ichygo-chan ichygo Chan

Há um demônio dentro de mim consumindo aos poucos minha sanidade, tencionando me arrastar ao limiar de minha consciência e abandonar-me em meio a escuridão usando como principal arma sua afiada língua e seus diálogos persuasivos. Apavorada, sinto que ele está ganhando terreno e temo que em breve ele alcance seu intento.


Фанфикшн Аниме/Манга 13+.

#Naruto-UzumakiMito-Hashirama-Kyuubi-Kurama
Короткий рассказ
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Conflito Interno

Essa é a minha primeira fic com a Mito, essa personagem linda que merece sim ser destacada por ser incrível, afinal ela foi a primeira Jinchuuriki da Kurama, Primeira dama de Konohagakure no Sato e Kunoichi destemida. 

Um presente a minha linda e adorável amiga Rafa que roubou meu coração com seu carisma encantador. Espero que goste amiga, pois foi desafiador escrever sobre esse mito que é a Mito rsrs.


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Há um demônio dentro de mim.

No sentido literal

Não estou me referindo a uma sensação e sim uma certeza. Há verdadeiramente um demônio vivendo no âmago do meu ser, compartilhando meus sentimentos e emoções - mesmo que a contragosto de ambas as partes- e ele está furioso por ter tido sua liberdade tomada a força.

Não o culpo por se sentir injuriado com isso, afinal ninguém deseja ser trancafiado e usado. É uma violação, uma afronta a liberdade e autonomia de cada indivíduo.

Intimamente o entendo. Partilhamos a mesma frustração, uma vez que a partir do momento em que passamos a dividir o mesmo involucro carnal eu, de certa maneira, também perdi a minha liberdade.

Foi uma decisão pessoal. Ninguém me obrigou a aceitar a força aquela tarefa. O fiz por amor, não somente pelo meu marido, mas por todas as vidas que necessitavam daquela proteção.

Aceitei ser jinchuuriki por convicção, coragem, sobretudo paixão por todos os seres que sofriam sob o julgo do medo, imposto por aquela guerra estúpida. Aceitei a missão por ansiar que toda aquela matança chegasse ao fim. Não sou a pessoa mais corajosa do mundo, tampouco fiz o que fiz por capricho de quem anseia ter seu nome gravado eternamente nos anais da história. Temi a presença da Kyuubi e ainda temo pois sei que ele busca uma saída e não se importa com as avarias que consequentemente fará a minha mente em prol de sua libertação.

A cada novo dia, do raiar ao pôr do sol, a raposa testa minha sanidade e capacidade das mais diversas maneiras, nunca de forma altruísta. Nos primeiros momentos ela buscou se valer de força, afinal é uma criatura de puro chakra e ódio, habituada a tomar o que anseia valendo-se da violência e força, sem se importar com nada mais que seus próprios desejos. Era de se esperar que fosse medir forças contra mim.

No entanto ela não contava com minhas habilidades. Sou uma Uzumaki antes de tudo, e consigo dominar com proficiência a enorme quantidade de Chakra concedido a mim por minha linhagem sanguínea, além é claro de possuir uma vasta e variada gama de conhecimentos acerca de diversos, poderosos e efetivos métodos de selamento, os quais -sem modéstia alguma- executo com habilidade e maestria.

Quando enfim se deu conta de minha força e do fato de que não podia lutar contra o selo impingido a ela, a raposa buscou novos métodos para alcançar seu intento, dessa vez buscando ludibriar-me. Oferecia-me sorrisos languidos que em nada escondiam seu real propósito. Sorte minha ela estar muito descontente para permitir que sua falsidade transparecesse, assim pude rapidamente compreender suas reais intenções.

Azar meu que essa incapacidade durou pouco tempo. Logo ela reaprendeu a controlar seu ímpeto e mascarar suas reais intenções.

Porque se sacrificar por causa de alguns meros humanos? Eles não valem a pena.— ostentava um odioso sorriso de soberba, sua voz ribombando em minha mente em escárnio.

Eu quis gritar o quão errado ele estava. Que eles valiam sim a pena.

No entanto sei que tudo o que o demônio deseja é que você demonstre suas emoções e fragilidades para poder explorar melhor seu ponto fraco e lhe controlar, e isso eu não lhe entregaria. Preferi manter o silêncio. Não desejava entrar em um embate com Kyuubi sobre minhas razões e ele não conseguiria me desestabilizar como almejava.

Se seu plano era me deixar frustrada seria ele a provar do próprio veneno.

Há um demônio de mim, mas serei eu a dominá-lo.

Infelizmente eu estava lidando com uma raposa: criaturas astutas donas de uma habilidade natural na arte da persuasão e que sabem como induzir as demais quando desejam algo. Tinha que ficar atenta e vigilante. Sabia que ele não se entregaria tão fácil, que buscaria ainda lhe render com elogios e belas palavras recheadas de segundas intenções.

Buscou suplantar a minha empatia para com os meus atiçando a minha vaidade.

— Admito que é poderosa, Mito. Ninguém conseguiria tal proeza se não o fosse. No entanto está perdendo seu tempo com esses humanos inferiores. Uma pessoa poderosa como você poderia dominar a todos se desejasse.

“Eu não desejo dominar ninguém” deixou o pensamento escapar, culpando-se por ter permitido que Kyuubi tivesse acesso a esse sentimento. Ele sorriu em resposta, seus enormes dentes pontudos brilhando em deboche.

— Isso porque ainda não o fez. Não há sentimento melhor que o de soberania, isso eu posso afirmar por experiência própria.— aquelas palavras me perturbaram.

Não me compare a uma criatura vil como você. Eu não preciso sujeitar ninguém aos meus caprichos para me sentir bem.

Os olhos de Kyuubi me fitaram vitoriosos e o sorriso debochado aos poucos se alargou. O som das gargalhadas ensandecidas da raposa preencheu cada lacuna do local.

Não?— rebateu debochado— O que acha que está fazendo comigo, Mito? Pensa que estas correntes e essa maldita prisão que me impuseste são o que?

Eu não tive respostas para aquela pergunta. Pela primeira vez me senti verdadeiramente um monstro igual ao que selei.

Admita, Mito. Você é tão monstruosa quanto eu. Pensa que o que fez foi em prol de um bem maior, mas no fundo foi apenas por seu capricho. Medo de perder Hashirama, fadiga de não o ter ao seu lado convenientemente quando solicitasse. Não adianta tentar esconder seus sentimentos de mim, eu tenho acesso a todos eles.

— Você pode ter acesso a eles, mas definitivamente não sabe interpretá-los. Eu posso ter sim sido um pouco egoísta, mas meu sacrifício foi sim em prol de um bem maior, algo que que uma criatura como você jamais seria capaz de compreender. – o maldito continuava a rir com aquele ar de mofa que eu definitivamente detestava.

Continue a se enganar, Mito. Veremos por quanto tempo continuará a acreditar nas próprias palavras. Me selar foi seu maior ato de egoísmo e eu estarei aqui para lembrar-lhe disso constantemente.

—Cale-se, criatura desprezível! Aos seus olhos pode parecer mesquinharia minha, apenas um capricho, mas eu sei que não foi e isso que importa. Não me convencerá do contrário.

A Kurama fechou os olhos ainda ostentando o sorriso vitorioso.

Não será necessário. Você mesma vai se convencer com o tempo.

Maldito momento em que me permiti ser seduzida pela vontade de revidar as provocações daquela besta. Aos poucos a minha convicção ia se apagando, dando lugar a certeza de que eu possuía mais características em comum com o meu Bijuu do que gostaria de admitir.

Há um demônio dentro de mim, e eu já não tinha mais tanta certeza de que seria capaz de me esquivar de suas palavras persuasivas como dantes.

A cada nova incursão, a minha consciência sofria mais ataques. Eles eram constantes, desde a aurora ao crepúsculo. A raposa sorria cada vez mais satisfeita, os dentes cada vez mais proeminentes como se pudesse ser capaz de vencer as correntes e me estraçalhar. Eu sinto que ela anseia por isso; rasgar a minha carne com aquelas presas assustadoras. Não podia permitir que aquele monstro percebesse o receio que tenho dele, mas a cada dia fica mais difícil mascarar a verdade, esconder meus reais sentimentos. Os sentimentos em meu coração e mente estão conflituosos e desorganizados.

Vamos, Mito. Tudo o que você quiser será seu. Tudo o que desejar, sem restrições. – me provocava com os olhos brilhando- Porque se apegar a tão pouco, quando se pode ter tudo? Porque continuar a negar que tem poder para fazer o que quer?

As nossas discussões estavam ficando cada vez mais frequentes. Eu sabia que havia sido erro meu dar-lhe essa possibilidade de me atingir ao trocar com ele as primeiras palavras. No entanto não havia sido capaz de me manter em silêncio diante de tamanha perversidade e egoísmo. Não queria, nem admitia ser comparada a uma criatura tão mesquinha quanto Kyuubi, mesmo que ela estivesse me convencendo disso aos poucos.

— Não há vergonha em desejar realizar seus caprichos, Mito. O que você chama de egoísmo eu chamo de mérito. Se desejamos e temos poder suficiente, porque não tomar a força? O que importa o que os demais querem?

—Você é tão desprezível. – cuspi o nojo que sentia de suas palavras. – Como pode ser tão egocêntrico? Essa sua filosofia me embrulha o estômago.

— O que te incomoda é minha forma de ver o mundo ou se dar conta que no fundo eu tenho razão?

—Cala-te! Não percebe que tenho asco de prosear contigo?— perguntei irada, desejando que ela enfim se calasse por alguns minutos que fosse. Todavia ela nunca parava.

—Estou apenas lhe oferecendo uma forma diferente de encarar as coisas. Não me culpe se está chateada por perceber que o que eu falo faz sentido.

— Não me interesso pela tua visão deturpada do mundo. Quero apenas paz.

—Isso nunca terá.- Lá estava o maldito sorriso de troça que eu tanto odiava. - Não enquanto continuar a me manter cativo. Eu permanecerei a lhe assombrar e terá que conviver com isso pelo resto dos seus dias, ou pelo tempo que me manter aprisionado.

—Se for necessário para manter o mundo livre de sua presença demoníaca estou disposta a sacrificar a minha sanidade por isso.

Ela gargalhou novamente. Por Kami Sama, como eu odiava aquela gargalhada zombeteira.

A sábia, destemida e altruísta Uchiha Mito. Mais uma vez está provando a minha teoria.— não entendi o que ele quis dizer com isso e acabei deixando transparecer minha confusão, ao que Kyuubi prontamente completou com sua voz zombeteira. – Manter a todos seguros, apenas mais um capricho. Perceber os olhares de felicidade e agradecimentos. O seu nome sendo exaltado como heroína. Como é egoísta, Mito.- balançava a cabeça em um movimento de falsa reprovação.

Aquilo realmente me abalava. Eu não queria ser igual a ele. Será que eu estava me tornando aquilo que sempre odiei?

Há um demônio dentro de mim e a cada nova investida eu sinto a minha mente rechaçar e se fragmentar mais e mais.

Sinto um abismo se abrindo aos meus pés, me engolindo enquanto as palavras de Kyuubi tragam minha sanidade uma parcela de cada vez.

Mantenha-se longe da minha mente e da minha alma. — Passei a recitar mentalmente como um mantra, uma resposta a toda aquela escuridão que tentava ganhar espaço e me envolver.

Não queria admitir, mas a raposa estava certa, no fundo eu estou sendo apenas egoísta.

A cada dia as provocações se repetiam, cada vez mais elaboradas e certeiras.

A medida que eu me acostumava com aquela personalidade intrusa -que almejava manchar a minha consciência- eu me sentia a mercê daqueles pensamentos vis.

Ao meu redor a vila crescia. Konohagakure no Sato, o sonho do meu amado esposo ganhava formato, tornando-se real. Isso me mantinha feliz e o sentimento caloroso e agradável de estar fazendo o certo era capaz de abafar a rouca e perturbadora voz de meu inconformado, porém zombeteiro hóspede.

Primeira-dama? Esse título lhe basta, Mito?— provocou-me quando Hashirama recebeu o título de Hokage. Eu estava exultante, compartilhando da alegria de vê-lo realizar seu sonho e ser uma das colaboradoras para que esse desejo se tornasse realidade. A essa altura eu apenas respondia a raposa com meu mantra.

Mantenha-se longe da minha mente e alma. – era tudo o que ela precisava saber. Que devia se afastar de mim e parar de tentar bombardear a minha sanidade.

No entanto, não era o suficiente para que ela se calasse. Nunca era.

Tudo o que você está vendo, Mito, pode ser seu, basta tomar! Podemos ser poderosos.- fechou um dos punhos com força, enfatizando a fala.

Ao que eu recitava em aviso: “Mantenha-se longe da minha mente e alma”

— Tudo o que o seu coração desejar, Mito, pode ser seu! Pode ser a própria primeira hokage ao invés de primeira dama. Não seria mais divertido? Basta usar corretamente o poder que tem.- o olhar obstinado dele demonstrava o quão excitado ficava com a ideia de poder controlar os demais. Era uma raposa afinal, astuta e perigosa. Dominar e subjugar mente e corpo eram-lhe habilidades natas, e sua perspicácia concedia a ele a um controle descomunal sobre mentes fracas.

Mas eu não era fraca e não cairia em seus joguinhos. Como Kunoichi, eu, Uzumaki Mito, não me deixaria seduzir por suas falsas promessas. Se fosse para tombar seria lutando, não me rendendo como uma covarde.

“Mantenha-se longe da minha mente e alma”

O semblante da raposa alterava-se com minha aparente indiferença e apatia.

Não me ignore, Mito! Pode tentar se enganar acreditando que não, mas sabe que tenho razão!– ele se enfureceu, rosnando baixo, exalando ar quente que ascendiam em ondas de vapor visíveis.- Você pode conquistar, obter o que quiser, basta dizer sim para mim. Usar o meu poder para o que realmente importa!

Eu sabia que aquela conversa era apenas um engodo. Kyuubi nunca se uniria a mim, e se o fizesse seria por motivos escusos e individualistas.

Há um demônio dentro de mim, e ele está furioso comigo.

— Tudo isso poderia ser NOSSO!— vociferou com os olhos injetado de ódio. Ele havia se alterado enfim, o que era um bom sinal pois assim seria eu a ter o controle daquela discussão. – Mas você não quer! Você insiste em me repetir sempre a mesma resposta e eu estou farto disso!

Mantenha-se longe da minha mente e alma.— tornei a repetir olhando-a diretamente nos olhos, dessa vez sem medo. Eu não iria demonstrar fraqueza perante os jogos mentais de Kyuubi nunca mais. – Eu não consigo tirar você da minha vida ou calá-lo. Portanto mantenha-se longe de mim.

—ENTÃO ME LIBERTE! – ordenou com um estrépito rosnado irado- Eu não sou seu brinquedo! Não existo para cumprir seus caprichos.

Não mais lhe respondi. Sabia que Kyuubi estava certo em alguns aspectos, mas jamais admitiria tais verdades. Aquele era um jogo para dois, e eu não estava disposta a abrir mão da minha sanidade assim como havia feito com a minha liberdade ao me tornar sua Jinchuuriki.

Nossas batalhas ocorriam sempre em nosso subconsciente que estava fragilizado após tantos embates. Ninguém mais, exceto nós dois, presenciava esses momentos, tampouco percebiam as rachaduras que se formavam aos poucos em minha mente.

Aos demais eu permanecia com o mesmo semblante imperturbável e sereno, sem jamais deixar transparecer a loucura que se agigantava em meu interior.

Há um demônio em minha mente, e definitivamente ele não iria ganhar aquele jogo, nem me dominar.

Eu escondia meu martírio pessoal, sempre com um sorriso no rosto e o olhar decidido. Não havia razão para preocupar os demais com meus temores, principalmente Hashirama, meu amado esposo que, assim como eu, tanto sacrificara pela paz. Eu sabia que ele jamais se perdoaria se soubesse as diversas batalhas internas que eu travava diariamente com meu infeliz e violento hóspede. Ele já tinha os próprios demônios internos para combater.

Uma noite, porém, após mais uma série de embates com Kyuubi que vociferava irado exigindo sua liberdade atrapalhando-me o sono, fui acordada pelo toque gentil do meu marido. Seus olhos estavam abertos e assustados e eu banhada em suor e com a respiração ofegante.

—Mito, o que está acontecendo?- perguntou-me aflito. Eu lia a preocupação estampada em sua face.

— Como assim, Hashirama, aconteceu algo?— devolvi a pergunta também aflita por ele ter desconfiado de algo. Não desejava que ele se sentisse culpado pela minha escolha.

Você está repetindo a mesma frase a dez minutos.— meu coração congelou- Quem deve ficar fora da sua mente?— emudeci, sem ter coragem de admitir a verdade ao mesmo tempo em que buscava criar uma resposta que o satisfizesse. Infelizmente ele foi mais rápido em sua conclusão. – É a raposa, não é? Ela está lhe perturbando.

Meus olhos inquietos me traíram e meu silêncio confirmou sua teoria. Foi doloroso perceber o peso que essa constatação teve em seu semblante.

Porque não me contou, Mito?- perguntou aflito e um pouco chateado se levantando. Eu sabia que ele não queria que eu presenciasse seu momento de fraqueza.

—Não havia necessidade de te preocupar com isso, amor. – senti a maldita raposa rir da minha aflição e forcei as correntes contra seu corpo, recebendo um leve rosnar de dor e inquietação. No entanto ela continuou a rir, deleitando-se com minha perturbação, emitindo gracejos maldosos com a voz rouca.

—Como não?— ele me encarou e eu desejei arrancar aquela dor de dentro dele.- A culpa é minha por você estar sofrendo.

Não, Hashirama. – o encarei nos olhos para que ele percebesse a minha convicção. – A decisão foi minha. Eu estava disposta a enfrentar as consequências quando arrisquei selar a Kyuubi em mim.

—Mas a culpa foi minha, Mito!- ele me segurou pelo rosto com urgência, os olhos banhados em lágrimas. – Se eu fosse mais forte você não precisaria....— calei-o com um breve beijo antes que ele completasse aquela sandice.

— Eu não sou apenas sua esposa, Hashirama. Sou sua companheira e antes de tudo uma kunoichi. Fiz apenas a minha obrigação e faria novamente se houvesse necessidade. Não duvide da minha força.

— Não diga isso, Mito. Eu nunca duvidei de sua força ou capacidade. – fechei os olhos ao sentir o polegar dele deslizar sobre minha bochecha carinhosamente. – É que me dói saber que por falha minha é você quem sofre com as consequências. Esse monstro, deve estar preenchendo você com o ódio dele e eu não posso fazer nada para impedir.

—Pode sim!- afirmei de maneira urgente. - Fique do meu lado, me ame, me faça feliz.— o abracei mais forte sentindo a respiração descompassada e quente dele a acariciar meu ombro. Hashirama chorava apegado a mim e eu fazia o mesmo, sentindo a minha exaustão com toda aquela situação.- Preencha-me de amor, Hashirama, e não haverá espaço em meu coração para o ódio de Kyuubi.

Os braços dele me envolveram com mais firmeza e poucos segundos depois ele se afastou brevemente para cobrir a minha boca com a sua em um beijo ardente e apaixonado que durou um tempo considerável, o qual não fui capaz de quantificar tamanho êxtase e abandono que senti por estar em seus braços. Hashirama tinha o dom de arrebatar minha sanidade com mais vigor que as palavras coléricas e provocações da Kyuubi.

— Eu não poderia desejar uma maneira mais agradável de lhe ajudar. - sussurrou ao pé do meu ouvido causando-me calafrios. Juro compensar tudo o que você está passando te fazendo a mulher mais feliz do mundo.

Depois daquele momento eu passei a ter duas certezas. A primeira é que existe sim, um demônio dentro de mim que quer me enlouquecer. A segunda era que ele jamais conseguiria, pois eu ia preencher cada cantinho do meu coração, mente e alma com amor e ele não teria espaço algum para emendar com seu ódio.

Existe um demônio dentro de mim, e ele não vai me vencer.

19 апреля 2018 г. 23:20 0 Отчет Добавить Подписаться
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