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Now I lay me down to sleep Pray the Lord my soul to keep If I die before I wake Pray the Lord my soul to take Por favor, me deixe dormir! [ Kim Jongin / Depressão / Ansiedade / TW: Gatilho]


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Sono(lento)

Querido diário,

nesses últimos seis meses eu estava cheio de coisa pra fazer, atolado com ensaios, correr atrás das coisas para minha formatura, provas finais e vestibular se aproximando... Eu não tinha tempo de respirar durante a semana. Melhorei minha alimentação e me ocupei com os ensaios da dança, me sentia mais leve, mesmo que o cansaço físico fosse grande.

Nessa mesma época eu tinha começado a ver uma psicóloga, depois de um episódio meu "surtando" onde comecei a chorar no meio da aula de produção textual, decidi que queria e precisava ver algum profissional. Afinal de contas, não é uma coisa boa você chegar ao ponto onde vê sua mãe implorando para que melhore. Implorando para que não tire a própria vida.

Com o tempo, meus amigos mais próximos diziam perceber minha melhora. Eles notaram como eu estava distribuindo sorrisos mais facilmente, como eu estava me aproximando de novo e coisas assim. Continuei indo às consultas e isso se tornou parte da minha rotina cansativa. Comecei a me sentir incomodado com isso, não queria que algo que deveria me ajudar se tornasse apenas mais alguma coisa do meu dia a dia. Somando o horário apertado da minha "agenda" ao sentimento incômodo de rotina indesejada, parei de ir ao psicólogo. Prometi voltar, disse que era só por causa de tudo tomando meu tempo, e ainda justifiquei usando alguns argumentos dos meus amigos sobre a minha "aparente" melhora.

Agora que o ano está acabando, eu já me formei, estou de férias da dança e não tenho muita coisa para fazer, comecei a me estranhar de novo. Os questionamentos de "filho, está tudo bem?" vindos do meu pai, e os olhares magoados da minha mãe toda vez que eu sou ríspido com ela, tudo isso voltou. Não faço questão de sorrir, nem de conversar com ninguém dentro de casa ou nos aplicativos de mensagem, entro no Twitter e no YouTube procurando algo pra me distrair e o máximo que eu consigo são apenas algumas risadas.

Percebi que talvez eu não tivesse "melhorado" por conta de psicólogo, e que talvez fosse só por culpa de toda a correria em que eu me encontrava. Lotado de coisa para fazer eu não tinha tempo de ficar pensando demais. Com a cabeça cheia de compromissos, eu não conseguia pensar. Assim que eu tinha a chance de botar a cabeça no travesseiro, a exaustão me dominava por inteiro e eu só acordava com o despertador na manhã seguinte. Como eu odiava aquele despertador. Eu me sentia tão cansado fisicamente que não tinha como não amaldiçoar a única coisa que me tirava do meu descanso. Eu prezava meus momentos de sono, a exaustão nem me deixava ter sonhos direito. De certa forma, isso era bom. Os meus sonhos costumavam me atormentar. Maratonas de pesadelos. Um atrás do outro. Mais uma noite perturbada.

Sempre gostei de dormir, mas às vezes o pensamento de ter que dormir só pra acordar no dia seguinte e ter que fazer tudo de novo, manter as mesmas respostas de "não aconteceu nada, eu to bem" e dar um sorrisinho de meio segundo junto com "só to cansado, um pouco de dor de cabeça também", ou ter que encarar os mesmos professores e sentir a mesma maldita pressão sobre meu futuro, tudo isso me assustava. Mesmo querendo descansar, eu não queria que chegasse a hora de dormir porque eu sabia, sabia que tudo aquilo iria voltar assim que o despertador tocasse às 06:15 da manhã seguinte.

Agora, tenho tempo suficiente para pensar, pensar, pensar e pensar mais um pouco. Não mantenho o foco. Muitas coisas me acertam de uma vez só. Não consigo organizar minha mente. Não concentro. Me desespero. Me dói. Me fecho.

Me afogo.

Rotina me cansa. Mas não me permite ter medo de ficar comigo mesmo sozinho. Não quero ficar sozinho, sozinho eu consigo pensar ainda mais. Mas também não quero ficar com ninguém, as pessoas me incomodam. Não sei reagir aos seus elogios, suas perguntas, seus comentários, animações ou, até mesmo, seus sorrisos. Não sei responder ao seu afeto.

"O que aconteceu com você hoje? Tá quietinho."
"Ah, nada. Só acordei com vontade de ficar na minha hoje."

Não sei me expressar. Já tive essa conversa com a psicóloga, mas eu ainda procuro pelas melhores palavras antes de falar. No fim, eu falo tudo e não falo nada. Não consigo me fazer entender, quem dirá aos outros. Talvez escrever me ajude um pouco. Talvez assim eu consiga organizar meus pensamentos.

Já fiz aulas de teatro, expressar os sentimentos de outra pessoa é bem mais fácil do que os próprios. Interpretar letras e se expor através delas é silencioso, o impacto é mais forte.

O silêncio sempre falou mais alto comigo.

É contraditório que eu prefira o silêncio, já que é o momento em que minha mente fala mais alto. Mas, de novo, não é algo que eu possa explicar. Meus monstros ferem só à mim, isolado não machuco outros.

Me ocupo com músicas, as letras me consolam. Me ocupo com leituras e filmes, os personagens me distraem.

Me ocupo com o sono, de olhos fechados eu não tenho que ver ninguém.

6 июня 2018 г. 16:36 0 Отчет Добавить Подписаться
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