Sob o sol de uma bela e cálida manhã, os olhos dela não captaram nem sequer um lampejo de uma certa essência sutil nos ares, nem sequer uma faísca do fogoso sol junto às nuvens. Havia talvez, uma terrível tragédia acontecendo ali. E, por conta disso, nenhuma sensação veio à mente quando os raios de sol tocaram seu magricelo corpo.
De forma desajeitada, seguiu na direção das árvores, quase sem se dar conta da terra sob os pés. Havia pensamentos calmos e furiosos naquela consciência, formavam questionamentos e consolidavam paradoxos, faziam nós e desatavam sua sanidade. Um pandemônio tão cheio de significados que no fim perdia todos eles.
A tortura gigante de tantas questões a fez andar mais depressa, sempre desajeitada. Ao seu redor, os troncos eram retorcidos, a grama era fresca e os pássaros tagarelavam. As coisas eram como eram, não mereciam mais descrições. Não importava os cheiros, a cor das madeiras ou os sons dos pássaros. Nada daquilo realmente importava para ela. O simples não era o suficiente, e o mundo era horrível de qualquer forma.
O céu, todavia, ainda não havia desistido da criatura. Os azuis daquela manhã estavam mais vastos do que nunca e as nuvens mandavam sinais àquela pobre alma. E ela chegou a olhar, erguer a cabeça por alguns segundos, atendendo ao chamado mesmo que por pouco tempo. Mas não viu ou sentiu absolutamente nada. Era triste e, no pior dos casos, quase uma tragédia.
O mundo exalava vida, e ela não extraia. Não vivia. As árvores ainda gritavam pela triste criatura, pediam um rápido acariciar de dedos. Porém, nada nela possuía percepção, e as árvores ficaram intocáveis por causa disso. A dor, no entanto, se provava algo veloz, a consumação do espírito era instantânea, perdia-se a própria alma. Chegar ao fim era mil vezes mais fácil do que iniciar. E ela só conseguia pensar e pensar. Eram tantas questões que a tortura se tornou insuportável. E como num passe de mágica, tudo estava em um ponto sem retorno.
Em meio as árvores e sob o céu de uma bela e cálida manhã, ela era, sem sombra de dúvidas, uma tragédia.
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