Pousei no telhado, podendo ver pela janela meu mestre e o jovem rapaz que iria lhe servir. Subi pelo apoio da janela e usei meu bico para quebrar o vidro, eles já estavam se tocando então eu precisava interferir antes que fosse tarde demais. Na minha forma original, eu já estaria ferido, mas nesta forma era fácil e indolor. Depois de umas duas bicadas o vidro se rompeu, e o ruído chamou a atenção dos dois.
Voei para cima do garoto de programa, que começou a gritar, e meu mestre fez uma expressão de quem sabia que era eu, seus olhos saltaram, porem ele não tinha certeza do que eu iria fazer. Eu só queria assustar o garoto, fazer com que ele saísse do quarto. E não feri-lo. Minhas garras são bem grandes, mas as mantive afastadas do corpo do bonitão. Ele correu assustado e saiu do aposento batendo a porta.
— Mas o que você está fazendo?! — A voz grave de Malévolo soou no ambiente.
Voltei a minha forma normal. Não tinha controle sobre quando virava humano ou não, afinal não tenho nenhum poder mágico, apenas o meu mestre. Eu preferiria muito mais ser apenas o Ciro.
— Eu tive medo.
— Medo do que? — Ricardo gritou.
— Medo de te perder. Só de pensar em outro homem te tocando, eu fico louco. — Revelei, o que escondia há tempos do fado. O fato é que eu tenho uma queda por ele desde sempre. — Se quiser me punir, pode punir. A verdade é que eu te amo. — Sua expressão fico séria e seu rosto pálido pareceu mais severo do que o habitual. — Não precisa procurar um prostibulo para se aliviar, eu estou aqui para isso. Para te servir. E ficaria muito feliz com isso.
Meu mestre nunca teve olhos para mim, e não é nenhuma novidade que ele se interessa por homens. O que ele não sabia é que eu me interessava assim por ele.
— Se é o que você quer. Só prometa que será um segredo, ou eu coloco uma maldição de mudez em você. — Ele se aproximou de mim, riscando suas unhas compridas em meu rosto e me fazendo arrepiar. Meu coração acelerou.
Sua boca encurtou a distância até a minha, entrando em contato, pude sentir a maciez de seus lábios assim que tocaram nos meus, era o que eu queria há muito tempo. Pressionando sua boca com mais força contra a minha e movendo, fechei meus olhos sentindo o meu corpo inteiro esquentar, e correspondi o beijo começando uma batalha de línguas com carinho misturei minha saliva com a dele e usando a língua para brincar com a de meu mestre como se fosse um conflito.
*
Deve estar se perguntando o que está acontecendo.
Bom, há quinze anos atrás, eu ‘nasci’, através de um feitiço do meu mestre eu surgi sem roupas em uma rede no meio do mato, na frente dele, totalmente nu.
Eu não entendi muito bem o que eu era, mas o fado me contou que eu era um corvo e que fui transformado em humano. E me provou isso fazendo a mutação em mim constantemente, por muitas razões, quase sempre envolvendo a princesa Aurora.
Meu mestre amava o pai dela, e ele traiu a confiança de Malévolo, roubando as suas asas, que era o que ele mais tinha de importante. Então quando ele casou com a rainha e teve uma filha, lançou uma maldição terrível quando ela completasse 16 anos, o que está próximo de acontecer. É claro que se arrependeu, mas não importa o quanto tente, a maldição não se desfaz. Então o mestre passa seus dias bebendo e procurando casas de prostituição para se divertir com homens.
No começo de tudo eu estava em dúvidas se Ricardo era uma pessoa boa, afinal seus chifres e seus trajes pretos não ajudam, são uma aparência de poucos amigos. No entanto agora eu sei que ele é bom, e só fez coisas ruins porque ele foi traído e teve o coração partido por Stefan, o rei.
Quando eu me tornei humano, ele me chamava de ‘Corvo’ ou apenas ‘Ciro’, o meu nome desde sempre. Por um feitiço eu aprendi a falar e a convivência com ele é esquisita, ele me usa para espionar as outras fadas, as ‘tias’ de Aurora que cuidam dela, e a própria princesa, que ele apesar de não admitir gosta muito dela. E eu muitas vezes cuidei melhor dela do que as outras fadas. Ele é uma pessoa fria e pouco sociável, mas mesmo assim com o tempo eu aprendi a amá-lo.
Eu tive uma crise de ciúmes recentemente quando descobri ele iria se encontrar em segredo com um garoto de programa, e tudo chegou até a parte da história que você está lendo.
*
Depois do beijo quente que tivemos, ele avançou para o meu pescoço me arrancando suspiros com seus chupões deixando marcas e me fazendo arrepiar, não pude impedir a ereção entre minhas pernas.
Com pressa começo a retirar suas roupas escuras, desabotoando com urgência sua camiseta por baixo de tecidos revelando sua pele pálida e vejo seu corpo, o peito másculo de um jovem e um peitoral farto.
— Você é lindo. — Digo, sério enquanto o vejo sorrir.
— Bobo. — Meu mestre faz o mesmo que eu, me despindo e se livrando de meu colete e descendo minha blusa a jogando em um canto do quarto.
Nossos falos ainda estavam guardados, mas eu queria testá-los então o puxei pela cintura tocando seu corpo e deixei meu falo pulsando se esfregar no do fado, friccionando e movendo entre suas pernas, pude perceber que o seu estava bem duro, como pedra. Arranquei gemidos dele com a brincadeira, fazendo um vai e vem e estimulando os dois membros.
— Venha aqui. — O homem me puxou até a cama, me colocando ao seu lado e abrindo e zíper de sua calça preta, ao fazer isso e se livrar de sua cueca libertou o seu membro que eu não vi por estar ocupado beijando os mamilos rosados do moreno. — O que acha de provar um pouco?
Com os olhos fechados, tateei sua virilha tocando seus pelos íntimos, tão ralos quanto sua barba e cheirei o odor de macho que havia naquela parte de seu corpo, percebendo quando abri meus olhos que já estava ereto e era mais do que minhas expectativas esperavam. Como humano, minha vida fora breve e eu nunca havia visto outro genital a não ser o meu, nem de uma mulher nem de um homem. Como um corvo, eu não me lembrava se já tinha procriado, minhas recordações da minha vida animal eram uma folha em branco. Mas nunca eu teria ideia de encontrar o que vi. Abaixo de seu membro estava o seu saco, farto e pesado, porém não tinha apenas duas bolas como o meu, e sim três. Meu mestre realmente era cheio de surpresas.
— Espero que não se importe com isso. — comentou Malévolo.
— É claro que não.
Ouvindo os gemidos de Ricardo, desci a boca pelo pênis dele sentindo o seu aroma, e comecei a usar minha língua nas suas três bolas, dando atenção a cada uma delas percebendo que o homem era mais gostoso do que eu imaginava, saboreei bem o seu saco o deixando molhado com minhas lambidas, depois subindo com a boca até seu membro faço o mesmo por toda a extensão do mastro do fado, fazendo minha saliva quente cobri-lo todo.
Continuei saboreando o falo de Malévolo e passeei com a língua pela cabeça rosada que estava derramando um liquido quente que tinha um gosto agridoce quando meu paladar o provou ao beber o fluido. Não demorei a engolir o membro e senti a mão do fado apalpando meu volume na calça enquanto eu fazia movimentos obscenos com a boca e o pênis invadia minha garganta ele apertava e experimentava a minha ereção entre minhas pernas me deixando mais excitado e com tesão.
— Ciro... — gemeu meu nome.
Спасибо за чтение!
Мы можем поддерживать Inkspired бесплатно, показывая рекламу нашим посетителям.. Пожалуйста, поддержите нас, добавив в белый список или отключив AdBlocker.
После этого перезагрузите веб-сайт, чтобы продолжить использовать Inkspired в обычном режиме.