Havia algo de predatório em seu olhar.
Muitos afirmavam que ele não era dado a emoções, pois sua expressão estava sempre fechada, carrancuda, como se tudo a sua volta fosse insignificantemente banal. Cada gesto seu era meticulosamente calculado e sua aparência impecável exalava dominância. Em suma, sua linguagem corporal era animalesca, um predador habitual sempre observando a caça, esperando-a cometer um erro fatal para então devorá-la completamente.
No entanto, eu conseguia ver algo que era desconhecido por todos, talvez até estivesse enganado, no entanto, havia mais que dominância, cadência e elegância nos detalhes que o compunham. Continuamente, eu sentia-me atraído pelo traço de sabedoria transcendental e o encanto incógnito que se sobressaíam a sua aura autocrata, que me deixavam absorto em sua imagem, ávido por sua presença esmagadora e sensual.
Éramos completos opostos, mas, a partir do momento que nossos olhares se cruzaram, tornei-me sua caça favorita e fui rapidamente capturado. Fora necessário apenas uma mera troca de olhares, e ele já me tinha inteiramente em suas mãos. Tudo acontecera rapidamente, fora apenas uma faísca ínfima que se transformara em algo maior e definitivo... E eu fui completamente consumido, tragado.
Tobirama Senju era denominado frequentemente como um deus intocável, mas, definitivamente, odiava comparações, assim como também abominava qualquer tipo de elogio exacerbado à sua pessoa, ou até atos impulsivos que eram realizados apenas esperando sua aprovação — mas, que, em troca, apenas ganhava como prêmio de consolação um arquear de sobrancelhas imperceptível.
Ah, mas, definitivamente, Tobirama não era perfeito.
Eu o conhecia muito bem, pois cada detalhe seu estava gravado em minha mente, e tais detalhes faziam-me amá-lo e odiá-lo ao mesmo tempo.
Eu amava como seu cabelo parecia não se incomodar com o vento e permanecia intacto... Odiava o fascínio que ele exercia em outras pessoas, atraindo-as sem pudor... Amava a forma como seu terno deslizava por seus braços e tronco realizando um caminho impecável de beleza e poder... Odiava a síndrome de satélite que, muitas vezes, eu sentia exercer, pairando, gravitando sobre sua pseudoperfeição... Amava a forma possessiva e viril como ele costumava me beijar, me tomar... E odiava, acima de tudo, ser o outro, a segunda opção, além de também odiar saber que ele me conhecia tão bem ao ponto de identificar meu maior ponto fraco: sua presença, ou a falta dela.
Sua aura sempre fora um empecilho em minha concentração e, naquele instante, ela estava ainda mais magnética e imperativa. Bastava apenas um olhar dele para que, mais uma vez, eu entregasse-me inteiramente aos seus toques periciais, sem pudor ou reservas. Como uma fórmula intrínseca, sempre quando ele aparecia meus pensamentos desvaneciam e sua imagem altiva e dominadora imperava sobre minha mente caótica, confundindo todos os meus sentidos.
Naquele momento, os olhos de Tobirama fitavam-me com intensidade e, antecipadamente, senti perfeitamente seu toque lascivo em cada parte do meu corpo. Meu coração disparou enlouquecidamente, e apenas entreguei-me mais uma vez, pois meu êxtase era o seu bel-prazer.
Seu calor... Seu sabor... Seu cheiro incendiavam a minha alma. Sua presença magnética puxava-me inteiramente de encontro à si. Ah, seu beijo me dominava e tornava-me um mero escravo dos seus desejos. Sem pensar, mais uma vez, joguei-me no abismo dos meus anseios irrefreáveis, entregando-me às suas investidas, gemendo seu nome alto e claro em meio a noite cáustica.
Confesso, sou um mero pecador submisso às suas vontades. Contudo, o que posso fazer a não ser me entregar de corpo e alma quando sou uma presa fácil, e ele a fera na escuridão à espreita... Meu dominador, meu amante Alfa.
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