Estou na frente da moça da companhia aérea esperando Jin que vem vindo com meu passaporte. Eu olho para a passagem que mostra o destino: Seul - Coréia do Sul.
− Pega aqui irmãozinho – ele diz me alcançando o passaporte. – não vá perder o voo por minha causa.
Entrego para a moça juntamente com minha passagem e faço o check-in. Tudo pronto agora é ir até o setor de embarque. Jin me acompanha e já vejo algumas lágrimas em seus olhos.
Tae, promete que vai se cuidar? Não trabalha demais ok. Tenta se divertir e coordena tudo por lá como se o papai estivesse junto.
Nos abraçamos e penso em tudo que está por vir. Voltar para a Coréia após crescer nos estados Unidos e ainda por cima sentar na cadeira do Presidente da Matriz dos negócios da familia é uma grande responsabilidade. Jin é meu único irmão e sendo mais velho que eu, dois anos, ele tenta sempre me proteger e se preocupa com minha vida particular. Vive me dando conselhos para aproveitar mais a vida e não trabalhar tanto.
Não viva como eu, aproveite todos os momentos que puder.
Na nossa ultima noite juntos ele me levou a um lugar onde jamais imaginei que meu irmão fosse. Jin me levou a uma boate de strip-tease. Lá eu vi algumas mulheres que o levaram para outro andar, provavelmente para fazer algo que ninguém poderia presenciar. O lugar era, como dizer, só para clientes V.I.P’s.
A chamada do voo é feita e solto do abraço me despedindo dele que deixa algumas lágrimas caírem pelo rosto magro e pálido. Antes de seguir Jin me da um ultimo conselho e me confessa um segredo.
Ontem eu só recebi massagens e conversei com aquelas duas, coisa que tenho feito nos últimos meses. Por isso te peço viva, irmãozinho, viva tudo que puder.
Assinto com a cabeça e sigo para o avião. Entro e sento na poltrona afivelando o cinto.o avião decola e eu pego o celular colocando a playlist que fiz para ouvir durante o voo. O comissário de bordo vem com o carrinho perguntando o que cada pessoa gostaria. Ele se abaixa ao meu lado alcançando um papel.
− Sr. Acho que isso caiu das suas coisas.
Eu olho e pego. Reconheço o cartão que a moça me deu ontem na tal boate. Achei que tinha deixado no banheiro de casa e lembro que Jin entrou lá recolhendo minhas coisas e colocando na bagagem de mão.
“Vou lhe dar este cartão e quando você chegar a Coreia vá até lá para conhecer. É um lugar parecido com este só que lá só tem homens. Apresente este cartão e diga a senha.”
Olho o papel em tons de bege e vermelho com o nome da boate e penso nos conselhos do mais velho. Tenho trabalhado muito desde que nosso pai morreu e nunca me envolvo com ninguém. Recosto a cabeça na poltrona e coloco o cartão no bolso da calça.
Quem sabe não aceito o conselho de meu irmão e vou viver um pouco mais e pode até ser que seja conhecendo um lugar como esse .
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