neelyna Nicolas

Akashi estava com algo sério lhe matando por dentro, mas não demonstraria nem falaria nada a seus amigos. Ele apenas queria realizar um desejo, passando por tudo o que fez e aconteceu no passado. Ele queria reunir seus amigos para uma partida de basquete, como nos velhos tempos. Quando eles faziam isso após os treinos e jogos, sem segundas intenções de melhorar ou se exibir, mas pelo simples motivo de apenas se divertir. Mas por trás de suas ações existia um propósito bem maior, que todos os seus amigos iriam saber após aquela partida singela de basquete.


Фанфикшн Аниме/Манга Всех возростов.

#kuroko-no-basuke #knb #Akashi-Seijuurou #angst #drama
Короткий рассказ
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Capítulo Único

Akashi suspirou fundo, inalando o cheiro daquele antigo lugar que ele sempre ia quando mais novo. A sensação de nostalgia o preencheu por alguns minutos.

Aquela quadra, com os barulhos de tênis, o quicar da bola, as respirações ofegantes juntos dos sorrisos. Fazia muito tempo que ele não presenciava aquilo, sentia como aquele tempo era bom.

Tudo foi estragado por sua culpa, ele sabia disso. As amizades acabadas, os laços de sentimentos se quebrando ao meio, tudo, foi completamente culpa dele.

Por que ele teve que fazer aquela aposta imbecil? Por que quando foi simplesmente desafiado por uma pessoa ele teve que mudar por completo e acabar tomando decisões definitivas e sem mais volta?

Ele queria entender.

Ele queria se redimir.

Mas a pergunta que ficava em sua mente era: ele ainda tinha tempo para isso? Realmente aqueles que ele feriu iriam perdoá-lo, sem falsidades, sendo totalmente sinceros e com sentimentos verdadeiros de perdão?

Era a grande dúvida que persistia em seus pensamentos. Mas nada iria mudar se ele não fizesse.

O que adianta falar não a si mesmo? A resposta sempre será não se você não perguntar. O caminho confuso sempre será misterioso se você não arriscar e der o primeiro passo. A incerteza sempre irá rondar se você não decidir.

Pegando o celular de seu bolso, ele digitou rapidamente uma mensagem e inseriu os destinatários delas. Esperou por um momento e enviou a todos, na esperança que pelo menos eles a abrissem.

“Eu queria convidar vocês para uma coisa que venho tentando pedir a algum tempo, venham com o uniformes de seus times”. — Akashi Seijuurou.


≈♐≈


O silêncio entre eles era notável.

Ninguém tinha a vontade de olhar um na cara do outro, o passado ainda não tinha sido apagado totalmente. E nunca iria ser.

Estavam os cinco que receberam a mensagem do ruivo. Uma vez e outra eles se entre olhavam e bufavam olhando em direções opostas.

O clima era realmente pesado entre eles.

— Akashi está atrasado novamente e em outro encontro que ele planeja? — Daiki perguntou irritadiço. — Ainda me pergunto por que venho nessas coisas que ele inventa...

— Calado, Aomine. Você não é o único que se arrependeu de vir aqui. — Shintarou censurou o moreno, também irritado.

Nenhum deles gostava da presença do outro, isso era evidente em suas palavras ácidas. Os dois olharam um para o outro, esperando qualquer movimento ou respiração que pudesse servir de motivo para se atacarem.

Eles não tinham jeito.

— Akashi-kun não iria nos chamar se não houvesse realmente um motivo plausível para que requisitasse nossas presenças. — Tetsuya tentou acalmar os ânimos de seus ex-colegas de time.

Todos por um momento olharam boquiabertos para a sombra, até mesmo Midorima. Mas que tipo de vocabulário era aquele? Por alguns segundos Atsushi parou de comer uma de suas besteiras e ficou o fitando, com um semblante confuso.

— Kurokocchi, fale a nossa língua, por favor. — Ryouta pediu, sorrindo meio amarelo por ter entendido apenas a metade do que se ex-colega de time havia dito.

— Kurochin gosta de se achar melhor que os outros. — Murasakibara comentou, voltando a comer seu salgadinho.

E aquilo foi o bastante para ver a faísca dos olhos de todos para uma possível briga.

Mas todos os argumentos e falas possíveis foram cortados ao uma tossida forçada de uma pessoa ali que não estava presente dar as caras.

Era seu ex-capitão.

Ele vestia a roupa de seu time, assim como todo o resto. Seu olhar e semblante não estavam frios como de outrora. Ele parecia calmo e sereno.

Em sua mão, tinha uma bola de basquete um pouco usada e em seu rosto, um pequeno sorriso se formou quando viu todos ali.

Todos vieram quando ele pensou que todos iriam recusar, e nem ao menos ler seu convite.

Ainda não era tarde.

— Fico feliz que vocês todos compareceram. — Seijuurou comentou, sorrindo um pouco alegre.

Fato que pegou todos desprevenidos. Ele não sorria assim desde aquela época que era tudo por um único objetivo.

A diversão.

— Para que você nos chamou Akashi? Para jogar uma partida de basquete imbecil? — Aomine se alterou, já perdendo a curta paciência que tinha. — Se é isso eu vou indo. — Disse por fim, virando as costas.

— Aomine, espere. — Akashi chamou-lhe. — Fique, por favor. — Pediu.

Por um momento as pernas do antigo Às da Teikou travaram. Akashi não o chamava desse jeito desde a época da Teikou. Tinha algo errado com ele, só podia ser.

Daiki girou os calcanhares e encarou o ruivo, ele olhava para o moreno igual uma criança quando queria algo. Ele acabou cedendo, ficando ali parado encarando o sorriso de seu ex-capitão voltar aos lábios.

— Vocês lembram-se desse lugar, não é mesmo? — Seijuurou indagou, com a voz convicta e firme.

Os adolescentes observavam atentamente o lugar que se encontravam.

Ele trazia diversas lembranças, das mais tristes até as mais felizes que eles passaram e sentiram ali. Várias coisas se modificaram desde então, e agora estavam separados.

Fazer a pergunta: “Por que o destino foi tão cruel com a gente?” era realmente infantil naquele momento.

A dor da nostalgia os invadia aos poucos, fazendo uma estranha sensação em seus peitos remoerem parecendo dizer: “Ei, eu ainda estou aqui”.

Não havia exceções naquele momento, o antigo eu de cada um ainda residiam dentro deles. Guardados e largados pelos novos acontecimentos e novas vidas que eles levavam.

Eles sabiam, e naquele momento, eles finalmente entenderam o objetivo de seu antigo capitão.

Mas a pergunta principal ainda não havia sido respondida.

— Vamos? — Akashi chamou, sorrindo abertamente e entrando na quadra.

Por que ele estava fazendo aquilo?

≈♐≈

Eles estavam suados e arfantes. Deitados esparramados ao chão no centro da quadra.

Aomine segurava a bola, tentando fazer sua respiração voltar ao normal, enquanto que em seu corpo, tinha uma fina camada de suor. Em sua face estava aquele sorriso que ele sempre dava quando se divertia, dando tudo de si. Um sorriso repleto de inocência por um sentimento genuíno e uma felicidade que ninguém saberia explicar o porquê dela.

Midorima pegava a parte de cima de sua roupa de basquete e limpava o suor de seu rosto. Seus olhos fechados junto de um pequeno sorriso eram possíveis ser notado nele.

Kise tinha as duas mãos juntas escondendo seu rosto. Ele chorava audivelmente. Um choro junto de sua risada contagiante que todos amavam. Um choro repleto de felicidade por estar ali de novo, compartilhando daquele momento com eles, aquela sensação boa de estar juntos novamente era impossível conter dentro de si.

Murasakibara permitia apenas um longo sorriso trajar seus lábios, enquanto seus braços longos estavam envolta de seu corpo. Os olhos fechados mostrando que nada mais importava naquele momento, a não ser aquilo que ele esperou fazer durante todo esse tempo separado de seus amigos.

Quão estúpidos eles foram pensar que apenas aquilo no passado poderia ter separado-os?

Kuroko chorava num misto junto de sua risada fraca. Sua mão esquerda limpava o canto de seu olho direito, que ainda teimava em sair algumas lágrimas, enquanto a direita estava em seu coração. Sentindo aquele calor que emanava dele.

Akashi tinha um sorriso enorme, sua risada ecoava por toda a quadra. Seu desejo fora realizado. Ambas as mãos estavam em sua vestimenta de cima, a mão esquerda segurando um pouco em baixo na barriga por causa do riso, e a direita o lugar em que ficava seu coração, tentando conter toda a euforia que ele estava.

Palavras não eram precisas naquele momento, somente a presença de cada um ali, fazia valer mais que tudo.

Também não era preciso dizer que aquilo tudo que Akashi tinha os feito ir e fazer, era uma maneira de se redimir, pedir o perdão que ele vinha buscando desde que finalmente tinha se tocado o quão burro foi ao separá-los daquela maneira. Quebrar sonhos e esperanças.

E não era preciso ser dito com palavras que os outros haviam entendido, e finalmente dado a Akashi o que ele esperava: o perdão.

Não era totalmente a culpa do ruivo o que aconteceu no passado. Todos eles tinham um pedaço da culpa, do erro que foi cometido que gerou tudo aquilo.

Mas não era mais preciso guardar a mágoa, o rancor, a tristezas e felicidades reprimidas durante todo esse tempo.

Todos eles sentiram a culpa saírem de seus ombros dando lugar aquela sensação de finalmente conseguirem o que queria.

Eles estavam juntos novamente.


≈♐≈


Após aquela partida em que eles resolveram tudo, eles voltaram a sair juntos. Até mesmo os atuais companheiros de times juntos aos antigos. Todos felizes que tudo havia se acertado.

Seijuurou parecia ter realmente mudado.

Eles estavam em frente à porta de Akashi, iam fazer uma surpresa para o garoto. Eles haviam decidido fazer uma pequena festa, apenas para comemorar tudo aquilo que veio acontecendo desde que o ruivo tomou a iniciativa de juntá-los novamente.

Por todas as coisas boas que vinham acontecendo a todos.

O porteiro recebeu-os, com uma cara um tanto estranha, mas que se passou despercebida pelos garotos. Eles esbanjavam felicidade no momento.

Logo quando botaram o pé na casa de Akashi, foi possível ver o pai do mesmo ir recebê-los.

— Garotos... — O homem ruivo disse, parecendo um tanto entristecido. — Bem que meu filho disse que vocês viriam. Sigam-me, por favor. — Pediu, nem dando a chance da pergunta para os adolescentes.

A situação toda estava um pouco estranha pra eles, mas não resolveram abrir a boca para questionar naquela hora. Andando alguns corredores da grande casa de Akashi, o pai dele parou em uma porta que os garotos conheciam bem.

Era ali o quarto do ruivo.

Quando a porta foi aberta, a sensação de ânsia deles para perguntar sobre os preparativos da festa havia sumido por completo.

A cena que eles presenciavam, era um tanto assustadora para suas mentes, eles jamais imaginaram ver Akashi naquelas condições.

O ruivo virou a cabeça na cama com dificuldade, olhando para as novas pessoas presentes em seu cômodo e sorriu de forma fraca.

Nenhum deles ousava se pronunciar, não era preciso, não podiam, não queriam. Aquilo era demais para o que eles podiam aguentar.

Akashi estava em sua cama, só que ela estava um pouco modificada. Ao redor do ruivo, estavam vários aparelhos de hospital, em sua face, um aparelho que parecia auxiliá-lo a respirar. E isso ele já fazia com grande dificuldade.

“Por quê?”

Por que ele nunca havia dito? Por que ele nunca tinha falado das situações que estava passando e o que poderia acontecer? Isso era o que eles chamavam de orgulho? Orgulho exacerbado?

Não era possível que Akashi estava naquelas condições. Tinha que ser uma mentira, só podia ser uma brincadeira. E uma brincadeira de muito mau gosto.

Mas não era.

Os adolescentes adentraram o cômodo ficando a volta da cama de seu ex-capitão, fitando-o com uma preocupação sem fim, um sentimento de medo, uma coisa estranha rondavam em seus corações e mentes.

Eles não poderiam perder Akashi depois de tudo.

“Depois de tudo...”.

Aquilo veio de forma catastrófica em suas mentes. Por que não perceberam antes?

Era isso.

Akashi queria reuni-los uma última vez, tentar o perdão antes que ele fosse. Mas ele poderia ter dito, poderia ter dito que estava passando por situações complicadas e que não tinha certeza do que poderia acontecer.

Aquilo não poderia ser o orgulho dele falando mais alto.

A verdade era que Akashi não iria de forma alguma aceitar o perdão deles sendo que fosse por pena, por apenas perdoar sabendo que ele iria morrer. Isso não era perdão, era compaixão.

Os barulhos do aparelho que indicava os batimentos cardíacos iam fazendo cada vez menos barulho, e com isso o desespero crescente dentro dos adolescentes aumentarem. Não podia ser verdade.

O sorriso já meio fraco desaparecia no rosto do ex-capitão, dando o lugar para seu rosto sereno e calmo.

Finalmente o aparelho fez aquele som horrível, que ninguém espera escutar um dia na vida caso seja vindo de uma pessoa próxima.

Os batimentos chegaram à zero.

Os adolescentes não sabiam se gritavam, choravam, pediam para que aquela brincadeira de mau gosto parasse que já era o suficiente, que Akashi parasse de brincar com eles daquela maneira.

Mas nada do que eles fizessem ali poderiam mudar.

Akashi estava morto.

Momentos de desespero e gritaria junto de choro eram possíveis ouvir do quarto do garoto. O pai de Akashi chorava do outro lado da porta, sabendo o que havia ocorrido.

Ninguém tinha a sanidade estabilizada naquele momento. Só depois de muito choro e desespero que eles finalmente se tocaram e pararam com aquilo tudo.

Todos eles se aproximaram de Akashi uma última vez, observando o semblante calmo dele.

Antes de se despedirem, eles observaram na mão que estava por cima do lençol branco da cama.

Tinha um pequeno pedaço de papel que parecia dentro da mão do ruivo. Ninguém tinha coragem de tocá-lo e lhe tirar o papel. Mas reunindo forças, cada um deles tocou uma parte, e puxou delicadamente a folha branca da palma fria.

Ficaram um pouco hesitantes em abrirem, mas já haviam chegado até ali, teriam de ir até o final.

Eles desembrulharam a folha amassada e vira aquela letra tão diferente e inigualável que era a de seu capitão, a letra dele formava apenas uma simples e única palavra.

Mas que tinha significado enorme para todos eles ali.

“Obrigado.” 

1 сентября 2018 г. 23:06 0 Отчет Добавить Подписаться
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