zephirat Andre Tornado

Videl propõe a Son Gohan uma passagem do ano diferente - em vez de irem comemorar para a Capsule Corporation, como todos os anos, junto dos amigos, esta será uma noite a dois...


Фанфикшн Аниме/Манга 18+. © Dragon Ball não me pertence. História escrita de fã para fã.

#dragon-ball #Son-Gohan #Videl #festa #ano-novo #amor #Greatsaiyaman #Greatsaiyawoman
Короткий рассказ
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Capítulo Único


Estava tudo arranjado para que pudessem ir comemorar a passagem do ano. Naquela ocasião tinham-se decidido por uma saída a dois. Precisavam de estar apenas eles, sem outras preocupações ou ruídos. A decisão não tinha sido imediata, mas o compromisso revelara-se como o ideal para evitar uma discussão que não precisava sequer de existir – e não existira! – e de facto era a melhor hipótese, uma hipótese bastante satisfatória.


Bulma-san promovia a habitual festa na Capsule Corporation, tendo expedido convites para todos os amigos, o que resultaria numa celebração gigantesca, requintada, com toda a gente, desde os famosos Brief, a família da anfitriã, até à inevitável família dos Son, e mais aqueles amigos afastados que eram requeridos naquelas ocasiões, como eram o caso de Yajirobe, do mestre Karin, de Oolong e de Puar, até do eremita Tenshinhan que costumava viajar durante largas temporadas na companhia do seu amigo peculiar, Chaoz. Em suma, uma reunião barulhenta e caótica que descambava em algumas discussões menores quando já se tinha bebido demasiado champanhe e se recordavam velhas glórias, velhas rivalidades, acontecimentos passados que eles tinham partilhado muita coisa juntos desde que se decidiram a procurar pelas bolas do dragão, num passado remoto que Bulma gostava de ignorar, fazendo um gesto de desprezo e rindo-se para o marido saiyajin.


A lista de argumentos tinha sido essa e era irrefutável.


Videl acrescentara que até achava que nem Shenron faltava ao acontecimento, cria que o dragão fora invocado uma certa noite dessas famosas festas que comemoravam o novo ano, foram pedidos desejos descabidos e novamente se abria a arca das memórias, Oolong dizia que tinha sido ele a pedir o primeiro desejo, ria-se e engasgava-se… Depois aparecia Pilaf e os seus dois acompanhantes ainda mais estranhos que o companheiro de Tenshinhan, Shu e Mai rejuvenescidos, assim contavam, também por terem pedido um estranho desejo ao dragão…


Por isso, naquele ano, Videl pedira ao marido que abrissem uma exceção. Fora essa a conclusão. Queria que fosse diferente, queria estar com ele e com mais ninguém. Fim de argumentação.


Son Gohan mirara-a curioso e ligeiramente desapontado, mas depois entendera as suas razões e concordara com ela. Não que ele desejasse totalmente ausentar-se da maior festa do ano que comemorava a transição do tempo, a despedida do ano velho, a entrada do ano novo. Gostava da companhia dos amigos, de conhecer a nova namorada do irmão que era sempre diferente em que ocasião Goten se apresentasse, de trocar algumas palavras com o pai que estava ausente praticamente durante todo o ano porque estava a treinar Ubo, de auxiliar a mãe pois Chichi, mesmo que fosse em casa alheia, andava sempre a ajudar, a limpar, numa roda-viva impossível, mas percebeu que Videl precisava absolutamente daquela mudança de ares. Porque a festa tinha todas aquelas características que ele apontara e sabia serem incontornáveis, porque efetivamente tudo o que ele apreciava por ser uma constante irritaria a mulher pelos mesmos motivos.


Acontecera uma ligeira hesitação, aquele ar pensativo de quem está a remoer as palavras certas para convencer o outro e Videl preparou-se para o confronto verbal. Fechou os punhos e arrebitou o nariz. Gohan, porém, compreendeu que seria fútil se a tentasse demover. Ela estava decidida, firmemente resolvida a quebrar a tradição. E de algum modo, ele viu o que ela estava a prever.


Outra festa retumbante, outra festa aborrecida, outra festa idêntica.


Ela não se importaria de retomar a rotina no ano seguinte, desde que se fizesse uma pausa, foi a conclusão da nota introdutória. Gohan aceitou a ideia sem fazer um grande esforço. Não se importava de também fazer um intervalo, de experimentar coisas diferentes. Também era curioso e apreciava uma boa surpresa.


Ele afastou a hesitação, assentira e perguntara-lhe o que ela tinha em mente e ficara surpreendido quando Videl lhe apresentou um programa já delineado até ao pormenor. Tinha feito uma reserva para duas pessoas numa festa promovida por um hotel luxuoso de Satan City, com direito a jantar especial assinado por um renomeado chef internacional, com acesso posterior à danceteria onde poderiam conviver com os outros festeiros, beber uma bebida, experimentar a pista de dança, descontrair. Já tinha combinado com Chichi, a avó viria buscar a pequena Pan no caminho para West City e ficaria com a criança, levando-a para a festa na Capsule Corporation. Era evidente que Chichi ficara deliciada por poder cuidar da neta, pois queixava-se com frequência de que passava pouco tempo com a miúda de dois anos.


As sobrancelhas de Son Gohan desenharam dois arcos na testa.


- Bem, parece que não precisavas do meu sim… Irias sempre ter uma passagem do ano diferente. Se está tudo reservado, combinado, pago…


- Baka, Gohan-san! – indignou-se Videl apertando os lábios. – Achas que iria passar o ano sem ti? Sou uma mulher organizada e previdente. E sabia que nunca irias dizer-me que não.


- E também és uma mulher… convencida – Gohan escondeu um sorriso.


- Uma mulher muito segura de si própria, sem dúvida.


Deixou-lhe um beijo na face.


- Arigato, Gohan-san – agradeceu comovida, os olhos brilhavam. – Prometo que será uma noite memorável.


Ele tomou-a nos braços, beijou-lhe os cabelos. Adorava que a mulher fosse um nadinha mais baixa do que ele para poder ter esse gesto carinhoso. Um perfume adocicado desprendia-se do penteado e ele respirou-o devagar.


- Qualquer noite contigo será sempre memorável, Videl-san.


Assim, estava tudo arranjado e seria uma passagem de ano a dois.


E quando chegou a última noite de dezembro, Chichi apareceu lá em casa, acompanhada de Goten que conduzia o aerocarro desde as montanhas Paozu – era uma viagem longa e a mulher mais velha explicou que preferia que o filho estivesse ao volante, os olhos já não eram a mesma coisa e essas desculpas, enquanto sacudia as mãos como se não se importasse. Pan abraçou-se à avó aos gritinhos, deu um beijo repenicado no tio, depois deu-lhe a mão e nunca mais o largou, perguntando várias e repetidas vezes se estava bonita, ao que Goten respondia que nunca tinha visto um vestido tão bonito como o dela e a pequena ria-se. Daquela vez, não trazia nenhuma namorada nova.


E quando essa última noite de dezembro chegou, depois de se despedirem de Pan que não se importou nada por ir com a avó Chichi e com o tio Goten, por ir para a casa da tia Bulma onde iria encontrar o seu avô Goku, Gohan e Videl ficaram livres para a celebração do ano novo. Entreolharam-se, deram-se as mãos e sentiram como se tivessem outra vez dezassete anos.


A limusina que os iria levar ao hotel aguardava no passeio, junto à casa deles. Gohan ajeitou a gravata mais uma vez em frente ao espelho do átrio. Sentia-se um pouco ansioso, como se aquele fosse o primeiro encontro com Videl.


Sentiu o ki dela e o seu coração teve um sobressalto.


Videl estava linda. Usava um vestido preto, com um detalhe de lantejoulas no decote, as pernas elegantes cobertas por uma meia de renda também preta, sapatos envernizados a combinar. Ao pescoço tinha uma gargantilha de safiras – uma excentricidade oferecida pelo seu pai, Mr. Satan, no último aniversário – e a cor das pedras preciosas combinava com os olhos profundamente azuis. Mirou-a de cima a baixo e resmungou um elogio que fê-la rir-se.


Sentaram-se no banco de trás da limusina, o motorista solícito e simpático, abrira-lhes a porta. Sorriam e conversavam como dois namorados, sem largarem as mãos, muito juntos, a trocar olhares profundamente apaixonados, trejeitos de timidez e de apreço que os fazia estremecer.


Ele perguntou-lhe se conhecia o cardápio do jantar daquela noite e se sabiam que iriam servir um saiyajin esfomeado. Ela indignou-se e disse-lhe que era comida de autor, que as porções não seriam muito grandes, ele que não se pusesse com cenas que a iriam envergonhar, ele calou-a com um beijo.


- Gosto tanto de brincar contigo.


- Gohan-san! – exclamou ela.


- Estás nervosa…


- Um pouco. É mais confortável ir à festa de Bulma-san. Pelo menos já sabemos com o que podemos contar…


- Oh… Julguei que tivesses preparado isto tudo para que fosse diferente e que gostasses da mudança. Da surpresa em si.


- Sim, Gohan-san, claro que fiz isto para mudar o que costuma ser a nossa noite de passagem do ano – concordou ela apreensiva, julgando que estava a passar a mensagem errada com as suas interrogações. – Mas estar aqui contigo… sem a nossa querida Pan-chan… Estarmos sozinhos depois de tanto tempo. Sinto-me como…


- Como se fosse a primeira vez. – Ele acariciou-lhe a mão com muito carinho. – Se isso te faz sentir melhor… eu também estou nervoso. Realmente há muito tempo que não estávamos sozinhos e precisamos de ter um tempo os dois. Para nos divertirmos sem pensar em ninguém a não ser… Bem, a não ser em nós. Não estou a ser egoísta.


- Oh, estás sim, Gohan-san – corrigiu ela divertida. – E eu também estou a ser egoísta. E devemos ser egoístas, de vez em quando. Preciso de estar contigo, sem outros ruídos e pensei que esta noite seria perfeita para cumprir esse desejo… Essa necessidade.


Deitou a cabeça no ombro dele. Gohan aproveitou para lhe deixar um daqueles habituais beijos nos cabelos.


Se antes tinha concordado com ela e compreendido todas as razões e mais algumas, agora estava firmemente convicto de que estavam a fazer a coisa certa, o melhor para eles, o que devia efetivamente ser feito.


De repente, a limusina travou. Não foi uma paragem brusca, mas o movimento inesperado fez que eles se endireitassem no assento. O motorista explicou num tom polido, espreitando-os pelo espelho retrovisor, que se montava uma barreira policial mais adiante e que a estrada estava encerrada. Podia tentar ver o que se passava, mas o melhor seria encontrarem uma rota diferente para conseguirem chegar ao hotel dentro da hora prevista. Parecia-lhe que se desenrolava algum assunto sério para a polícia ter fechado a avenida. Videl pediu-lhe que fosse averiguar. O motorista estacionou a limusina, desculpou-se, deixou o autorádio a funcionar com a música de uma estação de rádio que transmitia apenas jazz e avançou até ao agente que vigiava a barreira e redirecionava o trânsito.


Gohan apertou a mão de Videl.


- É aquilo que estou a pensar, não é? Que estou… a pressentir?


- Eu também o senti, Gohan-san – murmurou Videl com os olhos vítreos. – É um assalto, existem reféns… Uma situação feia.


- Não podemos ignorar o que está a acontecer.


- Por sorte… os fatos estão comigo.


O sorriso do meio saiyajin foi enviesado.


- Esta noite está a ser mais especial do que o que estava a prever, Videl-san!


- Eu também te amo.


Saíram da limusina discretamente. Teriam de ser rápidos mas a velocidade não era um problema para eles. Estavam habituados a resolver problemas com eficiência e ligeireza. Para dizer a verdade, Gohan e Videl tiveram esse pensamento em simultâneo e entreolharam-se, havia algum tempo que não resolviam problemas como aqueles, que envolviam um risco, gente perigosa e… um disfarce peculiar. Mas se a dúvida os alfinetou, foi de pronto afastada com alguma vaidade excessiva.


Da sua pequena bolsa, Videl retirou uma cápsula hoi-poi. Fechou-a na mão. Olhou em redor, encontrou a ruela escura que eles precisavam, puxou o marido pelo braço e ocultaram-se nas sombras projetadas pela parede que o candeeiro da iluminação pública não tocava. Acionou a cápsula, aconteceu uma explosão seca, uma baforada de fumo e após um punhado de segundos eles estavam equipados.


Não regressaram ao passeio. Verificaram a limusina, Gohan espreitou desde a esquina, levantou o polegar a indicar que estava tudo bem, o motorista conversava com o polícia que lhe explicava, por gestos, algum atalho que deveria ser complicado pois mexia as mãos freneticamente. De seguida, ele e Videl impulsionaram-se e com um salto longo alcançaram o topo do prédio. Correram pela cobertura e chegaram ao local onde estava a acontecer o drama.


O ki de Gohan alterou-se ao contemplar a injustiça que acontecia, o medo daqueles que estavam envolvidos, a malvadez dos perpetradores, a impaciência e a inquietação dos polícias que vigiavam o cenário. Videl tocou-lhe no braço para acalmá-lo e ele relaxou.


Numa cafetaria que estaria prestes a fechar portas, pois os seus empregados e frequentadores iriam seguir para as respetivas festas de final do ano, estavam dois bandidos armados de caçadeiras que ameaçavam todos esses inocentes. Junto a um deles via-se um saco de plástico verde para o lixo, fechado com os atilhos brancos, onde deveria estar o dinheiro que tinham roubado da caixa registadora. Mas alguma coisa teria corrido mal para os assaltantes não se terem ido logo embora. Talvez um carro da polícia que estava meio atravessado em cima do passeio, em frente à porta envidraçada da cafetaria, tivesse aparecido e os assaltantes tivessem regressado ao interior da loja e tinham feito reféns para garantir a fuga.


O que quer que fosse, não interessava, naquele momento. Havia que agir e solucionar aquilo, para que todos pudessem ir em paz e festejar a transição do ano velho para o ano novo.


O casal aterrou junto aos agentes da polícia que conferenciavam junto às viaturas e que se posicionavam de maneira a fazer uma cunha


Efetuaram um curto bailado, uma coreografia que se complementava nos movimentos dele e dela, e anunciaram:


- Komba-wa. Eu sou o Great Saiyaman... – disse ele.


- …E eu sou a Great Saiyawoman! – completou ela.


- Estamos aqui para ajudar! – disseram em coro. – E seremos implacáveis para quem quebrou a lei!


O tenente encarregado do caso acercou-se, desconfiado. Disse, condescendente:


- Jovens! Não estamos no Carnaval e esta é uma situação muito perigosa…


- Nós vamos ajudar-vos. Principalmente, vamos ajudar as pessoas que estão ali dentro e que estão aterrorizadas – contou ele, de mãos na cintura, peito estufado.


- Não se preocupem! Ninguém sairá ferido – complementou ela. – De facto, queremos que esta situação muito perigosa termine da melhor maneira. Para todos!


O tenente crispou a testa, cada vez mais descrente.


- Mas vocês são super-heróis… ou quê?


Um dos agentes aproximou-se devagar.


- Chefe… Eles… Eles são os heróis de Satan City – explicou encolhido, a esfregar as mãos. Voltou-se para o par que se vestia de forma vistosa, com capas e capacetes que lhes escondia a identidade. – Queiram desculpar o tenente… Ele é novo na cidade, não sabia da vossa… existência. Mas vocês têm andando muito… inativos… Quero dizer, nunca mais tinham sido vistos a combater o crime na cidade.


Ele corou.


- Verdade! – E acenou com a cabeça. – Os níveis de criminalidade baixaram muito em Satan City, assim rezam as estatísticas, e não vimos necessidade de ser tão… ativos.


Para além de terem estado ocupados, muito ocupados nas suas vidas particulares, naqueles últimos anos. Ele empenhara-se na sua carreira académica, ela tinha sido mãe e cuidava dos negócios do desmiolado pai.


O tenente não estava muito pelos ajustes, mas aceitou afastar-se e dar uma oportunidade ao par estranho de mascarados que afirmava ser capaz de intervir naquela ocasião delicada que envolvia um assalto e reféns.


O Great Saiyaman e a Great Saiyawoman avançaram.


Tinham de ser céleres, tinham de ser bem-sucedidos. O motorista iria regressar à limusina e eles deveriam estar no seu interior como se nada fosse.


Entraram na cafetaria, depois de ela ter arrebentado com a porta puxando-a pelos gonzos e deitando-a abaixo. Vidro partido. Um dos bandidos assustou-se com aquela invasão, o outro gritava de espanto. O primeiro bandido disparou a sua caçadeira, ele aparou os tiros com as mãos enluvadas. Mais gritos. Os reféns encolhiam-se.


Num momento confuso que foi mesmo muito, muito rápido, os dois bandidos estavam dominados e desarmados, entregues à polícia, depositados aos pés do tenente atónito. Os reféns eram ajudados pelos paramédicos que, em segundo plano, aguardavam junto às ambulâncias que tinham sido chamadas.


Os dois super-heróis despediram-se sob uma chuva de aplausos e elevaram-se na noite num segundo bailado que envolveu piruetas extravagantes.


Quando o motorista voltou a ocupar o seu lugar, comunicando que já sabia qual o melhor atalho para chegar ao hotel, pedindo-lhes desculpa pela demora, Videl compunha a franja com os dedos, Gohan ajustava o nó da gravata. Não se via um pingo de suor.



***



A música acalmava depois de uma série de canções mais animadas com ritmos latinos que tinham puxado aos passos mais enérgicos dos convivas. Já tinha acontecido a passagem do ano e uma chuva de papelinhos dourados acolhera os gritos entusiasmados que desejavam um bom ano novo.


Soaram gaitas e apitos, mas agora o ambiente estava mais tranquilo. A pista era ocupada apenas por pares enamorados, um punhado deles, a maioria das pessoas encontrava-se junto ao balcão onde era servido um caldo quente com pão torrado, pelo menos aquelas que não se esparramavam nos sofás e nos cadeirões depois de terem bebido champanhe a mais. Havia também distribuição de bombons e de salgadinhos em pratos dispersos pelo mesmo balcão.


Gohan e Videl dançavam, agarrados um ao outro, olhando-se como se não pudessem deixar de se contemplar. Moviam-se instintivamente ao som da canção calma e romântica que soava pelos altifalantes, os passos perfeitamente sincronizados. Ele sorria e ela sorria com ele.


- Estou a adorar esta noite… Arigato, Videl-san!


Ela deixou um pequeno beijo na ponta do nariz dele.


- Feliz ano novo, Gohan-san.


E ele, encostando a cara à dela, respondeu:


- Eu também te amo.

31 декабря 2018 г. 0:01 2 Отчет Добавить Подписаться
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Andre Tornado Gosto de escrever, gosto de ler e com uma boa história viajo por mil mundos.

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