medhuzas2 Medhuza S2

— Eles são meus heróis... Pequenas lágrimas escorreram pela face avermelhada da menina, sendo acompanhadas por um largo sorriso. —... Apesar de Mama parecer ser uma anti-heroína.


Фанфикшн Аниме/Манга Всех возростов.

#sasusaku #sarada #family #naruto
Короткий рассказ
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Capítulo único

— Mama, já estou indo — a menina de brilhantes cabelos negros falou — Itachi oji-san já chegou.

A mulher de madeixas rosadas ajeitou a roupa da garota enquanto sorria para ela. Após o alinhamento completo do traje escolar da filha, deu-lhe um beijo tenro na testa e disse as coisas clássicas que todas as mães falam a seus filhos: “se cuide”, “muita atenção”, “eu te amo”.

A menininha saiu saltitante para fora da residência luxuosa, entrando em um carro negro estacionado na frente da casa. Enquanto o carro se afastava, indo ao portão, ela olhou para trás e viu seus pais. Sua mãe estava no batente da porta, observando-a ir e seu pai atrás dela, enlaçava sua cintura fina com os braços mantendo o queixo no topo de sua cabeça.

Logo os perdeu de vista e se virou para frente.

Focando na paisagem que passava depressa pela janela do carro, a menina pensava.

Itachi, tio da garota, observava a expressão reflexiva que a menina apresentava e se perguntava o porquê de ela estar tão pensativa. Talvez ela estivesse pensando na neve que caia ou no frio que estava assolando a população desde que o inverno chegara.

No intuito de iniciar uma conversa, o Uchiha comentou:

— Akachan, está muito frio, não achas?

Akachan era o apelido que ele havia arrumado para a garota, pois ela era vermelhinha e, em sua mente, ela nunca deixaria de seu um bebê, apesar de já ter 9 anos completos. A menina ainda olhava a coberta de neve que cobria todo o chão, não havia ouvido o tio e sua mente estava submersa em pensamentos.

Franzindo a testa a garota, com as bochechas levemente avermelhadas pela friagem, se pronunciou.

— Itachi oji-san... Sonhos podem ser reais?

Pego de surpresa tanto pela fala da garota quanto por ela ter quebrado o silêncio em que estavam, o Uchiha pensou em alguma resposta para lhe dar.

Mirando-a pelo retrovisor, percebeu que os olhos da pequena acompanhavam-lhe todos os movimentos esperando uma resposta.

— Sonhos reais? Isso não seria uma antítese? — perguntou, arqueando uma das sobrancelhas.

A menina olhou para baixo e inflou as bochechas, sinal de que pensava em uma resposta para o questionamento do tio. Alguns segundos depois ela ajeitou sua postura dizendo:

—Oji-san, existem sonhos reais e irreais, ou melhor, os possíveis e os impossíveis.

— Hmm, ai já tem a resposta para sua pergunta. — Sorriu travesso, as conversas entre eles eram sempre assim, meio reflexivas e diferenciadas.

— Mas eu estou falando de sonhos que temos enquanto estamos dormindo, oji-san.

— Então esses são irreais, pois não aconteceram.

— E se você sentir que eles aconteceram? — ela insistiu.

— Aí podem ser memórias ou dejá-vus...

— Eu posso ter uma memória de algo que aconteceu antes de mim? — com os olhos arregalados a pequena Uchiha perguntou.

— Não exatamente...

A menina então parou de perguntar e novamente adotou a expressão reflexiva que seu rosto apresentava a alguns minutos atrás. Com os olhos semicerrados, ela olhava a janela do carro em completo silêncio.

— Por que está perguntando sobre sonhos do tipo que temos quando estamos dormindo, Akachan? — questionou-a Itachi no momento em que o sinal vermelho despontou no semáforo.

— Tive um incomum — a garota respondeu, ainda direcionando os olhos para o lado de fora do automóvel.

— Muito incomum?

— Um pouco...

— Por quê?

— Era muito real.

Aquilo realmente era algo meio esquisito para uma jovem de apenas 9 anos. Um pesadelo? ­Itachi pensou, talvez ela tivesse ficado impressionada com algo que viu ou ouviu e seu subconsciente registrou e lhe mostrou em seus devaneios noturnos. Antes que ele pudesse perguntar à menina o que havia visto no sonho, ela começou a contar.

— Eu estava na antiga casa do papa, ele estava chorando muito...


Num quarto escuro, um homem de cabelos e olhos negros se encolhia no canto, chorando e soluçando desesperado. A garotinha ali tentava identificar o local em que estava e ao constatar que aquele era seu pai, tentou correr até ele e consolá-lo... Mas quanto mais corria, mais distante ele ficava.

Embora nada, nada vá os afastar.

Seu pequeno coraçãozinho se apertava ao ver seu amado papai daquela forma. Ela queria abraça-lo e mostrar que ele não precisava ficar daquele jeito, mas por mais que ela corresse, a distância entre eles só aumentava.

Cansada, parou de correr e tentou recuperar o fôlego, mas ao piscar os olhos estava em outro local.

Nós podemos vencê-los, apenas por um dia.

Agora estava num beco sujo e fedido. Fezes de animais, restos de comida e lixo estavam por todos os lados. Na sua frente, o mesmo homem de antes. Era seu papa, mas ele estava diferente. Seu rosto estava mais liso e ele parecia mais novo.

Ela não conseguia respirar, algo a impedia de fazer tal ato.

Olhou para seu pai e os olhos tão calorosos e amorosos dele estavam vazios. Eram dois orbes opacos e sem vida. Tentou visualizar suas mãos ao leva-las ao pescoço e percebeu que o que a impedia de respirar eram os dedos do Uchiha.

Ela o ouviu gritar: “Diga-me quem foi!”.

Sem saber responder, ela cerrou os olhos e sentiu as lágrimas escorrerem.

Nós poderíamos enganar o tempo

De repente, a pressão que estava sendo exercida em seu pescoço diminuiu até desaparecer. Ela respirou fundo e novamente abriu os olhos, constatando o que já imaginava: estava em outro local.

Agora, ao analisar as coisas que estavam ao seu redor, a menina concluiu que estava em algo semelhante a um laboratório. Fuselagens, aparelhos, metal, fios, pregos, computadores e mais fios estavam espalhados pelo salão.

O silêncio reinava e o único som que ela ouvia era o de seus passos apressados atrás de alguma coisa que não conseguia saber o que era. Andou até ver uma máquina que se sobressaía das outras.

Utilizando-a estava seu pai. Um computador ligado a maquina mostrava o que ele via.

Eu, eu consigo lembrar (eu lembro).

No monitor do equipamento, a cena de dois jovens com uniformes escolares se desenrolava. Eram seus pais, eles estavam sorrindo e assistindo aquilo, a Uchiha soltou um sorriso de canto inconscientemente, pois a cena era tão doce e pura que faria qualquer um sorrir.

A doçura daquela cena se desfez quando ela se encontrou, novamente, noutro lugar.

Isso não acaba mais, pensou.

Nesse outro local, Shikamaru-sensei, diante de uma máquina ainda maior ajeitava algumas configurações e botões enquanto seu pai, dentro de uma cabine da estrutura, fechava os olhos e dizia “adeus”.

Quando os lábios do Uchiha formaram essa palavra, um clarão tomou conta do local e a última coisa que a garota viu foi fogo por todos os lados, tragando tudo e todos que estavam lá.

Eu, eu gostaria que você pudesse nadar.

De novo a escuridão veio e depois de se sentir sendo consumida pelo fogo, a menina sentiu a pele arder não pelas labaredas de calor, mas por ondas salgadas e gélidas. Abrindo as pálpebras, viu que estava no fundo do mar.

Ao seu lado, sendo arrastado por correntes marítimas, seu pai se encontrava.

Com a mesma roupa da cena anterior, ele sorria enquanto afundava no oceano.

A garota tentou nadar até ele. Quando chegou perto e foi tocá-lo, suas mãos transpassaram o corpo. Nesse instante, ela conseguiu ouvir claramente a voz dele.

“Eu consegui.”

Naquele momento, várias imagens passaram pela mente da pequena Uchiha, fazendo-a compreender o que acontecera. De olhos arregalados, ela olhava o homem. Estava chorando? Talvez. Não conseguia saber, pois a água do mar a impossibilitava de definir se lágrimas saíam de seus luminosos olhos.

Se aproximando novamente do corpo, tentou circundá-lo com seus braços, depositando toda a sua gratidão naquele ato.

Sasuke sorriu minimamente e cerrou os olhos enquanto afundava em um local no qual ninguém o encontraria.

Oh, nós podemos ser heróis, apenas por um dia.


—... Depois disso eu já estava em outro local, onde a Mama estava segurando uma arma apontada para mim — disse — Ela estava muito bonita, com maquiagem e uma roupa de gala; a última coisa que ouvi foi ela dizendo “Cherry Bomb” e o disparo depois do Cherry.

E você, você pode ser má.

Itachi estava estático.

O que sua sobrinha havia acabado de dizer era estranho, mas ao mesmo tempo real. Ele conseguia sentir e visualizar tudo o que ela falara de uma forma tão surpreendente que duvidou de si mesmo quando se lembrou de que era um sonho. E mais: Cherry bomb. Se sonhos eram algo do inconsciente, de onde a garota tinha ouvido esse nome se ninguém o mencionava?

— Oji-san?

Desperto de seus pensamentos, o Uchiha a olhou pelo retrovisor.

— O sinal abriu há alguns minutos — ela disse, apontando para o semáforo.

Ele sorriu desconcertado e pôs o carro para andar.

— Desde que acordei hoje cedo, estou pensando nesse sonho. É estranho, não é? — perguntou para o tio.

— É... Um pouco. — respondeu, vagamente — Aliás, de onde veio Cherry Bomb?

— Eu não sei, foi a primeira vez que ouvi isso, tirando aquela música do Runaways que tem esse nome — a garota sorriu com a referência dita por ela mesma.

A expressão reflexiva passou da sobrinha para o tio.

Itachi agora pensava sobre o que a menina lhe contara. De alguma forma, ele não conseguiu duvidar da veracidade daquilo, porém não conseguia encaixar aqueles fatos na realidade em que viviam.

— Sabe, Itachi oji-san, papa é um herói — ela começou — Em qualquer mundo, eu acredito que ele vai sempre tentar salvar a mama e fazer ela feliz. Quando os vejo juntos, sei que isso não poderia ser de outra maneira, eles se encaixam perfeitamente. Eu os amo tanto! — finalizou, sorrindo docemente.

O Uchiha saiu de seus devaneios e inclinou os lábios da mesma forma que a garota fizera.

— Eles são meus heróis...

Pequenas lágrimas escorreram pela face avermelhada da menina, sendo acompanhadas por um largo sorriso.

—... Apesar de Mama parecer ser uma anti-heroína.


Agora, nossa Sarada pode nascer, minha querida Sakura.


Embora nada, nos mantenha juntos

Nós poderíamos enganar o tempo

apenas por um dia

Nós podemos ser heróis, para todo o sempre

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1 июля 2018 г. 3:48 0 Отчет Добавить Подписаться
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Об авторе

Medhuza S2 Lendo de vez em quando, escrevendo quando bate aquela ânsia. Sofrendo sempre e tentando viver cada dia como se fosse o último. Tô sempre com um projeto em andamento, outros quase finalizando, muitos só na cabeça. Em resumo, nunca parada. Se entrar em contato comigo, não se preocupe eu sempre respondo (mesmo que possa levar dias, semanas ou meses).

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