G
Guinnever Corrêa


Elis nunca acreditou em coisas como almas gêmeas e amor à primeira vista, para ele, o amor era algo que se desenvolvia ao longo do tempo. Mas a chegada de um completo desconhecido em sua vida vai provar que estava errado. Elis se arrepende de ter percebido isso tão tarde. O destino as vezes nos prega peças, vira nossa vida de cabeça para baixo, isso Elis aprendeu da pior forma. Mas, na próxima vez ele vai fazer tudo diferente, ele vai proteger aqueles que ama, mesmo que isso lhe custe sua vida.


Романтика 13+.

#258 #lgbt #gay #soulmate #destino #fantasia #239 #332
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Capítulo 1

Os olhos de Elis abriam lentamente, incomodados pelos raios de sol, seu corpo acordava aos poucos, começando mais um dia cheio. Ele levanta de sua cama preguiçosamente, já sentindo o doce aroma do chá de Bertha, sua avó, vindo do andar de baixo. O garoto desceu as escadas correndo, dando de cara com a senhora.


— Oh bom dia, meu querido. Vejo que acordou animado hoje. — Ela sorri docemente e entrega uma xícara para o garoto.


— Obrigada vovó. — Elis sentou-se à mesa comendo apressadamente.


— Tenha calma meu pequeno gafanhoto, pra que tanta pressa?


— Quero terminar o serviço rápido vovó, assim eu e o vovô poderemos sair sem preocupações à tarde.


— Ah sim, claro meu anjo.


Após comer Elis voou para fora de casa e foi direto para o estábulo, deu de comer para os animais e levou as vacas para o pasto. Depois foi até a pequena horta e regou as plantas, colhendo alguns frutos para preparar no almoço. Quando retornou para casa carregava uma cesta com verduras e alguns ovos, entregou para sua avó, e foi se banhar.

À tarde, Elis ajudou Bernard, seu avô, a carregar a carroça e a arrumar os cavalos, eles não demoraram para partir rumo a pequena vila que havia perto de sua fazenda.


— Elis, meu querido, hoje preciso conversar com o comerciante um pouco, sinta-se livre para andar pela cidade hoje tudo bem? Não precisarei de ajuda.


— Está bem vovô, não vou longe e voltarei rápido, prometo.


— E Elis, tome cuidado, ouvi dizer que surgiram alguns caras violentos aqui ultimamente.


— Não se preocupe vovô, eu sei me defender bem. — Elis sorri para seu avô, que o olha com preocupação.


— Mesmo assim, tome cuidado querido. Aqui, pegue algumas moedas, se achar algo de que goste pode comprar. — O senhor estende algumas moedas de prata para Elis.


— Está bem vovô, obrigado — Assim que chegaram, Elis saiu imediatamente da carroça e se pôs a explorar as ruas do lugar, passou por diversas barraquinhas de venda e lojas, ele parou em uma delas e comprou um livro de um autor que gostava muito, o qual planejava ler o mais rápido possível. No centro da vila Elis avistou uma pequena praça, ele sentou-se em um banco de madeira observando o movimento e logo iniciou sua leitura.


Depois de um tempo uma mulher sentou-se ao lado de Elis, ela parecia um pouco mais velha que ele, tinha belos olhos escuros, seu cabelo era cacheado e sua pele tinha um tom de caramelo que brilhava sob o sol, a garota olha para Elis que desvia o olhar timidamente.


— Este é um bom livro. — A garota misteriosa se pronuncia, surpreendendo um pouco Elis.


— A-Ah, sim, me parece uma boa obra, e já li outros livros deste autor antes, ele tem uma escrita impecável sem dúvidas. — Elis fala nervosamente, atropelando as palavras.


— Oh, sinto muito se te assustei, também gosto desse livro, fico feliz que se interesse por essa escrita. — A garota sorri.


— Oh não se preocupe haha, só estava distraído senhorita…?


— Me chamo Alexi, é um prazer conhecê-lo…?


— Pode me chamar de Elis. — Ele abre um sorriso tímido, corando um pouco.


— Elis — Alexi encara o garoto com um pequeno sorriso correndo entre seus lábios, fazendo ele corar ainda mais.


Elis sente um silêncio constrangedor pairar sobre eles, então tentou puxar assunto com a desconhecida, ainda que de forma desajeitada, afinal, não tinha que conversar com estranhos frequentemente por ver apenas seus avós no dia a dia.


— Então… Você é daqui? — Ele balbucia, mexendo as mãos nervosamente.


— Moro aqui faz apenas algumas semanas, sou de uma vila ao norte. Nunca havia te visto por aqui antes, é um morador novo?


— Oh não não, sou do interior, moro em uma fazenda lá, então vim para cá apenas para trocar o que produzimos — Ele sorri.


Elis e a garota nova continuam a conversa por longos minutos, aos poucos Elis começou a se sentir mais confortável com ela, e se distraiu com o bate-papo.


— Oh não, havia dito para o vovô que voltaria rápido, espero não ter deixado ele esperando, preciso ir Alexi, espero que possamos nos encontrar numa próxima vez — Ele se levanta rapidamente, indicando que ia embora.


— Permita-me lhe acompanhar, vou com você até seu avô, ouvi dizer que essa vila tem estado perigosa ultimamente.


— N-Não se preocupe, ele não está muito longe, e não quero ocupar seu tempo de qualquer forma... — Elis é interrompido.


— Não irá me ocupar, também vou para lá, podemos ir juntos, vamos, não aceito um não como resposta — A garota sai andando esperando que Elis a seguisse.


Elis caminhou na presença de Alexi até onde havia se separado de seu avô, quando chegou não encontrou o senhor, então foi para os comerciantes que seu avô geralmente fazia negócios, Alexi o acompanhou o tempo todo, mesmo que ele dissesse a ela que não precisava daquilo, ela apenas dava uma desculpa qualquer e continuava por perto do garoto. Em poucos minutos Elis encontrou seu avô conversando em uma das lojas de produtos agrícolas.


— Oh Elis, voltou rápido, já estou acabando por aqui, espere um pouco.


— Tudo bem vovô — Elis se vira para Alexi — Obrigado por me acompanhar, srta. Alexi, desculpe-me por ocupar seu tempo — Elis sorri para a garota.


— Não se preocupe com isso Elis, estou feliz por ter te conhecido, e não precisa me tratar com tanta formalidade — A garota sorria docemente — Elis… quero lhe contar algo. — A expressão de Alexi de repente ficou séria.


— Claro, o que é? — Elis a olhou com curiosidade.


— Sabe, resolvi te conhecer por conta do livro que lia, fiquei muito feliz ao ver que alguém apreciava minha escrita — Alexi sorriu largo.


— Sua escrita? Espera, você é Alexander Greene? — Elis a olhava incrédulo.


Ela riu fraco — Meu nome é Alexi Greene, Alexander é um pseudônimo, não é bem visto uma mulher escrever sabe.


Elis estava surpreso, e muito feliz, diga-se de passagem, pela recém descoberta. Mas sua felicidade durou pouco.


— Todos parados! — Um homem agarrou Elis por trás, ele colocou uma faca em seu pescoço, usando-o como refém. Elis conseguiu ver outros homens no recinto ameaçando os outros presentes e um próximo ao vendedor gritando.


— Coloque tudo de valor na bolsa, rápido — O homem exclamava com agressividade usando uma espada para amedrontar o vendedor. O pobre senhor rapidamente encheu a bolsa com moedas e tudo de valor que tinha ao seu alcance, Elis estava apavorado, suas pernas tremiam e ele sentia que podia cair a qualquer momento, a faca pressionada contra seu pescoço tinha lhe dado um corte raso mas ainda dolorido, por mais que não o sentisse por conta da adrenalina e do medo em seu corpo.


— Não se preocupe, não vou lhe machucar, apenas fique parado — O homem sussurrou baixinho perto do ouvido de Elis tentando ser o mais discreto possível, a voz dele era suave, o que fez Elis, mesmo que minimamente, relaxar. Elis tentou manter o autocontrole, por mais estranho que fosse, acreditava nas palavras daquele homem, sentia uma segurança estranha vindo dele, por mais que todos os elementos naquela situação lhe dissessem o contrário.


Com a sacola abarrotada de itens preciosos, os bandidos fugiram do lugar em direção à floresta sem nem olhar para trás, Elis, ainda tomado pelo medo, correu até seu avô que estava tão amedrontado quanto ele.


— Vovô, o senhor está bem? — Ele perguntou segurando os ombros do velho e dando uma boa olhada nele a procura de qualquer machucado.


— Estou bem querido, não se preocupe, deveria se preocupar consigo mesmo, seu pescoço tem um corte, por sorte não é muito profundo — O homem passou os dedos levemente perto do corte no pescoço de Elis, que agora, por estar um pouco mais relaxado, sentia melhor a dor do ferimento.

Elis se voltou a Alexi, que estava tranquilamente sentada no chão escorada em uma das paredes da loja.


— Alexi como você está? — Ele a olhou preocupado.


— Estou bem garoto, não se preocupe, conheço aqueles caras, eles são perigosos mas não nos matariam de graça — Ela falou indiferente — Apenas o homem que o segurava, por mais que não o conheça, tenho uma sensação familiar de déjà vu a seu respeito.


— Sinto muito, mas quem é você? — Bernard, avô de Elis, encarava Alexi desconfiado.


— Oh, sinto muito, devia tê-los apresentado. Vovô, está é Alexi, foi ela quem escreveu alguns dos meus livros favoritos — Ele olhou animado para seu avô — Alexi, este é meu avô do qual lhe falei.


— Muito prazer em lhe conhecer, senhor. — Ela o olhou com um leve sorriso.


— O prazer é todo meu jovem, então é a senhorita a responsável pelos surtos e gritos histéricos do Elis durante suas leituras? — Ele sorri tentando aliviar o clima, logo acompanhado de Alexi.


— Vovô não diga isso — Elis sentia suas bochechas quentes, os outros apenas riram da situação.


— Sinto muito Elis — Ele sorri para o garoto — Bom, creio que nossos assuntos por aqui estejam finalizados, e também precisamos ir para casa cuidar do seu ferimento. Espero encontrá-la novamente, senhorita.


— Até mais Alexi — Elis sorri e acena para a garota.


— Até mais cavalheiros, vejo os senhores por aí — A garota inicia uma conversa com o vendedor enquanto Elis e seu avô se dirigiam para a carroça.


— Então fez uma amiga hoje Elis? Acho que lhe trarei para a cidade com mais frequência.


— Não fale como se eu fosse uma criança vovô — Elis o olha emburrado — Além de que tenho minhas obrigações na fazenda, não posso simplesmente deixá-los cuidar de tudo sozinhos e vir passear.


— Não se preocupe tanto meu filho — O senhor sorriu para o garoto.


Eles subiram na carroça e partiram rumo ao seu lar, por estar tarde o sol começou a se pôr, Elis observava o céu com admiração pelas belas tonalidades avermelhadas em que se encontrava. Elis ainda estava perturbado pelo que acontecera na loja, mas achava que aquilo não lhe perturbaria mais, e que simplesmente o esqueceria depois de alguns dias.


Mas não podia estar mais enganado.

9 августа 2021 г. 3:07 0 Отчет Добавить Подписаться
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