Já devia ser á quinta ou sexta vez que ele e Sakura terminavam naqueles últimos dois anos. Não que fosse uma surpresa, na verdade. Era previsível, já que fazia algumas semanas que andavam se estranhando e dormindo em camas separadas.
-- O problema não é você, sabe - Sakura dizia pelo celular com um tom doce tão falso que Naruto se questionou com havia acreditado naquilo um dia. - Sou eu.
A mesma ladainha de sempre e dessa vez, ela não havia nem mesmo se importado em conversar pessoalmente. Estava terminado com ele por celular. A que ponto haviam chegado, não é mesmo?
Massageou a nuca e soltou um suspiro cansado. Não estava com paciência para lidar com Sakura hoje.
-- Tá, tá, Sakura - cortou o monólogo. A Haruno já estava se tornando tão previsível depois de todo aquele tempo juntos. - Amanhã você vem pegar suas coisas. A chave vai tá no lugar de sempre. Boa noite - desligou na cara da agora ex-namorada.
Se jogou na cama, sem remorso nenhum por ter desligado na cara da Haruno. Já havia passado por aquela mesmo situação tantas vezes que nem fazia mais diferença. Olhando assim, nem parecia que quando Sakura havia terminado com ele pela primeira vez, Naruto havia tido uma crise de pânico fodida e só conseguiu se acalmar quando Sasuke lhe ajudou a respirar. Agora, era como ae Sakura tivesse ligado para falar sofre o tempo. Era tão banal.
Olhou novamente para o celular apitando. Ignorou as mensagem de Sakura e foi direto pra o chat com Sasuke. Ele estava convidando Naruto para ir na festa de Ino logo antes de Sakura ligar.
"E então? Topa?" - era última mensagem que o Uchiha mandou.
Ponderou um pouco. As festas de Ino sempredavam muita merda mas eram as melhores com certeza. Ninguém sabia dar uma festa como a Yamanaka. Resolveu que era a hora de tacar o foda-se.
"Topo. Que horas ce me busca?" - o que tinha a perder, afinal? Era solteiro agora, tinha que curtir.
"As nove to aí"
****
Naruto já havia passado por aquilo tantas e tantas vezes. Sakura terminava com ele, Naruto ficava em pânico, tinha crises, mal comia e esquecia, na maioria das vezes, de si próprio. Não cuidava da própria higiene, negligenciava as obrigações, se isolava. E Sasuke sempre o salvava. Então, Sakura voltava como se nada tivesse acontecido e Naruto fingia que não estava magoado. Era sempre assim. Como um ciclo vicioso no qual não conseguia sair.
Mas hoje tudo havia sido diferente. Talvez já ter passado por aquela mesma situação tantas vezes tenha-o feito adquirir resistência, afinal. Aquela era primeira vez que depois de um término, Naruto não havia caído no mesmo círculo vicioso. Era a primeira vez que sai para curtir0 uma festa, beijar outras bocas.
E, céus, que boca era aquela. Quando Gaara havia ficado tão gostoso? Naruto se perguntava enquanto tentava abrir a porta de seu apartamento e sentia Gaara lhe beijar o pescoço. Perdia o ar toda vez que ele apertava sua bunda com uma pegada que... Nossa!
Talvez tenha sido por isso que quando deu por si, já estava deitado em sua cama, sem camisa, e com Gaara sentado em seu colo enquanto davam um beijo voraz, tão cheio de desejo e tesão. Deu um apeto forte na cintura de Garra, ouvindo-o gemer baixo em seu ouvido. Sentiu quando ele deu uma bela rebolada em seu pau, e não pode impedir-se de dar um tapa estalado na coxa descoberta dele. Bebeu do riso ébrio e malicioso que escapou dos lábios avermelhados de Gaara. Era intenso, era selvagem e era absurdamente prazeroso.
Naruto estava tão imerso na própria bolha de prazer, que não notou o celular caído tocando a vários minutos. Mas Gaara notou e, preocupado que pudesse ser algo importante, rompeu o beijo com um suspiro resignado.
- Atende – pediu, sua voz estava rouca e seus lábios inchados. Naruto resmungou alguma coisa, tentando voltar ao beijo, mas Gaara foi mais rápido se esquivando e pegando o celular. – Atende – mandou dessa vez, segurando o celular em frente ao rosto de Naruto.
O Uzumaki estalou a língua no céu da boca enquanto Gaara saia de seu colo.
- Alô? – disse, com a voz irritada.
- Naruto, seu desgraçado! – era a voz de Sakura, tão irritada quanto a sua. – Finalmente atendeu! Cadê você?
Sentou-se na cama, não acreditando no que estava ouvindo. Eles não haviam terminado a poucas horas?
- O que você quer, Sakura?
- Como assim, o que eu quero? Não é obvio? – e lá vinha Sakura com mais um de seus joguinhos.
- Não, Sakura, não é – respondeu irritadiço. – Porque, pelo que eu saiba, eu não devo mais informações da minha vida pra você já que nós não namoramos mais.
- Ah, agora eu entendo. Então era por isso que estava me traindo com aquele água de salsicha na festa da Ino, não é? – Naruto riu, incrédulo. Aquilo não podia estar acontecendo. – Seu desgraçado! – ela vociferou, fazendo-o rir ainda mais. – Do que você tá rindo?!
- Não é obvio? De você – será mesmo que Sakura não percebia o quanto estava sendo ridícula naquele momento? – Eu sou solteiro, Sakura. E, que eu saiba, solteiro não trai, sabe?
Ouviu Gaara prender o riso e piscou para ele, sem deixar o clima de flerte ir embora.
- Naruto, Naruto, Naruto – escutou Sakura cantarolar, cínica. – Pelos deuses, deixa de ser ridículo. Me diz logo onde você tá pra gente poder resolver isso. Com uma noite de sexo quente, hum? O que acha?
Naruto riu, ainda incrédulo com a falta de coerência de Sakura. Realmente, estava tão cego pela paixão, que nunca tinha reparado o quanto a Haruno era alguém medíocre.
- Não, querida, muito obrigado – respondeu igualmente cínico. – Já tenho minha noite de sexo quente garantido. Pode ficar com seu veneno aí bem longe de mim.
- Como ous-
- Boa noite, Sakura – e desligou novamente na cara dela, sem um pingo de remorso.
Desligou o celular e o jogou em algum canto do quarto, voltando o olhar a Gaara. Sorriu, engatinhando na cama até ele e subindo em seu colo. Sorriu, sexy, e aproximou seus lábios dos dele, ainda sem iniciar o tão esperado beijo. As mãos de Gaara subiram até sua bunda, num aperto firme. Se encararam, novamente presos naquela bolha de tesão, e Naruto soltou uma risada sapeca.
- Então, água de salsicha, onde nós paramos mesmo?
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