Esta lenda fala de um homem cujo espírito era tão negro quanto a noite mais escura e sombria. Um serial killer que durante o Halloween realizava rituais de magia negra nos quais escolhia duas pessoas para serem sacrificadas em troca de seis anos de vida acrescentada ao seu corpo. Conforme realizava os sacrifícios seu espírito ficava mais sombrio e sua humanidade o deixava.
Mas seus atos desumanos não passaram despercebidos. A população local, cansada de tais atos resolveu se unir para acabar com o assassino.
Adentrando a densa floresta, segurando tochas e ferramentas as quais usariam como arma; mais de cem pessoas passaram quase a noite toda revistando a floresta a procura do assassino e, quando as esperança estavam praticamente esgotadas, eles encontraram uma cabana de madeira muito velha onde o assassino se encontrava.
Cercando a cabana, eles atearam fogo e, na hora que o assassino pulava pela janela para fugir, eles o apanharam e amarraram.
O assassino tinha quase dois metros de altura, as expressões grosseiras deformadas em uma careta de fúria e desejo assassino. Seus olhos azuis brilhavam à luz das tochas. Enquanto era conduzido para fora da floresta ele se debatia e gritava maldições que ecoavam no ar gelado da noite.
Deixando a floresta, o assassino foi conduzido por uma estradinha rural até uma propriedade com milhares de hectares de plantação de milho.
Apanhando uma cruz onde antes ficava pendurado um espantalho eles o amarraram com arrame farpado e suspenderam-o na cruz ao alto.
Um dos fazendeiros pegou um litro de diesel que outro fazendeiro trouxera, jogou-o no assassino e espalhou pelo milharal circunscrevendo em torno do assassino que se debatia tentando livrar-se das amarras.
- Seus rituais de magia negra não irão salvá-lo da morte agora, não é?! - debochou o fazendeiro apanhando uma caixa de fósforos do bolso.
- Me mate e voltarei ainda mais forte e vingativo! - disse o assassino com um brilho maníaco nos olhos - Me mate e essa cidade conhecerá a morte e o terror como nunca antes!
Com um sorriso de desdém o fazendeiro pegou um fósforo, acendeu-o e jogou no corpo do homem que imediatamente começou a incendiar. Ele gritava de dor e agonia, enquanto os fazendeiro assistiam maravilhados a morte e o fim de sua matança.
Já ia tarde da madrugada, o assassino, ainda em chamas e quase sem vida gemia fracamente.
Uma mulher loura de cabelos longos e maltratados, usando um vestido negro de seda, surgiu do nada em frente ao homem amarrado e encarou-o com olhar triste.
- Não se preocupe irmão - disse ela consoladora - Eles vão pagar com o próprio sangue pelo que fizeram.
O assassino gemeu alto, quase como um uivo.
- Desde de este dia até o fim dos tempos quando o Halloween chegar, do mundo dos mortos você irá voltar buscando vingança e morte a todo aquele que seu caminho atravessar! E eles serão como você e o seguirão por todo o sempre!
A mulher aproximou-se mais do homem e começou a flutuar ficando na mesma altura. Com seus lábios ela o beijou e desapareceu.
No dia seguinte, ao visitar o lugar onde o assassino fora queimado o fazendeiro apanhou seu corpo e costurou com saco de estopa, fez dois furos no lugar dos olhos e boca, tornou a pendurá-lo na cruz e colocou um chapéu de palha em sua cabeça.
Ali o corpo foi deixado, como um espantalho no meio do milharal para lembrar o fim do homem que, por anos atormentara aquela cidade rural com seus rituais de sacrifício.
Um ano mais tarde, noite de Halloween, um casal de adolescentes namorava numa estradinha próxima ao milharal. A garota era a filha do fazendeiro que queimara o assassino.
As mãos do garoto tocavam a cintura da dela, enquanto os dois abraçavam-se e beijavam-se demoradamente.
De repente, um som de algo se deslocando, vindo do milharal, os sobressaltou. Eles olharam na direção do som com a impressão de terem visto algo se mover no escuro, mas não vendo nada o casal voltou a se beijar.
Um grunhido chamou mais uma vez a atenção do casal, que olhou para o mesmo lugar, agora definitivamente alarmados. O grunhido ficava cada vez mais próximo, deslocando-se pelo milharal.
- Vamos sair daqui! - disse a garota puxando seu namorado pelo braço.
Mas, ao mesmo tempo que a garota puxava o namorado, algo gelado tocou o braço do garoto. Em seguida, ele sentiu como se dentes afiados comprimissem sua pele. O garoto sentiu uma dor excruciante, então puxou o braço.
Havia uma marca de mordida roxa e enorme que rapidamente foi adquirindo uma cor negra.
A garota olhou horrorizada para o braço do garoto.
- Oliver...!!!
Logo, ela sentiu algo agarrar seu pescoço e dentes rasgarem sua pele. O sangue escorria de sua nuca e a criatura continuava a morder.
Sentindo que a vida a deixava, a última coisa que a garota viu foi um rosto coberto de estopa ensanguentada e olhos brancos leitosos. A criatura usava um chapéu de palha e o corpo todo como o rosto era coberto de estopa. Sua boca exalava um odor pútrido como o de algo em decomposição.
No dia seguinte toda a família do fazendeiro foi encontrada morta na propriedade, com marcas de mordidas e os corpos cobertos e costurados com sacos de estopa.
Desde então o espantalho e suas vítimas retornam a cada ano durante a noite de Halloween, procurando vítimas para se unirem ao seu exército de espantalhos zumbis.
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