alicealamo Alice Alamo

Shino desviou o olhar do espelho ao jogar de lado a camisa branca e vestir de novo a anterior. Ele não era como as pessoas com quem Kiba saía, não era animado ou provocante, não fazia piadas ou ria alto, não gostava de se embebedar, não se achava bonito, não era nada do que o outro buscava em seus amantes! Mas, ainda assim, aquele sentimento confinado no peito o enlouquecia e, por isso, já era hora de se confessar.


Фанфикшн Аниме/Манга Всех возростов.

#naruto #yaoi #kiba #shino #shino-kiba #shiba #desafiodossignos
Короткий рассказ
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Capítulo Único


Notas iniciais: 

Desafio dos Signos

Tema: Data Especial

Signos: Touro (sereno, decidido, tranquilo) - Shino - e Sagitário (alegre, aventureiro e disciplinado) - Kiba.


* * *


Shino era decidido, fazia parte da sua personalidade tranquila e serena; se decidia fazer algo, ele o fazia e não voltava atrás com sua palavra. Nunca. Talvez, pudesse passar a impressão errada sobre si, sabia que muitos o viam como antissocial e que certamente duvidariam que fosse mesmo comparecer ao aniversário de Kiba quando o amigo o convidou na frente de todos. Não se importava com que pensavam ou diziam, apenas respondeu o óbvio para Kiba, fingindo não notar os olhares de descrença de Chouji ao cochichar com Ino.

Sentado sobre a cama, encarava o próprio reflexo no espelho ao canto. Era muito possível que estivesse exagerando na roupa, afinal, Kiba faria uma festa até que simples em seu clã, com família e amigos, não havia necessidade de se produzir tanto. O reflexo discordou, satisfeito com a escolha que vestia, e Shino tentou mesmo achar algo que pudesse trocar a fim de diminuir o desconforto.

Mas… desconforto por quê? E daí que estava bonito? E daí que tinha se arrumado bem para o aniversário do melhor amigo? Não era de comum senso que deveriam todos estar bem vestidos para uma celebração? Por que com ele seria diferente então?

Bufou, inconformado, sua consciência lhe acusando de estar fugindo do real problema. Certamente, ninguém ligaria para a roupa que usava, mas sim para o seu significado… Tudo em seu corpo, desde as vestes à atitude, gritava que só havia feito aquilo por Kiba, que só estava ali por ele! Era revelar a verdade mais bem guardada por seu coração, e isso lhe dava medo.

Engraçado… tinham voltado de uma missão perigosa, havia sido salvo por Hinata e quase morrido antes, mas nada se comparava com o temor que o fazia retirar a camisa vestida e buscar por outra mais simples. Separou uma branca, sem muitos detalhes, e voltou para frente do espelho. Seu corpo era marcado por cicatrizes, o abdômen ainda tinha as faixas brancas sobre a ferida da última batalha apesar de já não estar dolorido. Analisou-se, buscou na própria imagem a resposta para a pergunta que vinha lhe roubando o sono noite após noite…

O que Kiba faria caso se confessasse?

Não tinha ideia… Normalmente, o amigo era fácil de prever, sempre animado e escandaloso, alegre, nunca recuando diante de um desafio, mas, bem, dessa vez, Shino imaginava que seria aventura demais até mesmo para Kiba… Até porque ele sabia dos gostos do amigo, Kiba não fazia questão alguma de esconder com quem saía ou quando se interessava por alguém, muito pelo contrário, era horrível não conseguir não saber quando ele estava saindo com algum novo shinobi de uma vila vizinha ou quando se envolvia com alguma das kunoichis aliadas nas missões.

Shino desviou o olhar do espelho ao jogar de lado a camisa branca e vestir de novo a anterior. Ele não era como as pessoas com quem Kiba saía, não era animado ou provocante, não fazia piadas ou ria alto, não gostava de se embebedar, não se achava bonito, não era nada do que o outro buscava em seus amantes! Mas, ainda assim, aquele sentimento confinado no peito o enlouquecia.

O primeiro botão reencaixado o fez sorrir sem muito humor, seria humilhante se Kiba o rejeitasse. Parou com o terceiro botão entre os dedos, cogitando se seria melhor falar no começo ou no fim da festa; abotoou-o com a certeza de que conversaria somente no fim, não queria estragar o aniversário do amigo ao ir embora depois do vexame. Mas… Kiba estaria bêbado quando tudo acabasse, não podia se declarar para um bêbado, sabia que Kiba talvez nem se lembrasse de seus sentimentos no dia seguinte e não correria esse risco. No começo então! Falaria no começo e fingiria não sentir nada à medida que ele despedaçasse seu coração, engoliria as lágrimas junto com as doses de sakê e se manteria isolado, quieto, como todos já estavam acostumados que fosse.

Apagou a luz do próprio quarto como se isso assinalasse sua decisão. Caminhou sem pressa pelas ruas de Konoha, a mão no bolso enquanto a outra carregava o pequeno embrulho que era o presente de Kiba. No meio do caminho, sorriu discreto ao ver Hinata o esperando. Ela estava bonita, como sempre, e sorria com carinho para si como se os olhos perolados pudessem enxergar muito mais que apenas as roupas que ele vestia. Não duvidava que ela já soubesse de tudo, era natural ser observadora e tanto tempo de convivência ajudavam-na a perceber todo o seu nervosismo na última semana.

— Boa noite, Shino-kun — ela o cumprimentou, tranquila.

— Boa noite. Vamos?

— Sim. Você está muito bonito hoje — ela comentou de modo sereno, e Shino se perguntava se ela havia aprendido com Neji aquele modo delicado de introduzir assuntos que as pessoas queriam evitar porque, sim, ele sabia que ela questionaria logo sua decisão. — Vai falar com Kiba-kun essa noite?

Respirou fundo, os olhos ergueram-se ao céu escuro. Hinata merecia saber, devia sua vida à ela e lembrava-se do sermão preocupado que ela havia feito quando a batalha tinha terminado. As mãos dela tremiam enquanto Kiba a ajudava a fazer um curativo básico para dar tempo de levá-lo até um hospital ou a qualquer um com habilidades médicas, o byakugan ativado permaneceu assim até que a cirurgia acabasse para auxiliar os médicos, e eles sabiam o quanto aquilo havia consumido das energias dela. Ela merecia uma resposta.

— Sim.

— Ah — ela deixou escapar, surpresa. — Isso é ótimo, Shino-kun, estou feliz por você!

Shino não respondeu, não via motivos para ela comemorar antes da resposta de Kiba e não queria alimentar esperanças que morreriam em breve.

O clã Inuzuka os recebeu já no clima da festa. Como companheiros de time de Kiba, conheciam muitas das pessoas que os cumprimentavam e sorriam cordialmente para a família do amigo, mas, entre saudações e boas vindas, o coração de Shino fez questão de lhe lembrar o motivo principal para estar ali. Engoliu em seco, trocou o presente de mão enquanto mexia nervosamente no pequeno e discreto laço da embalagem e olhou ao redor com extrema atenção. Onde Kiba estava? Onde…?

Viu ao longe alguns amigos conhecidos, reconheceu Naruto pela voz animada e pelo grito revoltado de Sasuke em resposta. Cerrou os punhos, enfiando a mão no bolso para que ninguém mais visse sua ansiedade. A música alta o fazia torcer o nariz, era desagradável, preferia mil insetos voando ao seu redor do que aquele barulho todo. Contudo, ele sabia que seria bem no centro daquele caos onde acharia Kiba.

Hinata o tocou no ombro, e ele parou para olhá-la ficar bem à sua frente e na ponta dos pés para abraçá-lo com força.

— Boa sorte — ela sussurrou ao encará-lo direto nos olhos e então lhe dar passagem.

— Obrigado — murmurou de volta.

Se tinha uma coisa na vida que Kiba sabia fazer, era ser chamativo e conseguir atrair toda e qualquer atenção para si. Os amigos em volta dele riam, alguns o abraçavam enquanto dançavam de forma desengonçada, e outros apenas incentivavam a brincadeira. Kiba ria, alto, e ver o sorriso tão espontâneo dele fez Shino parar apenas para observá-lo.

Ele era bonito, com os cabelos castanhos bagunçados jogados parcialmente para trás, as características marcas vermelhas no rosto e o os olhos brilhantes. A risada dele fazia o peito de Shino se encher com uma sensação gostosa de felicidade, e, quando os olhos se encontraram, o ar desapareceu e tudo ao seu redor se silenciou. Na sua mente, só havia Kiba, há muito tempo que só ele importava para si… Sua vontade era poder caminhar até o outro, suas mãos se ergueriam devagar até o rosto dele e acariciariam as bochechas marcadas em vermelho enquanto os lábios se tocariam em um cumprimento carinhoso; depois, seria inevitável abraçá-lo, mergulhar os dedos nos cabelos dele e inspirar profundamente o perfume suave que Kiba usava em ocasiões especiais.Seu corpo receberia o do outro como se tivesse sido feito ao molde perfeito e tinha que admitir que seria difícil soltá-lo depois. Só que ele não estava em sua mente, estava no mundo real, naquele onde Kiba podia rejeitá-lo e o medo disso o fazia travar os pés firmes no solo e não mover um músculo enquanto Kiba lhe sorria e se aproximava.

O coração acelerou, o sangue correndo apressado como formigas em dia de trabalho sob a pressão do inverno próximo. Controlou a própria respiração, a roupa já era o suficiente para que desconfiassem de suas intenções, não precisa de mais nada para gritar a todos aquilo que somente Kiba não era capaz de enxergar.

— Shino!! Você demorou! — Kiba reclamou, passando um dos braços por seus ombros e o arrastando para o meio dos demais. — Viram?? Eu disse que ele viria! Eu disse! Podem ir passando o dinheiro!

Shino ouviu as lamúrias e algumas risadas, manteve-se sério, não tinha cabeça para lidar com aquele tipo de bobagem, não quando o que queria estava próximo, muito próximo. Seu coração se contorcia de ansiedade; para alguém sempre tão calmo, era desagradável tê-lo batendo contra o peito daquela forma amedrontada, as mãos suavam, e o estômago… nem vamos entrar nesse quesito.

Não podia falar com ele ali, não na frente de todos, não era daquela forma que desejava se confessar. Aliás, aquilo estragaria a noite com certeza; Kiba se sentiria mal por o dispensar na frente de tanta gente, a festa acabaria ali de certo. Não, tinha que esperar, e isso o deixava mais ansioso. Olhou ao redor discretamente, e o alívio ao ver Hinata se aproximando para falar com eles só não foi maior porque ela conseguiu fazer ainda melhor...

— Kiba-kun, sua mãe acabou de pedir que você pegasse algumas das caixas de bebidas e trouxesse para cá.

Kiba revirou os olhos e suspirou, enfadado.

— Vamos — Shino adiantou-se, antes que Kiba mandasse qualquer um fazer a tarefa. — Eu ajudo. Quanto antes terminarmos, mais rápido você volta para cá.

Kiba olhou para Hinata e então para Shino, como se se decidisse, assentiu e então gritou algo para os amigos antes de seguir com Shino para a residência. O braço… ainda sobre os ombros de Shino, e foi difícil para Shino não envolver a cintura dele como tanto queria enquanto andavam. Respirou fundo, apertando a própria mão no bolso para não acabar fazendo nada imprudente. Com Kiba, tudo tinha que ser pensado, calculado, o amigo era impulsivo demais e, se se assustasse e fugisse, não haveria uma segunda chance.

Entraram na casa. A cozinha estava vazia, mas havia algumas caixas para de fato serem levadas. Kiba sorriu ao se aproximar do fogão onde algo a mais cozinhava e Shino se apoiou de leve na mesa enquanto via o amigo abrir a tampa para espiar o que teria ali.

Fale com ele, repetiu para si uma única vez, e foi o bastante.

— Kiba… — chamou, um pouco mais baixo do que imaginara.

— Espera — Kiba respondeu, agitado, os olhos arregalados. Coçou a nuca e desviou o olhar antes de pigarrear. — Vamos levar essas caixas lá fora, estão esperando. — Riu, sem graça, e Shino arqueou a sobrancelha. — Depois podemos conversar… é meu aniversário e você me deve uma dança por isso, podemos falar depois já que você está com aquela cara.

Aquela cara? — Shino perguntou confuso.

— É, a que você faz quando decidiu algo sério e precisa comunicar. É assustador, cara, sério. — Kiba riu, e Shino sabia que ele estava fugindo. — Vamos voltar, você dança uma música comigo e aí fala o que tem a dizer, feito?

Shino remexeu-se desconfortável, mas concordou, até porque não adiantava discutir com Kiba, ele faria de acordo com sua vontade independentemente do que dissesse. Ajudou a carregar as caixas e as deixou no lugar indicado, não olhou para Hinata, sabia que ela buscaria respostas. Viu Kiba morder o lábio enquanto se afastava até o pequeno lugar onde o responsável pelas músicas estava e franziu o cenho quando ele voltou.

Conhecia Kiba, isso era um fato. E não somente porque o amava, mas porque haviam crescido juntos, partilhado diversas experiências! Por isso, era fácil dizer que Kiba não estava bem. Por algum motivo, o amigo evitava olhá-lo nos olhos, batia o dedo na coxa em um tique e abria e fechava a boca sem dizer nada enquanto a música nova não era posta.

— O que está acontecendo? — perguntou, direto, como era de seu feitio, e Kiba corou ao dar de ombros e então encará-lo.

— Bem, é meu aniversário, e eu quero uma dança — respondeu na pressa, as palavras tropeçando em sua própria boca e saindo de forma desordenada. — Só uma dança e então você… bem — Desviou o olhar. — você pode dizer o que quer.

Shino percebeu a atenção de algumas pessoas ao redor, os olhares estavam sobre eles de uma forma diferente e quase ansiosa. Não queria aquela atenção, estava tão nítido assim o que sentia pelo outro??

A música lenta cortou seus pensamentos. Arregalou os olhos e o corpo congelou quando os braços de Kiba passaram por seu pescoço sem lhe dar tempo para recuar. A cabeça de Kiba repousou em seu pescoço, e Shino precisou de alguns segundos para entender o que acontecia. Sua demora deixou Kiba tenso, ele sentiu isso no próprio corpo mesmo ainda incrédulo demais para compreender o significado, mas as mãos finalmente deixaram os bolsos para se fecharem no que tanto queriam desde o começo.

Abraçou a cintura e as costas de Kiba, mantendo-o contra si enquanto o ritmo lento da música preenchia o lugar. Seu coração… não havia mais controle, Kiba com toda certeza o sentia bater forte, percebia sua respiração alterada, notava que usava justo o perfume que ele lhe tinha dado, não havia mais escapatórias e, por isso, aproveitou. Aquele breve contato seria sua lembrança, faria daqueles poucos minutos de uma música qualquer a sua mais doce lembrança daquele que tanto amava e se contentaria com isso depois que tudo estivesse terminado.

Apertou-o mais, uma vã tentativa de que aquele momento durasse para sempre. Arrepiou-se com o suspiro contra sua pele e sorriu ao fechar os olhos e ignorar tudo e todos. Não sabia exatamente se ainda dançavam, seus pés pareciam entender que precisavam continuar a se mover, mas não era como se ele realmente pensasse naquilo. O calor que Kiba emanava era como havia imaginado, morno, acolhedor, trazia uma sensação de paz e plenitude que nunca encontraria em outra pessoa.

Sorriu, satisfeito e conformado. Kiba conduzia boa parte da dança, era o corpo dele que o guiava disciplinadamente, como se o lembrasse de que, se ficassem apenas parados, aquilo seria apenas um abraço e então se separariam… Apoiou o rosto na cabeça dele, a pouca diferença de altura lhe permitiu sentir os fios do cabelo castanho contra sua bochecha.

Queria aquilo, para sempre…

Mas a música logo terminaria, teria que despertar do sonho e encarar a realidade.

Ou não… porque, bem, por alguma estranha razão que seu cérebro ainda não tinha conseguido processar, a boca de Kiba tocava a sua sem hesitação, e ele tinha certeza absoluta de que não havia sido ele a beijar o amigo!! Os olhos arregalados piscaram, mas, assim como havia ocorrido quando Kiba o tinha arrastado para aquela dança, no exato momento que o sentiu querer se afastar, agiu.

O cabelo macio recebeu bem sua mão, e os lábios de Kiba partiram-se em surpresa quando Shino retribuiu o beijo, aprofundando-o segundo as ordens que o coração disparava para o cérebro. As mãos afobadas de Kiba escorregaram da nuca de Shino aos ombros, a cabeça inclinou-se para permitir que a boca fosse tida como o outro desejava e o beijo só não se tornou algo mais desesperado porque Shino ainda tinha uma pequena voz em sua mente lhe sussurrando de que estavam em público, numa festa que Kiba era o centro das atenções.

Ainda assim, Shino fez questão de gravar cada sensação, cada toque, cada suspiro. O gosto de Kiba era cítrico, nunca imaginaria isso, mas gostou, era fresco, como a liberdade que ele tanto exalava. Arrastou os lábios sobre os dele quando a consciência lhe disse “basta”, mas não conseguiu abrir os olhos ou se afastar. A respiração de Kiba batia em seu rosto, misturava com a sua própria de forma que ele nem ao menos sabia qual ar respirava. Suspirou com o correr de dedos sobre sua face e então calou o coração para tentar deixar o cérebro entender o que havia acontecido.

Kiba tinha lhe beijado. Sim, Kiba, havia sido Kiba quem o tinha beijado, e ele ainda estava ali! Nos seus braços! Sem se afastar, acariciando seu rosto e com os lábios tão próximos que o sentia voltar a uni-los em breves e suaves toques.

Abriu os olhos bem a tempo de ver o amigo engolir em seco, a face corada, os olhos decididos, mas abaixados.

— Desculpe por isso — Kiba falou apressado, sem se afastar. — Mas... Shino, eu…. amo você… Eu sei que você já percebeu, sei que é sobre isso que quer conversar, você já deve ter percebido assim como todo mundo, me desculpe, eu tentei ser discreto, juro que tentei, mas… Me desculpe, eu só… amo você.

Shino piscou, confuso, Kiba o olhava com ansiedade, mas tudo o que conseguiu responder foi:

— O quê? Do que você está falando? Não era disso que eu ia falar…. e como assim todo mundo sabe? Eu nunca notei nada disso!

— Vai me dizer que nunca reparou em como olham para gente quando estamos juntos? — Kiba elevou a voz, surpreso, e agora os amigos mais próximos prestavam atenção na conversa.

— É claro que sim... Mas... eu achei que era porque estava mais que óbvio que eu amava você — respondeu, a voz baixa evidenciando o choque e total descrença. — Era sobre isso que ia falar....

Kiba arregalou os olhos, e Shino sentiu a vibração em seus dedos nas costas dele quando ele começou a rir. Aquilo só podia ser brincadeira…

— Somos dois idiotas… — Kiba riu, as mãos já de volta à nuca de Shino enquanto encostava a testa à dele. — Eu tava me cagando de medo de você me dispensar logo no meu aniversário, ia ser uma tragédia lembrar disso todo ano, felizmente só se tornou mais especial.

Shino balançou a cabeça, incrédulo demais para dizer qualquer coisa. Mas não havia o que dizer… Kiba ria contra seu pescoço enquanto comentava sobre como eram lentos, conseguia sentir o coração dele batendo apressado, e o rubor que lhe preenchia a face era tão óbvio que se perguntou se realmente havia sido tão cego a ponto de nunca suspeitar que Kiba pudesse se interessar por ele.

Não importava.

Voltou a abraçar o corpo dele como se a dança não tivesse sido interrompida antes. Dessa vez, não havia medo sobre seus ombros ou dúvidas a lhe perturbar a mente, só havia Kiba, o coração dele batendo tão perdido quanto o seu, os lábios se buscando de tempos em tempos, e a certeza de que ser correspondido de fato causava a melhor sensação do mundo...

30 июня 2018 г. 23:10 6 Отчет Добавить Подписаться
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Об авторе

Alice Alamo 24 anos, escritora de tudo aquilo em que puder me arriscar <3

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Xabel Mind Xabel Mind
Qué emoción! 😍

  • Alice Alamo Alice Alamo
    Muito obrigada pelo comentário!! Beijoss August 02, 2018, 23:27
Isis Souza Isis Souza
Lindos! Eu amo essa coisa dos dois se amando e com medo da rejeição do outro, é sempre tão fofo! Foi muito legal a gente passar à história toda na expectativa de o Shino se declarar pra acabar sendo o Kiba primeiro. <3

  • Alice Alamo Alice Alamo
    Oii, Xixisss <3 Eu to muito apaixonada por esse shipp! Meu deus, a Kaline me converteu muito hahahahaha. E essa parte de amigos se confessando é tão amorzinho que derrete meu coração todo. Fico feliz por você ter gostado! Muito obrigada pelo comentário! Beijoss July 16, 2018, 23:03
jess       jess
aaaaaaah que fic lindaaaaaaaa acho que nunca li uma shino/kiba, amei vc escreve muito bem, maravilhosamente bem e que historia envolvente, parabéns mesmo <3

  • Alice Alamo Alice Alamo
    Oii!! Como assim?? Você precisa das palavras sagradas de Kaline Bogard (outra autora maravilhosa que escreve sobre eles) e da Ariane!! Fico feliz que tenha gostado! Muito obrigada pelo comentário <3 Beijoss July 16, 2018, 23:01
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