Ainda bem
Que você vive comigo
Porque senão
Como seria esta vida?
Sei lá, sei lá
Kakashi praticamente corria pela Academia. A máscara teimava em escorregar, culpa do suor, mas ele a mantinha segura com uma mão, enquanto a outra segurava firmemente o embrulho.
Se não fosse Gai... Provavelmente não o teria conseguido. Precisava agradecer ao melhor amigo (tentar agradecer, na verdade, pois Gai só queria disputas). Que horas seriam? Já teria passado a meia-noite?
Invadiu a sala de aula, como se o mundo ruísse.
— Rin! Rin, oi!
— Ainda lembra de mim, entendo. E seu ciúme?
— Rin, não precisa dormir aqui só por brigarmos.
O embrulho ia bem escondido atrás das costas, e Kakashi se aproximava.
— Você sentiu ciúme de um morto... Não, não um morto qualquer. O Obito. Nosso melhor amigo! Vou dormir sozinha hoje. Nem pra casa eu volto, e boa sorte com a minha mãe!
Rin estava furiosa. Era como acalmar um gato: a qualquer momento alguém se arranharia.
— É que... Hoje... Você preferiu visitar o túmulo dele, então...
— Não importa! Era nosso melhor amigo, Kakashi.
Dessa vez ela parecia calma. Se aproximou com um abraço quente.
Nos dias frios em que nós estamos juntos
Nos abraçamos sob o nosso conforto
De amar, de amar
Se há dores, tudo fica mais fácil
Seu rosto silencia e faz parar
As flores que me manda são fato
Do nosso cuidado e entrega
Meus beijos sem os seus, não daria
Os dias chegariam sem paixão
Meu corpo sem o seu, uma parte
Seria o acaso e não sorte
Eles se apertaram, o carinho transmitia o conforto de que ambos precisavam. Vendo de longe ninguém acreditaria que tinham menos que quinze anos... E já ali, Rin o mudou tanto, que Kakashi simplesmente não sabia explicar. Não poderiam, e os dois sabiam, simplesmente não poderiam passar por aquilo tudo se não estivessem juntos. Eram o apoio um do outro.
Se há dores, tudo fica mais fácil
Seu rosto silencia e faz parar
Kakashi soltou a namorada por alguns instantes, quando os braços dela esbarraram no embrulho.
— White Day...
Ele explicou, entregando a ela. E enquanto isso, abaixou a máscara. Rin contava nos dedos as vezes em que Kakashi mostrava o rosto.
Viu o chocolate, e sabia que adoraria, mas o que chamou a atenção dela foi que embaixo do papel laminado de chocolate, estava um porta retrato. A mesma foto que todos tinham, mas aquela moldura... Tinha toda a certeza que aquela era a moldura do antigo retrato de Obito (aquilo eram marcas de beijo?), podia ver as manchas causadas pelo jeito desastrado do amigo.
Ex—amigo.
Mas Rin conseguiu não chorar. E, olhando o rosto do namorado, o abraçou de novo. O agradecimento era mudo.
Não precisavam de palavras, os gestos falavam por si.
Kakashi a beijou na testa, e ele também queria chorar. Deus sabia o quanto doía a perda de Obito e a constante desconfiança de não ser o suficiente pra Rin, mas... O beijo que ela o deu foi a confirmação de que Rin faria um chocolate pra ele em retribuição.
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