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Seria possível um casamento forçado, com um rei e um príncipe, se transformar em paixão? Essa situação só converterá se alguém desse relacionamento forjado tentar construir algo bonito, em cima de feridas deixadas no companheiro. Jimin foi obrigado a aceitar um casamento onde teria que se casar com o rei de Daegu. O famoso rei frio e cortador de cabeças. O medo de dar um passo em falso, dizer algo que irrite, deixará o príncipe Park muito nervoso e tenso… O que poderia acontecer com essa tensão, caso fossem a um festival tradicional? O Festival da Lua Cheia, também conhecido como Full Moon Festival.


Фанфикшн Группы / Singers 13+.

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Olhar apaixonante

Escrito por: @yeonjink | @BTShippStan

Notas Iniciais: Quero agradecer a @jupteryoon que betou minha fic e a @pyeonji que fez essa capa.

Espero que gostem da fic!

meu twitter é: @laura_procificio

deem uma passada lá!


~~~~



Tudo começou quando meu pai dissera que eu teria de mudar para Daegu, pois o meu casamento já estava marcado.

Seria cinco dias após a primeira lua cheia do ano.

Perguntava-me todos os dias de manhã quando eu acordava: “Por que eu tenho que passar por isso?”.

A resposta nunca veio.

Eu me mudei para o reino de Daegu dois dias antes da primeira lua cheia do ano. Pessoas novas, estado novo, cheiro novo, clima novo, tudo era diferente.

Chegando ao castelo, sentia as minhas mãos suando pela ansiedade de conhecer meu futuro marido, que eu esperava do fundo do meu coração, que não fosse alguém velho e arrogante.

Sentia calafrios apenas de imaginar esta cena.

Meu motorista me deixou exatamente na porta do grande castelo. Ouvia os burburinhos dos habitantes daquela cidade chegarem aos meus ouvidos e engoli em seco.

Havia vários boatos sobre o rei de Daegu.

Rumores que diziam que ele era um rei frio e que já cortara várias cabeças apenas para bel-prazer e, também, que ele era um impostor e o verdadeiro herdeiro estava morto.

Eu me sentia à beira de um colapso nervoso. O medo de dar um passo errado e ser punido pelo rei.

Sequei minhas mãos em minha calça branca e bati na porta. Segundos depois, a mesma se abriu e revelou o lugar onde eu moraria pelo resto da minha vida, com alguém desconhecido.

Fui tirado de meus devaneios ao escutar uma saudação.

— Seja bem-vindo, senhor Park Jimin — disse um funcionário do palácio. — Espero que você se sinta à vontade. Irei chamar a majestade. — Eu assenti, então o homem reverenciou e saiu do meu campo de visão.

A construção era escura, possuía vários monumentos coreanos históricos, desenhos nas paredes e, no final, ao centro, havia o assento do rei.

Percebi haver caixas empilhadas e guardas resguardando aquele espaço.

“Nem morto eu chego perto daquilo”, pensei comigo mesmo. Havia um cheiro forte de produto de limpeza naquela área.

— O senhor Min te espera na sala de jantar.

Tomei um susto e me virei para agradecer e avisar que já estava indo. O homem assentiu e retornou para o lugar de onde veio.

Respirei fundo e me direcionei para o lugar citado em passos fraquejantes. Ao entrar cômodo, olhei pelo canto do olho e avistei a silhueta de um homem loiro de cabelos longos, sentado em uma cadeira no final da mesa.

Criei coragem para olhá-lo diretamente e vi que ele vestia uma roupa preta com detalhes em dourado, uma faixa no cabelo e que ele tinha uma cicatriz enorme no olho esquerdo.

Meu ar se fez rarefeito, porque apesar de sua presença ser forte, ele era lindo.

— Bom dia, príncipe Park. — Sua voz rouca fez o coração em meu peito bater de forma errônea.

— Bom dia, majestade Min. — Fiz reverência em noventa graus e, quando o observei novamente, vi que ele estava com um sorriso de canto, o que me fez ficar um pouco confuso com tal expressão, já que diziam que o rei de Daegu era um ser frio.

— Como fora sua viagem? O carro estava confortável?

— Sim, estava muito confortável. — Mesmo que o rei estivesse tentando quebrar o clima ruim, eu ainda estava tenso, com as mãos entrelaçadas em apreensão.

— Mas você não parece muito confortável na minha presença… — O loiro olhou em minha direção, com uma de suas sobrancelhas arqueadas e um sorriso ladino.

— Hm… é que eu não estou acostumado com essas situações…

— Entendo, peço desculpas por sua vida ter ficado desse jeito — o rei pediu, e eu só pude suspirar em desistência.

— Não há nada mais que possa ser feito, já cheguei aqui. — Soltei meus ombros.

Um silêncio se instalou e eu estava começando a ficar desconfortável, quando a mesma pessoa que me atendeu anteriormente apareceu de repente no cômodo e avisou que meu aposento estava pronto.

Fiquei tenso com a fala.

— Por favor, leve o príncipe Park para lá e o deixe acomodado. — A majestade se levantou, se dirigiu para perto de mim e disse: — Não precisa se preocupar, Park, você terá um quarto separado do meu. — Reverenciou e saiu da sala despreocupado.

Soltei o ar que nem notei estar segurando e fechei os olhos.

“Você consegue, Jimin!” A voz do meu melhor amigo, Taehyung, voltou à minha cabeça e eu só conseguia pensar que, talvez, eu nunca mais o visse.

O homem que estava parado na porta da sala notou a minha inquietação e resolveu falar comigo.

— Vamos para seu quarto, príncipe?

Assenti e finalmente abri os olhos.

— Vamos.


[...]


Abri meus olhos e vi já estar de noite.

Levantei-me um pouco tonto, por não ter comido nada durante a viagem longa, nem mesmo quando cheguei.

Olhei ao meu redor e vi minhas malas já vazias e guardadas no canto.

— Pelo menos eu não vou ter que arrumar as malas. — Respirei aliviado.

Andei até a janela e abri as grandes cortinas brancas e pesadas, percebendo haver uma preparação para algum festival. O povo parecia fazer tudo com muita harmonia e felicidade. Sorri ao ver umas crianças brincando com os tambores.

Meu momento foi interrompido ao ouvir uma batida na porta do meu quarto.

— Pode entrar! — anunciei.

Então, apareceu uma mulher que se parecia muito com o rei Min.

— É um prazer conhecê-lo pessoalmente, príncipe Park. — Notei que ela vestia roupas reais e aparentava ter por volta de quarenta anos.

— O prazer é meu, senhora…?

— Oh, sim. Meu nome é YoonJi. — Reverenciamo-nos ao mesmo tempo. — Eu só queria dar uma passada para finalmente vê-lo. — Deu um sorriso meigo que eu reconheci ser o mesmo do rei.

— Muito obrigado. — Sorri de volta.

— O jantar já está sendo servido. — YoonJi sorriu e logo saiu do quarto, fechando a porta.

Eu me olhei no espelho e vi que estava com as roupas da viagem, logo abri meu closet e escolhi uma roupa comum. Desliguei as luzes e desci à sala de jantar.

Havia um total de três pessoas na mesa, o rei Min, Yoonji, e um garoto alto sentado ao lado da majestade.

— Olá. — Eu entrei no cômodo e todos me olharam.

— Sente-se, Park — o Min pediu.

Murmurei em concordância e me sentei ao lado de Yoonji.

Os pratos brancos a minha frente pareciam mais interessantes do que o olhar intenso que eu recebia do rei.

— Então, Jimin — o loiro chamou.

Pulei na cadeira pelo susto e o garoto ao lado do Min deu uma risada baixa.

— Sim? — respondi.

— Você gosta de ensopado?

— Gosto sim! É uma das minhas comidas favoritas. — Dei um sorriso ao lembrar de minha mãe, em uma de poucas vezes que fez um almoço com esse prato, mas logo tirei esse sorriso após recordar da sua distância pelo casamento.

O Min provavelmente viu minha feição se entristecer e pediu para que trouxessem o almoço.

— Eu sou o Hoseok! Prazer, Jimin! — o garoto ao lado do de cabelos claros me saudou alegremente e eu fiquei confuso, porque todos ali são sempre tão formais e calmos.

— Hm, olá, Hoseok! Prazer em te conhecer também. — Vi os funcionários trazendo a comida e preparei o pano em meu colo.

— Você veio de Busan, né?

— Sim, você é parente de alguém daqui? — eu perguntei, pois ele não se parecia em nada com eles dois.

— Eu sou, sim. Mas puxei mais ao meu pai. — Deu risadas e começou a comer.
Iniciei meu almoço também e senti o gosto familiar do ensopado.

— Está gostando da comida, Jimin? — Arregalei os olhos ao escutar o Min dizendo meu nome. — Posso te chamar pelo seu nome ou você não gosta?

— Não, quer dizer, sim! — YoonJi e Hoseok deram uma risada baixa e fiquei com o rosto vermelho.

— Eu estava pensando que talvez você pudesse ir comigo daqui um dia para o festival da lua cheia — o Min disse, com a voz insegura.

— É o festival que eu vi estarem montando, pela janela?

— É sim, sempre tem músicas com marchinhas bem coloridas.

— Achei bem legal, os dois vão também? — perguntei, direcionando-me aos dois restantes na mesa.

— Oh, querido. Nesse dia eu estarei fora a negócios — respondeu a senhora YoonJi.

— E você, Hoseok?

— Eu vo… — Vi Hoseok dar um pulinho e sorrir nervoso antes de responder. — Eu não vou poder também, vou visitar um amigo em outra cidade.

— Ah, sim…

— Iremos só eu e você. Tudo bem por você, Jimin? — o rei perguntou.

— T-tudo sim — gaguejei, pensando em quais formas eu poderia escapar do festival.

— Ótimo, então. Vou pedir para retirarem os pratos sujos da mesa e subir aos meus aposentos novamente. — Nem notei que já havia terminado o meu almoço de tão nervoso que estava.

Assenti para ele e me levantei, despedindo-me do resto das pessoas presentes.

Subi as escadas do grande castelo e acabei me perdendo ao procurar o banheiro.

— Precisa de ajuda, Jimin?

Puta que pariu — sussurrei um palavrão pelo susto. Parece que o povo desse castelo tirou o dia para me assustar.

— O que disse? — o rei Min questionou, confuso.

— Não foi nada, eu só estava à procura do banheiro, quando eu me perdi nos corredores. — Dei um sorrisinho amarelo.

— Eu vou te guiar até lá então. — Assenti, mas então vi que ele tinha uma toalha e um conjunto de roupas em seus braços.

— Pode ir primeiro, se quiser. — Ele me olhou confuso.

— Onde?

— Tomar banho. — Apontei para seu braço e ele riu.

— Eu vou tomar em outro.

— Ah, sim. — Meu rosto estava vermelho. É claro que lá tinha outro banheiro.

— Pronto, aqui está! — Deu um sorriso gengival e eu suspirei. — Qual o problema?

— Ah! Não foi nada. — Parabéns, Jimin. Dá na cara mesmo.

— Aliás, o festival vai começar amanhã à meia-noite e vai durar até o outro dia.

— Tudo bem. — Agradeci por ele ter me guiado e entrei no banheiro.

Agora era hora de jogar as vergonhas e decepções pelo ralo.

Demorei em torno de quinze minutos e saí do banho com minhas roupas vestidas e me direcionei ao meu quarto.

Chegando lá, minha cama já estava arrumada para eu dormir, percebi haver um bilhete junto de uma barra de chocolate.

Peguei o papel e sorri com as coisas escritas nela.

“Espero que você durma bem e que seus sonhos sejam inundados pela felicidade.

PS: O chocolate que está aí foi eu quem fiz.

PS²: Tive ajuda, mas foi com carinho.

Ass: Min Yoongi.”

Dei uma risada e logo depois escutei minha porta batendo.

Esqueci rapidamente e me deitei para comer aquele chocolate que tinha uma cara ótima.

Finalizei o doce em menos de quatro minutos e adormeci rapidamente.

Sonhei com uma pessoa que tinha um sorriso lindo e inesquecível.


Acordei com a luz do Sol passando pela janela e me esquentando.

Olhei no relógio da mesa de cabeceira e vi que já eram quase nove horas da manhã.

Espreguicei-me, fiz minhas higienes e necessidades, coloquei uma vestimenta formal e saí de meu quarto, descendo rapidamente as escadas e indo diretamente à sala do trono, no qual Yoongi jazia sentado ali.

— Bom dia, Jimin. Dormiu bem? — Ele de repente havia ficado inquieto e seu corpo parecia estar endurecido no trono, onde antes ele parecia relaxado.

— Dormi sim, senhor. E Vossa Majestade?

— Igualmente. E, por favor, não me chame de “Vossa Majestade”, isso é constrangedor. — Yoongi riu, tentando quebrar o clima formal e frio.

— Tudo bem, senhor Min. — Ele fez uma cara indignada e falou.

— Nada de tratamento formal, por favor, eu vou ser seu marido daqui a pouco — falou manhoso e eu arregalei os olhos, vendo a diferença de personalidade de ontem pra hoje.

— Ahn, tudo bem, Yoongi.

Yoongi parecia prestes a falar algo, quando outra pessoa o interrompeu.

— Majestade, parece que os decorativos e alimentos do castelo para o festival chegaram.

— Tudo bem, mande eles colocarem todos os decorativos no canto desse salão e os alimentos na cozinha.

O homem assentiu e saiu.

— Melhor você ficar sentado aqui ao meu lado, pois irá encher, principalmente essa região onde você está sentado — Yoongi falou pra mim.

Concordei e, em passos lentos, como se minhas pernas quisessem adiar o máximo possível daquele momento, eu andava até o trono.

Quase no fim de minha caminhada lenta, eu decidi que ficaria somente em pé ao lado dele.

— Eu vou ficar em pé mesmo. — Ele me olhou meio decepcionado, mas assentiu.

As pessoas iam e vinham, cheias de caixas na mão e, a cada hora que passava, elas iam diminuindo até restar somente cinco pessoas paradas em minha frente, esperando mais ordens do rei.

— Três de vocês vão me ajudar com a decoração e duas vão para a cozinha ajudar. — Assentiram, apesar de surpresos com a bondade repentina do rei frio.

— Quer me ajudar, Jimin?

— Eu gostaria.

Então ele sorriu pra mim mais uma vez e aquela sensação voltou.


[...]

Passado um tempo, o palácio já estava todo decorado com as cores primárias e parecia realmente um grande festival.

Finalizando tudo, fui olhar o relógio e vi que já eram quase dez da noite. Não havia nem me arrumado ainda!

Pedi licença ao rei e fui em direção ao meu quarto com os passos apressados, pronto para surtar. Mas vi a presença de duas mulheres olhando meu closet e logo elas me viram, reverenciando-me e voltando aos seus afazeres.

Peguei a toalha que estava em um armário pequeno no canto do quarto e ia me direcionar ao closet para escolher minhas vestimentas, quando as mulheres me entregaram um conjunto de roupas tradicionais e se retiraram rapidamente. Olhei as roupas e dei de ombros, andando diretamente para o banheiro mais próximo.

Entrei no banheiro e abri a torneira para encher a banheira, procurando algo para perfumar a água.

Deixei minhas roupas na mesa que existia ali justamente pra isso e despi-me das vestimentas do meu corpo.

Chequei se a água estava no ponto ideal para mim e entrei com cuidado, para não deixar respingos caírem no chão.

Perdi a noção do tempo e, quando eu vi, a água já estava gelada e faltavam apenas trinta minutos para o festival começar.

Eu me apressei o máximo que pude e me vesti com as roupas recomendadas.

Ao sair do banheiro, corri rapidamente até o salão principal onde o Min me esperava em pé, em frente ao trono.

Ele vestia um hanbok não muito diferente das roupas normais dele, mas era longo e preto com detalhes em dourado e branco, deixando tudo mais sofisticado.

Eu estava com um hanbok amarelo, que haviam detalhes em azul, presente dado pela minha mãe.

— Você está lindo… — comentou o Min. Parecia não saber que estava dizendo aquelas palavras.

— O-obrigado… Você também está bonito — falei, com certa timidez no rosto por ser elogiado.

Após minha fala, ele pareceu sair de seus devaneios, meio atordoado.

— Desculpe ter demorado tanto no banho — pedi educadamente.

— Sem problemas. O importante foi que você chegou.

— Sim.

— Vamos indo?

— Claro! — Sorri de forma espontânea e ele fez o mesmo.


[...]


O festival estava lindo, havia barraquinhas de comida e bebidas por toda parte.
Notei várias casas com palha queimada na entrada delas e percebeu ser uma tradição.

— Jimin.

— Sim?

— Nós temos que subir no palco. — Olhou para o lado e viu várias pessoas se direcionando para aquele lugar. Sentiu sua tranquilidade ir embora.

— Temos que fazer isso mesmo…? Quer dizer, eu tenho que fazer isso? — perguntei apreensivo.

— Sim, eu havia anunciado anteriormente que eu teria um casamento com o príncipe de Busan e eles estavam esperando por isso mais que nunca.

— Bom, tudo bem então, se é assim.

Andei junto de Yoongi e, no caminho, várias pessoas o cumprimentaram, perguntando se eu seria o seu marido, enquanto ele apenas sorria e dizia que era segredo.

Chegando no local, a vista de cima me dava arrepios e me deixava ansioso.

— Olá! Meu nome é Min Yoongi e eu sou o rei de Daegu. — Foi ouvido várias pessoas batendo palmas e assobiando. — Eu disse anteriormente que um futuro casamento seria concretizado cinco dias depois da primeira lua cheia do ano e que seria com o príncipe de Busan.

Senti o suor descendo pelas minhas costas.

— E este homem ao meu lado é meu futuro marido! — ele anunciou, com um sorriso gigante do rosto. — Venha dar algumas palavras, Jimin.

Sorri nervoso e passei para o lugar onde antes estava Yoongi e respirei fundo.

— Bom, acredito que vocês já devem me conhecer, mas eu sou Park Jimin e espero que a minha relação com esse povo seja muito boa.

Yoongi sorriu em minha direção, quando eu olhei pra ele em nervosismo.

Ele tomou meu lugar, abraçando-me pela cintura, e eu fiquei vermelho.

— Espero que esse povo tenha gostado dele tanto quanto eu gostei — Yoongi disse animado, sabendo que seu povo já gostou de mim.

Ouvi gritos de parabéns e palmas.

Eu me senti aliviado que ninguém havia me desgostado de mim.

Nós nos despedimos do público e o festival começou, finalmente.

A marchinha chegava ao nosso lado e animava toda a população.

As cores encantavam as crianças e faziam felizes aqueles que apreciavam a música.

Foram oferecidas a mim várias bebidas típicas daquele dia e eu não tive como recusar, afinal, bebida nunca é demais.

As comidas eram saborosas demais e eu não consegui parar a minha animação ao comer aquelas delícias.

— Está gostando, amor?

Engasguei com a comida e tossi para não morrer.

— A-amor? — questionei com as bochechas rosadas.

— Sim, você precisa ser chamado por algum apelido carinhoso. — Deu uma risada, como se soubesse que aquela desculpa não era nem um pouco boa.

— Mas você me deu um susto me chamando assim do nada. — Dei uma risada nervosa e alta, que fez Yoongi rir e se aproximar de mim, mais do que antes.

— Alguém já te falou que seu olhar brilha como se tivesse uma lua cheia dentro dela? — Yoongi perguntou, com a voz grave e olhando bem nos meus olhos. — Tudo em você se remete à Lua.

— Nunca me disseram isso — respondi, tímido.

— Pois agora saiba que isso é uma beleza única presente em você.

— Muito obrigado… — E como se uma coragem súbita se apossasse de mim, eu respondi com mais intensidade. — Você também tem uma beleza única, que encanta todos à sua volta. Se você tivesse essa feição toda hora, com certeza os boatos que me fizeram ter medo de você iriam sumir.

— Esses boatos eram do rei anterior. — Deu uma risada gostosa de se escutar e eu sorri junto.

— Agora vamos aproveitar mais desse festival, que eu estou perdendo muita coisa interessante dele.

— Eu quero quebrar umas nozes junto de você.

— Que fofo! — Ri com os olhos e ele pareceu ter iluminado o rosto com essa minha ação involuntária.

Ele se aproximava de mim quando a marchinha voltou a tocar e nós fomos chamados para dançar na roda que se formou no centro da cidade.

Eu olhava para ele e via uma pessoa completamente diferente dos rumores.

Dei risada, pensando em quanto eu era bobo de pensar nessas coisas.

A dança dele era muito fofa, ele remexia a cintura com um sorriso arteiro no rosto e me chamava pra fazer a mesma coisa.

Fiquei dançando com ele, até nós nos cansarmos e fugirmos para a barraquinha de nozes.

— Ufa! Fugimos da dança — ele comentou, dando risadas.

— Sim! Foi muito divertido! — respondi, enquanto eu tentava regular a minha respiração.

— Vamos comprar essas logo e quebrá-las juntos! — exclamou Yoongi.
Quebramos as nozes e as comemos devagar.

— Esse festival está sendo tão legal — comentei rapidamente.

— Sim, geralmente esses festivais dão mais felicidade ao povo, então é sempre bom ter — Yoongi respondeu calmo.

Murmurei em concordância.

— Consegui tirar a tensão que existia em você? — Yoongi perguntou, pegando-me de surpresa.

— Ahn, sim.

— Eu via como você andava nervoso e cheio de tensão.

— Sim, eu não sabia como me portar… Eram novas pessoas, cidade, cheiro e reino. Sem contar o nosso casamento — concordei com a minha fala e mexi a cabeça em afirmação.

— Deve ter sido difícil para você.

— Foi, muito.

— E agora você está melhor?

A pergunta me fez pensar. Eu estava realmente melhor do que antes. Mas isso não apaga as feridas que foram deixadas após eu saber do casamento.

— Estou — disse sincero.

— Isso me deixa aliviado.

Assenti com a cabeça e notei que ele estava olhando para o céu, onde tinha a lua em seu ponto mais alto da noite.

— Jimin, eu...

Yoongi fora interrompido pela voz de seu irmão, Hoseok.

— Yoongi!

Nós viramos nossos rostos e vimos a silhueta de seu irmão mais novo se aproximando. Confuso com a chamada repentina, olhei para Yoongi e ele me disse que não sabia por que ele estava aqui.

— Hey, Hoseok! — Yoongi respondeu. — O que faz aqui?

— Eu não tinha o que fazer em casa... — O irmão foi interrompido pelo soco com o cotovelo na barriga, por Yoongi.

— Ya! Hoseok! — falou de forma ameaçadora. — Você não tinha que ter ido para outro lugar?

— Ah, sim! Hm, é que a pessoa cancelou porque ficou sabendo do festival que aconteceria hoje… Então... — o Jung falou de forma nervosa, dando risadas fracas.

Observei o rosto do rei ter expressões de frustração, mas não entendi o porquê dessa reação.

— Tudo bem, então! — falei de forma animada. — Podemos aproveitar nós três o festival da lua cheia.

Os irmãos me olharam com um sorriso no rosto e o Min deu um joinha.

“Fofo”, pensei.

— Okay! Vamos dar o nosso melhor para o povo que organizou o festival! — Hoseok gritou com entusiasmo e os transeuntes ao redor bateram palmas.

Os sorrisos eram a prova de que eram um povo com um bom governador e isso me deixava cada vez mais animado.

— Qual é a próxima atração?! — perguntei excitado.

— A população vai fazer uma caminhada sobre doze pontes — citou Yoongi. — É uma tradição que muitos gostam, pois dizem que terão as pernas mais fortes e serão saudáveis pelo resto do ano.

— Bom, me parece um programa legal de se fazer hoje! Já que o céu está tão bonito com lua cheia enfeitando os céus desta cidade… — disse, com um tom apaixonado na voz.

— Isso, vamos lá! — falou o rei Min, com toda sua determinação na voz.

Quinze minutos depois

— Eu sabia que isso iria acontecer… Ah, Yoongi, sinceramente… — Hoseok falou com a voz cansada.

— E-eu achava que era alguém mais… atlético — falei hesitante com qual reação poderia receber do rei com aquelas palavras.

O rei Min estava em uma situação patética. Suava de todos os poros do corpo, parecia fazer um esforço imenso para mexer uma de suas pernas, fora que ele estava sentado no chão, tentando respirar, enquanto as senhoras da terceira idade já caminhavam para a quinta ponte.

— Você nunca desiste, né, Yoongi? — Hoseok falou com o tom zombeteiro.

— Argh, você vai ver! Um dia eu vou passar aquelas senhorinhas! — Yoongi resmungou.

— Vamos indo, se você já se sente melhor, okay? — Dei a mão para o loiro, que me encarou profundamente quando o toque começou. Nem senti a presença de Hoseok indo embora, tamanha intensidade que aqueles olhos felinos passavam.

— Yoongi, o que você... — Minha fala foi interrompida com o toque suave e repentino de seus lábios finos com os meus. Arregalei os olhos e quando eu iria me afastar para perguntar o que ele estava fazendo, sua outra mão desocupada puxou minha cintura e eu caí de joelhos no chão de madeira da ponte, então eu entendi e me deixei levar, entreabrindo os meus lábios para um contato mais íntimo.

Nossas bocas pareciam se conhecer há tempos, nossos toques pareciam saber quais pontos elevariam o prazer daquele beijo e nossas respirações pesadas, que anteriormente eram devido à caminhada, foram substituídas pela respiração calma conforme aquele beijo foi se transformando. A paixão já existia entre nós. Isso estava mais claro que tudo.

O ósculo foi se finalizando depois do que se pareciam séculos. Fomos separados enfim, pela salva de palmas que recebemos de toda população presente naquela área.

— Oh, é mesmo! — Afastei-me rapidamente.

— Eles são tão lindos juntos! — uma pessoa gritou.

— Sim! Eles são perfeitos! Têm paixão!

Meu rosto se converteu rapidamente em um rosto corado e parece que isso agradou o rei.

— Vamos, não fique assim… — Sua fala era cheia de brincadeira. — Isso é… — O loiro chegou mais perto do meu rosto e disse com malicia: — Apenas uma das coisas que a minha língua pode fazer. — E deu uma risada que eriçou os pelos do meu corpo todo.

Seu semblante feroz foi rapidamente trocado por um brincalhão e logo pediu para que retornássemos à caminhada das doze pontes.

— Hm, você vai conseguir andar até o final? Estamos na terceira ponte ainda… — comentei preocupado com sua situação atual.

— Vou sim, afinal eu recebi a melhor energia para recarregar minhas forças. — E soltou seu sorriso gengival.

Meu coração se acelerou no mesmo momento e, com certeza, eu não era nada bom em esconder o quanto eu havia gostado daquele gesto simples.

— Que bom! — falei com o meu melhor e espontâneo sorriso em sua direção.

Depois disso, nós terminamos a caminhada, com direito a paradas ocasionais do rei que aproveitava para pedir um pouco mais de energia para mim. Logo em seguida, nós fomos para o evento de queima de notas, que acontecia em uma roda no parque da cidade.

Todos naquele evento pareciam ter desejos a serem alcançados e pretendiam fazer isso com a queima de notas, que é uma tradição em festivais da lua cheia.

Colocavam seus desejos em um papel e o queimavam, para conseguir chegar aos seus objetivos.

Então, ao finalizarmos as mais diversas tradições, o Sol chegava para iluminar aquela parte do mundo e a maioria dispersava para descansarem em suas casas.

Eu e Yoongi não ficamos fora disso e fomos para o palácio real.

— Enfim, tudo acabou bem — falei.

— Tudo o que? — questionou Yoongi.

— Eu e você.

A vergonha estava explícita no meu rosto, mas resolvi falar.

— Você sabe… aquilo.

A expressão no rosto de Yoongi mostrava que ele sabia muito bem.

— Eu sei.

~~~~


Notas Finais: Foi muito dificil terminar essa fic, pq novamente eh um assunto no qual eu não curto muito escrever, mas eu até que gostei do resultado final…

Espero que vcs tbm!

28 августа 2021 г. 23:20 1 Отчет Добавить Подписаться
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