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Em um reino repleto de sombras, onde qualquer espécie existente é obrigada por natureza a lutar pela própria sobrevivência e segurança, Min Yoongi, um caçador de recompensas que busca incessantemente pela irmã mais nova, acaba se perdendo em uma floresta mágica, desviando-se completamente de seu caminho. Ao precisar se adaptar ao lugar em que estava para que pudesse estudá-lo e conseguir encontrar a saída, ele faz da sombra de uma enorme árvore sua morada e espanta-se ao descobrir em poucos dias que os espinhos de uma roseira morta (localizada ao lado da árvore) era, na verdade, um ser humano preso em uma maldição de amor, onde fora colocado naquela situação por uma bruxa, pelo simples fato de que não conseguia retribuir a paixão que ela nutria por ele. Com a promessa de que seria levado para fora daquele lugar caso conseguisse livrá-lo das garras da maldição, Min Yoongi começa a buscar soluções para os problemas dele e do enfeitiçado conhecido como Park Jimin. No entanto, sem que percebessem, ambos acabam se apaixonando e tendo dificuldades para seguir em frente: quando saíssem da floresta, ambos esqueceriam um do outro.


Фанфикшн Группы / Singers 13+.

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Delírio adornado por rosas e espinhos

Escrito por: @jinjjupiter


Notas iniciais: agradecimentos especiais (se possível cheinhos de balões cor de rosa que estouram e espalham glitter e mto mto amor) à @joohluv, criadore desse plot divino que, no momento que botei meus olhos, me tremi toda pra escrever e dar vivacidade aos personagens; ao @honeyboy__ pela betagem maravilhosa e pelo elogio super carinhoso (que fiquei boiolandoooo por uns quinze minutos inteirinho, sério) ao @peartae pela capa magníficaaaaaa, e a @YinLua , por sempre ter paciência cmg e responder minhas dúvidas


obrigada mesmo pelo apoio, pessoal!! 💕🍧🌸

~~


Miríade de galhos que pensava só poder existir em seus piores e derradeiros pesadelos; abaixo da sola dos pés, as folhas belas da primavera se deleitavam no vento. Yoongi caminhava com a ausência latente de uma bússola de ouro, no leste, nasciam os seis sóis e, naquele instante, não havia deus nenhum para o qual pudesse rezar. Perguntava se lembraria sequer dos primeiros mandamentos, das rezas e de como sussurrar as palavras que simbolizariam uma adoração ao onírico que, quem sabe, poderia salvar-lhe, como nos contos de fadas que uma vez ouvira quando criança, pequeno demais para desconfiar do místico espreitando porta afora. Às vezes o vento zunia e as folhas de tonalidades diferentes pareciam se repetir infinitamente sob seus olhos, como numa caminhada inacessível ao centro de um labirinto, a tal porta que abriria e, enfim, ali o levaria a uma saída.

Não, não. A verdade é que Yoongi parara de nutrir esperanças em locais repentinos e ocultos há muito, muitos anos que talvez nem saberia contar nos dedos, e talvez nem quisesse. Perder tempo com o passado angustiava-lhe, principalmente quando ele estava a cada canto a qual pudesse botar suas íris. Cada passada significava uma memória, e nem dois dias haviam se passado, Yoongi já desejava tampar os olhos e, se pudesse, a mente, apenas para afastar lembranças e déjà-vus repentinos, o coração acelerado em prontidão ao ínfimo pensamento de que talvez nunca mais fosse ver Kyoto; e suas mãos pálidas, os mesmos olhos negrumes e brilhantinos da mãe.

Andou e andou, as árvores passando a se tornar apenas uma penumbra às suas costas ou ao lado, as folhas parecendo cada vez mais semelhantes umas com as outras, os galhos de árvores que sequer estralavam sob sua bota; e a boca, seca quando olhava para cima e via apenas o azulado onipotente e divino, longe demais para ouvirem preces as quais sequer saberia recitar. Mas se lembrava levemente, como num bater de asas de um pássaro sob a manhã, das poucas frases ditas em sussurros, perdidas no vento.

E, certa vez, numa tarde esmaecida, jurara ouvir uma voz fina e dócil, perdendo-se no meio por entre as árvores e folhas, chegando até ele e recitando uma pequena melodia do sul. Jurara se tratar de um devaneio, delírio repentino pelo desespero que calava a cada vez que o sol nascia e ele ainda se via preso ali, numa caminhada infinita que poderia não haver volta.

Sem ter um local apropriado para se acostar, Yoongi deitava-se no caule magistral de árvores ancestrais, descansando-se, por vezes em suas sombras, observando em volta o verde inacessível em origem à sua frente; as súbitas, perenes e marcantes pétalas esmaecidas de troncos amortecidos, beijados pela morte em prontidão sinuosa. E então; percebera e confirmara se tratar de um labirinto quando as mesmas marcas que fizera no caule da noite anterior — a qual se acostara em sua sombra, dedicado a estudos no local — apareceram na madrugada seguinte, numa árvore que jurara ser diferente da anterior. E ele tropeçou, a mão sendo instantaneamente levada ao bolso para retirar um espelho e o reflexo se mostrara rosado, as claras evidências de magia e feitiçaria de ilusões no local.

E foi neste lirioso instante que Park Jimin apareceu, fazendo ressoar uma leve risada travessa na escuridão da floresta; os fios rosados misturados ao castanho claro sendo atentados pelo vento enquanto Yoongi o observava com um cenho franzido, as mãos na adaga presa à cintura enquanto se perguntava como e em qual momento aquele ser aparecera rendado nos galhos de uma roseira morta, a qual dormira ao lado por quase cinco luas completas.

A seus pés, fazia-se uma trilha de galhos com odor penitente e tênue de jardins selvagens até a roseira e o delírio; e o alumbramento inexistente de floreios, eflúvios destes e o fel num colapso paradoxal com o terno, tudo em instantes piscados em deslumbrar e se perder.

Devaneio.

—Percebeu apenas agora que a floresta está enfeitiçada? —aquele ser indagou, olhando com esmo para suas próprias mãos incrustada por tiras de galhos pequenos que se compunham por espinhos amarronzados, trilhas por quase todo o seu corpo que o colava no tronco da planta antiga. Às vezes, quando ele piscava, suas íris se tornavam rosa celeste.

—Desde quando você está aí?

—Posso afirmar que desde muito antes de ti. —E voltou-se para repousar a cabeça no tronco, os olhos percorrendo o Min com um leve tom de interesse leviano, enquanto o caçador de recompensas simplesmente se perdia nas demarcações que o prendiam a roseira amortecida, nos fios levemente rosados que se banhavam com o vento; a pérola rosa no mais alto canto do tronco do rosal representando uma alma. E ele não sabia se pertencia ao jovem, ou ao próprio elemento natural.

Todos os artifícios compunham um sonho do qual queria acordar ou ter debaixo da língua para toda uma eternidade aterradora e marcada a ferro; visões belas bailavam em íris, apenas em devaneios, mas a magia celestial e rosada fazia todo ar a sua volta parecer deslumbrante. Yoongi queria muito, queria todas as coisas em instantes adversos e em situações imagináveis em segundos-instantes aos quais acordaria num impasse. Então o ar vinha e parecia-lhe roubar toda a sua compostura e força restante que o fazia permanecer em pé e são; ficaria ali por toda uma eternidade se pudesse, tendo como paisagem para sua decomposição o encantamento presente a frente; tácito ao ponto de talvez apenas ter a certeza de se tratar de algo real quando tiver sentido no toque de seus dedos, preenchendo atrevidamente a palma da mão que se repeliria pela audácia.

Nunca pensou que delírios adornados por rosas e espinhos pudessem ser tão belos; mas Park Jimin era.

Inteiramente.

Então, as mãos numa postura antes defensiva se fizeram rendidas ao lado do corpo, porque de súbito sentira que aquele ser — aquele ser saído de contos de fadas magistrais e encantados por maldições de cor púrpura — tinha algo a contar, falar ou expelir. E Yoongi esperaria.

— De onde vens? —O Park ergueu a sobrancelha, a cabeça pendendo para o lado e fazendo alguns raios dourados do solar rescenderem em seu cabelo, e Yoongi observou tudo ainda mais encantado.

—Das aldeias do norte, à procura de alguém —hesitou por um instante, dando um passo para trás antes de corresponder a solicitação na face do outro por detalhes. —Procuro minha irmã perdida.

—Deves saber que quase não há camponeses que se atrevam a entrar na floresta encantada —fez uma pausa, ponderando por um instante enquanto analisava o Min por inteiro.

Yoongi franziu o cenho, dando um passo para trás enquanto erguia mais o queixo; Jimin sorriu.

—Não sou um camponês qualquer. Sou um caçador de recompensas.

— Hm? Imagino que devas ser deveras eficiente e dotado em seu ofício para se arriscar a tanto...

—Eu atravessaria o atlântico por ela —respondeu sem hesitar, minuciosamente atento até onde a conversa ia e por quais caminhos percorria. A mera citação da garotinha que tinha o mesmo sangue que o seu percorrendo as veias fez-lhe um pesar recair em seus ombros; olhou em volta, encontrando as mesmas ramas pelas quais fez caminhadas estreitas; o mesmo caule da árvore na qual dormira por sua sombra dias e dias. Sentiu-se quase impotente naqueles poucos segundos, mas logo piscou e retomou a postura, a chama de esperança ainda acesa por entre gambiarras que era o caminho até seu peito, seu centro e coração.

—Pois bem; quero que me conceda um favor, caçador. Sabes o que esse estigma em minha pele simboliza?

—Falas dos ramos de espinhos?

—Exato. Sabes?

O Min piscou, atentando-se ao enredo na pele do outro, as planícies espinhosas compostas de galhos colados estritamente na derme alheia; um leve odor de rosas sobreposto a um sabor almiscarado no fundo, um plácido fundo de brilhantinos roxos e febris, alucinatórios e sintético. Imperceptível seria, se o caçador não tivesse percorrido os mais ludibriados cantos do leste, onde a feitiçaria povoava o lugar como uma peste inabalável e inacabável.

Park Jimin era um amaldiçoado.

—Magia. Ancestral e vinda de uma progenitora dos Grandes —citou os deuses da mitologia antiga, o sabor há muito esquecido de tal nomeação tomando todo seu paladar naquele instante. Min Yoongi não acreditava em deuses.

—É. Uma... bruxa fez isso comigo. Não ouso dizer seu nome, mas está certo ao dizer que ela supostamente tem o sangue dos Grandes. —Abaixou os olhos por ínfimos instantes, perdendo-se em pensamentos que Yoongi desejou desvendar secretamente. Mas voltou novamente, um bruxesco evidente que escorregava por suas íris enquanto se debruçava no galho e ficava de frente ao Min, e, mesmo a passos e passos de distância, o caçador pôde ver ainda mais fortemente as planícies dos espinhos na pele alheia, o castanho aterrador. —Pois bem, caçador; se me retirar a maldição, prometo-te te levar daqui junto de tua pequena irmã. Kyoto espera-lhe no reflexo de um rio.

E Yoongi acreditou, porque delírios eram dóceis à sua frente, e não tinha nada a perder; não perdido em uma floresta encantada.

Então estendeu a mão, apertando-a na outra e sentindo na pele o contato dos ramos e pequenos espinhos contra sua palma; o sangue rubro e escarlate que dali escorreu; o hálito terno e o vislumbre de um sorriso afetuoso e deverás atrevido.

Uma promessa fora feita.


「໒ 」


E cada vez que o observava era como se saísse e entrasse num sonho, a boca seca e os batimentos de seu órgão vital num rompante pela promessa feita, a mão ainda pendente no ar e aquele sabor sonhador rosáceo a cada vez que se batiam os olhos; o imaginário a sua frente, perecível e penitente por conta própria.

Era mistério, e as íris brilhantinas desafiavam-lhe a indagar.

—Qual... o seu nome? —perguntou cambaleante, prestes a se iniciar no prelúdio de algo grandioso, na beira-mar do epitáfio efêmero de um outro alguém. E não sabia por que, mas seu almejar badalava em apenas sentar-se e ouvir o que ele guardava em seus olhos, os porquês dos espinhos que adornavam seu ser de inteiro.

—Park Jimin —ele respondeu, as costas agora relaxadas de em encontro com a espinheira, o prenúncio de uma espera vagarosa.

—O meu é Min Yoongi. —E suspirou, tentando desvencilhar-se dos pensamentos e da sua prematura e inábil vontade de apenas se sentar e aspirar mais daquele eflúvio. E não sabia de nada, se sentia perdido, saído de um sonho, delírio ou algo assim que simplesmente o deixava com íris pedintes de frente a tudo o que era o "agora". Desconhecia o porquê de ele saber o nome de sua irmã perdida; o porquê de todos os vértices daquele local serem-lhe tão nostálgicos, o porquê de sentir no arrepio do braço uma espécime do terno que sentia sem mais nem menos; e da dor presente e cada espinho incrustado na derme alheia, das íris dilapidadas do misterioso que pediam por algo que ele possuía.

Então apenas deu um passo para trás novamente, olhando em volta e tentando ao máximo ver o local sem todo o alucinatório presente, a garganta quase se fechando sem novamente saber o motivo quando pediu para o Park contar-lhe dele e de seu ser, do porquê de viver preso a uma roseira morta e ter as mãos atadas a uma maldição.

E aquela voz dócil, ressoando na floresta enquanto o proprietário desta se perdia em memórias, um "era uma vez" que acabara sendo como pareciam todas as vivências do reino desde que a última estrela apagou-se no céu; e não houve sequer uma voz que ousara cantar desde então.

— Se te dissesse que o que me prende aqui é o amor; o amor feio, ruminador e afogueado pelo Ego, acreditarias, caçador?


「໒ 」


Park Jimin sempre, sempre fora de viver afogueado pelas paixões.

Não as de faces humanas ou lábios de perjuros; mas as do efêmero, da musa artística que bailava com o vento e mandava-lhe melodias no anoitecer em meio a passadas numa estrada estrangeira em busca de uma cidade desconhecida e um sabor de casa deixado há muito para trás; das vértices, dos poemas com um sabor de amorosidade sequer trocadas; na primeira canção do bar, no primeiro beijo dado com uma estranha camponesa de olhos de rubi; a juventude ardente a cada respirar, a cada confissão amadora de suas sentimentalidades à lua; a paixão pela vida, pelo sentir queimando na pele que nunca o deixou se mostrar de alma nua a ninguém; porque Park Jimin reconhecia o sinuoso do selvagem apunhalador, que daquelas terras só sobrara isso e apenas isso; desconfiança latente em meio a uma sede inabalável pelo sobreviver.

Só não achara que, um dia, se tornaria aquele a qual apunhalaria outro alguém.

E então veio Morgana.

Morgana e seus longos cabelos negros como uma miríade de penas de corvos, olhos azuis de diamantes no rútilo do invernal, mar gelado e lânguido que só se perdurava na longidão e imensidão do leste plácido. No estreito das veias de seu pulso, ela tinha eflúvio de hortelã chinesa, e numa noite do solstício de inverno sussurrara seu verdadeiro nome para Jimin: Wheein.

Viera vagarosa por sob uma noite solitária, entrando na taberna antiga e roubando todos os olhares a sua volta, o colar ancestral no pescoço claro chamando irremediavelmente a atenção de Jimin, que sequer percebera como de súbito fora parar ao lado dela, absorvido nos cristalinos sondantes por sua aura; faiscavam, hipnotizavam. E de repente estava contando suas escassas memórias de infância, sobre um veraneio passado cheio de omissões.

E sempre que pensava naquelas noites, só lhe vinha aquele aroma de alumbramento numa lua cheia, aqueles olhos tênues em seu velejar alucinatório. Ainda se lembrava exatamente do gosto dos lábios dela que, de súbito, se encontraram tão repentinamente nos seus, os dedos prendendo em seu braço num janeiro latejante em seu invernal.

"Você deveria ser meu para todo o sempre."

Uma risada. Tinha tentado se afastar bruscamente, os lábios queimando pela força exercida enquanto pensava num mundo a ruir lá fora, combustão de sentimentalidades a ponto do tato ser encoberto pelo pavor, o temor de decair-se sob um precipício que jurara ser inexistente. Paixões, paixões. Não achara que se findariam assim, capturado por teias e os encantamentos que tinham ao se terem com ínfimas gotas de água ao luar; e o beijo tácito e sem gosto, solitário.

Não a amava.

Dezessete luas ao seu lado, piruetas com rodopios de saias negrumes e aquele rastejar e sonoridade que entornava o chão, sussurrava nos galhos por sob a floresta; e por vezes, jurara poder ouvi-los novamente, preso a uma maldição com o eterno aroma de rosáceas mortas; os batimentos por vezes se tornavam erráticos e as memórias reluziam como relâmpagos na noite.

Ao se voltar do susto, os dedos acima da área corpórea invadida pelo mar revolto que era aquele par de íris azuladas; a recusa perante a confissão amorosa perdurou a sair em frente a roseira mais bela da floresta, e os lábios imortais de Morgana se espremeram um no outro antes que ela, por fim, recitasse a maldição. O vento rugiu, e uma pétala rubra decaíra e murchara a seus pés, enquanto o primeiro ramo dos espinhos apertava-lhe o pescoço, surrupiando o oxigênio em instantes e o prendendo ao tronco já morno pela decomposição fugaz da roseira.

"Ao quinquagésimo luar minguante, se não encontrares alguém a quem poderá repartir seu amor impossível em meio a floresta encantada, estarás condenado a viver entrelaçado por espinhos nesta roseira adormecida e amaldiçoada por toda a eternidade de sua escassa vida mortal, Park. E, ouça bem: com as gotas breves de um amor impossível, a caso saíres deste labirinto, estarás fadado ao esquecimento eterno de teu amor. Condeno-te à espinheira, que antes brochavam rosas em nome de meu idílico apunhalado."

A fúria tomava-lhe as cintilâncias a cada passo, e o encantamento cristalino tornara-se de súbito plácido; naquele dia, Jimin pôde ver cada rútilo maligno daquela aura.


「໒ 」


— E então?

— E então que estou aqui desde aquele dia, preso para toda a eternidade da minha escassa vida mortal nessa espinheira — recitou parte da profecia, os olhos ainda submersos em lembranças. — Preciso que quebre a maldição, caçador. Só assim poderia levar-lhe daqui, encontrando o caminho desse labirinto infernal.

Yoongi franziu o cenho, encostando-se na copa da árvore para pensar, toda a vivência de um outro alguém passando fugaz por sua memória, as tentativas de absorver ao máximo os pequenos detalhes perdidos e velejantes.

— Espere... Tu sabes o que Morgana quis dizer com "amor impossível"?Parece-me um termo tão estranho, como uma espécie de charada.

Jimin acenou com a cabeça, o pé pendente no ar se balançando lentamente enquanto dava a resposta:

— Penso que o impossível a qual ela se referia era o fato de eu me recusar a me apaixonar por quem quer que seja e, dito isso a ela após uma confissão, a enfureci.

Yoongi franziu o cenho, os pensamentos claramente fazendo rodopios e mantendo um esforço para manterem-se guardados.

— Espere, espere. Como assim se recusas a se apaixonar? Todos deveriam ter a experiência do amor — deixou escapar, numa mistura peculiar de não saber exatamente o que dizer como resposta e incluindo, ainda, uma leve perdição em constatações passadas com base em sua própria verdade.

— Desde que os grandes desapareceram não há ninguém confiável em nenhuma das terras que sobraram. Morgana é a prova viva. Não há ninguém a quem se possa confiar; é o mesmo que fazer um pacto de alma e, no final, ter apenas uma ilusão de recompensa no final.

— Porém... e os sentimentos? A dádiva de tê-los e o sofrimento por mantê-los não deveriam jamais ser esquecidos. E mesmo que assim fosse... como poderias recusar uma sentimentalidade como o amor por conta de desconfiança? Sequer consigo pensar nisso como uma possibilidade.

Jimin suspirou, as mãos passando levemente nos fios de cabelo enquanto só conseguia sentir um pesar nostálgico pela conversa que sequer cabia em sua realidade, naquele instante, cercado e algemado por espinhos. Apenas um “amor impossível” lhe tiraria dali.

Sentia que não lhe cabia esperanças, apenas um leve soar de desespero esmaecido como nos primeiros dias, como no começo.

— Pois veja, Yoongi, eu sequer confiei e, ainda assim, estou aqui cercado de espinhos, conversando contigo. E sabe, a própria maldição revela que quebrá-la é impossível. — A última palavra saiu como um sussurro, levada pelo vento e tomando um local no seio de Yoongi que, como em todos os segundos em que avistava aquele par de íris, se compadecia. De uma maneira peculiar e desconhecida.

Então o Min parou por um momento, os lábios espremidos enquanto pensava em como dizer que haveria, haveria de ter algo para os restantes daquele mundo; haveria de ter algo para eles.

— Mas... tu não podes desistir assim tão rápido. Ainda há caminhos a percorrer, ainda há canções numa taberna as quais tu deves cantar. Ainda há, porque tu vives e respiras —tentou, encontrando apenas o flamejar dolente e resistente nas íris alheias, um balançar de cabeça tão resoluto que lhe doera.

— Estou amaldiçoado e preso aqui. Isso já é o suficiente.

Ambos se encararam, e Yoongi olhou para o céu, perdendo-se em ínfimos instantes na imensidão azulada antes de dizer;

— Tem que haver uma saída.

E haveria.


「໒ 」


— E tu, não há pecados, injúrias ou temores a quais carregas? Ou és, de praxe, algum aspirante a padre que apenas expele conselhos? —O Park sorriu, enquanto se recostava no roseiral e esperava uma resposta.

— Ah, a dor de ser. —Yoongi também sorriu envergonhado e olhou para os cascalhos perdidos no chão, podendo sentir e ouvir de canto a risada sonora e bela de Jimin ecoando pelas copas vazias; o único som daquele palácio feito por caules. —Tenho, como suponho que todos os seres viventes que respiram e vivem nessas terras devam ter.

— Conte-me, conte-me; tenho o tempo todo do mundo, como tu sabes. —Sorriu genuíno, a face animada por historietas novas, memórias da vida de algum outro alguém, e o leve raspar de encontro à intimidade de um ser.

Yoongi, então, sentou-se na grama e espreguiçou-se antes de acenar com a cabeça e dizer, uma sobrancelha erguida de quem tinha muito a contar.

E de fato o tinha.

— Por onde começar?


「໒ 」


Yoongi vivia de amores eternos em cintilâncias, por vezes somente em memórias ou aspirações.

Não se lembrava exatamente em qual momento teve o pensamento de que o mundo era imenso em demasia e que deveria acompanhar o mais fugaz possível aquelas passadas inatingíveis da terra, que, nos arredores, todos perpetuavam que eram o caminho certo.

Estrada do paraíso.

Talvez seja por isso que Yoongi passara a não acreditar em divindades.

Memórias sempre lhe pareciam difusas, mas guardava com esmero a lembrança de seu primeiro dente que caíra quando criança, e do olhar amoroso dos pais; de quando a irmã dera os primeiros passos bem em direção a uma alface na terra, apenas porque adorava o vegetal; a primeira caça que realizara sem ninguém ao redor, e o sentimento de liberdade ao correr com a ventania libertina abençoando sua face e sussurrando-lhe lembranças de prontidão inimagináveis em camas quase sem nenhum calor.

Da morte dos pais, das preces nunca decoradas e das frestas com sabor de casa do pequeno vilarejo em que vivia; de quando caçara seu primeiro bandido em uma oportunidade súbita e chegara em casa com a recompensa preenchendo seu bolso e as esperanças esmaecidas que se iam junto com a fumaça negrume das matas queimadas. A adrenalina da caça nunca deixara de percorrer suas veias desde então.

E os anos voavam junto do vento, e por mais que Yoongi tentasse acompanhar todos os calendários e solstícios do ano, sempre acabava se perdendo em um elemento ou outro, uma sentimentalidade efêmera que latejava na ponta da língua, e então os dias, meses e, por vezes, alguns anos escapavam por suas mãos.

A cada ano vislumbrava repentinamente o crescimento e a juventude prematura de Kyoto demarcar-se na madeira da porta, o término de um ser dócil e frágil para renascer em um valente em frente às adversidades, que por vezes saía porta afora se recusando a ouvir seus conselhos. Kyoto chamava-lhe de ancião ansioso, e talvez até pudesse ser, desde que a mantivesse segura e a salvo — como um pequenino pássaro debaixo de suas asas longilíneas, cercadas por cicatrizes que exaltavam a experiência da dor de um mundo selvagem. E abrir mão de tal zelo poderia lhe custar demasiado.

Então, os dezesseis anos da mais nova da família Min logo chegara, e apenas —apenas —uma saída sem supervisão a um vilarejo próximo por insistência, e Kyoto nunca mais voltara para casa; a noite daquele dia sendo uma das mais aterradoras para Yoongi, que a esperara até altas horas do anoitecer antes de partir porta afora em meio a neve, o ínfimo uivo do vento fazendo com que o pavor dentro de si aumentasse a cada passo.

E deste então Yoongi a procurava, renunciando seu cargo e abandonando a casa em que viviam para desbravar as terras desconhecidas que o esperava, ainda resguardando resiliência e a força dos quereres; e sabia, num canto muito a fundo de si, que a encontraria algum dia.

Mantinha esperanças, adrenalina exaltando-se nas veias e flamejos de fogueiras à noite como memórias para efetuar a trajetória certa em meio à madrugada.

Ainda mantinha esperanças, flamejos e aquele esperar longilíneo em meio à escuridão.


「໒ 」


— Eu apenas... não deveria ter deixado ela ir —sussurrou, as íris se perdendo entre as folhas verdes em uma falha tentativa de não deixar as sentimentalidades tomá-lo.

— E o que achas que teria acontecido se de fato tivesse feito isso?

Yoongi deu de ombros, um cansaço nunca antes aparente agora permeando toda sua feição.

— Pássaros no ninho não caem se não tentarem voar.

—É. Eles morrem de fome, Yoongi. Sequer teriam forças para tentar voar após um longo tempo, e os pais não permanecem vivos para todo o sempre. A busca pela comida a seus filhotes é uma das fases mais perigosas e mais frágeis para eles. Há outras aves por perto, falcões que, em alguns instantes de ausência, podem muito bem planar voo e capturar os filhotes. — Jimin olhou para o fundo de seus olhos, o abismo de ambos se colidindo numa junção estelar e as palavras sendo apenas o dar de mãos peculiar, que ambos tinham certo receio de estender um ao outro.

— E eu sei, porém é muito mais fácil pensar que eu poderia ter o controle de tudo. Com cada passo dado milimetricamente contado com destino planejado. Apenas perfeito, certo.

E o ínfimo pensamento vislumbrou-se com dolência: "Uma ilusão".

Jimin acenou, os olhos se fechando enquanto acenava com a cabeça e dizia a verdade, crucial e cruel:

—Mas não temos, nunca temos.


「໒ 」


O céu escureceu.

Numa penumbra, fazendo com que não restasse sequer uma luminescência com a qual pudessem se guiar, um altíssimo no qual as orbes se punham e avistassem sequer uma estrela estelar. De uma forma que desconhecia completa e genuinamente, Yoongi sabia que elas — as estrelas — resplandeceriam nas íris de Park Jimin. E desejou, sem sequer saber o porquê, que algum dia elas retornassem, e que pudesse ter a dádiva daquela visão que o atormentaria — para toda uma eternidade.

Então juntou rastros de troncos caídos e galhos, formando, então, uma fogueira abrasante, pungente em seu calor, a qual sentou-se em frente, com os olhos ainda no amaldiçoado; o indagou, olhando-o recostado no alto da roseira, as belas íris lânguidas sendo lambidas pelo fulgor da chama; os flamejos dançantes no portal da alma.

— Sabe... Por que depois de todos esses dias comigo do teu lado, tu apenas apareceste esta manhã?

E ambos sorriram fraco sob a luz avermelhada, como se compartilhassem de uma piada com vestígios de segredos; sutil, sussurrado com travessura.

Jimin deu de ombros.

— Queria analisá-lo. Interessava-me seu jeito de quem andava por dias e dias a fio, uma... resistência que nunca antes avistei em ninguém. Ninguém. — Recostou a cabeça no tronco, os fios inclinados e a voz tênue, genuína.

Yoongi acenou com a cabeça, perguntando-se internamente se parecia ser como era. De maneirismos crus, que desconhecia se queria mantê-los ou guardá-los.

Pensou também no que poderia ver nele, em Jimin. Sua casca que transbordava mistério não deixava resquícios, apenas déjà-vus.

Frágil, rosáceo e genuíno; por trás de todas aquelas armaduras e algemas feitas muito antes daqueles espinhos.

E mesmo assim, mesmo assim, sentia que o conhecia, reconhecia, tinha trejeitos esperados guardados adormecidos por debaixo da derme; então sabia, como numa névoa rosácea, o que aquelas íris diziam.

—Também vejo o mesmo em ti, Park.


「໒ 」


A melodia dos grilos banhava o silêncio da noite, e Yoongi, com os olhos perdidos nas chamas, tinha o pressentimento estrangeiro de que todos os elementos mundanos estavam distantes deles dois, como num mundo inteiramente particular e íntimo.

Havia uma premissa no ar.

E, suspirando antes que tivesse o tocar flutuante e inacessível, intocável para uma área perto e longe demais, deixou as palavras escaparem.

— Tu sabes prever nas chamas, Jimin?

E nos lábios restaram confidências.

Jimin franziu o nariz, curiosamente se inclinando para baixo, à espera de ouvir mais, como uma pequenina criança a ouvir certas lendas ancestrais à beira de uma fogueira.

— Não? Nunca tive experiência com magias do leste.

— Dá para realizar desejos com a visualização perante o vermelho. — Deu de ombros, os cílios piscando atentamente. — Quer tentar?

O enfeitiçado arqueou a sobrancelha, Yoongi sorriu.

— Quero.

— Certo. Mantenha os olhos firmes na fogueira, tente imaginar, como numa visão repentina, como seria o futuro, ou como tu iria querer que ele fosse. Esforce-se, se as visões não vierem, tu tentas e tentas novamente, apenas não se estresse. Deixe fluir junto com as crepitações.

Jimin tentou, as íris firmes resplandecendo nas chamas avermelhadas com almejar de alcançar o céu. Após cerca de dez minutos, balançou a cabeça, irresoluto:

— Não previ coisa nenhuma. De onde tu tiraste essa ideia?

— Não importa, realmente. Só continue tentando com fé, e um dia simplesmente acontecerá.

Jimin franziu o cenho, as íris cintilando, curiosas.

— Tu ainda acreditas em deuses?

— Não, Jimin. —E sorriu pequeno antes de também olhar para a fogueira, ambas as íris se batendo em meio a flamejos em segundos, o bastante para que ficasse demarcado na cerne e no ansiar pelo descobrimento do segredo segurado frouxamente na mão.—Apenas tento, de formas variadas, eu tento.


「໒ 」


Após longas conversas sobre o costumeiro, as evidências marcadas em cada fala sobre quem eram e o que desejavam, risos leves e olhares genuínos trocados, a sonoridade das chamas cercou o ambiente por completo antes de, como nas lendas antigas, o deus divino do sono se acostasse em suas pálpebras e quisesse levá-los ao palácio do onírico.

— Tem certeza que não queres ficar perto da fogueira? — Yoongi perguntou após certo tempo, o corpo já estendido no chão enquanto observava o Park distante, e o ruído gélido do vento que o fizera se preocupar com o outro.

Jimin hesitou, os cílios piscando antes de balançar a cabeça.

— Talvez, pode queimar meus espinhos.

Antes de fechar os olhos para cair na silenciosa dormência dos sonos, pôde ver Jimin lentamente tomar o lugar mais baixo da árvore, sentando-se também de frente a si e, como pedido, se banhando no calor das chamas.

Yoongi sorriu, e novamente nem soube o porquê. Ao menos jurava que não.


「໒ 」


Jimin teve tentativas em meio a um céu escuro e obscuro, uma leve sentimentalidade latejando em seu peito enquanto se sentia levemente perdido em meio aquela imensidão do universo, tão extenso e longilíneo.

Assustava-o tanto quanto acordar de um devaneio e ainda ver os rastros de espinhos em sua pele demarcando seu destino; fadado.

Porém, ao olhar para o rosto do caçador que lhe lembrava o calmo do luar visto em seus dias de deslumbre pela vida em um telhado, Jimin estranhamente se acalmou. O ritmo acelerado de seus batimentos tomou-se como suspiros resguardados; e de repente o pavor em seu peito já não mais existia; evaporou-se como o vento enquanto as pálpebras se fechavam, e a última coisa que vira antes de adormecer sendo um ofuscar amarelado, pequenino, porém persistente em seu cintilar.

Sentia-se flutuar.

E, quando acordara, já não estava mais rendado por uma espinheira, e a mão se levou com lentidão ao ar a sua frente, sem qualquer espécie de empecilho em seu braço, extensão ludibriada de seu corpo.

Os dedos dançaram no ar, e, ao avistar todo o local como um todo, faiscaram o restante dos espinhos murchos caídos ao chão, as pétalas se perdendo levemente ao vento enquanto pensava e acreditava que era real; deveria ser.

A face veemente em surpresa de Yoongi preenchou toda a sua visão, uma risada fora-lhe lançada antes do caçador alcançar sua mão pendente e colocá-lo em pé enquanto as árvores lentamente se abriam, dando início a uma passagem, uma trilha para onde supostamente deveria ser o fim.

O fim.

— Então, nós...?

— Se sairmos, nunca mais nos lembraremos um do outro — Jimin sussurrou, apertando de súbito a palma de Yoongi.— É um amor impossível.

Yoongi fechou os olhos, aspirando o ar puro e cintilante da floresta mágica, enfeitiçada. Não haveria memórias nas quais poderia se agarrar, não haveria o vislumbrar impossível de estrelas reminiscentes que lhe levariam até o par de íris de Park Jimin, e o rosa celeste fugaz e passado, presente em joias celestiais de roseiras e feiras artesanais. O amor impossível então se concretizara. Um paradoxo.

— Apenas desejo que sigas em frente, então abro mão de tudo o que houver. Talvez seja realmente sobre ilusões como recompensas, mas... — Levantou mais a cabeça antes de dizer, as palavras flutuando em volta deles como uma certa benção. — Vale a pena, Jimin. Apenas.... haverá um jeito, talvez o destino conspire conosco se apenas acreditarmos. E acredito.

Jimin piscou, os cílios castanhos batendo um no outro enquanto um sorriso genuíno era dado nesse meio tempo; um aperto de mãos evidente em sua força e resiliência.

— Então também acredito.

E os passos foram dados em conjunto, as mãos ainda coladas que insistiam em juntar, colar e reajustar um destino.

Eram fadados.


「໒ 」


Um eflúvio selvagem, doce e rosáceo alastrou todos os sentidos de Min Yoongi ao ter seu primeiro abrir de olhos pela manhã, a boca seca e a mão sendo estendida para alcançar o delírio reminiscente, déjà-vu na ponta da língua que permeou todo seu seio esquerdo; o coração batendo fugaz diante do almejar, prestes a alcançá-lo infinitamente enquanto Yoongi se perdia em ínfimos segundos.

Uma rosa.

Celestial, cintilante de frente ao seu travesseiro, causando-lhe sensações formigantes em pleno a um dia desconhecido, um sabor, um esquecimento repentino sobre ser quem era, e a lembrança vívida de, de súbito, ter mudado. Virado outro alguém mais desejoso naquela manhã, e a vontade infinita de pôr-se em pé e correr a um certo lugar.

A flor, tão bela em sua vivacidade perene e finita, já permeava o centro de seu peito, e o aroma preenchia a boca, nunca esquecido desde então.

O dia passara como um furacão,nunca saindo-lhe aquela sensação de ter de seguir algo, o objeto supremo de seu ansiar; nas certas passadas a uma taberna próxima ao seu poço local, e uma nucacom a premissa de fios castanhos perseguindo suas íris incessantemente, aquele mesmo eflúvio, aroma e sentimentalidade deixando rastros por onde passava; deixando afáveis lembranças.

E quando as íris se encontraram, ainda restara algo para os restantes daquele mundo.

E começava com o sussurro da esperança e dos quereres.


~~


Notas finais: no decorrer ao escrever uma obra sempre penso em uma miríade de coisas pra falar ou expor aos leitores, obviedades, explicações e umas variedade de confissões; e chego até a anotar, mas perco um pouquinho da coragem pq, talvez, ninguém se importe ou apenas n seja necessário jabsbsj

mas, ah, eu escrevi espinheira num momento mto delicado, uma montanha de sentimentos enquanto os personagens gritavam para serem entendidos, expelidos, e eu me perdia inteirinha com os prazos, a procrastinação e o medo sobre várias e várias coisinhas que se estendiam pela minha vida pessoal e, como alguém que escreve procurando uma verdade incrustada em palavras; não foi nada fácil, mas me sentir na pele dos personagens às três, quase quatro da manhã enquanto eu tentava achar, atingir e alcançar a ferida que escorria mel (hellou cazuza) e aquele foguinho gracioso e vivasso de esperança que eu mesma também queria manter no meu peito; valeu a pena. e eu espero de todo meu coração que eu tenha conseguido passar o que eu queria, o que eu entendi dos espinhos de Park Jimin e todo o inabalável de vida que percorria Min Yoongi, e eles dois, aqui. nada, nadinha foi por acaso.

esses personagens não são perfeitos, mas ainda tentam e fraquejam e acima de tudo amam; querem, no fundo, manter o gosto de amor na boca e no coração nem que seja apenas como lembrança. clichês aparte, >sempre< há uma luz tranquilizadora no fim do túnel, nem que a gente mesmo tenha que inventá-la (e tenho de admitir que, ao meu ver, é a melhor maneira)

a obviedade da função e paixão de espinheira fala por si só, por isso acredito que tudo o mais que eu poderia colocar aqui sobre seria apenas desnecessário: meu gatinho curioso é @/camomiIIa (com 2 i maiúsculo no lugar do L) tô smp smp aberta a qualquer coisita q vcs possam querer me falar.

adeus e acima de tudo: life goes on bitchs!!!

4 октября 2021 г. 17:09 0 Отчет Добавить Подписаться
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