Era hora de falar. Já estavam cansados de lutarem por algo que nunca deixou de lhes pertencer. Um lugar no mundo. Mas de alguma forma, os outros querem jogá - los num abismo para fora do Planeta.
A Maga Mestra preparava seus Feiticeiros para a revolta, ou como gostavam de chamar, para o Caminho da Revolução. Os Magos sempre foram sujeitos a uma exclusão desumana por séculos. Eram forçados a serem cobaias de torturas que significavam um "Processo de Cura" para quem as fizessem. Nunca chegaram a tal. Só deixaram os pobres Feiticeiros ainda mais presos às duras consequências que o Mal do mundo trouxe para suas mentes. Porém, uma mulher conseguiu enxergar a Magia que aqueles Magos carregavam, e os ajudou a enxergarem e se fortalecerem nela também. Podiam criar realidades belas, reflexivas, calmas, cheias de cores e vida. Nise, acreditava também ser uma Maga, acreditava que todos podiam ser, mas poucos conseguiam navegar profundamente naquela Magia em meio ao oceano que nos expande. O Espírito.
Os Feiticeiros tinham seus aliados nessa caminhada. A Rainha dos Azuis era um deles. Trilharia o Caminho da Revolução, pois ela e seu povo foram tão vítimas do Mal quanto os Magos. Foram arrancados de suas bandas do mundo para servirem incansávelmente à outros sem questionar ou requerir seu direito à recompensa. Os despiram de sua cultura, de sua língua, de sua fé, por acharem selvagens e impuros. O ódio pelos seus costumes e pela sua cor azul negro, como o céu da noite, só cresceu. Era inevitável não encontrar alguém que quisesse esmagá-los com palavras vis, exclusão e violência.
Outra aliada que iria comparecer era a Imperatriz das Elas. Inimigas juradas dos Eles. Bem, eram como as chamavam. Mas Elas nunca quiseram esse título, nunca quiseram se por a um lado oposto e maior que o deles. Tudo que queriam era o reconhecimento de que o mundo também era sua casa. Mas guerras, disputas era o que mais atraia Eles, e bem, paradas esperando a matança não iriam ficar. Podiam ser guerreiras como Eles também.
Os líderes do Caminho e os seus estavam indo em direção ao local onde cantariam suas verdades, enquanto a oposição se preparava para encontrá-los, pois temiam um confronto odioso. Sempre temiam. Não viam que o derramamento de sangue era bem mais o estilo deles que de seus "inimigos". Entretanto, o que presenciaram naquele dia, eram indivíduos que cantavam e carregavam flores nas mãos, enquanto os mesmos carregavam lanças e escudos. Pois não viam, nunca viam que a ameaça de destruição que tanto temiam sempre foram os próprios.
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Ilustrações da capa: Maga (Pasiphilo On), Guerreira (Bored Panda), guerreira azul (Bailie)
Conto inspirado na canção "Crown" de Camila Cabello e Grey
Caso queira ler mais contos feitos por mim, te convido à conferir "Dois Mundos". Uma mini ficção histórica que tenho muito carinho. talvez você goste^^
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