alicealamo Alice Alamo

Apesar de suas diferenças, Mello não gostava de ver outra pessoa machucando seu pequeno rival.


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#DeathNote #Mello/Near #Mello #Near #Yaoi
Короткий рассказ
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Capítulo Único


E ali estava ele. A pergunta de Matt era: por quê?

Sabia que Mello ficava inquieto quando o assunto era Near, mas ainda sim não entendia a preocupação nos olhos azuis quando contou o que fizera.

Mello nem queria ouvir Matt para início de conversa. O chocólatra estava muito bem deitado de bruços em sua cama, olhando para a janela ao lado enquanto mordia lentamente a barra de chocolate.

A chuva caía de forma cruel, castigando o gramado do orfanato e as pequenas flores que a professora os mandara plantar na semana anterior. Mello chegava até a se irritar por saber que perdera tempo com aquele trabalho, agora, inútil.

As flores estariam despedaçadas, caídas rente ao solo. Talvez, por sorte, alguma ainda estivesse viva. Uma infeliz sorte, já que veria o sol se levantar sozinha.

A língua passou pela barra com preguiça, arrancando aos poucos o sabor e dando ao pequeno projeto de detetive prazer.

Não se dignou a olhar para a porta quando ela foi aberta. O cheiro de cigarro invadia o recinto com tanta força que Mello até cogitou abrir as janelas.

Ouviram um relâmpago e, ainda que nenhum dos dois temesse o fenômeno, ficaram apreensivos. Só faltava acabar a energia...

Mello suspirou cansado. Tédio não era um de seus sentimentos preferidos. Tirou, sem se levantar, uma pequena caixa debaixo da cama, trazendo mais dois chocolates para perto de si.

– Que chuva... - Matt comentou.

Um comentário inútil, visto que era evidente que chovia e que já poderia ser considerado um temporal. Inútil demais para alguém como Matt.

– O que aconteceu? - Mello perguntou impaciente.

Matt sorriu animado, como sempre, aproximando-se da cama e mostrando o que escondia atrás do corpo. Ali, brilhante, estava seu vídeo game.

Mello bufou. Matt havia ganhado o vídeo game de L em seu aniversário de doze anos. O presente nem havia completado um ano e Matt já o havia perdido pelo orfanato.

– Onde achou?

– Near encontrou na sala de brinquedos. - Matt respondeu sorrindo, virando-se de costas para o amigo enquanto pegava uma toalha para secar os cabelos.

Enfim Mello o olhou de verdade, Matt estava com os cabelos molhados, a roupa continha alguns poucos pingos de água.

– Estava na chuva?

– Já disse: Near foi me entregar o vídeo game.

Mello se sentou, olhando o ruivo de forma curiosa.

Levantou-se impulsivo, caminhando até a janela e olhando pelo vidro. Perto do portão do orfanato, encostado a uma parede, havia um ponto estranhamente e irritantemente branco.

– E você não o tirou de lá? - gritou, aproximando-se do amigo que erguia os braços em defesa.

– Pensei que fosse gostar da ideia. - Matt se explicou, confuso, não entendendo a fúria do loiro.

Mello odiava Near, pensou que aquela leve travessura fosse fazer o amigo rir. Mas não! Mello estava abaixado ao lado da cama, puxando seus tênis, vestindo o moletom azul e pegando o guarda chuva.

Desceu as escadas apressado, batendo o guarda chuva nas pessoas que atravessavam o seu caminho. Com uma expressão muito mal humorada, Mello marchou para a parte aberta do orfanato.

O vento castigou seus cabelos, elevou o braço para cobrir os olhos. O guarda chuva não cobria muito, mas a ilusão dava forças para que prosseguisse.

Viu os olhos negros do rival fixos no chão, ele nem ao menos levantava a cabeça em sua direção. Viu as pequenas mãos cobrirem os ouvidos assim que mais um trovão sondou.

Aproximou-se, batendo com o guarda-chuva na cabeça do albino, atraindo a atenção para si enquanto sentia a chuva castigar seus cabelos.

Irritou-se com a falta de expressão do outro, se não fosse a face corada. Bufou, levando a mão até a testa de Near de modo brutal, fazendo a pequena cabeça se chocar com a parede sem querer.

Febre.

Palmas, Matt! Que ideia brilhante! Mello xingava, olhando para o longe onde se encontrava a janela de seu quarto.

Olhou mais uma vez para Near, a chuva caía tão poderosa que tinha medo de não ouvir se o outro chamasse.

Abaixou-se rapidamente, dobrando as barras da calça branca que Near vestia. Sentiu as pequenas e frias mãos pousarem em seus ombros, olhou para cima assustado.

Subiu depressa, ajeitando o guarda-chuva. De repente, viu os olhos de Near perderem o foco, o corpo frágil tombou para frente. Mello sentiu a blusa ser segurada, atestando a consciência do rival.

– Temos que voltar. Segure-se em mim, tá bem? - perguntou rude, segurando com firmeza a cintura fina do outro.

– Obrigado.

Um simples agradecimento. Só isso. Mello até parou, olhando assustado para Near.

Preferiu ignorar, desviando o rosto para não deixar evidente o rosto corado.

– Vamos logo.

Matt não acreditou. Estava ali para recebê-los, para se certificar de que era Mello que ajudava Near, de que era Near que sorria sutilmente para o loiro e de que tudo ali não era coisa de sua imaginação. Sorriu triste, deixando-se encostar na parede ao ver aquela cena.

Mello não o viu, estava concentrado em Near que, naquele momento, parecia muito uma daquelas flores, a única diferença era que Mello estava ali para esperar a chuva passar e ver o sol sair por entre as nuvens.

25 февраля 2018 г. 1:29 0 Отчет Добавить Подписаться
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Об авторе

Alice Alamo 24 anos, escritora de tudo aquilo em que puder me arriscar <3

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