J
Jhonatan Amato


TAEKOOK - PWP - LONGSHOT - COLEGIAL - FINALIZADA - Formatura. Aquele momento que você sabe que está iniciando uma nova fase da sua vida, deixando pessoas para trás e se dando conta que o futuro que você idealizava há tempos, está batendo na sua porta agora. Cada dia mais perto. Esse dia fantástico está acontecendo com nossos queridos de "Formandos". Repleto de emoções, intrigas, sensações e pensamentos. Kim Taehyung, atual formando do 3°A, vê que o dia da sua formatura será repleto, não só de alegria e momento dividido com pessoas importantes, mas também com uma pitada de "passado conturbado" e uma grande dose de "Aquele Cara...".


Эротика 18+.

#taehyung #vkook #taekook #bts #jungkook #erotico #yaoi #hentai
Короткий рассказ
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Único: Misto de Emoções

Como vão?? Espero que bem.

Bom, não é a primeira vez que eu posto alguma fanfic na rede, mas estou nervoso pois nunca postei aqui :/

Eu originalmente posto no "app laranja", meu user lá é @/ _SunsMoonTK_ | meu ttk é @/ jj_moontk.

Espero que gostem dessa estória, vejo vocês lá no fim <3


[••••]


— Você já está pronto, oppa? — Lisa pergunta no telefone enquanto sobe o zíper de sua bota, se olhando no espelho.

— Tô quase, falta eu arrumar meu tênis. — Amarra pela terceira vez o cadarço, se olhando no espelho para observar o quão gostoso está. — Puta merda, eu tô muito gostoso!

— Tá com aquela roupa que eu emprestei? — Um sorriso pervertido molda os lábios da garota, que delicadamente passa o delineador em sua pálpebra.

— Sim! Cara, sério, que gostoso! Eu me comia! — Foram esses e mais elogios que Kim jogou sobre si mesmo, arrumando a roupa emprestada pela amiga.

São exatos 18:30 da tarde, o clima está aconchegante do lado de fora, o que significa que os adolescentes poderão sair sem perigo de se congelarem. Agora, todos eles sentem a ansiedade em suas portas enquanto cada um se arruma, afinal, em poucos minutos estarão observando centenas de pessoas sentadas no teatro da cidade observando a formatura.

Formatura.

Kim adorava essa ideia, pois significava nunca mais ver a turma de sua escola, sem professores e sem trabalhos. Mas agora, tendo uma nova perspectiva, simplesmente gostaria de não se formar e ter que enfrentar essa nova fase de sua vida. A temida fase adulta, onde tem que procurar um emprego para não ser chamado de vagabundo.

Novamente pensando nisso, já começa a se sentir ansioso. Sussurra um "vai dar tudo certo", sorri ao espelho e passa um gloss gostosinho sabor morango e cheiro delicioso em seus lábios róseos e cheios.

Resolveu que iria fora dos padrões da sociedade e que não iria de terninho, não, isso é muito ultrapassado. Arruma o tule em seu corpo, sorrindo maldoso enquanto observa a gambiarra bonita que fez com dois vestidos.

Por baixo do vestido tule, há um outro vestido ainda mais curto, um totalmente preto, tomara que caia, coladinho ao corpo e que é um palmo acima do joelho. Em seus pés a seus típicos tênis cano baixo totalmente preto, em seu pescoço uma gargantilha linda preta com uma pedrinha delicada e em seu pulso direito uma pulseira discreta, mas bonita.

— Oppa, estou saindo! Me encontre na sorveteria em dez minutos. — Lalisa avisou, esperou confirmação e quando a teve, eles se despediram um do outro e, ansiosos, desligaram a chamada.

Taehyung passou um rímel à prova d'água e sorriu. Nunca foi um cara que liga para opiniões alheias, na verdade é um cara que dança em cima de qualquer opinião; seja ela boa ou não. A mesma coisa se refere a qualquer tipo de preconceito, mas não pode impedir o seu próprio corpo de reagir negativamente quando pensa em ficar rodeado de pessoas conservadoras.

Sabe que é realmente uma pena o seu padrasto não poder ir a sua formatura, mas por sorte, seu pai poderá presenciar esse momento especial junto do filho, já que conseguiu convencer sua chefe de deixá-lo sair mais cedo. Por sorte, ela entendeu, já que sua afilhada também iria se formar.

Arrumou tudo certinho antes de sair, trancando a casa com a sua chave e colocando o cordão da mesma em seu pescoço novamente, se preparando para sair de casa e enfrentar o mundo externo. O mundo fora de seu quintal.





— Nossa, vontade de te matar, mano, na moral! — Manoban reclama, cansada de ter andado com um salto maior que seus quatro dedos juntos, e agora de estar subindo para voltar para o teatro.

— Ah, para! Você ama esse gay gostosão aqui. — Passa a mão pelo corpo, rindo ofegante por ter andado por uma subida.

— E quem disse? — Kim faz cara feia, reclamando do comentário e logo murmurando que está com sede. Por sorte, o teatro é a duas ruas ali na frente e não irão demorar mais que quinze minutos para chegar nele.

Ao longe, curioso, Taehyung já vê diversas pessoas na fachada do local. Pais e alunos. Alunos estes que alguns não conhece, a minoria que conhece gostaria que não tivessem aparecido por ali. E pelo comentário ao seu lado, constata que Lalisa percebeu também.

Passam por algumas dezenas de pessoas até entrarem lá dentro, onde estão procurando pelo Park Jimin, namorado de Manoban e melhor amigo de Taehyung. Outro que também irá se formar naquela noite.

Quando o encontra, não impede de sorrisos alegres e nervosos aparecerem. Enquanto os namorados se abraçam e se beijam, Kim abraça Channy, a amiga de Park, sendo gentil mesmo que não haja intimidade entre eles.

Então, o loiro para na frente do melhor amigo, rindo com que o mesmo fala:

— Nossa gente! Ele tá realmente puta hoje!

— E vai por mim, o vestido é mais curto. — Ele diz quando é abraçado bem apertado pelo Park, rindo e se divertindo ali antes do nome "Park Jimin, 3°B" ser chamado e ele precisar ir, deixando os amigos ali. Que para infelicidades deles, não são da mesma sala.

Conversa com a amiga - já que só sobraram os dois ali -, falando sobre cada pessoa ali presente e finalizando o assunto com a típica frase:

— Mas quem somos nós para julgarmos, né?

Eles dão risadas, para entrarem em outro assunto paralelo.

— … Kim Taehyung, 3°A. — Ouvindo seu nome ser chamado pela organizadora dali, se aproxima da enorme fila de estudantes que aguardam o momento para entrarem.

Até que, sentindo-se desconfortável, olha para o seu lado esquerdo e vê que, ali próximo do bebedouro, Jeon Jungkook o encara ao longe. Notando isso, vira para frente fingindo que não o viu, da mesma forma fingindo que nem percebeu um arrepio subir-lhe a espinha.

Jeon Jungkook é o maior crush de Kim e da metade da escola onde estudavam, mas Taehyung se considera sortudo pois, naquela boca já encostou a sua. E não, não são todos que aquele garoto alto permite beijar.

Logo, Lalisa é chamada e, pelos olhares, os dois amigos começam a julgar um trio de meninas mais ali na frente, tendo elas saindo do banheiro.

Quando olha para trás novamente, observa o sinal da amiga: aponta para si e em seguida para o anel em seu dedo anelar.

"Sua namorada!"

Taehyung faz cara de nojo, abrindo a boca e enfiando o dedo lá dentro, sinalizando apenas uma coisa:

"Nojo."

Em seguida, Manoban ri e, novamente, sinaliza: aponta para Taehyung novamente, aponta para a garota que está sendo criticada e completa com uma coração e uma cara enojada.

"Você a ama."

O assunto termina com um rápido movimento enjoado de Taehyung: posiciona sua mão sobre seu membro e finge bater no mesmo. Depois, aponta para si mesmo, faz um coração com os dedos e aponta para a garota ao longe com o dedão.

"Meu pau que eu amo ela."
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Os alunos já estão cansados de esperarem serem chamados para entrarem na parte do palco, por isso uns já estão espalhados pelos sofás que há no local e outros no lado de fora, na pequena escadaria. Taehyung e Manoban não estão diferentes

— Afinal, cadê o Jm? — Murmura com a cabeça encostada no ombro da amiga, observando as pessoas que estão andando e conversando, ou então sentados e conversando.

— Não sei, mas deve está revisando o discurso que falará. — Respondeu, a voz entediada já há um tempo de conversa. — Será que vai demorar mais? — Olha o relógio em seu celular, vendo se iluminar "07:01 pm". — Já são sete horas, o que eles estão esperando?

— Eu não sei, mas eu sei que eu irei ao banheiro. Eu tô apertado. — Suspira, descruzando as suas pernas e se colocando de pé. — Eu já volto, Lisa. — Avisa a garota, que concorda com a cabeça passando a mexer em seu celular.

Anda até o banheiro masculino ali do lado e se enfia dentro de uma cabine quando o adentra, erguendo os vestidos e segurando-os com a boca, enquanto abaixa a calcinha branca até suas coxas e segura seu pênis na mão. Após aliviar-se, seca seu membro com alguns pedaços de papel higiênico e descarta-os no lixo após, subindo a calcinha e arrumando as outras peças em seu corpo.

Após a descarga, abre a porta da cabine apenas para se assustar quando vê Jeon com as costas encostadas na banca da pia, de braços cruzados e encarando fixamente a cabine pela qual ainda nem saiu. Diz um "que susto!" colocando a mão no peito, saindo da cabine logo depois para lavar a sua mão.

— Você tá bonito hoje. Está bem Taehyung. — Se vira para ele, o observando e observando suas reações.

— Eu tô bonito e "Taehyung" sempre, vem com essa não. — Ri repassando o sabão da mão com agilidade, sorrindo em nervosismo.

— Bom, isso é verdade — Se encosta novamente na bancada. — Mas hoje você tá particularmente mais. — Por um instante, Kim sentiu seu rosto quente e se amaldiçoou por ter ficado envergonhado apenas com tal comentário.

— Obrigado, JK. — Se vira a ele, sorrindo. — É ótimo ouvir isso. — Arruma seus cachos loiros que passou um tempo definindo eles na frente do espelho enorme que tem ali, olhando vez ou outra para o garoto atrás de si. — Você sabe que tu também não fica para trás.

— Eu tô como sempre. — Deu de ombros estalando a língua. Sim, isso é verdade, Jeon está como qualquer dia comum na escola: calça jeans preta, seu amado tênis preto e uma blusa escrita "Formandos 3°B", a qual foi dada pela escola.

— Sim, eu sei. — Se vira, sorrindo pequeno, voltando a atenção para o espelho. — Mas eu gosto do básico. — Arruma o vestido no corpo, levantando rapidamente o tule para ajustar a barra do vestido coladinho. — O de sempre… — "Eu gosto do de sempre", queria dizer isso, mas preferiu que não era uma boa. Também pensou em falar "fica bem em você", mas também desistiu.

Para a sua sorte, Jimin apareceu no banheiro e cumprimentou Jeon e Kim, logo dizendo para Taehyung:

— A Lisa tá te chamando. — O mesmo concordou com a cabeça, passou pelo Jung quando o amigo entrou também em uma das cabine ali e, antes de sair, disse:

— O de sempre é bonito, JK. Relaxa. — Sorriu novamente, saindo do banheiro e encontrando Lalisa de cara emburrada no sofá, com certeza detestando ter esperado pelo amigo.

— Demora, hein. — Resmungou, guardando o celular e arrastando o amigo para aquela fila grande novamente. — Que foi que tá sorrindo tanto? Usou êxtase?

— Não, eu conversei com o Jeon. — Suspirou e sua amiga riu, balançou a cabeça negativamente e murmurou um "— é, agora faz sentido".

— Quando você fala com ele ou dele fica só os sorrisos e parecendo um idiota apaixonado. — Ela ri, observando o namorado e o Jeon saírem do banheiro juntos, os dois morenos lado a lado conversando antes de irem para caminhos opostos. — Tae? — Chama-o. — Você está se apaixonando por aquele poste? — Pergunta baixo, pensando que o mesmo não irá querer que outras pessoas ouvissem isso.

Não é como se sentisse vergonha de gostar de pessoas, sem importar seu gênero e nem nada do tipo, mas não está tendo mais paciência para aturar piadas sem graças vindas de alheios.

— O que? Ah, não, não… eu, não, sem chance. Mh-mh, zero chances. — Prontamente negou. — Você já viu o ice heart se apaixonar? Não, de jeito nenhum.

— É, mas isso não quer dizer nada. — Cruzou os braços sobre seus seios. — Em todos esses anos, você já tinha me visto namorar? Eu sempre dizia que não queria namoro e olha onde eu estou. Já são 2 anos e alguns meses juntos, Tae. Há sempre uma primeira vez para tudo na vida — Suspira, colocando sua mão no ombro dele. — E talvez, essa seja a sua primeira vez. A sua primeira vez se apaixonando de novo depois daquilo.

"Depois daquilo". Nem gosta de lembrar o que significa "depois daquilo".

— Não, é sem chances! — Disse novamente, olhando nos olhos da igualmente loira. — Eu não me apaixono assim, não dessa forma. Isso que eu sinto é puramente fogo na bunda, não amor. O que eu quero é dar, não namorar. — Um riso é solto pela menina e ouvindo ela rir, Kim se permite rir também.

— É, mas mes…

São interrompidos quando a organizadora aparece e faz o seu trabalho: começa a organizar a fila, colocando os alunos corretamente nela.

Antes de sair, Lisa aponta para os seus olhos e em seguida para Kim, que ri e concorda virando para frente.

"Eu estou de olho em você."

Quando Taehyung fica sozinho com seus pensamentos, ele rapidamente cruza seus braços e, mesmo não querendo, começa a se lembrar "daquilo".
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Distraído em pensamentos, não nota quando seu nome é chamado para adentrar o local onde estão as centenas cadeiras - que agora são ocupadas por pessoas - e o mediano palco, apenas se dá conta quando ouve uma voz amigável - de alguém que não conhece - alertando-o para ir. Agradece sem se virar e entra no local, ouvindo várias palmas conforme os nomes são ditos.

Automaticamente, assim como em suas antigas apresentações, procura por seu pai, mas, no meio de tanta gente, é difícil localizá-lo. Logo, não demora para se sentar na cadeira ao lado de uma pessoa do 3°B, infelizmente, é ninguém que conheça.

Para sua sorte - ou talvez azar -, Jeon é quem se senta na cadeira bem a sua frente, olhando-o antes de sentar-se confortavelmente na cadeira de estofado macio. Cruzando as suas pernas e os braços, Taehyung procura Jimin e Lalisa, os encontrando longe um do outro e de si.

Logo, uma mensagem no grupo que está apenas os três cai. Kim demora um tempo para pegar seu celular - já que os professores estão bem na sua frente -, mas sua ansiedade fala mais alto e rapidamente desbloqueia.

[Lalis <3]
Affs
Estou longe de vocês, pqp!

Taehyung sorri, quase rindo, e responde:

[Tata]
É, é uma grande pena
Ainda bem q temos celulares
Pq eu tô doidinho pra julgar a Michele

Michele é a garota que estava sendo alvo das piadas dos amigos anteriormente, assim, como ela também é a ex-namorada do loiro. Taehyung detesta falar mal dos outros pelas costas e se enoja quando vê um babaca falando mal da namorada só porque terminaram, mas Michele perdeu completamente a consideração que ele tinha por ela.

Sim, Taehyung não pode negar que ela foi uma boa amiga e até mesmo namorada, mas ele simplesmente nunca conseguiu a ver de outra forma, sempre foram muitos amigos e na cabeça dele não tinham química alguma. Foi o primeiro relacionamento que ele iniciou após anos depois daquele ocorrido.

Mas na opinião do loiro, Michele não merece mais nem a consideração que todos tinham por ela. Afinal, após o término ficou sabendo de várias coisas a respeito dela que se espalharam como vírus. E em uma escola pequena, não demorou para que chegasse no ouvido do mesmo.

A garota começou a falar mal dele para as amigas, mas isso não o incomodou muito, apenas o deixou desconfortável. O que realmente o deixou puto da vida durante uma semana, apenas olhando-a com cara de bunda como se fosse voar nela a qualquer segundo, foi saber que todos os seus amigos foram usados para ela se aproximar de si.

Ele não se importou com a aproximação da menina com seus amigos, apenas ficou incomodado e com medo deles se afastarem, mas com sacrifício ignorou isso e seguiu sorrindo. Mas quando soube que, aquele que jurava ser seu melhor amigo, pegou a sua ex enquanto eles ainda namoravam, foi cúmulo para ele terminar com ela e romper todos os vínculos com ele, também.

Naquele dia, ele ficou muito magoado e quase cedeu às manipulações dos dois, mas por sorte, Lalisa, Jimin e a sua família o mantiveram com os pés no chão para não voltar novamente. Aquilo, foi uma decepção enorme, mesmo que não gostava dela como mulher, sentiu-se de coração partido outra vez.

Foi uma dupla traição: de sua namorada e de seu melhor amigo.

Se já não bastasse apenas isso, alguns tempos atrás, descobriu mais algumas coisas que não se sente confortável nem em relembrar.

— O que você tanto pensa? — Deu um pulo de medo na cadeira focando seu olhar em Jeon, rindo baixo pelo susto.

— Nada não. — Respondeu simples, se debruçando vagarosamente até o encosto da cadeira dele. — Só sei que estou com fome e sono. — Sussurrou, observando duas garotas do 9°A homenagearem uma das professoras sentadas ali no palco.

— Dá tempo de você encostar aí e dormir, o terceiro vai falar depois de mais três homenagens. — Taehyung respira fundo, inalando o perfume alheio.

— Como você sabe disso? — Deita a sua cabeça em seus braços, observando o telão com dificuldade, sentindo seus olhos cansados.

— Jimin me disse. — Após isso, apenas um "uh" prolongado é ouvido, antes da sala se encher de palmas altas e Taehyung finalmente se entregar ao sono, fechando seus olhos calmamente e dormindo.
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Ele acorda sendo chacoalhado de um lado para o outro, resmunga algumas vezes antes de abrir os olhos. Seu olhar bicolor vai para a pessoa ao seu lado, fazendo cara de bosta quando percebe ser alguém que não conhece e, depois, vai para Jung, que sorri divertido, como se prendesse um riso.

— Já acordou, bela adormecida? — Sem o dar tempo de responder com algo sarcástico, Jeon continua: — Se prepara, quando Jimin e a Bela terminarem ali, você e aquela tua amiga vão homenagear… afinal, quem irão homenagear? — O cenho é franzido em curiosidade.

— Você já irá descobrir. — Sorri, batendo palmas todo orgulhoso para o seu amigo, mandando-o um beijo voador e um coração feito com as mãos.

Quando JM e Bela terminam sua homenagem a um professor que Taehyung não soube quem era, a jovem mulher ali na frente e no microfone disse:

— Agora, Lalisa Manoban e Kim Taehyung do 3°A irão fazer uma homenagem para uma pessoa muito especial para nós. — Ela sorriu, procurando-os com os olhos, os quais se levantam e começam a andar até a escada no palco.

— Eu tô muito nervoso! — Murmura quando grudou no braço da amiga, sentindo suas mãos suarem frio. — E se eu gaguejar? Ou então, eu errar alguma coisa? Ai meu Deus, tem muita gente aqui, eu não posso apenas desistir?

— Tata, vai dar tudo certo, relaxa — O assegurou. — Pensa na pessoa pela qual irá fazer isso, imagine o quão orgulhosa ela ficaria. — O abraçou atrás das cortinas, sussurrando: — Vai dar tudo certo.

Mais calmo, eles adentraram o palco com estilo e nervosos, as mãos dos jovens tremiam levemente e eles escondiam isso com um sorriso grande. Ao longe, Taehyung e Lisa ouviram um "— Esse é o meu filho!", o que aumentou seu sorriso e rapidamente acenou para seu pai, que sinalizou em libras:

"Vai dar tudo certo!" O mais velho sabia o medo que seu filho tem em relação a multidões e palcos.

Aproveitando que a mulher ainda fala algumas palavras, a garota segurou a mão do amigo, a apertou e disse:

— Imagine que só tem eu, seus pais e o Jm. — Respirou fundo e concordou, não desgrudou as mãos da menina quando pegou o microfone. Respirou fundo novamente e cravou o olhar em seu pai, para ter mais confiança no que dirá.

— Boa noite. — Sorriu. — Eu vim homenagear uma pessoa de um coração muito bom que explicava as coisas com um sorriso no rosto. A professora Lin foi a minha professora desde o sexto ano, e eu pude ver como ela era uma ótima pessoa, não só dentro de sala de aula, mas fora também. Ela continua sendo minha caixinha de segredos e umas das minhas pessoas favoritas em toda a Terra. Graças a ela, eu consegui entender muito mais do que apenas matemática, eu a considero parte da minha família. Ela era uma pessoa maravilhosa, não se importava em ter que explicar a mesma conta dezenas de vezes, ela fazia isso com toda a alegria. Ela gostava de saber que estava ajudando alguém. A professora Lin sempre foi uma boa pessoa e… e sempre t-teve um grande coração puro, considerava nós, seus alunos, como seus filhos, todos nós, já que ela não teve… — Respirou fundo, olhando sua amiga e tentando achar forças para continuar, que veio em forma de sorriso. — Graças a ela, eu tenho ainda mais certeza que é a pedagogia que eu quero seguir, porque eu quero ser inspiração pra alguém da mesma forma que ela foi pra mim e para muitos de nós. Eu quero ser tão bom quanto ela foi um dia, confirmar a ela que eu tinha mesmo potencial pra isso.

Sua respiração tremeu e o coração acelerou. Apertou seus lábios quando sentiu-os tremer e a visão embaçar.

— Todos, em todo lugar do mundo, deveria ter um Lin na vida. Seja como amiga, seja como irmã, seja como filha ou seja como professora, porque ela foi uma pessoa maravilhosa. — Apertou seus olhos, olhando para baixo e encontrando por acaso o olhar de seu amigo Jm e de Jung, ambos incentivando a continuar o discurso. — Professora Lin, quero que a senhora saiba que todos nós te amamos, que com certeza você marcou a vida de muita gente. E eu, assim como muitos, sou muito grato por ter conhecido você e ter sido um dos seus alunos.

Quando seu discurso acabou, Kim apenas abriu seus olhos molhados quando o som de diversas palmas invadiram seus ouvidos. Sorriu minimamente e entregou o microfone a Manoban com a mão tremendo, que sibilou "parabéns" e começou a sua parte da homenagem.

— Por favor, olhem para o telão, onde irá rodar um vídeo que foi feito com muito amor e carinho. — Sua voz também estava embargada, mas isso não a impediu de continuar e virou-se para o telão ali no fundo, que começou a passar um vídeo de fotos e vídeos de todos os alunos com a professora, alguns videos havia alunos dizendo palavras bonitas para a senhora Lin.

Todas as quase trezentas pessoas observaram atentamente o telão, gravando e não produzindo nenhum som, além de algumas crianças pequenas ali.

A família da professora, que havia sido chamada ali na frente no palco, se emocionou tanto com o discurso feito pelo garoto, como pelas lembranças que passaram naquele vídeo.

Os dois alunos ali não aguentaram segurar por mais tempo o choro e se abraçaram apertado, sentindo a saudade daquela que um dia foi sua professora ainda em seus peitos, e olhar para aquelas fotos apenas aumentava ainda mais a vontade de sentar e simplesmente chorar.

Eles se afastaram um do outro quando duas garotas de algum 9° entregaram duas rosas e depois saíram sem falar nada. Quando as luzes se acenderam novamente, professores, funcionários e os gestores estavam emocionados, alguns disfarçavam mas outros não.

Logo, aqueles que receberam as rosas - que foram todos presentes no palco - foram entregues para a família da professora. O primeiro foi Taehyung que queria sair dali o mais rápido possível, estava se sentindo com falta de ar. Ele curvou-se diante deles e entregou a rosa para a senhora de idade na cadeira de rodas, abraçando-a e a ouvindo agradecer com a voz levemente rouca pela idade.

— Obrigado por ter cuidado tão bem da nossa professora, senhora. — Sorriu, as bochechas molhadas que foram secadas pelas mãos enrugadas da senhora de forma delicada.

Em seguida, abraçou a irmã e o ex-marido da Srª Lin, descendo e esperando sua amiga para poderem tomar um ar e beber água. Quando ela desceu, foi exatamente isso que aconteceu.

Voltaram para aquela sala que ficara de clima tenso, sentaram em seus lugares e ficaram bem quietinhos, até serem chamados para receber seus diplomas, os quais ainda demoraram um pouco.

Seu celular vibrou duas vezes em seu colo, pensando ser o grupo "fofocas", pegou-o, desbloqueou e leu:

[Papi]
Parabéns filho, você falou bonito
Papai tá orgulhoso de vc e tenho certeza q sua professora tbm está

Sorriu pelo o que seu progenitor disse, não tardando em escrever uma resposta.

[Fiote Tae]
Obrigado, papi
Eu espero q ela esteja msm
<3

Então foi ver quem era a outra pessoa que lhe enviou uma mensagem. Pensou ser seu padrasto, mas quando viu o contato "JK<3" iluminado, sentiu seu coração se esquentar.

[JK <3]
Ñ fica triste, oq vc falou sobre ela foi toda a verdade, ela é uma pessoa ótima
Tenho certeza q se ela ouviu, ela se emocionou como todos nós.

Sorriu, suspirando fundo e digitando apressadamente uma resposta.

[Sweet]
Sim, tem razão
Espero q ela tenha gostado…

Seu celular não demorou em ser bloqueado, voltando a tentar prestar atenção no que era dito no palco, se concentrando para não dormir ou chorar.
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Todos os formandos dos 9°'s ficaram em pé, já que eles seriam primeiro que os do 3°. Foi coisa rápida, foi chamando todos os alunos em ordem alfabética e, conforme os alunos eram abraçados pelos professores e depois lhe eram entregados seus diplomas, um fotógrafo pago tirava suas fotos com uma Nikon D3500.

Esse processo foi coisa rápida, afinal muitos já estavam querendo ir embora pois estava esfriando. Quando os nonos foram liberados para sentarem já com os seus diplomas em mãos, foi a vez dos terceiros se reunirem lá em cima.

Os nomes foram ditos e as pessoas foram se levantando, andando civilizadamente até a escada ali no canto direito. Rapidamente, Taehyung saiu do seu lugar e, quando foi até seus amigos, uma mão o parou no caminho. Pensando ser algum professor, suspirou e virou para trás, esperando ouvir um:

— Volte para o seu lugar.

Ouvir, realmente ouviu, mas não foi de professor nenhum - e nem de seu pai -, mas sim de Jeon, que o puxou suavemente de volta para onde saiu.

— É rapidinho, coisa de ida e volta. — Mentira, iria ir mas não voltar.

— Eles vão perceber que você saiu. Vá, volte. — A fila foi andando devagar, já que ambos terceiros tinham muita gente - ainda mais contando com a turma da noite. — Depois você vai fofocar, Taehyung. — Riu, se perguntando como que Jeon o conhece tanto.

— Aishw, ok, ok! — Suspirou, dando meia volta e voltando para o seu canto, subindo as escadas e, após um tempo de espera, finalmente teve uma foto sua entregue - do dia da foto com a beca na escola - e seu diploma enrolado e preso por uma fita vermelha. Sorriu tímido para o fotógrafo, observando seu pai de pé próximo ao palco, gravando-o e tirando algumas fotos para mandar para o seu marido.

— Olha, papi! Eu me formei! — Sorri ao pai, abraçando-o fortemente. — Dessa vez eu tô legalmente formado do terceiro! — Ouviu o mais velho rir e acariciar seu cabelo encaracolado e cheiroso, orgulhoso do filho. — Eu consegui, papi!! Eu consegui. — Seu sorriso é grande, mostrando aquele sorriso retangular que só ele e seu pai tem.

— Parabéns meu filhote, parabéns. — Beijou-o na testa, abraçando os amigos do filho e os parabenizando também. — Parabéns a todos vocês.

— Ai tio, eu tô tão animada e ansiosa! — Lisa comenta, sentindo seu namorado abraçá-la por trás. — Agora que saímos da escola, iremos ingressar em uma faculdade. — Resmunga ao ex professor, ouvindo-o rir do drama da adolescente.

— Por hoje, tentem não pensar nisso, certo? Vão comemorar, porque vocês merecem. — Beija a testa dos três ali presente, sorrindo. — Vocês se esforçaram o ano todo, tem mais é que curtir mesmo. — Com isso, eles se despedem do mais velho e começam a andar para seus lugares.

— Seu pai sempre foi um doce, Tae! — Jm fala, beijando a namorada antes da mesma se sentar no lugar dela.

— Verdade! O tio é o melhor! — Ela ri, se despedindo dos meninos.

— Concordo com vocês. — Sorri, procurando-o. — Meu pai sempre foi o melhor.
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Tédio. É assim que todos eles estão. Todos os convidados e formandos estão com muito tédio, até mesmo os professores.

Todos os presentes estão com consciência que já está acabando e os estudantes estão ansiosos, pois, no final da formatura, eles irão se juntar em uma pizzaria ali perto para poderem comemorar antes de cada um seguir até a sua casa. Então, com a ansiedade deles falando alto, eles não conseguem calar a boca um minuto, assim como não conseguem parar quietos, e ouvindo pessoas andando para lá e para cá, Kim se vê quase na obrigação de se levantar e sair de fininho, tentando aquietar o coração.

No banheiro, ele se debruça na bancada da pia, ergue as mangas compridas do tule e molha seus pulsos, respirando fundo pelo nariz e soltando pela boca. De olhos fechados, tenta pensar em coisas positivas para afastar o pensamento de "nunca mais vou vê-los novamente". Mesmo que tal coisa não seja verdade, sua mente faz parecer que todos lhe darão as costas no primeiro segundo e ele ficará sozinho. Sem ninguém.

Retorna a respirar fundo, prendendo a respiração por 4 segundos e soltando lentamente durante 7 segundos. Tão concentrado em manter-se calmo, não nota a outra presença silenciosa ali no banheiro, observando-o com curiosidade.

— Você tá bem? — Aquela voz…

Tomando coragem, Taehyung ergue sua cabeça e fecha a torneira, olhando Jeon pelo reflexo e concordando com um sorriso pequeno, claramente forçado.

— Quer que eu vá embora? — Desgruda da parede, observando o garoto à sua frente com curiosidade e preocupação.

— Não, tudo bem, pode ficar se quiser. — Responde apertando a bancada da pia, respirando novamente fundo.

— O que tanto ocupa seus pensamentos, uh? — Se aproxima calmo, não querendo deixá-lo desconfortável.

— Umas… coisas. — Molha seus lábios machucados, sentindo eles anteriormente secos sendo molhados pela ponta da sua língua.

— Coisas ruins? — Se encosta na bancada, ficando de lado para olhar melhor para Taehyung, mantendo a feição séria no rosto.

— Sim… — O olha nos olhos, engolindo seco e suspirando. — Mas não é nada importante, de qualquer forma.

— Se você tá ficando mal com isso, então é porque é importante pra você. — Sua vez de umedecer sua boca rosa, olhando para a lâmpada florescente e em seguida para Taehyung. — O que houve?

— Você acha que eles irão me deixar? — Não precisou de muito para que Jeon entendesse de quem Kim se referia com tanto medo na voz. — Sabe, não nos veremos mais e… e eu não consigo manter uma relação a distância.

— Taehyung, vocês se conhecem há sete anos, se eles não te deixaram antes, não vai ser agora, ok? Tá certo que vai ter um momento que vocês vão acabar não conversando, já que entrando na fase adulta vai vir responsabilidades que, para aqueles que não estão acostumados, serão novas. Mas, para pessoas que se conhecem tem sete anos, vivem juntos não importa o que aconteça ou deixe de acontecer, será difícil vocês se afastarem.

O loiro o olhou, mordendo seu lábio com força; temeroso, achando que tais palavras são vazias, apenas para que não fique assim.

— Sua cabeça deve estar um turbilhão de pensamentos de uma só vez, fazendo você ficar tão ansioso assim. — Relaxou sua expressão e descruzou os braços, suspirando. — Mas a amizade que vocês têm é uma coisa bonita de se ver, é quase como aquelas que vemos em filmes. — Sorri pequeno. — Vai por mim, vocês não irão se afastar. Nem agora e nem depois. E mesmo que venham a acontecer, você será maduro o suficiente pra não se cobrar tanto por ter chegado ao fim. — Olhou para baixo, encarando seus pés, mas logo voltou o olhar para cima. — Todo começo tem um final. E nem todos os finais são ruins, do jeito que você imagina.

— É-é… tá certo, tem razão… — Observou quando Kim olhou para a pia e, pensado ter falado demais e alguma coisa que não devia, suspirou novamente, se aproximou e o puxou para um abraço, prendendo a cabeça dele amigavelmente em seu peitoral.

— Olha, resumindo tudo o que eu disse, vocês não irão se afastar, vai dar tudo certo, a amizade de vocês é forte o suficiente para aguentar isso, e você também terá de ser forte e se acostumar a não ver eles sempre, todos os dias, porque alguma coisa vocês irão fazer para buscar suas próprias dependências. Entendeu? — Olhou-os através do reflexo do espelho grande dali, observando o respirar pesado do garoto em seus braços.

— Sim. — Olhou para cima, sorrindo bonito enquanto seus olhos brilham e as bochechas avermelharam. — Eu entendi. — Fechou seus olhos, ainda sorrindo. — Obrigado. — Murmurou, abrindo seus olhos bicolores e mergulhando no oceano escuro que é as orbes de Jeon.

— Ótimo… — Murmurou, sem largar Kim e encarando aqueles olhos tão diferentes e tão belos, sem se preocupar com o resto ao teu redor. Nenhum dos dois cortou o contato visual, mantendo firmemente.

Não demorou para sentir aquela sensação já familiarizada: queria beijar Taehyung, queria beijar ele novamente. Mas como iria pedir isso? Taehyung também queria beijá-lo?

Com esses pensamentos, cortou aquele silêncio que se formou.

— Quer voltar lá pra dentro? — Murmurou baixo. Kim estava em outro mundo já, viajando naqueles olhos que nem raciocinou o que lhe foi dito.

— Não. — Sussurrou, logo arregalando os olhos quando percebeu o que falou. — Ah, d-digo, eu fico m-mas se você quiser ir, vai, uai. — Seu rosto pegava fogo, estava muito envergonhado e, essa situação toda, fez Jung achá-lo incrivelmente fofo.

— E se eu te beijasse agora? — Sussurrou, tal coisa fazendo o coraçãozinho do loiro parar e repetir a frase em sua mente, não acreditando que ouviu certo.

— O-oi? — Seus olhos felinos se arregalaram. Havia mesmo ouvido certo? Ou ainda estava sonhando e babando na cadeira?

— E se eu te beijasse agora? — Sem problema nenhum, Jeon repetiu, sorrindo quando as bochechas ficam mais rosadas. Realmente, Taehyung estava ficando muito adorável.

— A-ah… — Murmurou, não sabendo o que dizer. Afinal, o que falaria? Jung está falando sério? Isso é uma cantada ou uma piada?

Pronto, novamente os pensamentos intrusos.

— Você continuaria ou me bateria? — Aproximou seu rosto mais um pouco, o suficiente para sentir o cheiro do creme capilar e do perfume deliciosamente inebriante. Sorrindo de lado, Jeon continuou, a dualidade inesperada cativando o loiro.

— E-eu não sei… a-acho que eu continuaria? — Em questões de segundos, Jeon viu aquela personalidade atrevida de Taehyung escorrer como água. Nunca o viu gaguejar tanto como agora.

— Quer descobrir, Tae? — Continuou com seus sussurrados, mantendo suas mãos espalmadas na cintura do mesmo, sentindo o tecido do tule em sua palma e um desejo primitivo o invadir: sentiu vontade de rasgar a peça em duas ou mais partes desiguais.

— V-você… — Respirou fundo, tentando parar de pagar o papel de palhaço gago. — Você tá falando sério? — Os olhos ainda não haviam relaxado o suficiente para ficarem em seu tamanho natural, sua respiração já estava mais pesada e seu coração batia rápido, bombeando sangue cada vez mais rápido.

— Sim. — Olhou para a boca a centímetros de distância da sua. — Eu tô falando muito sério, mas lógico, apenas se você quiser. — Voltou seu olhar para aqueles olhos surpresos e curiosos, e quis saber o que se passa na mente do garoto.

E na verdade, apenas passa pensamentos que fazem Taehyung pensar se o que está ouvindo é real ou é apenas para tirar onda com a sua cara.

— E-eu… se eu quero? — Mordeu seu lábio inferior, desviando o olhar para o seu lado direito, se recusando a olhar o espelho. — B-bem, querer, eu até quero, mas e se você tiver zoando com a minha cara? — O olhou e, se pudesse, apontava o dedo no peito trabalhado do mais alto. Isso, se pudesse.

Uma risada quase debochada foi ouvida, mordendo sua própria boca antes de provocar novamente:

— Se você quer, eu posso te beijar? — Voltou seu olhar para o garoto ali, alisando vagarosamente a cintura do mesmo. — Te dou a minha palavra que eu digo a verdade. — Ergueu uma mão até ao lado do rosto, como se fosse um juramento. — E então? — Seu coração trabalha rápido, ansioso com a resposta.

— Tudo bem, então… você… você pode me beijar, se não estiver zoando comigo! — Suas bochechas são infladas e Jeon sorri, puxando levemente o corpo alheio para mais perto de si enquanto aproxima seu rosto.

— Não irá me bater, né? — Pergunta para provocar, estando a pouquíssimos centímetros de finalmente beijá-lo.

— Você quer descobrir? — Taehyung sorriu desafiador, erguendo seus pés e quase tocando os lábios. Novamente, sua personalidade atrevida estava ali.

Sem responder, Jeon colocou ambas as bocas juntas, beijando-o com vontade. Suas mãos territoriais apertavam os locais que alcançava com gosto, controlando sua vontade de rasgar o tule enquanto os corpos se esfregavam um no outro.

Tão entretidos com as mãos bobas e o beijo quente, que não perceberam quando Jimin apareceu no banheiro preocupado com Kim - que saiu às pressas. Quando abriu a boca para chamá-lo, parou rapidamente vendo toda aquela pegação.

Sorriu ladino e pensou "safado" e logo se retirou, com medo de presenciar algo que mais tarde se arrependeria. Voltando para as cadeiras, mandou uma mensagem para a namorada, falando que Taehyung está calminho e não tem com o que se preocupar.

O beijo foi mais quente que o primeiro que deram na escola, já que aquele não rolou tantas mãos bobas e esfregação como agora. Esquecendo onde estavam, Jung levantou Kim com facilidade, sentando-o na bancada da pia enquanto abria suas pernas e se enfiava no meio delas.

Suas mãos grandes e pesadas foram alisando a coxa depilada do mesmo, subindo e sumindo por baixo do vestidinho preto, apertando a carne com vontade, fazendo-o gemer contra seus lábios. Sentia a necessidade de tocar todas as partes do corpo do garoto na sua frente de pernas abertas, queria poder erguer o vestido do mesmo a beijar cada partezinha.

É surreal o que está sentindo com o mesmo agora, e a excitação do perigo em serem pegos ali, apenas o faz ficar fodidamente excitado.

Continua com a esfregação um no outro, gemendo em meio ao ósculo quando rola o atrito entre seus membros, levando vibrações por todo o corpo. Kim levanta a camisa de Jungkook, arranhando todo o tronco do mesmo e alisando com suas curtas unhas.

Infelizmente, a necessidade de respirarem os atingem, que se afastam enquanto respiram fundos, sentindo o corpo todo em combustão. Ofegantes, continuam com as carícias mais leves, apertando onde alcançam. Seus paus pulsando em suas peças íntimas, querendo alívio o mais rápido possível.

— Caralho… — O resmungo vem de Jeon quando este sente seu membro doer, buscando alívio naquela calça apertada.

Kim não está diferente, sente seu órgão ser negligenciado pela calcinha levemente apertada, sendo marcado, também, pelo vestido. Suspira impaciente, apoiando a cabeça no espelho ali atrás, mordendo sua boca com força.

Notando que Kim também está bastante duro, assim como si, uma idéia suja passa na mente pervertida do moreno, que morde sua boca o olhando. — Topa sair daqui?

— Mas e…? — Sua pergunta não foi finalizada pois já tinha a resposta para ela, e como qualquer adolescente cheio de hormônios e pensando com sua cabeça de baixo, ele concordou sem pensar.

Taehyung foi descido da bancada e prontamente arrumou a sua vestimenta, tentando fazer seu pau parar de marcar tanto. Igualmente ansiosos e excitados, eles saíram do banheiro e agiram o mais natural possível, agradecendo pela mulher não estar mais ali. Então, sem pensar em mais nada, além de se satisfazerem, eles abriram a porta do teatro e saíram.

Subindo aqueles sete degraus, começaram a sentir o vento bater em seus corpos e arrepios surgirem, fazendo eles tremerem. Ali fora estava tudo escuro e não tinha tanta gente, havia alguns fumando ali longe, mas nada que tivessem que se preocupar.

Seguindo os instintos do prazer, eles pararam perto de uma câmara - que nunca souberam do que se tratava - atrás do teatro, onde não perderam tempo em voltarem a se beijar com fervor após confirmarem que estava escuro o suficiente para ninguém vê-los.

— JK… não podemos demorar! — Sussurrou já ofegante, o frio já nem mais fazendo efeito sobre si enquanto tinha mordidas leves em seu pescoço, junto de chupões fracos.

— Eu sei, relaxa. — Beijou-o na boca, sorrindo. — Juro que eu vou rápido e vamos voltar lá sem que ninguém perceba que saímos. — Repuxou o lábio inferior alheio para si, o gosto daquele gloss delicioso. Docinho, assim como Taehyung é.

Enquanto voltavam a se beijar, o zíper da calça jeans do moreno foi sendo baixado pelas mãos safadas de Kim, que suspirou acariciando todo o comprimento do mesmo, sentindo-o quente em sua mão. Jung gemeu quando seu falo foi tirado de dentro da cueca e começou a receber uma punheta lenta, onde seu pré-gozo ajudava aquela mão macia e igualmente grande deslizar bem gostosinho.

Apertou sua mão em um punho de maneira forte, sentindo seu corpo reagir muito bem àquele toque nenhum pouco inocente. Seu pescoço passou a ser mordido e sugado com cuidado, para não deixar futuras marcas ali.

— Quer que eu chupe, Ggukk? — O apelido o pegou de surpresa e no momento certo, pois foi dito no exato segundo que o dedão lambuzado passou sobre sua glande, pressionando suavemente. O tom manhosinho foi tão gostoso de se ouvir, que se pudesse gravava e colocava como despertador.

Não se importaria de acordar às 05:40 am se fosse ouvindo isso.

— Quero… — Sussurrou completamente rendido aos toques deliciosamente lentos. Seu ar faltou quando seu olhar cruzou com os olhos de Taehyung, que se agacha silenciosamente ficando de joelhos e colocando a língua para fora, lambendo todo o pau quente em sua mão.

— Como você quer que eu chupe, Ggukk? — Pergunta falsamente inocente, chupando cuidadosamente as bolas cheias do mesmo, ouvindo o gemido arrastado dele com a sensação prazerosa de sucção naquele local.

Morde seus lábios vendo aquele sorriso maroto brincar no rosto do loiro, que sobe seus lábios até a ponta e chupa, mantendo contato visual. Segura nos cabelos perfeitamente arrumado, puxando para trás enquanto segura seu pau o masturbando um pouco enquanto leva até a boquinha quente, murmurando:

— Chupa ele bem certinho, porque não temos lubrificante — Bate sua glande na língua de fora, enfiando seu pau aos poucos, para que Taehyung se acostume com o tamanho antes de ter sua garganta fodida. — E você não quer que doa quando entrar você, né, Tae? — Sorri provocativo, sentindo uma vibração por todo seu músculo quando ele geme, fechando os olhos.

Aos poucos, começa a tirar e a enfiar seu membro todo na boca quente e molhada de forma rápida e quase bruta, como se realmente estivesse socando na bunda do Kim, observando a expressão de submissão do mesmo, a qual apenas aumenta seu tesão.

Mordendo sua boca e ouvindo o som de esgasgamento quando força seu pau na garganta do loiro, sentindo as mãos dele espalmada em suas coxas, apertando quando precisa recuperar seu ar, tal pause que Jung não reclama, principalmente quando filetes de saliva e de sua pré-porra liga seu órgão na boca do garoto ali.

Após um tempo, gemendo abafado devido suas mordidas no lábio inferior, Jeon retira seu pau todo melado e babado na cavidade dolorida de Kim, que gemeu um pouco dolorido quando mexeu em seu maxilar. Não demorou para estar de pé, agora de costas para Jung e com sua bunda empinada, enquanto sua bochecha está prensada contra a parede gelada do edifício.

Sentiu seus vestidos serem levantados, deixando a calcinha branca e fio dental amostra para o garoto atrás de si, que geme em aprovação apertando a banda com força, batendo nela logo depois. Um sorriso contorna os lábios bonitos de Taehyung, sentindo outro tapa no mesmo local o deixando mais excitado.

— Já que você fez um bom trabalho e me agradou, eu vou te recompensar. — Colocou a calcinha de lado, deixando Taehyung ainda mais ansioso para o que virá, nem se importando em estar na rua, apenas pensando em foder com Jeon, seu crush de tempos.

Mas, quando pensou que sentiria o pau que deixou completamente babado contra sua entrada, foi agraciado por algo molhado, quente e inquieto. Seus olhos se arregalaram e se agarrou na parede ali, fechando seus olhos e apertando suas sobrancelhas juntas, gemendo como se agradecesse por aquilo.

— P-puta merda! — Sussurrou inquieto, sentindo suas bandas serem abertas e a língua se enfiar mais fundo em si, sentindo elas serem apertadas e sentindo alguns tapas nelas.

A língua foi girada dentro de si e com aquilo suas pernas tremeram, gostando de tudo o que está acontecendo. Ofegante, sentiu seu pré-gozo molhar o tecido da sua calcinha, deixando-a bem melada.

— G-ggukk, caralho… — Sua bunda foi apertada com mais força e poderia apostar que se continuasse daquela forma, gozaria apenas com aquilo. — Ggukk… — Sussurrou, rendido.

Após um tempo, o músculo quente saiu de dentro de si e logo dois dedos foram enfiados em sua boca. Entendendo, não tardou em começar a chupá-los, assim como fazia com o pau antes, sentindo-os ameaçar encostar na sua garganta, fazendo a sua boca se encher de saliva.

— Me diga, Tae — Começa, beijando e mordendo a nuca exposta, sentindo o quadril rebolar contra o seu enquanto o corpo se arrepia. — Você é virgem? — Ofegante, ele respondeu que não, sentindo seu corpo quente como brasa.

Então, os dedos babadas se enfiaram no meio de sua bunda, rodeando sua entrada antes de se enfiar lá dentro. As paredes internas esmagam os dedos, uma ardência chata aparece e seu rosto fica levemente contorcido em uma careta em dor.

— Certeza que não é virgem? — Morde o pescoço novamente, apertando a cintura enquanto mantém os vestidos levantados. — Você é muito apertado. — Comenta, sorrindo.

— É que f-faz tanto temp-po… — Então, aqueles dedos longos se esfregaram em sua próstata, fazendo-o empinar-se para trás e gemer alto. A mão vaga de Jeon é posta sobre a boca de Taehyung, abafando os gemidos altos.

— Geme baixo, Taehyung… — Sente o quadril do mesmo ondular sobre seu punho, ouve os gemidos entregues contra a palma de sua mão e o corpo do mesmo demonstrar como cada toque o agrada. Como cada investida forte contra a próstata que o faz ver estrelas, contraindo-se por inteiro, desejando mais, mais e mais.

— A-anda logo com i-isso, Jeon-onggukkie!! — Com dificuldade, murmura, sentindo seu estômago se revirar de uma forma boa. Quando a mão é solta de sua boca, ele pede quase sôfrego, gemendo manhoso e se esfregando sem pudor algum: — Por favor, Gguk-kkie, me f-fode logo-o… — Mordeu seus lábios, sorrindo de olhos fechados. — Por favor… — Suplica, sentindo o quão molhado seu pau está quando passou sem ter a noção sua mão na calcinha.

Não aguentando ouvir os pedidos carregados de tesão vir do loiro a sua mercê, retira os dedos do interior quente do mesmo, masturba um pouco seu pau e abaixa um pouco as costas de Taehyung, deixando ele quase de quatro para si. Com as nádegas abertas, ele esfrega a cabeça de seu pau no músculo ansioso, que contrai a cada segundo, clamando por algo maior que os dedos.

— Vai logo… por favor… — Pede sussurrando marrento, esfregando sua bunda no membro duro e pulsante, mantendo seus olhos fechados enquanto um pouco de pré-gozo adentra seu ânus.

Alguns barulhos começam a ser soltos de sua boca enquanto sente Jeon forçar para dentro, o que incomoda um pouco por ser maior que os dedos - isso em todos os aspectos. Solta todo o ar prendido quando ele está todo dentro de si, respirando fundo e parado, para que seu interior se acostume com a invasão.

— Se mexe… — Rebola lentamente, ignorando a dor e olhando Jung por cima de seu ombro, flagrando-o jogar a franja para cima e o olhar sorrindo maldoso, começando a investir forte contra o ânus do loiro.

Aos poucos a dor chata vai passando e assim dá mais espaço para o prazer, o que faz Taehyung se entregar por completo ao momento e começar a soltar os seus gemidos, os quais saem um pouco alto demais. Sorrindo e determinado em socar cada vez mais forte dentro do mais novo, tampa a boca dele novamente, batendo em sua bunda com a mão vaga e sentindo-o esmagar seu pau dentro dele.

Jung observa seu pau ser engolido pela bunda farta do loiro, o ar quente da respiração dele bater em sua mão, sente as pernas dele tremerem às vezes e, após uns minutos, observa-o levar uma mão para o próprio sexo, começando a acariciar-se por cima da calcinha melada, até finalmente libertar-se da peça e começar uma felação de movimentos rápidos, desejando o orgasmo como nunca.

Seus olhos são revirados constantemente quando o seu ponto de prazer é acertado com força, fazendo-o ver estrelas de olhos fechados. Sussurra vários "mais forte", "com força", "assim…", "mais… mais… mais", mas Jeon não entende por conta de estar abafando os sons.

— Tae, com todo o respeito — Respira fundo no ouvido dele, mordendo seu lábio para segurar seus gemidos. — Mas você é uma delícia. — Apertou e bateu com força na bunda dele, ouvindo o gemido dado após isso. — E ficou ainda mais com esse vestidinho… — Morde a cartilagem da orelha cheia de brincos, suspirando ali. — … ficou tão vadia… — Sua não desceu da boca do mesmo até o seu pescoço, apertando ali e sentindo-o se contorcer. Achou o ponto fraco.

Saiu de dentro dele, ouvindo-o reclamar sensível, respirando fundo e tentando manter-se são. Seu corpo é virado para frente de Jung, o qual o beija enquanto o prensa contra a parede, pegando-o no colo e se enterrando dentro do mesmo em uma investida apenas.

— J-jeong… G-gukkie… isso, a-assi-iim! — Morde sua boca, falando coisas desconexas enquanto seu corpo sobe e desce rapidamente conforme é fodido com mais força. — M-mais hyeong, e-eu quero mais… — O apelido fez uma chama se acender dentro de Jung, que o segurou pelas pernas e começou a socar com ainda mais força, fodendo do jeito que bem deseja aquele cuzinho quente.

Tenta gemer baixo, mas se sente preenchido até no fundo que acha difícil não gemer e chamar pelo mais velho como se fosse sua última transa. A forma como está sendo comido com tanta força, do jeito que gosta, sente que está no paraíso do céu, mas quando percebe como seu corpo queima como se estivesse em brasa, sente ser levado para o inferno e trazido de volta em segundos,, tamanho é o seu tesão.

Beija-o de forma apressada e um pouco desengonçada, abafando seus gemidos contra os lábios do mesmo e descontando na nuca, ficando ofegante bem rápido. Alguns minutos mais tarde, Taehyung começa a morder com ainda mais força sua boca, sentindo-se quase explodindo de tanta excitação.

Com o rosto contorcido em prazer, começa a olhar Jeon nos olhos, soluçando algumas vezes enquanto sente seu próprio membro ser esmagado por ambos os corpos, causando-lhe ainda mais vontade de gozar. Enlaça seus braços no pescoço do mesmo, ficando sensível a cada nova estocada funda e gemendo todo manhoso no ouvido de Jeonggukk.

O pré-porra enche em excesso o interior de Taehyung, que até mesmo o fez pensar que Jeon havia gozado. O líquido gosmento ajudando na penetração, escorrendo por seu ânus a fora e parando no chão de gramado baixo.

— C-continua assim, hyeong… — Sussurra, os olhos já úmidos agora fechados em puro fascínio e tesão. Sentindo-se fora de órbita de tão bom que a foda está. — Hyeong, d-deixa eu… aanh… eu g-gozar, por favor… — O tom choroso faz uma fisgada atingir em cheio o pau de Jeon, que sorri como um verdadeiro predador.

— … quer gozar, Tae? — Com dificuldade profere, ouvindo o gemer totalmente entregue em seu ouvido. Gemidos tão excitantes e arrastados, que para Jung é melhor que qualquer gemido de ator pornô que já viu.

Quase desesperado, Kim concorda, não aguentando mais sentir-se no limite assim.

— Vamos juntos, então… — Ofegantes, começam a se beijarem novamente. As mentes em brancos, os lábios quase dormentes, os corpos cansados, suados e quentes. Logo, não demorou e aquela sensação no estômago apareceu em ambos os garotos, deixando-os impacientes e ansiosos para o clímax.

Taehyung veio primeiro, sujando ambas vestimentas com sua porra que veio em grandes jatos. Seus gemidos sendo prolongados conforme o quadril de Jung continua contra o seu, tão determinado quanto outrora.

— Eu vou… mmhn, porra! — Quando fez menção de se afastar para gozar fora, Taehyung prendeu ele no meio de suas pernas enquanto seus olhos estavam fechados e sua expressão era de puro prazer.

— Goza dentro, Ggukkie… — Sussurrou, sem forças para aumentar o tom de sua voz. Após algumas investidas, Kim teve seu pescoço mordido fortemente quando Jeon esporrou dentro de si, enchendo-o de gozo até o talo, um pouco do sêmen escorrendo pelas laterais.

Eles ficaram ali, parados, curtindo os efeitos de seus próprios orgasmos se dessiparem aos poucos. Não demora muito e as bocas se encontram em um beijo calmo, apenas desfrutando uma da outra. Rindo e sorrindo quando lembram do que acabaram de fazer em público, agradecendo mentalmente por não terem sido interrompidos.

— Puta merda, isso foi muito bom! — Taehyung disse entusiasmado, arrancando uma risada gostosa de Jeon.

— Você acha? — O olhou verdadeiramente curioso, mesmo que seu tom fosse de provocação. — E eu concordo contigo. Isso foi mais do que "muito bom", isso foi uma delícia, isso sim. — Taehyung riu envergonhado, ainda sentindo como se tivesse usado êxtase.

— Vamos, a gente tem que se arrumar. — O relembrou, arrumando o cabelo do mesmo. — Não podemos demorar tanto aqui fora. — Sente o membro dele se retirar de seu interior lentamente, ambos suspirando audível ao final. Lentamente, Jung o coloca de pé no chão, mas logo precisa segurá-lo quando as pernas do mesmo bambeiam. — Bom, digamos que… sim, realmente foi uma delícia. — Revela rindo, observando o mesmo sorrir e o ajudar a ficar em pé.

— Foi mesmo, você não tá nem se aguentando em pé. — Sorri provocativo, arrumando os dois corpos ainda quentes: limpando o gozo, arrumando os cabelos e a vestimenta. — Será que perceberam que saímos? — Arrumou a calcinha no corpo do mesmo, que reclama sentindo-a molhada em contato com seu pênis.

— Acho que não. Ou melhor, espero que não… ei! O que tá fazendo? — Olha para baixo, sentindo sua calcinha passar pelas suas pernas e logo vendo-a ser guardada no bolso da calça de Jeon.

— Eu preferiria ficar sem a peça que tá suja de porra, sabe. — Ri da expressão do mesmo, agarrando-o pela cintura e começando a andar para dentro do teatro novamente.

— É, tem razão. — Sorriu, sentindo suas pernas tremerem levemente. Esse é o poder de Jeon Jungkook!

— Você chamou bastante atenção hoje quando chegou, sabia? — Jeon tocou no assunto, andando lentamente para não esforçar tanto o outro. — Vários caras pediram seu número pro Jimin. — Sorriu no final, olhando-o.

— E eu espero que ele não tenha passado, não tô afim de conhecer gente nova. — Suspirou, ajeitando sua franja que cai em seus olhos.

— Não, ele não passou, disse que não tinha seu número. — Abriu a porta da entrada do teatro, andando até o banheiro masculino para se limparem corretamente.

— Mas que bom que eu chamei atenção quando cheguei, isso significa que: ou eu tava super gostosão, ou estavam me julgando! — Sorriu divertido, observando as marcas que tentaram não deixar um no pescoço do outro.

— Ah, pode ter certeza, estavam te olhando porque você tá um super gostoso, principalmente com isso. — Tocou na marca de sua mordida, mostrando para Taehyung, que não soube se ria ou se matava Jung por ter feita. — Deveria tatuar em cima dessa marca "propriedade JK". — Passou um papel molhado no tule e no vestido, tirando resquícios de fluídos corporais.

Kim riu, e disse, sussurrando:

— Eu deveria mesmo.
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— Onde o bonito estava, uh? Posso saber? — Lalisa aparece cruzando os braços, matando o Kim com o olhar como se visse todos os seus pecados.

— Eu tava tomando um ar, por quê? Aconteceu algo? — Se fazendo de cínico, coloca as mãos em frente ao seu corpo, fingindo que a minutos atrás não havia perdido as forças dando para Jungkook.

— Você sumiu o resto da formatura toda, eu fiquei preocupada com você! — Relaxa um pouco, sabendo que o mesmo sabe de suas decisões. Porque, mesmo que não aparenta, sabe como o amigo é super responsável. — Não fez nada que eu não faria? — Por um segundo, ele pensou:

"Será que ela transaria na rua?", então lembrou-se que sim, seu "chaveiro hétero" não só transaria na rua, como também já o fizerem.

— É, eu não fiz nada que você não faria. — Ergueu sua mão, como em um juramento enquanto sorria pequeno para ela, como se dissesse "— Relaxa". Ela suspirou, abraçou o amigo apertado e riu.

— Seu cínico do caralho! — Apertou mais o abraço, ouvindo a voz dele dizer "— Tá me sufocando!" — Jimin me disse que te viu se beijando com o Jeon! — Sussurrou, não querendo que outros ouçam aquilo, afinal é uma coisa só deles. — Você ia me contar quando, sua poc safada?!

— Eu ia contar depois, né, amada. Meu pai tá aqui e eu não quero que ele ouça isso. — Riu. — Ele é super de boa, meu melhor amigo e sabe de tudo que já aconteceu comigo, mas sei que ele vai me dar meio que uma bronca por ter me esfregado em alguém em um banheiro. — Explica, o sorriso arteiro não desgrudando de seus lábios enquanto fala. — Mas! Eu tenho que falar um negócio pra você e pro Jm! — Se afasta, sorrindo grandioso e animado.

— O que? Conta, conta, conta! — O chacoalha levemente, demonstrando sua ansiedade em saber do que se trata. — É coisa boa?

— Pra mim foi maravilhosa. — Responde rindo um pouco, sentindo-se com um ótimo humor.

— É sobre o… — Passou seus dois dedos sobre seus lábios, sinalizando "beijo". — Porque é bom você me explicar como que aconteceu. Foi assim, do nada? Foi bom ou foi que nem o da escola?

— Calma, Cristo! — Riu, tentando acalmar a mesma. — São muitas perguntas de uma vez só! E eu não vou falar agora, vou falar depois. — Bate com a ponta do seu dedo na ponta do nariz da mesma, sorrindo maldoso.

— O que?! Ah não, oppa! — Tenta o jogo de charminho, mas não adianta, vendo a casca grossa dele permanecer. — Aishw! อะไรวะ! (Que porra!) — Respirou fundo. — Tá bem, se você quer me falar mais tarde, então vai me falar mais tarde. Mas eu quero todos os detalhes, os mínimos, tá me ouvindo?! — Aponta o dedo no peito do garoto, que ri concordando. — Agora vamos nos despedir dos nossos pais, porque iremos pra pizzaria agora.

Se permitiu ser arrastado pela garota, já que de qualquer forma grudaria nela sem pensar duas vezes com medo de se perder. Sua mente extremamente pervertida logo tratou em deixá-lo com as bochechas levemente avermelhadas, apenas com uma idéia:

"Será que vai acontecer algo na pizzaria?"

Seu olhar não tratou em procurar Jeon, vendo-o conversar com um homem alto e, pela semelhança, julgou que o mesmo era seu pai. Seu corpo tremeu e seu coração se esquentou quando o mesmo levantou o seu olhar e encarou Taehyung. Só piorou quando abriu um sorriso e o saudou com um acenar com a mão.

Taehyung estava se sentindo nas nuvens!

Foi cumprimentar a família da Manoban todo felizinho, tendo a noção que eles falam muito bem de si - já que a amiga diz tudo para ele. Mas teve que ser rápido em ir cumprimentá-los e logo se despedir, afinal iriam todos os alunos juntos e já estava quase dando a hora marcada na reserva.

No meio do caminho, encontraram Jimin conversando com os pais. Jimin já havia ido se despedir dos sogros e agora fazia o mesmo com os próprios pais. Com a família do Park é um pouco diferente, por serem religiosos eles crê muito na bíblia, mas por sorte não trata Taehyung diferente e sim com muito respeito e carinho, incentivando-os a continuarem a andar juntos.

Por fim foram atrás do pai de Taehyung, este que estava tomando água e conversando com um cara que, de longe, ninguém dos três reconheceu.

— Oi papi! — O abraçou apertado, quase derrubando a água no copo plástico do mesmo.

— Oi filhote. — Beijou-o no topo da cabeça, acariciando seu ombro.

— Pra mim ninguém da "oi", né? — Se virou para trás, abrindo um enorme sorriso enquanto corria até seu padrasto, abraçando ainda mais apertado. Finalmente, ele voltou de viagem.

Eufórico, Kin moveu as mãos e os dedos, errando algumas vezes os sinais e fazendo seu padrasto rir.

"Eu senti sua falta, pai!" O abraçou de novo, quando teve certeza que ele compreendeu.

— Eu também senti sua falta, Tae. — Sua vez de beijá-lo no topo da cabeça, observando seu marido conversar com as outras crianças, amigos do enteado.

"Quando voltou da viagem?", o olhar animado faz o sorriso sincero do mais velho se alargar mais.

— Faz pouco menos de… — Olhou em seu relógio de pulso. — … uns 15 minutos, por aí. — Taehyung concordou, demonstrando que entendeu. — Eu quis te fazer uma surpresa. — Sorriu mais envergonhado, coçando sua nuca; não é um homem de expressar tanto.

"Eu adorei a surpresa pai. Obrigado por ter vindo." Eles se abraçam mais uma vez, bem apertado e com bastante amor paterno. "Depois daqui eu vou pra uma pizzaria." Contou, ainda muito animado.

— É sério? — Fingi surpresa - pois seu marido já havia lhe dito antes - para não acabar com a animação do enteado, que parece que tem mil e uma coisas para contar. Coisa que não duvida, mesmo que o número seja alto.

"Sim, sim! Eu tô muito animado." Riu. "Mas eu tô ainda mais animado, é porque você tá aqui!", novamente se abraçaram, matando a saudade de meses sem se verem.

— Vamos, Tae? — Jimin aparece, cumprimentando amigavelmente o padrasto do amigo com um acenar. Park foi o único que não chegou a conhecer o padrasto do mesmo antes, então sua relação com ele não é igual a relação que tem com o Sr. Kim.

Já Laisa, que sempre foi uma garota que vivia junto de Taehyung, conheceu o mais velho e, com ele, aprendeu alguns sinais básicos - como bom dia, boa tarde, boa noite e tchau. Mas graças ao Kim, aprendeu outras frases e palavras e agora, após estudar bastante, sabe conversar normalmente com a língua de sinais.

"Pai, eu vou ir com eles, ok?", suspira, sendo abraçado novamente.

— Pode ir, vai lá se divertir com os seus amigos. — Beija-o novamente no topo da cabeça, sorrindo amigável. — Nós iremos te esperar em casa. — Taehyung entendeu o que significou a frase e sorriu, beijando-o na bochecha e repetindo o mesmo com seu progenitor.

— Tchau, papi.

— Tchau filhote, vão com cuidado! — Sorriu, sendo abraçado pelo marido.

— Tae! — Chamou-o, que ouvindo a voz do seu padrasto parou e o olhou. — Adorei a roupa. — Riu e agradeceu, voltando a sair apressado com os amigos quando bateu às 22:00 da noite. A reserva foi para às 22:30.
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Taehyung, assim como todos eles, se divertem muito na pizzaria, mesmo que ele e Lalisa fossem mais na deles, principalmente Kim, já que a garota ao seu lado sabe conversar com alguém quando lhe é puxado um papo. Observou bem a mesa, percebeu que sentiria falta de alguns deles, principalmente dos palhaços da sua sala que passou bons anos xingando cada um deles.

Suspirou se preparando para se fechar em seu próprio mundo, já que sua bateria social já está na reserva. Então, sentiu uma mão em sua perna, alisando-a em um carinho lento. Seguiu com os olhos a quem pertencia a mesma, e não se surpreendeu vendo ser Jeon, que conversava com seus amigos animadamente, porque também é muito anti social para conversar com todos, assim como Jimin está fazendo agora.

Quando seus olhares se fixaram um no outro, sentiram-se explodindo em felicidade por dentro, como se várias borboletas sobrevoassem todo o seu ser, principalmente seus estômagos. Sorriram um para o outro, de forma discreta, mas que para alguns não se passou batido. E, aquele que for muito observador, vai notar as marcas de prazer em seus corpos; principalmente nos pescoços.

Ninguém queria que aquela noite acabasse, pois ela estava muito boa, e ninguém queria deixar apenas nas memórias porque, a partir do momento que passarem por aquela porta enfeitada para o Natal que se aproxima, sabem que muitos não se verão mais.

E, mesmo Taehyung sendo um desses pensadores, obrigasse a aproveitar cada minuto que essa noite tem para oferecê-lo, apenas pede para que tudo seja bom pois não está afim de chorar após essa noite incrível.

Lentamente apoia sua cabeça no ombro do moreno, suspirando quando a mão apenas parou o carinho naquela área, mas ela continua parada, esquentando sua pele arrepiada pela noite que se esfria.

Logo, Park foi ouvido dizer:

— Gente, boa tarde. — Os estudantes do terceiro riram, relembrando o erro que o Park cometeu no palco em seu discurso. — Como o ano vai acabar daqui uns dias e possivelmente a maioria da turma daqui eu não vou ver, amém! Brincadeira. — Sorriu, Taehyung rindo por saber que de brincadeira não há nada. — Eu quero fazer um brinde a nós, por termos passado de ano e estarmos vivos agora após passarmos por muita coisa nesses anos escolares. Vejamos pelo lado positivo: colocaremos nossos sonos em dia, porque eu não estou mais aguentando acordar às 05:00 da manhã, não. — A mesa se enche de risadas. — Então, um brinde aos terceiros, que marcou e teve lembranças daquela escola. Um brinde! — O som dos copos foi ouvido quando eles se levantaram e bateram levemente uma borda contra a outra, os jovens rindo e tirando foto, para deixar registrado.

— Um brinde… — Kim sussurrou sorridente, bebendo seu guaraná gelado.

Quando toda aquela comemoração acabou, os alunos juntaram os seus dinheiros e foram pagar no caixa, saindo do estabelecimento com a barriga cheia e com os olhos pesados de sono, deixando para trás uma mesa grande repleta de pratos, copos e algumas garrafas de guaraná.

Alguns ligavam para seus pais irem o buscar, outros seguiam de a pé, outros pegavam carona com amigos e tinham aqueles que já montavam nas motos do moto táxi e iam embora. Mas todos estavam satisfeitos com a noite que tiveram, cada um deles.

— Hoje foi maravilhoso. — Sorriu aos seus amigos, arrumando seu cabelo e a roupa que usa. — Eu repetiria tudo que aconteceu hoje sem pensar duas vezes.

— Com certeza, eu também. Sem dúvidas, essa foi uma das noites que ficará na memória. — Lisa diz, agarrada ao namorado, ambos tentando aquecer um ao outro.

— Bem gente, eu vou indo, tá tarde já — Beijou a testa de cada um deles após os abraçarem apertados. — E eu tô com preguiça. — Bocejou quando alongou as suas costas, o frio lhe atingindo em cheio.

— Tem certeza que não quer que a gente te leve, Tae? Como você disse, tá tarde já e andar por aí é perigoso. — O loiro sorriu, querendo rir pela preocupação do amigo.

— Relaxa, qualquer coisa eu peço um motoboy, mas eu gosto da noite, ainda mais essa. Ela tá em um clima que me agrada bastante, tá frio e tá calma, eu preciso colocar a cabeça no lugar. — Explicou, no final sorrindo fofo, mexendo em sua pulseira.

— Tem certeza mesmo? — Manoban se pronuncia enquanto entrega o celular dele - o qual havia esquecido completamente -, procurando sinais de exitação, mas não encontra.

— Eu tenho, não se preocupem. — Os abraça novamente. — Não é a primeira vez, eu vou ficar bem. — Mandou um beijo para eles, começando a andar para a rua silenciosa. — Mando mensagem quando eu chegar em casa, eu prometo. — Fala, dando-um tchau com as mãos

— Passa tudo!

Kim dá um pulo no lugar, olhando para trás e encarando a pessoa espantado. Até que reconhece quem é e suspira mais aliviado, batendo no ombro do moreno alto e resmungando, chamando-o de idiota.

— Que susto, caralho, pensei que era realmente um assalto. — Jeon ri, andando mais devagar ao lado do loiro.

— E se realmente fosse, você iria ser roubado. — O olha com a sobrancelha arqueada, suspirando pela noite fria. — Por que tá indo embora a pé? —

— Eu gosto da noite e do frio, e pá! Hoje tá os dois. — Sorri sincero, bocejando logo em seguida. — É bom pra…

— … pensar? Concordo. — Olha a lua no céu, brilhando sozinha. — Mas cuidado pensar muito, alguns pensamentos sugam a nossa energia. — Eles param em uma esquina, a rua na qual Jeon irá virar para seguir seu caminho.

— Eu vou tentar. — Piscou um olho e riu, fazendo com que o cara ao seu lado ria também.

— Hoje foi divertido, até. — Para de frente a Kim, olhando seus pés como se estivesse envergonhado. E talvez realmente esteja.

— Sim, eu gostei de cada partezinha de hoje! Menos, a parte que tive que ouvir todos aqueles discursos daquela mulher, afinal, quem é ela? — Riu um pouco. A brisa batendo em seu cabelo e o balançando de uma forma bonita.

— Eu faço a mínima quem seja ela! — Riu junto, aproveitando o clima leve envolta deles. — É, eu também gostei de cada partezinha. — Não, Jung não se refere ao dia, mas sim a alguém.

Mas Taehyung não precisa saber disso.

— Eu vou te ver algum dia desses? — Kim pergunta, mordendo os lábios em nervosismo, sentindo sua pele toda arrepiada pelo frio.

— Se você quiser, vai. É só marcarmos um dia pra sair por aí. — Sorriu, dando de ombros.

— Ótimo! — Sorriu empolgado, apertando seu smartphone nas mãos. — Volte pra casa bem, tá? — O abraça apertado, percebendo como só aquilo o fez ficar de corpo todo quentinho.

— Você também. — Retribui o abraço, sorrindo enquanto aspira o cheiro do seu perfume misturado com o de Taehyung. — Toma cuidado. — Segura o rosto bonito dele entre suas mãos pelas bochechas, apertando-as suavemente.

— Eu vou, não se preocupe, hyeong. — Sorriu com suas mãos na blusa preta, apertando levemente o tecido já pensando em mil coisas diferentes.

— Boa noite. — Sussurra, olhando-o com atenção enquanto solta seu rosto lentamente.

— Boa noite. — Eles se despedem e Kim vê Jeon andar pela rua levemente escura. Aos poucos, começa a se cobrar por não ter beijado-o minutos atrás.

Quando tem um pico de coragem, ele chama por Jeon que, como se esperasse por isso, se vira no mesmo momento. Kim anda apressado até o moreno, quase correndo, parando a centímetros dele. Quando Jung pensa em falar algo, se cala rapidamente quando Kim coloca as mãos em suas bochechas e, erguendo um pouco de seus pés, coloca ambas bocas juntas, de forma calma e tímida.

Não demora para que Jeon se entregue ao beijo calmo, fechando seus olhos e colocando ambas mãos no quadril e cintura do loiro, apertando suavemente as áreas. O ósculo é lento e inebriante, fazendo seus estômagos se esquentarem e revirarem de uma forma boa e gostosa; causando várias sensações ao mesmo tempo.

Aos poucos uma mão de Taehyung desce da bochecha para a nuca marcada, alisando-a e puxando alguns cabelinhos abaixo de seus dedos. Gemem e suspiram entre seus lábios, sorrindo quando se afastam apenas alguns centímetros para logo se beijarem novamente.

Com os corpos colados, eles finalizam o beijo com alguns selinhos lentos, juntando suas testas para respirarem. Quando afastam seus corpos um do outro, eles dão um sorriso um para o outro e, antes de voltarem a seguir seus caminhos, Jung beija a testa a sua frente e ouve ele dizer:

— Agora sim, boa noite. — O loiro o abraça antes de voltar para o caminho que ia seguir antes, sentindo todo o seu corpo arrepiado e a sensação ainda presente dos lábios juntos. Suspirou, sorrindo todo bobo, não se atrevendo a olhar para trás.

Jungkook, após encarar o garoto com o coração batendo forte e a respiração descompassada, volta a andar de volta para a sua casa, mais feliz e leve.

No meio do caminho, Taehyung desbloqueia seu celular e manda um áudio para o grupo "Fofoca", dizendo apenas um:

— Eu beijei ele de novo! Aaaaaah!
.
.
.
.
.
.
Está cansado e com roupa para dormir. As peças que usou para ir na formatura, está na máquina para ser lavada e, então, entregar o vestido limpo e cheiroso a Lalisa.

Seus pais também foram dormir após assistirem um pouco de filme e jogar alguns jogos de mesa (como banco imobiliário, tabuleiro, baralho…). Sente seu corpo pedir por um descanso, vendo "11:47 pm" se iluminar no visor de seu celular.

Quando bloqueou seu celular para dormir após colocá-lo para carregar - vendo que sua bateria estava abaixo dos 40% -, ouviu e sentiu o aparelho vibrar ao lado de sua cabeça. Tentou ignorar e apenas dormir, mas não conseguiu e o desbloqueou, curioso para saber quem o mandou mensagem.

[JK <3]
Eu tô quebrado

Riu, respondendo.

[Sweet]
Eu tbm
Morrendo de sono

[JK <3]
Eu vou te deixar dormir
Vc tem q descansar

Se remexeu na cama, enviando a mensagem no exato momento que outra lhe caiu.

[Sweet]
Eu aguento, rlx

Não se surpreendeu quando "Grupo: Fofoca" apareceu em sua barra de notificação, indicando que com certeza já ouviram seus áudios surtando.

[Lalis<3]
OI????!!!
VOCÊ BEIJOU ELE???
DE NOVO?????

Riu, respondendo rapidamente, um sorriso em seu rosto apenas aumentando.

[Tata]
Sim!!!!!!!
E foi maravilhoso
Eu tô me sentindo nas nuvens

Rolou em sua cama, rindo quando bateu a perna no guarda-roupa. Sua surpresa foi grande quando leu as mensagens que o casal de namorados lhe enviou, quase no mesmo momento.

[Jm]
Vc tá apaixonado por ele?

[Lalis<3]
Crtz q ñ ta apaixonado por ele?

[Tata]
Não!!! De jeito nenhum
Eu já disse q ñ estou apaixonado por ngm!!!
Só se for por mim msm, pq hj eu tava uma delícia

Por fim, saiu do chat do grupo para responder a Jeon, que acabou o deixando no vácuo sem querer.

[JK <3]
Vai dormir, Tae
Descansar é sempre bom

Suspirou, digitando enquanto mais mensagens lhe caiam no celular.

[Sweet]
A mas
:/
Tá certo
Eu vou dormi
:/
Até amanhã?

Fez cara feia lendo as mensagens de seus amigos.

[Lalis<3]
Tá bom, tá bom
Vc ñ tá se apaixonando
Ok
Entendi

[Jm]
Vc apenas tá se sentindo a Barbie brabuleta enquanto voa pelas nuvens dps de beijar ele
Mas é claro, vc ñ tá apaixonado
Mas e aí, o bj foi bom?

[Lalis<3]
Afinal, oq vc ia nos contar?

[Jm]
Como assim "nos contar"?
Tô sabendo de nd
🤡

[Lalis<3]
Lá no teatro ele disse que tinha uma coisa pra contar pra gnt, mas eu ñ sei oq é

[Jm]
Tae?
Tá aí?
Sabemos q vc tá online, macho
Fala oq era, eu tenho ansiedade
😭😭
TAEHYYYUUNNG!!!!
AAAAAAAAAAAAA

Riu vendo que Jimin continua digitando.

[JK <3]
É claro
Até amanhã
Boa noite

[Sweet]
Até :/
Boa noite, hyeong

Sentindo-se dormindo já com o celular em mãos, apenas desconecta seu celular do wi-fi, apagando a tela do mesmo e fechando seus olhos, começando a repassar o seu dia na cabeça, todos os detalhes, todas as sensações, todos os olhares e todas as emoções.

— Será que eu tô mesmo me apaixonando por ele?

Com esse pensamento, já tendo seus olhos fechados em sono e o corpo relaxado, ele dorme minutos depois, acabando por sonhar com aquelas lembranças que foderam com seu psicológico.

O celular vibra e o contato "amor" se ilumina. Taehyung, que jogava seu videogame como qualquer pré adolescente da sua idade, coloca pause e vai ver o que seu namorado quer.

[Amor]
Aaaa :/
Eu tô tão triste
:(

Preocupado com ele, digita o mais rápido que consegue, se embolando em algumas letras e tendo que corrigi-las novamente.

[Taehyung]
Porq?
Oq aconteceu??


S

eu namorado demorou um tempo para responder, o que deu tempo do Kim beber água e voltar para o seu quarto.

[Amor]
Acho q eu vou reprovar em biologia
Tirei uma nota muito ruim.

[Taehyung]
Sério amor??

[Amor]
Sim :(
E eu me esforcei tanto pra passar…

[Taehyung]
Eu sei, vc é uma pessoa bastante esforçada
E sei q vai se dar bem na recuperação

[Amor]
Eu espero mesmo
Tô tão triste com isso…

[Taehyung]
Queria poder te animar :/

[Amor]
E vc pd

[Taehyung]
Posso?

[Amor]
Sim

Por algum motivo, o pequeno Taehyung não sentia uma sensação boa vindo daquilo. Achando ser bobeira da sua parte, continuou conversando, já que estava conversando com seu namorado, que mal poderia lhe acontecer?

[Taehyung]
Como eu faria isso ent??

[Amor]
Bb, vc pd me enviar uma daqls ftos?
Pfvr?

Taehyung prendeu sua respiração, sentindo-se paralisado diante daquele pedido. Bom, é normal namorados pedirem isso, certo? Não tem o porquê ficar tenso desse jeito, né? Então por que está se sentindo dessa forma?

[Taehyung]
Uma daqls fotos?
E isso vai te fazer feliz??

Digitou lentamente, sentindo seu corpo estranho. Não era a primeira vez que recebia esse pedido dele, era apenas mais um pedido daqueles, mas seu corpo parece reagir ao contrário de monotonia, parece pesado e está se sentindo com um mal estar repentino, agora.

[Amor]
Sim, bb
Eu ficaria muito feliz

[Taehyung]
Acho melhor ñ, hyeong
Tem gente aq agr, e se virem?

É uma pura mentira, estava sozinho em casa: seu pai foi no mercado e seu outro pai está em uma entrevista de emprego agora, que, se for contratado, irão se mudar para Pyeongchang.

[Amor]
Mas é só vc ir no banheiro
Pfvr, bb

Continua insistindo e Kim engole seco, balançando suas pernas inquietas em sua cadeira gamer.

[Taehyung]
Mas amor…

[Amor]
Vc ñ me ama mais?

Seus olhos foram arregalados com a mensagem, não tardando em responder. Mas, enquanto ainda digita, outra mensagem cai.

[Taehyung]
Não é isso amor!!!
Eu amo vc

[Amor]
Td bem, ent

Sentindo-se culpado, Taehyung respira fundo, se levanta, tira seu shorts e blusa, posa na frente do espelho e bate uma foto. Com as mãos tremendo, envia a mesma para o garoto, o qual não demora nadinha para visualizar.

[Taehyung]
Tá melhor, agr?

Enquanto espera uma resposta, veste novamente sua roupa, sentindo-se estranho depois disso.

[Amor]
Muito
Obgd, bb

Sorriu fraco, até ler a última mensagem.

"Mas dá próxima tira uma sem nada, ok?"

— … "uma sem nada…" — Sussurra baixo.
.
.
.
.
.
.

— Ei bebê, eu estou aqui no centro. — Taehyung dá um pulo em sua cama, não acreditando no que está ouvindo. — Você mora aqui perto, né? — Rapidamente e com um sorriso no rosto, o loiro concorda, mexendo em suas mechas encaracoladas. — Eu posso ir aí te ver? — Seu peito se encheu de alegria.

Estavam de férias da escola, férias de verão, então não estava vendo seu parceiro com tanta frequência como antes, ainda mais agora que o mais velho havia começado um trabalho de meio período.

— Mmh, pode sim! — Rapidamente, foi trocar de roupa, colocando uma mais apresentável.

— Seus pais tão em casa?

— Só tá o meu padrasto. — Não gostava de se referir a Bryan dessa forma, mesmo que fosse a certa, preferia "pai", assim como detesta chamá-lo pelo nome, acha desnecessário.

— Tá, daqui a pouco eu tô aí. — Eles se despedem e o loiro vai na cozinha beber um copo d'água e, pelo percurso, não acha seu padrasto. Abriu a boca para chamá-lo, mas se lembrou que ele não iria ouvir, então foi procurá-lo no quarto de seus pais, achando-o deitado na cama, possivelmente dormindo. Rapidamente saiu dali, não querendo atrapalhá-lo.

Um tempo depois e sua campainha toca, rapidamente vai atendê-la, sabendo quem é. Abre o portão e dá de cara com o garoto com quem namora, os olhos logo se encontram automaticamente e um sorriso nasce.

— Oi, bebê. — Abaixa um pouco por conta da diferença de altura grande, beijando-o nos lábios.

— Oi, amor. — Fecha o portão, andando ao lado do mais velho. — Meu pai foi dormir. — Enlaça seus braços entrando para dentro da casa em seguida. — Acho que ele tava cansado. — Sorri inocente, apoiando sua cabeça no braço forte ali. — Então poderemos terminar de maratonar One Piece.

— Vai ter lámen? — Swang pergunta, ambos garotos adentrando o quarto organizado e bem a cara de um menino de 13 anos.

Um guarda-roupa de madeira escura e uma cama solteiro que combinam, alguns pôsteres espalhados, uma mesa com um computador de última geração e ao lado uma estante com diversos jogos diferentes, tendo mais do gênero de ação e combate.

— É claro! — Concorda, fechando a porta do quarto e se sentando sobre a cama, sorrindo enquanto o mais velho se aproxima de si e se senta ao seu lado. Logo, ambos já estão deitados na cama assistindo ao episódio 124 do anime, entretidos.

De repente, enquanto tem seus olhos pesados em sono, Taehyung sente uma mão em sua barriga. Resolveu ignorar, já que estavam deitados e pensou que o mesmo procura um lugar para ficar mais confortável.

— Tae? — Ouviu ser chamado, então virou sua cabeça para o lado, recebendo um beijo surpresa. No começo, não soube reagir, mas após alguns segundos retribuiu o ósculo, sendo acostumado a beijá-lo. De longe era seu primeiro beijo, ainda mais com o namorado.

O celular antes suspenso no ar foi abaixando devagar, sendo esquecido após um tempo de beijo entre os garotos. Aos poucos, deixando ser guiado pelo Swang, se despertou do transe estando sentado sobre ele.

Naquele dia, Taehyung perdeu sua virgindade.

Nos dois dias que se seguiram, Kim se sentiu bem, pois foi com alguém que ele amava. Mas após o terceiro dia, uma sensação de culpa e remorso ficou o atormentando sem parar, fazendo-o perder o apetite e dormir uma boa parte do tempo apenas para esquecer daquilo. Seus pais notaram e até tentaram conversar com o filho, mas o mesmo se negava a contar o que havia acontecido. Aquilo só foi preocupando ainda mais todos ao seu redor; amigos e familiares.

No quarto dia, se perguntou por que Swang demorar tanto para o responder, mas cogitou ser por conta do trabalho e outras coisas da vida do adolescente, então se contentava apenas com os vagos "boa noite", "sim", "que bom", "aham", "tá", "oi". Mas não negava a si mesmo, aquilo o incomodava muito.

Queria contar o que havia acontecido entre ele e o namorado para alguém, precisava falar isso a alguém. Mas, por algum motivo, sua garganta sempre fechava e os olhos lacrimejavam quando apenas cogitava dizer. Então, se manteve calado até quando pôde.

Logo, as férias de verão se encerraram e, como sabia que aconteceria, o Swang foi dispensado do serviço, já que não teria como trabalhar estudando em tempo integral. Na escola foi estranho de todos os outros dias antes das férias, parecia que Swang… se esquivava de Kim; essa era a impressão que Taehyung tinha.

Aquilo chamou a atenção do seu trio inseparável de amigos, não tardando em Jimin e Lalisa conversar com o jovem, percebendo sempre o olhar triste perante ao estudante do ensino médio. Como desconfiavam de um possível término que estava magoando o loiro, foi a primeira suspeita que dialogaram com ele. Nunca, em mil anos, que os dois pensariam ser algo totalmente diferente daquilo.

Demorou um mês e meio para Kim se sentir sufocado com tudo aquilo: com as respostas vagas e frias do mais velho, percebendo como se distanciou dos amigos, percebendo como seus pais estavam ficando cada dia mais preocupados consigo, quando passou a não conseguir mais dormir e nem mais sentir vontade de fazer nada, nem comer, nem dormir, muito menos levantar da cama. Eram raros os dias que ele se levantava e ia beber água; seu rosto foi perdendo a melanina aos poucos, ficando pálido como nunca antes. Kim Taehyung, de 13 anos, ficou com uma aparência de um defunto.

Em uma quarta-feira, alguns dias antes do começo de setembro, na escola, no canto da quadra enquanto chorava desesperado buscando ar, foi que disse o que o perturbava:

— Eu e o Han transamos! Foi na minha casa, nas férias… a-a-a g-gente tavamos as-sistindo quando aconteceu… — Fungou forte, apertando com toda a sua força a blusa moletom de Lalisa em seu colo, tentando se forçar a dizer tudo. Tudo mesmo. — M-mas sei lá… f-foi bom uns dias d-depois, mas agora? A-agora…? — Sussurrou, sentindo seu coração disparado no peito, sua respiração alta, seus olhos transbordando lágrimas quentes e a blusa disfarçando suas mãos tremendo. — Agora ele mal olha na minha cara! — Ficou com medo de olhar para cima e flagrar o olhar de discriminação e desgosto da amiga, então continuo observando pingos e mais pingos aparecerem naquele bonito moletom. — Ele n-não me responde mais, ele… ele… ele sequer parece se lembrar que n-namoramos… — Seu peito doía, cada palavra era uma facada, seu corpo tremia inteiro. Medo, ansiedade, inquietação, pânico. — Ele se nega a q-querer conversar sobre isso. S-sempre que eu toco no assunto e q-quando ele responde, ele… ele fala que tem um "compromisso", então… nunca responde.

Seus soluços altos chamaram a atenção de alguns colegas de classe, que se aproximavam de onde estava desabafando e perguntavam "o que aconteceu?", "O que ele tem?", "Por que ele tá chorando?". Aquilo, foi enchendo na cabeça de Taehyung, porque o que mais lhe passava em sua mente nas últimas 10 semanas era "por que". Muitos e muitos por quês.

— Por favor, gente, dão espaço! — Lalisa diz, afastando os colegas de sua sala com as mãos. Mas aquilo de pouco adiantou, foram pouquíssimos os que se afastaram deles. — Vem, Tata, vem comigo. — Puxou o amigo para sair dali, que foi enquanto estava com os pensamentos a mil. — Vamos tomar água e… — Aos poucos, sua mente simplesmente bloqueou as palavras de Manoban, ignorando-as completamente.

Lá no pátio, após descerem da quadra com a autorização de um professor curioso e preocupado, ambos jovens beberam água. Lalisa digeriu aos poucos o que o amigo contou, constatando uma coisa, apenas:

Taehyung apenas foi usado e, na pior das hipóteses, abusado.

Quando Kim pareceu voltar à Terra, estavam batendo na porta do 8° C, sala de Jimin. Eles entraram e, a gritaria que acontecia lá dentro ocasionada por um monte de pré-adolescentes cessou; a sala ficou em completo silêncio. Não demorou para Park, o menino que se senta na quarta fileira, olhar para a porta, seu sorriso arteiro morreu no mesmo segundo quando notou seus amigos ali; seu sorriso morreu quando percebeu o estado de Kim.

— Tae? — Se levantou rapidamente, travando ao lado de sua carteira bagunçada. — O que…? O que houve? — Seu olhar foi de um para o outro, esperando uma resposta.

— O que aconteceu? — A professora, anteriormente sentada em sua mesa após passar a matéria, também se levantou, olhando os dois alunos.

— Professora, você pode liberar o Park Jimin, por favor? — Manoban diz, apertando a mão inquieta de Taehyung com a sua, tentando passar confiança para o garoto atrás de si; escondido.

— Por favor, professora?! — Park deu dois passos e parou, não sabendo reagir.

— S-sim… sim, claro. — A mentora disse, observando Park correr até os amigos e eles saírem. Na sala, era possível apenas ouvir um choro abafado vindo do corredor, tal som que pareceu ecoar pelo corredor silencioso.

Meio por cima, Manoban disse para Park o que aconteceu, explicando o motivo do amigo ter ficado daquele jeito durante todo aquele tempo. O que aconteceu a seguir é um borrão para Taehyung, que no momento apenas se esforçava para ficar em pé.

Mas Park, quando soube do que aconteceu e em sua mente ecoou a visão de Lisa, sobre ter certeza que Taehyung só foi usado, seu punho se fechou e, com passos apressados e pesados, bateu na porta do 1° A, sentindo seu sangue todo ferver.

A porta foi aberta pelo Sr. Alê, que foi deixado falando sozinho enquanto Jimin adentrava a sala e, bravo como um touro, parou em frente a carteira de Han Swang.

— Seu filho de uma puta! — Disse, socando com toda a força que um menino de 14 anos tinha, acertando em cheio o nariz do garoto que foi pego de surpresa e caiu para trás na cadeira. — Seu idiota desgraçado! Você não tem vergonha, não?! — Subiu por cima de Han, desferindo-lhe outro soco na cara, dessa vez na boca. — Seu maldito cretino! — Outro soco no olho.

Quando todos pareciam sair do choque que aquilo lhes causou, o professor gritou para que separassem Park do outro aluno, percebendo sangue no uniforme do jovem e no chão da sala. Jimin foi segurado por alguns alunos, mas, antes de ser obrigado a sair da sala, conseguiu chutar com toda a sua força o pênis do Swang, fazendo com que o mesmo gemesse alto dor.

Depois daquilo, Han Swang se transferiu para outra escola e Park Jimin pegou suspensão de um mês, ficando de castigo e tendo que ouvir vários sermões de seus pais. Mas, em nenhum momento se sentiu culpado e arrependido pelo o que fez, mas queria saber como estão seus amigos agora, mas sem celular e sem poder sair de casa não tinha como perguntar.

Algumas semanas depois do ocorrido, sem terem um término oficial, Lalisa bloqueou e apagou tudo que lembrava Taehyung, aquele cara. Apagou número, fotos, músicas, poemas, vídeos, contas e se desfez de outras coisas físicas, deixando o garoto apenas com as lembranças mentais."

Ofegante, Taehyung acordou olhando de um lado e olhando para o outro. Passou suas mãos em sua franja soada, jogando-a para trás. Há tanto tempo não tinha esse maldito pesadelo… queria que tudo aquilo de quatro anos atrás nunca nem tivesse acontecido.

Se sentou e passou um tempo de olhos fechados, com medo de abri-los. Respirando com dificuldade, ligou a lanterna de seu celular e reconectou o wi-fi no mesmo, mas não esperou as notificações caírem. Tremendo sem ser de frio, se levantou por fim da cama, saindo do quarto enquanto ouvia o celular vibrar sobre sua cama.

Ascendeu a luz da cozinha e bebeu água, tentando se acalmar. Foi ao banheiro, fez o que tinha para fazer, lavou suas mãos e molhou seu rosto, encarando por alguns minutos o ralo.

— Maldita hora que eu fui desconfiar, mas que merda! — Murmurou baixo, esfregando seu rosto úmido e enxugando-o com uma toalha de rosto. Não demorou mais nenhum segundo no banheiro, indo direto para seu quarto.

No seu "templo" - como apelidou -, suspirou recordando de seu quarto aos 13 anos e em como está agora. Não havia mais nenhum tipo de pôster na parede, seus móveis foram todos vendidos e trocados, suas roupas de cama há apenas uma daquela época, o qual sua tia o deu. É brega, mas gosta. Seus jogos foram guardados no sótão, não sente mais vontade de jogar e nem olhá-los, já que boa parte foi Swang que o deu; mas também não quer jogá-los no lixo. Sabe que se Lalisa souber, ela pega as duas caixas de jogos e pessoalmente joga-os no lixão. Seu computador foi sendo substituído por novos ao longo dos anos, então não há mais nada ligado àquela época, nem ao cômodo, já que atualmente mora com seus pais em Pyeongchang.

Na parede, agora, só tem diversas fotos coladas, desde seus 15 anos.

Suspirou novamente, agradecido por olhar para todos os lados e nenhum canto o lembrar de todo aquele pesadelo. Se deitou em sua cama, apagando a lanterna do seu celular e vendo as notificações. Excluiu automaticamente as do YouTube, Instagram e de seus aplicativos de séries. Observou "4 conversas 48 mensagens" vindo do whatsapp, seus olhos se arregalando ao ler novamente "… 48 mensagens".

Abriu o app e ficou com preguiça de ler o que foi enviado no grupo, então apenas respondeu seus amigos no privado o desejando boa noite, ignorou os números "44" no "Grupo: Fofocas" e percebeu que, às 01:16 da manhã, Jeon o enviou duas mensagens.

Rapidamente abriu-as.

[JK <3]
Tae? Kkkkkk
Sua calcinha ficou comigo

Seu rosto queimou em vergonha.

"Sua calcinha ficou comigo" — Mesmo quando tinha acabado de acordar do seu pior pesadelo, não conseguiu prender o riso lendo aquilo, virando-se para o lado e digitando.

[Docinho de coco]
Kkkkkk, sério???
Mds!!!
Eu vou buscar ela kkkkkk

Ria enquanto digitava, não acreditando que realmente havia esquecido a peça íntima com Jung. Então lembrou-se que o mesmo havia colocado-a no bolso, pois estava suja de sêmen. Com a lembrança, seu rosto esquentou mais.

Não esperou uma resposta por ser 04:17 da manhã, então apenas riu mais um pouco enquanto bloqueia seu celular, virou-se para o lado e dormiu mais leve. Dessa vez, seu sonho foi bom, sem nenhum pesadelo.

[JK <3]
Pode vir a hora q quiser [Mensagem apagada]
Se quiser deixar outra cmg, eu ñ vou reclamar. [Mensagem apagada]
Tá, Tae.

[•••


24 февраля 2023 г. 6:29 0 Отчет Добавить Подписаться
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Jhonatan Amato Olá pessoal, como vão?? Espero que bem :) Possivelmente, usaeei esse site mais para leitura do que para publicar munhas estórias. Meu perfil no wattpad: _SunsMoonTK_ Meu perfil no tiktok: jj_moontk

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