juliana-santos5794 Juliana Santos

Jin merecia a paz, mesmo que esta lhe significasse a infelicidade de não tê-lo mais ao seu lado.


Фанфикшн Всех возростов.

#Tekkken #JinXiao #Oneshot
Короткий рассказ
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Em Busca da Paz

Sangue desnecessário estava inundando o chão. Sangue de pessoas inocentes que não tinham nada a ver com o que ocorria se encontrava ali.

Não podia mais observar tamanho absurdo, aquilo tinha que parar. Jin precisava ser parado.

E ela, a pessoa que o amava mais do que sua própria vida, é quem iria dar um fim nisso. Por mais que doesse profundamente seu coração já machucado... Por mais que soubesse que seu feito lhe tiraria um futuro no qual se imaginara ao lado dele; Ambos felizes e casados, vivendo uma vida simples em meio a calmaria da floresta. Ela o faria. Pelo bem de todos.

Principalmente, para não o ver sofrer mais.

Jin sofria, e como! Carregar um fardo imenso dentro de si desde sua adolescência o tornara assim, Xiaoyu sabia mais do que ninguém que ele almejava paz nem que fosse por um breve momento. A paz que sempre lhe fora arrancada a partir do instante em que sua mãe, Jun Kazama, morrera.

- Você...

Ali estava ele, estirado no chão completamente exausto e coberto daquele tom carmim. Ao seu lado se localizava, se não, Kazuya Mishima, com o rosto contorcido em dor e morto; Pode ter sido impressão dela, mas jurava ter visto o rastro de uma lágrima sutil no canto de sua bochecha agora mórbida e fria.

- Jin. – Os olhos franziram-se diante daquela forma demoníaca que o preenchia gradativamente, o diabo estava se aproveitando de sua fraqueza para tomá-lo para si.

- Você demorou... – Ele sabia que ela viria, ele sempre soube. – Mas veio, isso que importa. – Para a sua surpresa, o pobre condenado à escuridão lhe ofertou um sorriso estranhamente gentil; Conformado.

Ele também sabia que viera justamente para acabar consigo, para enfim lhe trazer a paz.

Xiaoyu até tentou se conter, porém, as lágrimas vieram à tona nublando sua visão. Teria sido mais fácil se Jin a odiasse com todas as suas forças, teria sido mais fácil se ela o odiasse...

- Não posso. – Em meio ao choro, admitiu-lhe. – Não posso te matar, Jin.

Surpreendentemente aquele belo sorriso se estendeu ainda mais em sua face. De modo que não havia uma explicação, a chinesa enxergava um outro eu dele que nunca conhecera outrora; Um eu amável e gracioso que se perdera conforme vivenciara experiências terríveis.

- Eu não tenho mais salvação Xiao. – Até mesmo seu tom de voz era acolhedor, diferentemente da frieza habitual. – Se não o fizer, todos estarão em perigo... A começar por ti.

- Por que por mim? – Com a visão normalizada, fita-o com uma feição confusa, mas que também carregava uma tristeza que parecia ser inconsolável.

Não era para menos, afinal o amor de sua vida estava pedindo para que o matasse sem piedade.

- Porque mesmo que eu... – Tossiu fracamente, fazendo-a de prontidão se colocar de joelhos ao seu lado e apoiar sua nuca nos braços pequenos e reconfortantes. Xiaoyu, em compensação ao chão frio, era tão quente e macia. – Deixe meu corpo a disposição dele, poderia pegá-lo de volta se alguém com quem tivesse um vínculo forte se localizasse por perto.

- Ainda não entendo, o que quer dizer com isso? – Ela o questiona.

- Eu quero dizer que... Ele te mataria inicialmente, porque você é a pessoa mais importante para mim.

Os orbes achocolatados se arregalaram. Se foi – novamente – de surpresa, emoção... Mal soube dizer.

- Por quê? – Quis saber. Droga, não conseguia parar de chorar.

- Você se importou comigo, ninguém o fez desde que mamãe morreu. De certa forma, eu me senti novamente acolhido. Eu me senti vivo depois de tantos anos só... – Ele desviou o olhar à medida que suas bochechas coravam com sua declaração repentina. – Quando vi uma evolução não só nos seus sentimentos como nos meus também, fiquei assustado. Não queria ter que passar por tudo de novo...

Mantinha-se em silêncio, aquelas palavras só dificultavam mais as coisas.

- Amei tanto alguém que por obra do destino ela foi bruscamente tirada de mim, não queria ter que perder você também. Antes a minha morte do que isso.

Será que ouvia direito? Jin estava dizendo que a amava? Seu coração se apertou de modo que respirar parecia ser tão difícil, enfim era correspondida... O amor que sentia por ele era recíproco.

- Então eu me afastei e...

Não fora preciso ser dito mais nada. Xiaoyu, motivada pela sua confissão, inclinou-se rumo ao rosto dele e simplesmente aconteceu; O primeiro e último beijo dos dois se fez presente em meio aquele cenário repleto de sofrimento.

Foi somente um toque de lábios inocentes, todavia que transmitia claramente o que sentiam um pelo outro sem hesitar. Ela não impediu em nenhum momento sequer o andamento de suas lágrimas, estas caíam calorosamente por cima dele que as ignorava.

Quando se separou – a contragosto – de seu amado, não pôde deixar de lhe falar o que já se sabia.

- Eu te amo Jin... Eu sempre vou te amar.

Ele, em resposta, estendeu-lhe a mão que possuía uma adaga prateada. Ao pegá-la, o viu fechar os olhos ansiosamente e com a mesma mão que havia lhe dado a arma apertou-a na sua livre que tremia.

- Sei que não posso me juntar a ela, porque minha mãe era boa demais. Mas, será que poderei vê-la pela última vez?

- Você também é bom, Jin. Você também é bom...

Ela o ouviu dar seu último suspiro de vida ao pousar a cabeça no peito aconchegante.

O tempo parou de funcionar a partir do instante em que ele morreu... Deitada sob o corpo daquele a quem um dia jurou salvar, não tardou muito a adormecer; Um longo e duradouro sono.

.

Jin certamente encontrou a paz que procurava.

Eu estou feliz por ele.

.

28 февраля 2018 г. 19:01 0 Отчет Добавить Подписаться
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