victoria_nikiforov Victória Nikiforov

Kaerin Ging, de 23 anos, com uma personalidade instável e sem filtro, após um casamento alheio indesejado, afoga as mágoas em um bar, afim de se sentir melhor, conhece Miyako Jackman, assim passando uma noite juntas, desencadeando um relacionamento problemático ou talvez a luz pra o vazio dentro de si.


LGBT+ 18+.

#drama #inkspiredstory #lgbt #Romance
5
769 ПРОСМОТРОВ
В процессе - Новая глава Каждые 30 дней
reading time
AA Поделиться

Apenas uma noite

O mar permanecia distenso, o sol razoável, o clima fresco, sem nenhum índice de chuva, um ótimo dia para um casamento à beira da praia, um noivo e uma noiva perfeitos, verdadeiros príncipe e princesa.

Em meio a cerimônia, todos cantavam emocionados, com sorrisos cobrindo seus rostos, à medida que a bela noiva atirava o ramo de flores vermelhas para as damas ali perto.

Em meio à multidão bendita, estava uma moça estática, apreciando o recinto e o belo casal alguns metros à sua frente, seu nome era kaerin, seu suéter vermelho com estampa quadriculada junto à uma calça jeans solta a dava ar de relaxada, seu cabelo castanho alisado no máximo ao ombro dançando com o pouco vento que ali fazia, alcançou uma mecha de seu cabelo e o penteou com os dedos, um pouco pensativa. Era claro que estava desordenada com o casamento que ali acontecia, sua mente estava um furacão, carregada de emoções distintas, sua vontade era de gritar alto, para todos saberem o que sentia, mas permaneceu serena pois havia prometido à sua amiga Christa que a apoiaria em tudo, por mais que isso a machuque. Mesmo vivendo juntas por 15 anos, Kaerin escondia seus sentimentos românticos por Christa, pois os desejos da mesma eram diferentes.

Não conseguiria manter a postura por muito tempo, assim decidiu se despedir mais cedo que o esperado.

— Você ja vai?!, eu esperava que ficasse mais tempo, a festa vai começar agora!.— Christa proferiu angustiada.

—Eu realmente queria ficar mais, afinal é o seu casamento, mas eu não estou me sentindo muito bem, então acho melhor ir para casa.

— Você por acaso está tentando dar uma fugida Erin?—Disse arqueando a sobrancelha.

— Até mais, boas festas, estarei sempre com você bebê!!— disse acenando com um sorriso abobado e se afastando a passos rápidos.

—Por que ela é assim?, nunca sei o que está pensando.—Expressou Christa erguendo seu vestido branco e voltando para o local do casamento.

Em um bar ali perto, contrariando o que tinha dito a garota, precisando esquecer e se animar um pouco, Kaerin se senta numa mesa em frente ao balcão.

—Erin, achei que você estaria em um casamento hoje, resolveu fugir?.—Questiona o bartender, usando vestimenta simples porém formal, cabelo dourado curto não mais que o ombro com uma boina esverdeada o cobrindo pelo metade, olhos azuis anil facilmente notáveis, com uma expressão amável e acolhedora.

—Caín, sem piadas, minha vontade de viver diminuiu noventa e nove porcento hoje.—Fala apoiando a cabeça sobre a mesa logo em seguida.

—Isso é péssimo, se você morrer meu bar vai falir!.—Diz se virando e preparando uma bebida.

—Minha cabeça dói.

—Então por quê não foi pra casa?—Coloca o copo sobre a mesa.

—Não quero explicar a situação pro meu irmão, ele me enche o saco.—Diz e toma o copo em seguida.


Se apoia sobre o balcão—Sabe que ele só quer te ajudar não sabe? ele faz de tudo pra te deixar feliz, mas você nunca se abre com ele.

—E o seu avô, como ta?.—Proferiu virando de costas à ele, encarando o movimento do bar.

Suspira—Está de cama.

—Vou sentir falta dele.

—Ele não vai morrer, na verdade está melhorando, sempre reclamando dos remédios e que não pode nem levantar.

—Eee vida longa aos velhos!!.—Levanta a taça.

—Você ja ta bêbada?—Pergunta sorrindo.

—talvez.

—Como assim talvez—

Uma batida forte no balcão, causando um estrondo os assustou.

—Olha que coisa não!! achei que hoje você estaria feliz em uma festa de casamento, mas olha você toda tristinha aqui no bar!!—Um homem alto, cabelo acinzentado, vestindo roupas gastas, botinas, junto à um chapéu de vaqueiro, adentando a conversa de jeito bruto.—Ah! espere! é a Christa quem está casando não?! é por isso que você ta assim, que peninha, ela é boa demais pra você corna carente!.

—Jonny! por favor, sem brigas hoje!—O rapaz moreno com sardas que o acompanhava, o segura.

—Cala a boca Gen!!.

Levanta e o segura pela gola da camisa—Escuta aqui cowboy sem noção, eu não tô no clima pra discutir com idiota, volta pra tua fazenda e toma teu chimarrão com tuas vacas filho da puta!!.

—Você ta puta por que eu falei umas verdades na sua cara?! pode vir pra cima cadela, vou tacar a cuia na tua cabeça miséra!!—Ergue a voz a puxando de volta.

Gen caminha à caín—Eu sinto muito por ele! eu deixei que ele bebesse mais do que o necessário, foi um descuido meu, por favor me perdoe!—Se curva como pedido de desculpas.

—A que isso, a culpa não é sua, ele sempre faz uma zona quando bebe, ja nos acostumamos.—Diz balançando as mãos.—Não se preocupe, sente-se e beba alguma coisa—Estende a mão para o acento em sua frente.

—Mas eles estão discutindo, você trabalha aqui, não vai fazer nada sobre isso?—Questiona enquanto se senta.

—Como eu disse, não se preocupe, isso ja é do nosso cotidiano, alguma hora eles se acalmam, pode relaxar.

Gen observava o clima pasmo, não era normal que brigas acontecessem ao seu redor, como eles conseguem agir tão naturalmente com uma discussão acontecendo à sua frente?.

—Olha só! você todo hétero top fudido que não tem respeito por ninguém, puxando briga comigo por nada, acha que tem moral pra falar alguma coisa seu merda?!!.

—Você é ainda mais fudida que eu sabia!! perdeu a mulher por que não tinha coragem de dizer o que sentia, você se faz de forte e inabalável mas na verdade não passa de uma pessoa depressiva que não tem nenhum motivo pra viver, por isso vem encher a cara de cachaça pra esquecer dos problemas que você não sabe encarar!! e é isso que eu mais odeio em você!!.

—Então você me odeia por que eu sou fudida?!! isso nem tem sentido!!.

Ao finalizar a palavra, todos que na sala estavam, ficaram em silêncio, e o motivo não era a discussão.

—Que merda é essa? Vocês acham que podem vir e atrapalhar meus clientes todos os dias?! esse lugar não é um clube de luta ou coisa parecida, eu vou ter que banir vocês pra acabar com esse fogo no rabo?!!.—Surgiu do canto do bar, um homem que aparentava ter entre 30 a 40 anos, cabelos negros e uma face ranzinza, usando uma vestimenta de faxineiro, com luvas de plástico, contendo um balde com água em sua mão direita e uma vassoura na esquerda.

— Senhor Dylan!.—Kaerin solta a camisa de jonny, logo em seguida ajeitando seu suéter.

—É o seguinte quem começou foi essa mulher! ela ta se achando de mais!—Jonny fala apontando para Kaerin.

—Mas que merda, eu tava no meu canto, você chegou todo estúpido pra cima de mim—

—Será que eu vou ter que arrebentar a cara de vocês?!! ja não acham que estão bem grandinhos pra ficarem brigando?!.—Aumenta a voz,

—Perdão senhor.—Os dois se curvam e se sentam no balcão novamente.

—Por deus, como eles conseguem ter tanta energia pra discutir desse jeito?.—Dylan se senta em um assento distante dos demais, acomodando o balde de água no chão junto a vassoura.

—Eles são novinhos, tem muita vida pela frente.—Responde um homem alto, robusto, com cabelo louro mais puxado para o branco, vestia se terno e gravata borboleta, o que se dar a entender que era um homem feito.

—Você está insinuando que eu sou velho senhor Elias?.—Questiona Dylan tomando uma garrafa em sua mão e servindo ao outro.

—Você é vivido, na idade deles é normal que brigas aconteçam.—Bebe a taça e a coloca à mesa.

—Na minha época eu não brigava, eu apenas arrebentava eles, brigar sem sair no soco não resolve em nada.

Elias apenas sorri, ele o admirava, por mais que Lyan seja ríspido e frio, tem um bom coração e é bem forte, o contrário de Elias, sempre agir calmamente e se manter inabalável é alguns pontos fortes dele.

Nesse meio tempo, Kaerin se encontrava novamente cabisbaixa, apoiada sobre a mesa.

—Não vai adiantar nada você ficar assim.

Kaerin permanecia com a cabeça baixa.

Suspira—Erin.

—Ja sei!!—Se levanta rapidamente acomodando suas mãos na cintura —Eu vou tentar ficar com alguma pessoa hoje!, assim vou me sentir melhor!.

—Péssima escolha!!.—Caín atira o guardanapo sobre o balcão.

—E por que?!.

—Você ta mal por causa de uma pessoa e ja vai se boiolar com outra?! cria vergonha na cara!!.

—Por isso mesmo! se eu ficar com outra, vou esquecer ela!! e vai ser só uma noite cara!—Observa ao redor agitada e se depara com uma mulher mais alta, cabelo negro bem curto escorrido, olhos escuros, se vestia com uma camisa casual branca e uma calça justa parda, sentada ao lado de fora do estabelecimento.—Estou indo, me deseje sorte!.—Acena e se dirige ao lugar localizado.

—Boa sorte!!.

—Ela vai realmente fazer isso?—Jonny se aproxima com um copo na mão e o bebendo.

—Sim, ela vai.

—Depois eu sou cruel por falar que ela é corna.

—Por que eu ainda falo com você?.—Se vira indo em direção a mesa ao lado.

Kaerin se aproxima da entrada mas permanecendo longe da visão da moça, olha ao redor, completamente vazio, conseguindo ouvir apenas as vozes no interior do bar. Suspirou e se aproximou devagar com os braços cruzados.

—Com licença!—Se sentou no degrau da escada ao lado da moça.—Eu vi você saindo do bar, não está se sentindo bem?.

Ela olha para o lado e volta seu olhar a Kaerin.—Não, é que meu irmão me fez vir, mas como não conheço ninguém, resolvi ficar aqui fora mesmo.

—Seu irmão? como ele se chama?.

—Kenny, Kennedy Jackman.

—O Kenny?!Eu nem sabia que ele tinha irmã! sabe, se você for esperar até que ele vá embora, vai acabar dormindo aqui! ele é ainda mais cachaceiro que eu!!.

Ela exibi um sorriso meigo—Você ta bêbada né?.

—Talvez—Se deita no chão, esticando seus braços.—Você não é daqui, o Kenny não fala muito de você, então devem ser distantes.

—Eu sou de Kanto no Japão, cheguei ontem de viajem.

—Japonesa? eu sempre quis ir pro Japão sabia?—Se senta novamente, cruzando as pernas.

—É muito bonito mesmo.—Cruza seus braços e os aperta.

—Ta frio aqui né, sabe, a minha casa é aqui perto, se você quiser pode dormir la hoje, o que me diz?.

—eu vim com meu irmão então preciso avisa lo primeiro.

—Eu posso perguntar!—Levanta se, limpando sua roupa.—Kennyyyy!!!.

Um homem moreno alto, cabelos escuros um pouco grande mas não maior que o ombro, com cavanhaque, e continha um cigarro em sua boca, com roupas desgastas e um chapéu de couro.—O que você quer criança?!—Gritou rouco, quase caindo para trás de bêbado.

—Sua irmã vai dormir la em casa!!.

—Que seja!! só não faz merda com ela, eu sei que você tem um fogo no rabo do caralho!!.—Disse levantando a garrafa que continha em sua mão direita.

—Que isso, pode deixar!!—Desceu pulando as escadas voltando para o degrau que antes sentava.—Viu, ele deixou!.

—Você ta bem feliz não é?.—Se levanta e vai ao lado de Kaerin.

—É talvez, venha é por aqui.—Segura sua mão, a puxando ao local desejado.

Durante o percurso, falavam sobre as coisas que tinham em comum, se conhecendo um pouco mais.

—Ah!—Caminha e para em frente a ela—Eu não perguntei seu nome!.

Sorri—Eu me chamo Miyako.

—Mako então!, eu me chamo Kaerin!, muito prazer.—Estende sua mão à ela.

—Muito prazer Erin.—Retribui o aperto.

—Aqui!—Corre em frente à uma casa na esquina.—Eu moro aqui!!, pode entrar!—Fala abrindo a porta, se curvando para a outra.

Era visível que Kaerin bebeu de mais, pois falava coisas ao pé da letra e estava exageradamente eletrica.

—Obrigada, com licença.—Caminha adentrando a casa e tirando os sapatos.

Fecha a porta—Ah!! ta quentinho aqui dentro!!—Diz Kaerin tirando o casaco.

Miyako retira o casaco e o pendura no cabideiro ao lado da porta, logo em seguida abraçando Kaerin por trás, em que a mesma se assusta com tal ato.—Você não tava planejando só me deixar dormir aqui não é?—Aproximando cada vez mais seus corpos, levando seus lábios próximos de seus ouvidos e sussurrando.—Você quer algo a mais não?, tipo uma noite comigo?.

O contato fez Kaerin estremecer, era possível que Miyako soubesse disso desde que eles começaram a se falar, pois estava bêbada e dava muitos sinais, mas o que não esperava era que tomaria a iniciativa para tal.

—Espera aí, não estava nos meus planos isso, eu queria tomar a iniciativa!.—Tenta se soltar mas seu próprio corpo não queria sair desses toques.

—Você demorou demais, se queria tanto, devia ter me pegado la mesmo.

Miyako a vira de frente para si e ataca seus lábios com todo desejo que guardava, o que resultou em um beijo demorado mas quente e viciante.

—Eu não esperava que você quisesse mais do que eu, achei que você fosse a santa entre nós.—Kaerin fala com um sorriso malicioso.

—Eu tava te observando antes mesmo de você me notar, esperando pra te pegar primeiro.—Miyako segura Kaerin e a arremessa na cama, retirando sua camisa.—Vamos para o que ralmente importa.

—Então quer dizer que você vai ter a pegada aqui?.—Diz se deitando melhor na cama.

—Nunca foi a passiva?.—atira as roupas ao lado da cama se aproximando.

—Sim, é minha primeira vez desse jeito.

—Então vou fazer ser a melhor.


10:00 am


Uma noite agitada, um tanto inesperada, os raios de sol adentravam as frestas da janela e a acordava aos poucos, junto à canção dos pássaros a cima do telhado, ao mesmo tempo que abria os olhos, lembrava de como foi a noite, dos olhos negros da morena fixados aos seus, dos corpos mantendo contato enquanto suas vozes entravam em sintonia. E ao acordar totalmente, perceber que a mesma não se encontrava ao seu lado.

—Mas que merda!.—Levanta rápido.—Ela ja foi embora? nem tive tempo de raciocinar direito.—Se ajeita melhor na cama.—Mas o que foi aquilo em? ela parecia tão santa e toma a iniciativa desse jeito, mas a gente só ficou uma vez, até entendo ela ter ido embora.

A porta do quarto abre, chamando a atenção de Kaerin—Que bom, você acordou agitada não?—Miyako adentra o quarto segurando uma bandeja contendo o café que ela preparará, entregando a à Kaerin.

—Cara, tô me sentindo uma princesinha.—Recebe a bandeja e bebe um pouco do café.

—Kaerin, eu te amo.

Sobressalta, fazendo com que um pouco do café derramasse e deixasse uma pequena mancha em sua coberta.—É sério?!.

—Sim é sério, eu te amo muito, eu descobri isso quando fiquei com você.—Apoia a mão sobre a de Kaerin que a tira em seguida.

—Mas a gente só ficou uma vez, você ja deve ter ficado com muitas pessoas não?.—Desloca a bandeja para o lado da cama.

—Kaerin, sim eu fiquei com muitas, mas você foi a única por quem eu me apaixonei de verdade!.

—Você diz isso pra todas não? Qual seria o motivo? Por que dormimos juntas?! você quer prazer?!.

—Por que você não acredita em mim?!!.

—Por que eu acabei de sair de um relacionamento em que eu me iludi muito, e eu ainda não superei!!.

—É por isso que você tava mal no bar?.—Questionou com a cabeça baixa.

—Sim.

—Então é por isso que ficou comigo?, para esquecer ela?.

—Não!, ta bom, sim, foi por isso mesmo, eu não achei que você fosse continuar com isso.

Se senta ao lado de Kaerin e segura sua mão.—Então podemos continuar com isso, eu te prometo, nunca te iludir e te amar pra sempre, que tal?.—Disse exibindo um sorriso doçê e acolhedor.

Kaerin estava pasma, como ela pode ser tão inocente e perfeita?.

—Esta bem, vamos tentar então —Aperta sua mão com a dela.





se houver uma esperança eu vou agarra la.

Talvez Fosse Você;

A pessoa que me ajude a suportar este fardo que carrego

21 февраля 2022 г. 1:24 0 Отчет Добавить Подписаться
2
Прочтите следующую главу Trabalho

Прокомментируйте

Отправить!
Нет комментариев. Будьте первым!
~

Вы наслаждаетесь чтением?

У вас все ещё остались 2 главы в этой истории.
Чтобы продолжить, пожалуйста, зарегистрируйтесь или войдите. Бесплатно!

Войти через Facebook Войти через Twitter

или используйте обычную регистрационную форму