nathymaki Nathy Maki

1. Que possui promiscuidade; 2. Que é feito de diferentes elementos desordenados; 3. Que envolve elementos obscenos, imorais. Para Neji, essa era a palavra que definia Hinata.


Фанфикшн Аниме/Манга 18+.

#bugdomileniofns #Neijhina #hentai #promiscuous #neji-hyuuga #hinata-hyuuga #ua #universo-alternativo #balada #romance
Короткий рассказ
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Capítulo Único

Notas iniciais: Hellow! Uau, fazia séculos que eu não escrevia potaria, mas olha, que potaria meus amigos u.u Uma Nejihina fresquinha com base na provocação e baseada na música Promiscuous da Nelly Furtado para o Desafio Bug do Milênio da FNS. Aliás! OLHEM ESSE FUCKING DESENHO FEITO PELA CYANIS PARA A HISTÓRIA!!! DEUSA E RAINHA, ME MATA DE UMA VEZ!
É isso!
Aproveitem<3


***

A manhã estava agradável. Nuvens cinzentas, cheiro de chuva, folhas executando sua bela dança ao serem levadas pelo vento. Era um dia perfeito para um livro e um cobertor, para sentar a janela e aguardar as gotas de chuva baterem no vidro, apenas para ouvir o som agradável e sonífero. Também era um dia perfeito para uma xícara forte de café, com as gotas adequadas de leite e o calor reconfortante entre as mãos. E era exatamente isso que Neji Hyuuga pensava ao caminhar tranquilamente pelas ruas com o cachecol folgado ao redor do pescoço balançando com a brisa que bagunçava seus cabelos compridos. Um café transformaria aquela manhã em perfeita.

Virou a esquina e viu a placa da cafeteria que tanto gostava de frequentar. O Café Konoha era um lugarzinho escondido dos olhos comuns, mas todos que ali entravam se transformavam em clientes assíduos. Talvez fosse seu ambiente aconchegante ou o café recém passado acompanhado de uma cesta de pães de queijo que derretiam na boca, ou ainda o atendimento simpático e o sorriso contagiante do seu dono. Oh, sim, aquele sorriso de Naruto podia muito bem parar guerras. Empurrou a porta, ouvindo o sininho preso no alto tilintar alegremente, e o cheiro de café fresco o atingiu. Sim, pensou, nenhum outro lugar do mundo era como aquele.

— Bom dia, Neji. – Cumprimentou Naruto com seu sorriso habitual, erguendo a mão em um aceno. — O de sempre? – O rapaz assentiu, os dedos tamborilando no balcão enquanto os olhos buscavam a mesa que sempre sentava voltada para a janela. — Expresso duplo e uma cesta de pães de queijo para acompanhar, Hinata. – Naruto havia se voltado para o interior do balcão e o Hyuuga, distraído ao ouvir aquele nome com tanta sonoridade, virou-se para encarar no exato momento que uma garota saía da cozinha balançando uma cascata de cabelos azulados para longe do rosto.

E que encarada.

Havia uma aura de inocência no formato delicado do rosto e na pele homogênea, no contato inicial com os olhos muito claros, aura essa quebrada no momento em que o olhar se aprofundou. Os dela se acenderam como chamas, as sobrancelhas se erguendo e a boca tingida de vermelho sorrindo de uma forma maliciosa, enquanto os passos continuavam, suaves e confiantes, os saltos estalando contra o piso. Ela passou por Neji, que ainda a encarava boquiaberto, e seus olhos não se impediram de segui-la para absorver cada detalhe daquela forma bem delineada.

— Hey, cara, você ainda está encarando. – Naruto bateu em seu ombro sufocando uma risada. Piscou, aturdido e momentaneamente sem fala, antes de voltar os olhos e ouvir a risada do loiro ao ler a pergunta gritada neles. Quem é ela? — Ela é a Hinata, trabalhava aqui no turno da noite e trocou ontem com a Sakura pelo da manhã. É uma grande amiga, um pouco irritada talvez, com um soco que dói como o diabo, e definitivamente areia demais para o seu caminhãozinho.

— E como você sabe? – A expressão descrente no rosto dele avisava ao balconista que, mesmo sendo avisado, ele iria tentar.

— Acredite em mim, eu apenas sei. – Foi tudo o que disse antes de dar as costas a Neji e focar em atender o próximo cliente.

O garoto, no entanto, não se contentou com essa resposta. Rumou para a mesa que costumava sentar e tentou parecer displicente enquanto aguardava o seu pedido e espiava a garota que circulava pelas mesas atendendo os clientes com um sorriso. Vez por outra, seus olhos se encontravam pelo caminho e ele via a boca dela se torcer em um bico charmoso que não imaginava nem de longe o significado. Eu não posso ser tão repulsivo assim, pensou atordoado com aquela brincadeira de troca de olhares.

Não sabia dizer quanto tempo havia passado, apenas que o Sol havia vencido as nuvens e espalhava seus raios pela madeira clara, espantando qualquer certeza que pudesse ter sobre apreciar a chuva correndo contra o vidro. Aliás, tinha plena certeza que não seria a chuva o seu foco naquele dia, mesmo que esta desse o ar de sua graça. Não quando havia outra coisa, ou melhor, pessoa, tão ou mais interessante a ser observada.

— Seu pedido, Senhor. – A voz arrastada e suave lhe fez notar o perfil belo se inclinando contra si. As palavras engancharam na garganta e os olhos arregalaram-se ao notar o generoso decote que ressaltava a forma dos seus seios. Pelos céus, essa garota é uma perdição.

— Obrigado. – Agradeceu de modo automático, as boas maneiras ainda presentes mesmo que seu cérebro parecesse ter entrado em pane. Porém ao olhar para o que havia pedido, franziu a sobrancelhas ao encontrar um cartão enfiado em seus pães de queijo. Agarrou o papel e não pode evitar sorrir ao ver a marca de batom vermelho bem evidente sobre um pequeno recado ao lado de um número de telefone. Algo lhe dizia que aquele era um jogo perigoso em que estava se metendo.

— Para quando você decidir para de olhar e tomar uma atitude. – Ela disse parecendo se divertir com o espanto dele.

— Olhar não tira pedaço. – Ele falou baixo o suficiente para que apenas ela ouvisse, vendo os lábios cobertos pelo mesmo batom que tinha em mãos registrado no papel se curvarem em um sorriso.

— Mas também não dá ibope. Se não tomar uma atitude vai morrer virgem. – E com uma piscadela, Hinata deu a volta estalando os saltos até o balcão. Neji riu consigo mesmo, apreciando o modo que os quadris dela se moviam e o ondular do vestido preto por baixo do avental. Oh, sim, aquela garota seria sua perdição.

***

Após isso, Neji voltou todos os dias ao café apenas para encontrá-la. Fato este que não parecia difícil, uma vez que Hinata parecia estar em todos os lugares que ia: na sorveteria, vendendo as casquinhas que ele sempre levava para a minha priminha mais nova, onde fazia questão de lamber os dedos sujos de chocolate antes de lhe entregar o pedido; na padaria, vendendo sonhos açucarados em uma pequena barraquinha a beira-mar; na loja de rosquinha que ele visitava regularmente entre os intervalos das aulas a tarde. E sempre a situação era a mesma, um flerte descarado, um jogo de gato e rato que parecia nunca acabar e se tornava mais interessante a cada partida.

— Fica chato se você me seguir assim. – Comentou ao encontrá-la pela segunda vez naquele dia em uma pastelaria. — Vai parecer que está interessada.

— Não seja idiota. – Os lábios se curvaram em um sorriso brincalhão. — Já disse que estou aqui pela comida. Eles me deixam levar o que sobrou e nunca se diz não a isso. Agora no seu caso eu já não acredito que tenha vindo pelo pastel, são apenas massa e vento.

— Quem sabe? – Retrucou ele, estendendo o dinheiro enquanto a assistia embalar o pedido com agilidade. — Talvez eu tenha vindo por você e dessa vez me diga quantos empregos tem.

Hmm, vejamos... – Ela pareceu pensar. — Mais o menos o mesmo tanto que não é da sua conta.

— Ora, vamos, você deve ter algum tempo livre. Não pode trabalhar o dia todo!

— Não vejo porque não. Aliás, aquele cartão vai apodrecer se não usar logo. – E com uma última piscada entregou o saquinho de papel e se virou para sair, deixando Neji a observar o movimento suave das costas. — Te chateia isso? – Perguntou subitamente. Mas a expressão dele não podia ser menos tediosa naquele momento. — Foi o pensei.

***

Naquela noite, enfim, Neji tomou coragem para adicionar o número do cartão que se encontrava em um lugar de destaque sob a mesa de estudos do seu quarto. Observava-o todas as noites, imaginando quando teria coragem de usá-lo e o que seria dito caso o fizesse. Mas a provocação daquele ainda estava bem fresca em sua cabeça de modo que o estopim para que ele pegasse o pequeno cartão e fitasse a marca de batom por um tempo antes de (finalmente!) deitar na cama e abrir a tela de SMS e digitar, dividido entre a vontade de rir e a apreensão advinda da possibilidade de ela não responder.

Oi anjo, doeu quando caiu do céu?

Bastaram apenas alguns minutos para que a resposta chegasse.

Estou decepcionada, esperava coisa melhor do que essas cantadas poeirentas de pedreiro.


Você não tem de comentar a piada, apenas responda algo como: ‘Não se preocupe, eu tinha asas para aparar a queda. ’


Levou muito tempo para pensar nisso? Porque, olha, o nível foi baixíssimo.


Aproveitando que o nível já está baixo, vou me rebaixar ainda mais e perguntar de uma vez. Não vi nenhum anel na sua mão, por acaso a dama já está comprometida?


A dama aqui pensou que não estivesse interessado.


Estou apenas curioso. À primeira vista você me pareceu tão inocente, e agora...


E agora...?


Agora descobrirei até o fim da noite.

A resposta demorou um pouco mais dessa vez, o que o fez imaginar ela deitada em uma cama grande, rolando abraçada a algum bicho de pelúcia. Mas a cena não parecia certa, aquela garota tão provocante que conhecera e invadia seus sonhos com ações nada puras certamente não teria cortina de unicórnios no quarto, muito menos uma cama com lençóis rosas e laços vermelhos.

Então está me dizendo que eu sou seu tipo?

Quase podia sentir o sorriso malicioso que acompanhava aquela pergunta. Sim, definitivamente nada de unicórnios.

Talvez... se eu jogar as cartas direito, quem sabe o que sairá disso.


Garoto, garoto, isso é um desafio? Porque se for, eu digo que se prepare. Meu jogo não é para os fracos.


Nunca achei que fosse. Mas quem disse que eu sou fraco?

Quase pôde ouvir sua risada ao ler essa última mensagem. Agora, quem rolava na cama era ele, sentindo-se um adolescente de novo, o coração batendo rápido e ansioso pelo que viria.

É o que veremos. Boa sorte, Neji, vai precisar.

***

Uma vez na escola, um professor havia dito que havia uma palavra que definia cada pessoa que já pisou na terra. Se Nejji tivesse de escolher, diria que Hinata seria a encarnação da palavra promiscua. Não deveria haver outro motivo para que ele, de repente, pensasse apenas nela horas seguidas por dias a fio, revivendo na memória o formato delicado do rosto, o contrair da mandíbula ao ser contestada, a curva sensual dos lábios ao sorrirem provocantes.... Pelos deuses, como ele queria beijá-los! Hinata tomava cada um dos seus pensamentos, mas, ah, havia o jogo, este uma vez iniciado só se encerraria com a desistência de uma das partes e ele estava determinado a não ser esta.

Encontravam-se duas, três vezes por dia e a cada contato ele apenas a queria ainda mais. As provocações se tornaram mais intensas e logo sem controle, o rapaz fantasiava os detalhes em sua mente.

Até que um dia, a campainha tocou e Neji a encontrou lá, parada na chuva que caía insistente, os cabelos escorridos e pingando no tapete fofo da entrada, o vestido azul colado ao corpo acentuando as formas e o brilho do gloss quase sumido por completo. Neji estacou, surpreso e chocado, aquela era uma enorme quebra do padrão. Ela simplesmente estava lá, ensopada bem na sua porta como se fosse o destino.

— Devo continuar parada aqui enquanto você se recupera? Tenho a noite toda disponível.

— Como sabia onde ficava a minha casa?

— Pessoas contam coisas e eu tenho maneiras de descobri-las – O rapaz estacou de novo, sua mente se encontrava travada como um velho jogo de pinball. — Bem que eu ouvi que o cavalheirismo estava morto. – Ela comentou, começando a virar de costas os saltos estalando contra os degraus da saída.

— Não, espere! Hinata! Nunca disse que não poderia entrar. – Os olhos se voltaram sob o ombro avaliando e ela retrocedeu os passos dados e passou por ele, entrando na casa. Ele apenas assistiu, aturdido, ela examinar os móveis claros que completavam o ambiente de forma harmoniosa.

— Não imaginei tão clichê. – Comentou. — Mas gostei da parede vermelha.

— Certo. Agora que tal me dizer por que está aqui? – Ela brincou por um instante com a alça da bolsa e suspirou antes de voltar a encará-lo.

— Fugi de casa por hoje, pensei em vir aqui te perturbar um pouco já que me diverte.

— É um jeito de colocar isso.

Os olhares se encontraram e Neji desviou os seus, bem ciente do que aquela observação de toda a pele exposta fazia com seu corpo. Não que tivesse vergonha da barraca erguida, mas aquilo indicava o quanto a queria e era o mesmo que estender um tapete e caminhar por ele até a sua redição.

— Se quiser se livrar dessas roupas, o banheiro é na segunda porta a direita.

— Isso é um convite? – Hinata piscou com um sorriso.

— Só se você quiser que seja. – Ele ergueu as sobrancelhas, não perdendo a chance

Ela riu e se encaminhou para a porta indicada e dizendo antes de fechá-la:

— Não vale espiar.

Neji observou a madeira bloquear seu acesso a visão que (e como!) queria ter. Decidido, se encaminhou até o armário de bebidas, puxou uma garrafa e foi sentar-se no chão da sala com as costas escoradas contra o sofá. Puxou um copo da mesa de centro e bebeu, enquanto tentava não ouvir o barulho do chuveiro e imaginar o que acontecia por lá.

Quando Hinata retornou, com os cabelos úmidos e penteados cheirando fortemente ao seu condicionador favorito, usava apenas uma blusa velha dele com o logo de uma banda que gostava. Observou as pernas expostas, as coxas cheias e a barra da blusa que ameaçava subir e expor muito mais. Virou o copo de uma vez e sentiu o fogo descer pela garganta, o que não ajudava em nada a aplacar o seu estado. Não que ele quisesse.

— O que temos para beber? – Ela perguntou sentando-se ao seu lado, e se inclinando para a frente de modo que os seios ficassem bem evidentes e ele notasse que ela não usava sutiã.

— Tequila.

— Bom para abrir a boca de quem não quer. – Comentou, mas ainda assim, pegou um copo na mesa e o estendeu para que ele servisse a bebida.

— Por que fugiu de casa? – Neji questionou entre o entrechoque da garrafa ao encostar no copo.

— Eu ainda não estou bêbada o suficiente para isso.

Continuaram em um silêncio cortado apenas pelo pousar do vidro no chão e pela movimentação do líquido na garrafa. Meio caminho andado e os toques começaram. Primeiro de forma sutil, uma esbarrada em sua mão, uma carícia ocasional em seu braço, e foram se intensificando, os dedos resvalando em sua coxa, descendo o short de moleton que ele usava para dormir e puxando o elástico da cueca de modo insunuador, a mão ousada subindo até se infiltrar em sua camiseta.

Os corpos se achegaram, braços se tocando, carícias e calores que faziam seus sistemas exaltados pela bebida fervilharem. Pés encaixados, cinturas coladas e rostos alinhados. As respirações se misturando e os olhares conectados e então, em um impulso, o encostar dos lábios necessitados.

O beijo foi como uma explosão, não uma qualquer que começava com o acender de um pavio de forma controlada e então crescia em tamanho e proporção; mas sim um bombardeio no qual não havia sentido ou ordem, no qual não se sabia ao menos quem estava lutando contra quem e menos ainda quem estava vencendo.

Os corpos se encaixaram e inclinaram-se até ambos estarem deitados no chão cobre o tapete fofo, as mãos de Hinata infiltradas sob a blusa, os dedos gelados aquecendo-se com o calor que o corpo dele emitia.

— Por que você fugiu? – Neji murmurou, a letargia do álcool se espalhando por suas veias e os olhos se fechando sem permissão. Amaldiçoou seu corpo fraco e tentou manter os olhos abertos ao sentir Hinata se aconchegar mais em si, uma das mãos ainda enfiadas sob sua blusa enquanto a outra levava a garrafa diretamente aos lábios. Ela tomou um longo gole e limpou a boca antes de responder.

— Por que eu encontrei o meu primo e me proibiram de vê-lo de novo. – Os olhos dela brilhavam, duas piscinas límpidas refletindo um segredo há muito enterrado. — E eu não desejava fazer isso.

E como se em um sonho, Neji podia jurar que o nome dela saíra de seus lábios antes de apagar por completo.

***

No outro dia, Neij acordou sobressaltado, a cabeça a mil imaginando se a noite passada não havia passado de um sonho. Correu por toda a casa procurando Hinata ou qualquer sinal da estadia dela ali. Ainda sentia o gosto da bebida queimando pela garganta, o calor dos seus dedos agarrando o tecido da blusa e o corpo colado ao seu. Havia palavras sussurradas, uma pergunta respondida, não podia ter sido um sonho!

Infelizmente, tudo o que tinha de prova era a marca de batom no espelho do banheiro. Nada tão satisfatório do que a encontrar ali de fato, dormindo ao seu lado como se houvesse mesmo passado a noite juntos. Muito embora já devia esperar aquela atitude. Jogou água gelada no rosto e, fitando-se no espelho, decidiu que perguntaria o que exatamente havia acontecido e para onde ela fora quando a visse pela primeira vez naquela manhã.

Mas isso nunca chegou a acontecer porque, aparentemente, Hinata havia sumido do mapa. Não a viu o dia todo e pensou o pior. Estava inquieto e movia os olhos sem parar ao andar em meio as multidões, esperançoso de conseguir captar ao menos um mero vislumbre dela. Quando uma semana se passou sem que qualquer tipo de contato fosse feito – até mesmo os SMS que enviara não haviam sequer sido lidos, resolveu ir até o Café Konoha e perguntar a Naruto onde a garota morava, mas nem mesmo isto o loiro soubera lhe dizer.

Estava desolado, então era isso que ela queria dizer com jogo? Atraí-lo como uma aranha atrai sua presa a teia para então soltá-lo após já ter aceitado a sua sina. Queria ao menos vê-la mais uma vez e perguntar o que aquelas últimas palavras haviam significado.

Os amigos notaram seu humor e, como uma forma de terapia, carregaram-no até a balada mais alta na parte norte da cidade sob a desculpa de que não havia nada melhor para curar um coração partido do que uma noite regada a bebida, dança e alguns flertes ocasionais. Neji não pensou demais, apenas deixou-se levar e passou a primeira hora na noite assistindo os amigos bêbados subirem no balcão e começarem um show ocasional de strip e pancadaria. Nada fora do comum.

Então ele a viu. Atravessando a multidão como Moisés partindo o mar vermelho, as roupas justas e coladas, a blusa destacando o busto e a minissaia dando espaço a exposição das coxas enfeitada por um cinto de contas que reluziam com as luzes coloridas. Um colar prateado brilhava em seu pescoço e pulseiras tilintavam em seus pulsos. Os passos firmes abriam espaço pela multidão, fazendo pescoços se torcerem para uma primeira olhada e virarem ainda mais para una segunda bem mais longa.

Os olhos se encontraram e a boca dela se ergueu em um sorriso malicioso, o brilho refletido pela luz colorida lhe dava um ar de diversão, como se enfim o brinquedo que tanto havia ansiado houvesse chegado e não visse a hora de se divertir com ele. Sombras mesclavam seu rosto, alternando as partes iluminadas e dando um quê de mistério que Neji se sentia, enfim, pronto para encarar. A música pulsava nos autofalantes reverberando nos corpos que se moviam pela pista, nas risadas ébrias pelo álcool e pelo prazer do contato. Se não estivesse tão envolvido pela presença dela, teria perdido suas próximas palavras naquele mar tumultuoso.

— Então, nos encontramos de novo...

Ele não respondeu, uma dúvida cerceava sua mente. Afinal, havia sido ela quem desaparecera sem deixar um rastro sequer. Fora ela quem o fizera procurar de loja em loja pela cidade, ansiando, rezando por uma nova chance de revê-la. Fora ela quem murmurara aquelas palavras, palavras estas que ele ainda não tinha certeza de ter ouvido corretamente, e deixavam suas noites insones. Alguém de fora que assistisse a tudo poderia dizer que ela não tinha culpa, que ele era o compulsivo-obsessivo da história. Mas bastava uma olhada naquele erguer malicioso dos lábios para ter a certeza de que ela sabia exatamente o que estava fazendo e o que causava a ele. E apreciava cada momento.

— Por quanto tempo continuaremos assim, garota?

Os olhos piscaram rápidos e convidativos, e ela brincou com uma mecha do cabelo azulado antes de responder.

— Por quanto tempo achar que devo. – O Hyuuga abriu a boca para retrucar, lançar em sua face as palavras que o retirariam daquele jogo de gato e rato, onde ele era o rato que sequer tinha uma chance, mas foi impedido pelo seu convite. — Venha, vamos dançar.

A negativa se encontrava na ponta da língua, mas, no instante seguinte, se viu envolvido pelos seus braços, balançando em meio a pista. A música infiltrava-se pelas minhas veias como algo vivo e consciente, cada batida elevando o seu coração que corria para acompanhar o ritmo, sobrecarregado pela sensação dos seus toques, pelos movimentos sinuosos do seu corpo ao seu redor, dançando com graça e agilidade, mas ainda assim sem perder o tom de provocação. Sentia-a no deslizar dos dedos pelo braço, na aproximação da boca contra o seu pescoço, sussurrando de modo sensual em seu ouvido:

— Você quer entrar no meu mundo? Pois bem, perca-se nele.

E ele se perdeu.

Esqueceu toda e quaisquer dúvidas que tinha e apenas deixou-se arrastar para o momento, libertando o corpo para que conseguisse o que desejava: mais proximidade, mais calor, mais do perfume envolvente e dos sorrisos desafiadores.

Os movimentos se sincronizaram, os toques se tornando mais intensos, mais ousados. O calor estava por toda parte, o suor escorrendo pelas costas, a ardência dos músculos ao serem forçados, a queimação sentida na sua língua após os lábios se encontrarem, famintos e de uma forma nada pura. Neij não percebeu o caminho, muito menos lembrava de ter seguido até lá, mas, quando notou, já estavam em um dos quartos privativos do andar superior, portas fechadas, apenas um abajur fraco a cortar a penumbra, sua luz mesclando-se as cores dos holofotes. Isso e ela se aproximando de forma felina, os passos macios, os olhos brilhando na penumbra.

— Está esperando o quê?

Ali o barulho da música era abafado, apenas um ruído distante de uma lembrança esquecida. Mas a forma do corpo dela contra o seu, forçando-lhe os passos para trás, o olhar divertido e inquisidor, era algo que ele nunca esqueceria.

— Que tipo de garota acha que sou? – Não respondeu, mas não verbalizar não impedia as palavras de correrem com total liberdade por sua mente, enquanto os olhos apreciavam o espetáculo que tinha a sua frente.

Linda.

Era impossível não pensar nisso enquanto os cabelos escuros caiam como uma cascata pelo rosto, deslizando suavemente pelas costas e pelos ombros expostos, brilhantes e sinuosos.

Fascinante.

O modo como seus passos ligeiros e silenciosos o empurravam cada vez mais em direção a parede até que suas costas a tocassem.

Intimidadora.

O olhar em seu rosto dizia que dali ele não fugiria, enquanto as mãos possessivas afastavam a gola da jaqueta e a boca sorria maliciosa ao tocar a pele exposta. Como se ele quisesse fugir. Como se alguém em sã consciência fosse querer se afastar daquele calor sedutor. Os olhos eram magnéticos, carregavam uma energia que tornava impossível não os procurar. Duas piscinas claras que deixavam bem evidente sua intenção ali, assim como a perna macia que se encontrava entre as dele, roçando contra sua ereção. Seus dedos trabalhavam no zíper, descendo-o e expondo a blusa branca por baixo que logo foi se juntar a jaqueta no chão. O gesto bagunçou os fios compridos, mas ela o impediu de ajeitá-los, apreciando pele arrepiada pelo súbito ar frio e o toque de suas mãos.

Seus dedos criavam linhas de fogo ao traçarem o desenho dos ombros, sentindo os músculos por baixo se contraírem e então relaxarem. Neji ergueu as mãos tentando tocá-la, apalpar a bunda firme que se erguia e sentir a carne pressionada entre os dedos. Já podia visualizar, tão bem como se já houvesse acontecido, o toque em seus seios fartos, o deslizar suave da curva da cintura, o calor ao tocar as coxas e deslizar para cima e para cima até alcançar.... A fantasia foi quebrada por um tapa que afastou a mão libertina do seu corpo. Ela se desgrudou dele o suficiente para lhe lançar uma expressão irritada antes de lamber os lábios e aproximá-los. Perto, mais perto, até tudo que ele desejava era que o contato acontecesse logo, que pudesse provar da maciez de sua boca e engolir cada gemido que em breve ela iria soltar. Queria beijá-la como o fizera em sua casa, sentir o amargor da bebida e a queimação que desceria pela garganta, prensá-la contra o sofá até que tudo que estivesse em sua mente era o prazer daquela ação e o gosto dela em sua boca. Mas tudo o que Hinata fez foi colar a boca a dele, sem se tornar um beijo como o que ele ansiava, e murmurar de forma doce:

— Hoje não, querido, é minha vez.

Os dedos dela engancharam nos passadores da calça e o puxaram em direção a espaçosa cama no centro do quarto. As bocas se moviam coladas durante o caminho, as línguas necessitadas travando uma batalha inflamada, separando-se apenas pelo mero espaço tempo em que Hinata o empurrou contra o colchão bagunçando os lençóis e abriu os botões da calça dele, empurrando-a para baixo na intenção de retirá-la. Neji a ajudou, livrando-se também dos tênis e parando para apreciar a visão de Hinata sentada sobre si.

As mãos não aguentaram aguardar e subiram para apertar com força a carne da bunda sob a saia. Só sentir entre os dedos a firmeza e a maciez da pele valia a pena a mordida irritada que ganhou. Delineou a forma do corpo parando na cintura onde o aperto dos dedos deixaram marcas que seriam vistas no dia seguinte. Hinata moveu a cintura, o quadril ondulando e arrancando um gemido de Neji ao sentir o pênis raspar contra a calcinha fina dela. A risada maliciosa que ela soltou parecia grudada em seu cérebro.

— Por que você está usando tanta roupa? – A pergunta saiu quase como um rosnado, insatisfeito. Até mesmo nessas horas ela brincava consigo, deixando-o louco de desejo. Hinata lambeu os lábios, o interior se regozijando por vê-lo tão a seu dispor.

— Talvez você possa me ajudar a me livrar de algumas.

O olhar predatório que ele lhe lançou fez arrepios se espalharem por seu corpo.

— Como a dama desejar.

As mãos dele foram para o cinto de contas as quais ele segurou e puxou com força. A linha fina se partiu e as bolinhas prateadas rolaram pelo chão refletindo a luz pulsante do ambiente. Cada peça foi retirada de forma vagarosa enquanto ele apreciava o escorregar dos dedos pela tez macia, o contraste da roupa íntima preta com a pele clara, até que tudo que havia entre eles houvesse desaparecido e ela usasse somente o colar e as pulseiras prateadas que tilintavam a cada movimento.

Hinata sorriu e inclinou-se para trás como se quisesse oferecer uma visão melhor do seu corpo, como se Neji já não o estivesse devorando, cada curva, cada saliência, cada delinear dos ossos, com olhos famintos. Mas claro que o show ainda não havia acabado. Assistiu os dedos dela se arrastarem pelo próprio corpo acariciando, apertando os seios e tocando os mamilos endurecidos, traçando círculos na barriga e descendo mais, até circularem o clitóris e um gemido manhoso escapasse de seus lábios entreabertos.

— Acho que preciso de um pouco de ajuda. – O dedo médio foi introduzido na vagina. — Está muito molhado aqui. – Ela retirou o dedo e o passou perto dos lábios sentindo o próprio gosto. — Você entende o que quero dizer, não é, Neji?

Nesse momento ele reagiu. As mãos colaram-se aos seios e a boca tomou a pele alva do pescoço marcando-a, sentindo satisfeito as unhas arranharem suas costas incentivando-o. Os lábios receberam os seios antes apalpados, as mãos agora se dirigindo para a vulva, espalhando a lubrificação e massageando o clitóris. As mãos dela fecharam-se em seu pênis e começaram um lento movimento de vai-e-vem fazendo-o marcar ainda mais forte o colo que chupava com tanto gosto. Antes que pudesse chegar a vagina, Hinata o empurrou de volta para a cama e sorriu.

— Não se esqueça que a noite é minha ainda. – disse ela acariciando a glande enquanto posicionava as pernas ao seu redor e começava a descer.

— Hinata, espere... – Tentou dizer entre beijos. — Eu preciso pegar...

— Não se preocupe. – Os dentes se fecharam em seu lábio inferior, puxando-o de forma sensual. — Eu já estou usando. – O arquear da sobrancelha lhe indicou que ela se divertia com a cara de espanto que provavelmente havia feito. — Não só para os homens as camisinhas são feitas. – e riu, antes de puxá-lo para mais um beijo faminto, um frenesi de línguas se encontrando e dente se chocando, a pressa de tomarem por completo os lábios um do outro.

Neji não conseguia descrever a sensação que a visão de Hinata descendo tortuosamente em seu membro lhe trazia. Uma das mãos agarrava os cabelos jogados para o lado enquanto a outra se encontrava espalmada em sua barriga, os lábios vermelhos entreabertos e os olhos brilhantes. O gemido arrastado deixou sua boca antes que pudesse se conter e ele agarrou a cintura dela quando a sentiu descer por completo. As mãos subiram para as costas, puxando-a para si e tomando o pescoço com beijos e chupões.

Hinata agarrou as madeixas compridas do rapaz e puxou-as afastando a boca dele de si e descendo em seu membro de uma vez. Os lábios dele se abriram e ela aproveitou para beijá-los. As mãos dele encontraram a sua bunda e ajudaram-na a continuar os movimentos. Para cima e para baixo. Um subir e descer ritmado, o rebolar do quadril que o fazia gemer e ela sorrir. O seu sangue fervia, algo em seu interior borbulhava e já não conseguia mais segurar o arfar necessitado ou o som da própria voz a chamá-la pelo nome.

— Hinata... – A boca encontrou novamente o seio e a língua acariciou o mamilo, rodeando-o e espalhando faíscas a partir desse ponto. Hinata agarrou os ombros largos e deixou a cabeça cair na curva do pescoço dele, sentindo-o percorrer uma trilha de chamas por seu pescoço até ter o lóbulo mordido. Ela rebolou e desceu, aumentando o ritmo. Sentia-o duro dentro de si, deslizando e perfurando, atingindo um ponto em si que até então era desconhecido.

— Mais rápido. – Ele obedeceu. O corpo deitando-se sobre o dele para receber as estocadas firmes, os olhos fitando a face corada e sentindo as contrações que tomavam conta de seu próprio corpo. Sentiu um tapa ser dado em sua nádega direita e logo ele a girava sob si, retirando-se do seu interior e deixando-a afoita.

— Neji... – Os braços fortes a viraram, as mãos em seus seios interpondo-se entre eles e o lençol azul brilhante. A boca dele desceu por sua coluna espalhando mordidas por todo o caminho enquanto o membro roçava em sua intimidade, provocando. Outro tapa a acetou e ela arfou.

— Peça. – Ele sussurrou em seu ouvido, a voz rouca e arrastada causando-lhe arrepios. — Se quiser mais você deve pedir. — A glande tocava o clitóris, arrastando-se até a entrada da vagina e retornando em uma provocação deliciosa. Hinata amava a sensação de controle que provocava no gênero oposto, mas, naquele momento, sentiu-se necessitada, ansiando pelo que estava por vir. Tinha o gosto na língua da entrega e o equilíbrio roubado por aqueles toques certeiros.

— Neji... por favor...

— O quê?

— Me come.

— Não era um jogo que você queria jogar, agora estamos jogando. – A risada dele era rouca e sexy. Mas Hinata não estava com paciência para aquilo agora. Empinou a bunda e forçou o corpo para trás, sentindo-o preenchê-la novamente e enviar um arrepio por seu sistema.

— Garota promiscua você, não é...

Ele se moveu, estocadas lentas e firmes que bagunçavam seu estômago e fazia os braços tremerem. Inclinou o corpo expondo-se ainda mais e sentiu as mãos dele percorrer todo o arquear da coluna e enrolarem-se em seus cabelos, agarrando por fim suas mãos, os dedos se entrelaçando enquanto ele aumentava o ritmo e gemia o nome dela como se fosse a coisa mais importante. E, naquele momento, era tudo o que ele conseguia pensar. Em como o cheio da pele dela era inebriante, como o barulho estalado de pele contra pele era a harmonia mais bela que já havia escutado e em como viveria dali em diante sem ouvir seu nome sair daqueles lábios mais uma vez. Estocou com mais força sentindo as paredes internas se contraírem e o apertarem mais.

— Hinata... eu estou quase...

— Vem, vem com tudo... Goze como nunca havia gozado antes...

O ápice se aproximava, mas Nei não ia aproveitá-lo sozinho. Uma das mãos dele se dirigiu para o clitóris e o massageou. Os lábios cerrados enquanto a sentia estremecer sobre si, os olhos claros desfocados no limbo que o orgasmo trazia. Apertou mais o corpo a dela e com mãos duas estocadas, gozou com força exalando um gemido. Caiu ao lado dela na cama e apertou a cintura de forma possessiva.

— É o melhor que pode fazer? – Ela perguntou, sem perder o tom de provocação.

— Posso fazer isso o dia todo, tudo o que precisa fazer é pedir. – Uma risada ébria saiu de sua garganta e Neji a trouxe para mais perto.

— E eu achando que era mais difícil.

— Gostaria de ouvir uma história? – Perguntou ele quando os dois já se encontravam escondidos sobre o conforto dos lençóis.

— Hmm... – ela aquiesceu, entretida em enrolar os fios compridos dele entre os dedos.

— Quando eu era pequeno, por volta dos 5 anos, conhecia uma garota baixinha, tão tímida que até mesmo um ‘bom dia’ era difícil de pronunciar para ela. Mas, por mais estranho que pareça, nós dois passávamos horas conversando. E ela muito mais esperta do que deixava transparecer.

— E o que aconteceu com ela? – Hinata perguntou, suprimindo uma risada.

— Ela foi embora para longe após a morte da mãe e eu nunca mais a vi e muito menos tive notícias. Nossas famílias brigaram por algum motivo estúpido que nem mesmo devem se lembrar mais e todo contato foi perdido. Mas eu nunca esqueci aquela garotinha.

— E o que ela era para você para significar tanto?

— Tenho certeza de que você consegue adivinha, Hinata Hyuuga. – O nariz encostou no pescoço da garota, aspirando o cheiro da pele, antes dele murmurar. — Seja bem-vinda de volta, prima.

— É um prazer estar aqui.

E era, de fato, um prazer muito literal e que se repetiria pelo resto da noite. Afinal, precisavam comemorar o seu retorno, não era mesmo?

23 мая 2019 г. 2:27 2 Отчет Добавить Подписаться
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Об авторе

Nathy Maki Fanfiqueira sem controle cujos plots sempre acabam maiores do que o planejado. De romances recheados de fofura a histórias repletas dor e sofrimento ou mesmo aventuras fantásticas, aqui temos um pouco de tudo. Sintam-se à vontade para ler! Eterna participante da Igreja do Sagrado Tododeku <3

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pure ether pure ether
Nathyyyyyy Quase entrei em combustão aqui! Hahaha Adorei! De verdade. Você trabalhou muito bem com a música e se não me engano colocou alguns trechos entre as falas. Garota, ficou perfeito. E esse final foi de arrasar! Fico muito feliz por você ter aceito o desafio e ajudar a alimentar o fandom do ship ❤️ Sucesso!
Azarashi Onna Azarashi Onna
Pra quem não escreve potaria há um tempo, está ótimo! E eu adorei esse plot de reencontro, não esperava por ele! Arrasou, Nathy!
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