a escada. Até a forma e toque delas eram diferentes.

A madeira era mais clara, o metal polido e não pareciam ser tão pesadas quanto as presentes na torre de seu irmão. A escolhida foi a porta de seu arsenal.

Solaria era uma guerreira e qualquer coisa que pudesse ser empunhada em uma batalha, seja um arco com suas flechas de luz, uma espada, uma lança ou até mesmo uma simples panela velha, ela usaria para derrotar os Caídos, bastava esse objeto estar em seu arsenal para poder ser invocado ao bel prazer dela.

Após a batalha desta tarde era claro que algumas armas precisavam ser limpas além de afiar novamente suas lâminas. Era muito cuidadosa com elas e ao mesmo tempo muito perfeccionista e rigorosa, caso alguma deixasse de atender suas necessidades, mesmo que de uma forma mínima, seria facilmente descartada e rapidamente substituída.

Passara boas horas as limpando e organizando até que uma fina voz chamou por seu nome. Olhando em direção a porta, a pequena esfera de luz parecia um pouco agitada e nervosa ao pronunciar-se.

— Já anoiteceu, Senhorita Solaria.

— Bom... — não sabia exatamente o que dizer, surpreendendo-se por ter passado tanto tempo assim, concordando com a cabeça fazendo movimentos rápidos — Bom... — voltou a olhar a espada que estava arrumando — Já estou indo.

Guardou a arma em um suporte flutuante de energia e afastou-se um pouco para ter certeza de estar perfeitamente alinhada com as demais antes de caminhar com passos lentos em direção a porta do arsenal, a abrindo com tamanha tranquilidade que foi possível a esfera de energia lhe acompanhar sem maiores problemas.

A subida até o topo da torre foi silenciosa, tendo apenas os passos dela estalando contra o chão criando pequenos ecos a medida que prosseguia.

Ao chegar lá, era possível ver a sombra da Torre Negra ao sul destacando-se na noite escura encobrindo as estrelas como uma larga faixa.

Aquela não era a visão pelo qual ela almejada, logo virando-se de costas e dando a volta na capela apenas para ter certeza que não iria ser incomodada.

As torres eram gigantescas, chegando a serem quilométricas. Dificilmente um humano conseguiria ver seu topo e nem mesmo os sacerdotes que cuidavam dela conseguiam passar dos poucos andares que possuíam.

Ambas ficavam nos extremos da cidade entre o alto muro que protegia Borla dos perigos da natureza. A mesma que se mostrava a sua frente como um lindo tapete verde criado pelas copas de árvores.

Ergueu a cabeça encarando os céus. Estrelas solitárias, constelações, nebulosas... Tudo em um belo arranjo criado por sua mãe. Sentiu seus olhos brilharem como o raiar do sol da manhã ao ver aquilo e um estranho conforto tomou conta de si.

Seu corpo foi envolto por uma energia dourada, removendo dele sua armadura e a substituindo por um delicado vestido branco. Sentou-se sobre seus pés procurando uma posição melhor. Seu irmão estava certo, a vista era maravilhosa, digna de uma divindade.

22 июня 2019 г. 22:46 3 Отчет Добавить Подписаться
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Karina Zulauf Tironi Karina Zulauf Tironi
Olá, Nathy! Tudo bem? Faço parte do Sistema de Verificação e venho lhe parabenizar pela Verificação da sua história. Devo começar dizendo que sua capa é belíssima e a sinopse é muito intrigante, convidando o leitor a conhecer o universo criado. Isso é muito importante porque, apesar da frase famosa, muitos de nós julgamos o livro pela capa. E eu fui imediatamente seduzida pela capa e pela premissa de A Filha do Sol & O Filho da Lua. Adorei como você começou a narrativa, posicionando-nos no centro do confronto, esse é um ótimo modo de imersão e funciona muito bem. Encontrei alguns errinhos ortográficos e de pontuação, mas nada que prejudique a leitura. Em relação a coerência e estrutura, está tudo certinho! Gostei muito dos diálogos entre os personagens, achei eles muito bem construídos e planejados, assim como os nomes (muito astuto!). A história é cativante, diferente de qualquer outra que já tenha lido aqui no Inkspired ou mesmo em livros físicos. Ela tem um brilho (talvez seja iluminada pelo sol e pela lua) próprio e chama a atenção por sua originalidade. Todo o universo é bem construído e realmente senti como se tivesse sido transportada para lá; esse é o superpoder dos bons escritores! O final do primeiro capítulo foi muito bonito e garantiu a vontade de continuar com a leitura com aquele gostinho de quero mais. Mais uma vez, parabéns pela sua história e te desejo todo o sucesso! Você tem muito potencial.
Inativo Inativo
Olá, eu sou a MRz do Sistema de Verificação do Inkspired. O sistema de verificação atua não só para ver a qualidade da história, como também para observar se a história está de acordo com as normas do site. Sua história está “em revisão” porque há a repetição de um erro bem pequeno: as palavras oxítonas, terminadas em “a”, “e” e “o” seguidas pelos pronomes oblíquos –la, -lo, -las, -los, precisam ser acentuados, como “ajudá-la”, “encará-la” e “fechá-la”. Como eu disse, é um erro muito pequeno mesmo, porém estamos um pouco mais rigorosos na verificação por se tratar de um desafio da Copa de Autores, por isso de não ter sido verificada imediatamente. A verificação não é obrigatória para a história continuar sendo exibida, então se você tiver o interesse de ter sua história verificada, após corrigir os erros, é só responder a esse comentário que eu faço uma nova verificação. No mais, você escreve muito bem e essa história parece ter um plot muito interessante! Boa sorte na competição e tenha uma boa semana. :)

  • Nathy Loussop Nathy Loussop
    Erros corrigidos, vou ficar mais atenta nos próximos capítulos, obrigada pela ajuda ^^ June 24, 2019, 21:34
~

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